Bula do Femigestrol produzido pelo laboratorio Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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FEMIGESTROL®
acetato de megestrol
Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda.
Comprimido
160 mg
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APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 160 mg em embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
acetato de megestrol...................................................................................................................... 160 mg
excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido
de silício, povidona e estearato de magnésio.................................................................................
q.s.p.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
FEMIGESTROL é destinado ao tratamento do câncer de mama avançado.
O mecanismo pelo qual o acetato de megestrol produz seus efeitos no tratamento do câncer de mama não está
bem esclarecido.
Este medicamento é contraindicado a pacientes que já apresentaram hipersensibilidade (reações alérgicas) ao
acetato de megestrol ou a qualquer outro componente da formulação deste medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
O uso de FEMIGESTROL em pacientes com câncer de mama metastático (ou seja, aquele que se espalhou
para outras partes do corpo) ou recorrente deve ser monitorado de perto e com frequência.
Não é recomendado que você utilize FEMIGESTROL em outros tipos de câncer que não o de mama.
Caso você já tenha apresentado tromboflebite (inflamação de uma veia decorrente de um coágulo sanguíneo),
deve utilizar FEMIGESTROL com cautela.
Exacerbação de diabetes preexistente com maior necessidade de uso de insulina foi relatada com o uso
associado de FEMIGESTROL.
Gravidez e Lactação
Se você estiver fazendo uso de FEMIGESTROL, deve utilizar métodos contraceptivos para evitar a gravidez,
pois há riscos potenciais ao feto.
Você não deve utilizar FEMIGESTROL se estiver grávida ou amamentando, exceto sob orientação médica.
A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento com FEMIGESTROL devido ao risco de eventos
adversos ao recém-nascido.
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O uso de progestagênicos durante os primeiros quatro meses de gravidez não é recomendado.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso em crianças
A segurança e eficácia do uso em crianças não foram estabelecidas.
Uso em Idosos
Não há dados suficientes de estudos clínicos com acetato de megestrol envolvendo pacientes com 65 anos de
idade ou mais. Em geral, deve-se ter cuidado ao escolher a dose para um paciente idoso, pois essa população
apresenta mais frequentemente disfunção hepática (do fígado), renal (dos rins) ou cardíaca (do coração),
doenças associadas e usa outros medicamentos ao mesmo tempo.
O acetato de megestrol é substancialmente excretado pelos rins, e, portanto, o risco de reações tóxicas pode
ser maior em pacientes com problemas nos rins.
Efeitos na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
Não são conhecidos os efeitos do acetato de megestrol com relação à habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Carcinogênese, mutagênese e fertilidade
A relação da ocorrência de tumores em humanos causada por FEMIGESTROL não é conhecida, mas a razão
risco-benefício deve ser considerada na administração de FEMIGESTROL.
Alguns estudos de fertilidade e reprodução em animais que receberam altas doses de acetato de megestrol
mostraram um efeito feminilizante reversível em fetos do sexo masculino.
Diversos relatos sugerem uma relação entre a exposição intrauterina a medicamentos desta classe terapêutica
no primeiro trimestre da gravidez e anormalidades nos genitais em fetos de ambos os sexos. O risco de
hipospadias (má-formação congênita do canal condutor da urina), que na população geral ocorre em 5 a 8 a
cada 1000 nascimentos de bebês do sexo masculino, pode ser aproximadamente dobrado com a exposição a
esta classe de fármacos. Não há dados suficientes para quantificar o risco da exposição a fetos do sexo
feminino, porém algumas destas substâncias induzem à leve masculinização da genitália externa destes fetos.
Interações medicamentosas
Não são conhecidas informações sobre interações com outros medicamentos ou alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Os comprimidos de FEMIGESTROL 160 mg são oblongos, de cor branca, biconvexos, com vinco em uma das
faces e isento de partículas pretas e materiais estranhos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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Posologia
FEMIGESTROL comprimidos é indicado para o tratamento de câncer de mama, sendo recomendada a
seguinte dose: 160 mg/dia (1 comprimido/dia).
É recomendado um período de pelo menos dois meses de tratamento contínuo.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Para segurança e eficácia desta apresentação, FEMIGESTROL não deve ser administrado por vias não
recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
As doses esquecidas não devem ser compensadas. Se você esquecer uma dose de FEMIGESTROL, você deve
reiniciar o tratamento com a dose prescrita e consultar seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Aumento de peso
Pacientes com câncer poderão apresentar aumento de peso durante o tratamento com acetato de megestrol.
Esta reação adversa está associada ao aumento de apetite.
Fenômenos Tromboembólicos (do sistema circulatório)
Com o uso de FEMIGESTROL você poderá apresentar tromboflebite (inflamação dos vasos) e embolia
pulmonar (obstrução da artéria pulmonar - fatal em alguns casos).
Outras reações adversas
Você também pode apresentar náuseas (enjoo), vômitos, edema (inchaço), sangramento espontâneo do útero,
dispneia (falta de ar), dor, insuficiência cardíaca, hipertensão (pressão alta), fogachos (ondas de calor no
corpo), alteração do humor, faces cushingóides (inchaço no rosto), agravamento tumoral (dor óssea,
vermelhidão e inchaço em lesões metastáticas superficiais) com ou sem hipercalcemia (aumento de cálcio no
sangue), hiperglicemia (elevação de açúcar no sangue), alopecia (queda de cabelo), Síndrome do túnel do
carpo (compressão do nervo mediano do punho que leva a dor, dormência e formigamento nas mãos), diarreia,
letargia (sonolência) e erupções na pele (feridas na pele).
Em estudos em pacientes com AIDS foram relatados diarreia, impotência, erupções cutâneas, flatulência
(gases), astenia (fraqueza) e dor.
Também foram relatadas constipação (prisão de ventre) e diurese frequente (urgência urinária) nos pacientes
que receberam altas doses de acetato de megestrol nos estudos clínicos.
Intolerância à glicose, novos casos de diabetes, exacerbação de diabetes preexistente com diminuição da
tolerância à glicose e síndorme de Cushing (desordem endócrina) foram relatados quando acetato de megestrol
foi utilizado. Insuficiência da glândula adrenal também foi relatada logo após a descontinuação de
FEMIGESTROL.
A Tabela 1 inclui todos os eventos adversos citados acima agrupados de acordo com a frequência e a classe de
sistemas orgânicos, seguindo as seguintes categorias:
Muito comum - > 1/10 (> 10%)
Comum (frequente) - >1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%)
Incomum (Infrequente) - > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%)
Rara - > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%)
Muito rara - < 1/10.000 (< 0,01%)
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Tabela 1 Frequência das reações adversas
Classe de Sistemas Orgânicos Frequência Eventos Adversos
Neoplasias benignas, malignas e não
especificadas (incluindo quistos e pólipos)
Comum Agravamento tumoral
Desordens endócrinas Muito comum Insuficiência adrenal (interrupção da
produção de hormônios da glândula
adrenal), Síndrome de Cushing
Desordens do Metabolismo e da nutrição Muito comum Diabetes mellitus, intolerância à glicose,
hiperglicemia, aumento do apetite
Desordens psiquiátricas Comum Alterações do humor
Desordens do sistema nervoso Comum Síndrome do túnel do carpo, letargia
Desordens cardíacas Comum Insuficiência cardíaca
Desordens vasculares Muito comum Tromboflebite, embolia pulmonar (fatal
em alguns casos), hipertensão, fogacho
Desordens respiratórias, toráxicas e
mediastinais
Muito comum Dispneia
Desordens gastrointestinais Comum Náuseas, vômitos, diarreia, flatulência
Muito comum Constipação
Desordens da pele e do tecido subcutâneo Comum Erupções
Comum Alopecia
Desordens renais e urinárias Comum Diurese frequente
Desordens do sistema reprodutor e das
mamas
Comum Sangramento uterino espontâneo,
Disfunção erétil
Desordens Gerais e no local da
administração
Comum Astenia, dor, edema
Investigações Muito comum Aumento de peso
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
Não foram observados efeitos toxicológicos agudos nos estudos envolvendo acetato de megestrol, utilizando-se
doses tão elevadas quanto 1600 mg/dia durante 6 meses ou mais.
Relatos de superdose foram recebidos no período de pós-comercialização. Os sinais e sintomas reportados no
contexto de superdose foram: diarreia, náusea, dor abdominal, dispneia, tosse, marcha instável, sonolência e
dor no peito. Não existe um antídoto específico para casos de superdose com FEMIGESTROL. Em caso de
ingestão maior que a quantidade indicada, buscar assistência médica imediatamente (Serviço de Emergência) e
levar a bula, bem como a embalagem do medicamento, para que a equipe socorrista possa ter acesso às
informações.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.