Bula do Fenitoina Sódica produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
fenitoína sódica
Solução injetável 50mg/mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 1, 25, 50, 72 e 100 ampolas com 5mL.
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
fenitoína sódica................................................................................................................50mg
Veículo q.s.p......................................................................................................................1mL
Excipientes: edetato dissódico, creatinina, álcool etílico, propilenoglicol, hidróxido de
sódio e água para injeção.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A fenitoína é destinada ao tratamento de:
-crises convulsivas durante ou após neurocirurgia;
-crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo
psicomotor e temporal);
-estado de mal epiléptico.
Em um estudo duplo-cego, com um ano de duração, fenitoína e valproato foram igualmente
eficazes na prevenção de crises convulsivas pós craniotomia (Beenen et al, 1999). Pacientes
submetidos à cirurgia de tumor cerebral, trauma, ou lesões vasculares foram randomizados
no pós-operatório para receber fenitoína 100 miligramas (mg) 3 vezes ao dia (n = 50), ou
valproato 500mg 3 vezes ao dia (n = 50) A administração foi iniciada por via intravenosa
após a cirurgia e trocada, o mais rápido possível, por administração via oral (ou via tubo
nasogástrico). Sete pacientes de cada grupo apresentaram crises convulsivas. Não foram
encontradas diferenças no tempo ou severidade da convulsão nos dois grupos. Também não
houve diferença significativa no número de pacientes com necessidade de descontinuação
da terapia devido a efeitos adversos (5 no grupo fenitoína, 2 no grupo valproato). Testes
neuropsicológicos também mostraram que não houve diferenças significativas na função
cognitiva dos grupos fenitoína e valproato. Esse estudo mostra que ambos os medicamentos
podem ser usados na profilaxia pós-operatória. Uma vez que 4 pacientes apresentaram sua
primeira convulsão no dia da cirurgia, os autores recomendam que a profilaxia seja iniciada
na semana anterior à cirurgia, ou que seja administrada uma dose de ataque após a cirurgia.
Em um estudo duplo-cego, controlado, a terapia de FENITOÍNA reduziu a epilepsia no
pós-operatório seguida de craniotomia (North et al, 1983). Concentrações de FENITOÍNA
sérica foram mantidas dentro da faixa terapêutica. Terapia de FENITOÍNA foi mantida por
12 meses, mas a maior proteção ocorreu durante os 3 primeiros meses de terapia.
A fenitoína é eficaz em crises tônico-clônicas (Grande Mal) e crises parciais complexas
(lobo psicomotor e temporal). (AMA Department of Drugs, 1983).
Em um estudo randomizado, duplo-cego, com 10 centros, 622 pacientes adultos com crise
tônico-clônica parcial e/ou generalizada secundária obtiveram um êxito maior no uso de
carbamazepina ou fenitoína versus fenobarbital ou primidona, durante um estudo de 2 anos
(ou até a ocorrência de falha ou toxicidade). O insucesso do tratamento incluiu frequência
de crises convulsivas, toxicidade sistêmica, e neurotoxicidade, como seria observado em
ambiente de prática médica.
Considerando todos os efeitos colaterais, assim como a eficácia no controle de crises
convulsivas, o êxito foi maior com carbamazepina ou fenitoína, intermediário com
fenobarbital, e menor com primidona. Todas essas diferenças foram estatisticamente
significativas. Carbamazepina e fenitoína pareceram ser os agentes únicos globais mais
eficazes no tratamento de crises tônico-clônicas parciais ou generalizadas secundárias, ou
ambas. O controle de crises tônico-clônicas foi semelhante com todos os medicamentos em
12 meses, e foi baixa (47% carbamazepina, 36% fenobarbital, 38% fenitoína, 35%
primidona). O prognóstico para controle completo de crises tônico-clônicas também foi
semelhante com todos os 4 medicamentos (aproximadamente 45%). Carbamazepina foi
superior ao fenobarbital no controle de crises parciais, assim como a primidona; a fenitoína
proporcionou controle intermediário. Carbamazepina foi associada com maior controle de
crises parciais a cada momento de 6 meses, durante os 36 meses do seguimento. A
diferença mais notável na avaliação de falha foi vista no uso de primidona, atribuída à
toxicidade aguda (náusea, vômito, tontura e sedação); a diminuição da libido e a impotência
foram mais comuns em pacientes tratados com primidona. Carbamazepina pode ser
preferível para crianças, adolescentes e mulheres, pois a fenitoína foi associada a efeitos
colaterais dismórficos.
Dificuldades na cognição foram mais comuns no uso de fenitoína comparado ao uso de
carbamazepina, e isso também deve ser considerado na seleção. Carbamazepina ou
fenitoína devem ser indicadas para terapia inicial em adolescentes e adultos com crises
tônico-clônicas parciais ou generalizadas secundárias, ou ambos os tipos (Mattson et al,
1985b).
Em um estudo prospectivo com 106 pacientes com histórico de crises clônico-tônicas
parciais ou mistas não tratadas, por 6 a 96 meses; os pacientes foram controlados com
fenitoína ou carbamazepina (monoterapia, com dose baseada nas concentrações séricas).
Vinte e seis pacientes permaneceram livres de crises convulsivas por um período de 2 anos.
Uma análise atuarial demonstrou que 35% dos pacientes poderiam entrar em um período
livre de convulsões, pelo menos 2 anos após o início do tratamento; 73% teria um período
de 2 anos livre de crises, ao final de 4 anos; e 8% teria um período de 2 anos livre de crises,
após 8 anos de tratamento. A continuação de convulsões por até 2 anos após o início do
tratamento indicou um prognóstico falho, e a probabilidade de controle das crises
subsequentes diminuiu em 50%. Esse estudo concluiu que o padrão de longo prazo no
controle de crises convulsivas é amplamente usado durante os primeiros 2 anos de
tratamento (Elwes et al, 1984).
No tratamento de estado de mal epilético, a fenitoína é usada como terapia inicial para
manter um efeito anticonvulsionante prolongado, após a rápida cessão das crises com
lorazepam ou diazepam, ou após a falha das benzodiazepinas (Lowenstein & Alldredge,
1998b). Uma dose de ataque de fenitoína, de 10 a 15miligramas/quilogramas (mg/Kg), é
recomendada no tratamento de estado de mal epilético. Outros autores sugerem que essa
dose pode ser muito baixa, e indicam o uso de 20mg/Kg administrados por via intravenosa
e que doses de 30mg/Kg podem ser necessárias para alguns pacientes. As taxas de infusão
não devem exceder 50mg/minuto.
Propriedades Farmacodinâmicas
A fenitoína é um medicamento que pode ser utilizado no tratamento da epilepsia. O
principal local de ação parece ser o córtex motor, onde a extensão da atividade das crises é
inibida. Possivelmente, pela estimulação da saída de sódio dos neurônios, a fenitoína tende
a estabilizar o limiar contra a hiperexcitabilidade causada pela estimulação excessiva ou
alterações ambientais capazes de reduzir o gradiente da membrana sódica. Isto inclui a
redução de potencialização póstetânica nas sinapses. A perda da potencialização pós-
tetânica previne os “focus” das crises corticais pela detonação das áreas corticais
adjacentes. A fenitoína reduz a atividade máxima dos centros tronco-cerebrais responsáveis
pela fase tônica das crises tônico-clônicas (crises de grande mal).
Propriedades Farmacocinéticas
Após a injeção de fenitoína ocorre a distribuição nos fluidos corporais, incluindo CSF.
O volume de distribuição tem sido estimado entre 0,52 e 1,19 litros / kg, e é fortemente
ligado às proteínas (geralmente de 90% nos adultos).
No soro, a fenitoína liga-se rapidamente e de forma reversível às proteínas. Cerca de 90%
de fenitoína no plasma se liga a albumina.
Após administração de fenitoína, a meia-vida plasmática em homens é, em média, de 22
horas, com uma variação de 7 a 42 horas.
A fenitoína é hidroxilada no fígado por um sistema de enzimas que é saturável. Pequenas
doses incrementais podem produzir muitos aumentos substanciais nos níveis séricos
quando estes estão na faixa superior de concentrações terapêuticas.
Os parâmetros de controle para eliminação são sujeitos também a ampla variação
interpacientes.
O nível sérico alcançado por uma determinada dose, por conseguinte, é também sujeito a
uma grande variação.
Fenitoína é contraindicada em pacientes que tenham apresentado reações intensas ao
medicamento ou a outras hidantoínas.
Fenitoína solução injetável é contraindicado em pacientes que apresentam síndrome de
Adam-Stokes, bloqueio A-V de 2º e 3º graus, bloqueio sinoatrial e bradicardia sinusal.
Os fármacos antiepilépticos não devem ser abruptamente descontinuados devido ao
possível aumento na frequência de crises, incluindo status epilepticus. Quando, a critério
médico, houver necessidade de redução da dose, descontinuação do tratamento ou
substituição por uma terapia alternativa, esta deve ser feita gradualmente. Entretanto, no
evento de reação alérgica ou reação de hipersensibilidade, uma rápida substituição para
uma terapia alternativa pode ser necessária. Neste caso, a terapia alternativa deve ser um
fármaco antiepiléptico não pertencente à classe das hidantoínas.
Pode ocorrer hipotensão, especialmente após a administração intravenosa de doses elevadas
de fenitoína administradas em alta velocidade. Após a administração de fenitoína, reações
cardiovasculares graves e fatalidades foram relatadas com depressão na condução atrial e
ventricular e fibrilação ventricular. Complicações graves são principalmente relatadas em
idosos e pacientes gravemente debilitados. Portanto, um monitoramento cuidadoso da
pressão sanguínea e do ECG é necessário durante a administração de altas doses de
fenitoína por via intravenosa, podendo ser necessária a redução na velocidade de
administração ou interrupção da administração.
Fenitoína deve ser utilizada com cautela em pacientes com hipotensão, insuficiência
cardíaca ou infarto do miocárdio.
Reações cutâneas com risco para a vida (Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica) tem sido reportadas com o uso do fenitoína. Se os sinais da Síndrome de
Stevens-Johnson ou da necrólise epidérmica tóxica (como por exemplo: rash cutâneo
progressivo muitas vezes com bolhas ou lesão de mucosas, ou se houver suspeita de lúpus
eritematoso) surgirem, o tratamento com fenitoína deve ser descontinuado.
Se o rash for do tipo moderado (semelhante ao sarampo ou escarlatiniforme), o tratamento
pode ser retomado após regressão completa do rash. Caso o rash reapareça ao reiniciar o
tratamento, este medicamento ou outra fenitoína estão contraindicados.
Irritação e inflamação dos tecidos podem ocorrer no local da injeção com ou sem
extravasamento da fenitoína. Edema, descoloração e dor no local da injeção (descrito como
“Síndrome da luva roxa”) tem sido reportados após injeção intravenosa periférica de
fenitoína. Irritação dos tecidos pode variar de leve irritação a extensa necrose e
descamação. A síndrome pode não se desenvolver por vários dias após a injeção. Embora o
desaparecimento dos sintomas possa ser espontâneo, necrose da pele e isquemia do
membro tem ocorrido e requerem intervenções tais como fasciotomia, enxerto de pele e, em
raros casos, amputação.
Foram relatados casos de hepatotoxicidade aguda com o uso de fenitoína, incluindo casos
pouco frequentes de insuficiência hepática aguda. Estes incidentes foram associados com
uma síndrome de hipersensibilidade caracterizada por febre, erupções cutâneas e
linfadenopatia, e normalmente ocorrem dentro dos 2 primeiros meses de tratamento. Outras
manifestações comuns incluem icterícia, hepatomegalia, níveis elevados de transaminase
sérica, leucocitose e eosinofilia. A evolução clínica de hepatotoxicidade aguda de fenitoína
varia de recuperação imediata ao óbito. Nestes pacientes com hepatotoxicidade aguda, o
tratamento com fenitoína deve ser imediatamente descontinuado e não deve ser
administrado novamente.
Complicações hematopoiéticas, algumas fatais, foram ocasionalmente relatadas como
associadas à administração de fenitoína. Estas incluíram trombocitopenia, granuloma da
medula óssea reversível, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose e pancitopenia com
ou sem supressão da medula óssea.
Um número de relatos sugeriu a existência de uma relação entre a administração de
fenitoína e o desenvolvimento de linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo
hiperplasia de nódulo linfático benigno, pseudolinfoma, linfoma e doença de Hodgkin.
Embora uma relação causa-efeito não tenha sido estabelecida, a ocorrência de
linfadenopatia indica a necessidade em diferenciar esta patologia de outros tipos de
patologia de nódulo linfático. O comprometimento dos nódulos linfáticos pode ocorrer com
ou sem sinais e sintomas semelhantes à doença do soro, como por exemplo, febre, rash e
comprometimento hepático.
Em todos os casos de linfadenopatia recomenda-se acompanhamento médico por período
prolongado e todo esforço deve ser empregado para se alcançar o controle das crises
utilizando-se fármacos antiepilépticos alternativos.
O fígado é o principal órgão de biotransformação da fenitoína; pacientes com insuficiência
hepática, idosos, ou aqueles que estão gravemente doentes podem demonstrar sinais
precoces de toxicidade.
Uma pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína demonstrou ter
metabolização lenta do medicamento. O lento metabolismo pode ser justificado pela
disponibilidade enzimática limitada e falta de indução. Isto parece ser geneticamente
determinado.
A fenitoína e outras hidantoínas são contraindicadas em pacientes que apresentaram
hipersensibilidade à fenitoína. Além disso, deve-se ter cautela ao utilizar medicamentos
com estruturas similares (ex. barbitúricos, succinimidas, oxazolidinedionas e outros
componentes relacionados) nestes mesmos pacientes.
Fenitoína deve ser administrada com cautela em casos de discrasias sanguíneas, doença
cardiovascular, diabetes mellitus, funções hepática, renal ou tireoideana prejudicadas.
Considerando os relatos isolados associando a fenitoína à exacerbação da porfiria, deve-se
ter cautela quando fenitoína for utilizada em pacientes com esta patologia.
Relatou-se hiperglicemia resultante de efeito inibitório da fenitoína na liberação de insulina.
A fenitoína pode também aumentar as concentrações séricas de glicose em pacientes
diabéticos.
A osteomalácia foi associada ao tratamento com fenitoína devido à interferência da
fenitoína no metabolismo da vitamina D.
A fenitoína não está indicada para crises devido à hipoglicemia ou a outras causas
metabólicas. Procedimentos adequados de diagnóstico devem ser realizados nestes casos.
As concentrações plasmáticas de fenitoína acima do intervalo considerado ideal podem
produzir estado de confusão mental como delírio, psicose ou encefalopatia, ou raramente,
disfunção cerebelar irreversível. Portanto, recomenda-se o monitoramento dos níveis
plasmáticos aos primeiros sinais de toxicidade aguda. A redução da dose de fenitoína está
indicada se a concentração de fenitoína for excessiva; caso os sintomas persistam, o
tratamento com fenitoína deve ser descontinuado.
Foram relatados comportamentos ou intenções suicidas em pacientes tratados com agentes
antiepilépticos em várias indicações. Uma meta-análise dos estudos randomizados,
placebo-controlados de medicamentos antiepilépticos também demonstrou um pequeno
aumento no risco de pensamento e comportamento suicida. O mecanismo deste efeito não é
conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um efeito aumentado para
a fenitoína. Portanto, os pacientes devem ser monitorados quanto aos sinais de
comportamento ou intenções suicidas e um tratamento adequado deve ser considerado. Os
pacientes (e seus responsáveis) devem ser advertidos a procurar orientação médica
imediatamente caso surjam sinais de comportamento ou intenções suicidas.
Uma boa higiene dentária deve ser enfatizada durante o tratamento com fenitoína, a fim de
minimizar o desenvolvimento de hiperplasia gengival e suas complicações.
Gravidez e lactação
Diversos relatos sugerem uma relação entre o uso de fármacos antiepilépticos por mulheres
epilépticas e uma maior incidência de efeitos teratogênicos em crianças nascidas destas
mulheres. A maioria dos casos está relacionada à fenitoína e ao fenobarbital, mas estes
também são os fármacos anticonvulsivantes mais comumente prescritos. Relatos informais
ou menos sistemáticos sugerem uma possível associação similar com o uso de todos os
fármacos anticonvulsivantes conhecidos. Uma relação causa-efeito definitiva não foi
estabelecida uma vez que fatores genéticos ou a própria epilepsia podem ter papel
importante na causa de anomalias congênitas.
A grande maioria das gestantes epilépticas tratadas com medicamento antiepiléptico tem
bebês normais. Deve-se estar atento ao fato de que o tratamento antiepiléptico não deve ser
interrompido em pacientes nas quais o medicamento previne a ocorrência de crises
epilépticas de grande mal, devido à alta possibilidade de precipitação do estado de mal
epiléptico acompanhado de hipóxia e de risco de vida. Em casos particulares, nos quais a
gravidade e frequência das crises são tais que a retirada do medicamento não representa
ameaça séria ao paciente, deve-se considerar a interrupção do tratamento antes ou durante a
gravidez, embora não exista segurança que mesmo crises epilépticas menores não
representem algum perigo ao desenvolvimento do feto.
Riscos à gestante: durante a gravidez pode ocorrer um aumento na frequência das crises
epilépticas em uma grande proporção de pacientes, devido a alterações farmacocinéticas da
fenitoína. Recomenda-se um monitoramento frequente dos níveis plasmáticos de fenitoína
em mulheres grávidas como guia para um ajuste posológico adequado. Contudo, após o
parto, provavelmente será indicado o retorno à posologia original.
O médico deve aconselhar as mulheres epilépticas durante a gravidez e avaliar a relação
risco/ benefício.
Pode ocorrer um distúrbio de sangramento grave (que implica em risco de morte)
relacionado a níveis reduzidos de fatores de coagulação dependentes da vitamina K em
recém-nascidos expostos à fenitoína no útero. Esta condição induzida pelo medicamento
pode ser prevenida através da administração de vitamina K à mãe antes do parto, e ao
recém-nascido após o parto.
Embora a fenitoína seja excretada no leite materno, há baixo risco aos neonatos, desde que
os níveis de fenitoína na mãe sejam mantidos dentro da faixa terapêutica.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Populações especiais
Pacientes idosos
O clearance da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes
-medicamento-medicamento
Azapropazona: a azapropazona aumenta o risco de toxicidade uma vez que o uso
concomitante aumenta a concentração plasmática da fenitoína em decorrência da inibição
do metabolismo da fenitoína e do deslocamento da fenitoína dos sítios de ligação das
proteínas plasmáticas. A administração da azapropazona deve ser evitada nos pacientes que
recebem tratamento com a fenitoína.
Barbituratos: os pacientes mantidos com fenitoína e um barbiturato devem ser observados
quanto aos sinais de intoxicação com fenitoína caso o barbiturato seja retirado.
Beclamida: casos individuais de leucopenia reversível foram associados com altas doses de
beclamida (1,5 a 5g por dia) em associação com outros anticonvulsivantes como
barbitúricos e fenitoína. O perfil hematológico deve ser monitorado regularmente quando
doses maiores que as recomendadas forem administradas ou outros anticonvulsivantes
forem administrados em conjunto com a beclamida. O mecanismo de ação não é conhecido.
Ciprofloxacino: quando coadministrado com a fenitoína, o ciprofloxacino pode levar a
uma diminuição dos níveis plasmáticos da fenitoína.
Cloranfenicol: os pacientes recebendo simultaneamente fenitoína e cloranfenicol devem
ser rigorosamente observados quanto aos sinais de intoxicação com a fenitoína, uma vez
que o cloranfenicol reduz o metabolismo da fenitoína. A dose de anticonvulsivante deve ser
reduzida, se necessário. A possibilidade de se usar um antibiótico alternativo deve ser
considerada.
Corticosteroides: a fenitoína aumenta o clearance do corticosteroide reduzindo sua
eficácia. A eficácia terapêutica do agente corticosteroide deve ser monitorada; pode ser
necessário um aumento na dose do corticosteroide da ordem de 2 vezes ou mais durante
tratamento combinado com a fenitoína. Recomenda-se monitoramento periódico dos níveis
de fenitoína uma vez que doses maiores de fenitoína também podem ser necessárias,
considerando que o corticosteroide pode aumentar ou reduzir os níveis de fenitoína.
Delavirdina: a coadministração de delavirdina e fenitoína não é recomendada em
decorrência da redução substancial das concentrações plasmáticas da delavirdina
observados com o uso concomitante, em decorrência da indução do metabolismo da
delavirdina.
Dissulfiram: este fármaco inibe o metabolismo hepático da fenitoína. Os níveis sanguíneos
de fenitoína são aumentados e a excreção urinária diminuída dentro de quatro horas após
administração da primeira dose de dissulfiram. Os pacientes que recebem os dois fármacos
devem ser monitorados. A redução da dose de fenitoína pode ser necessária em alguns
pacientes.
Estatinas metabolizadas pelo CYP3A4, como em particular atorvastatina,
sinvastatina, lovastatina, fluvastatina e cerivastatina: a fenitoína pode diminuir a
eficácia destes medicamentos.
Fenilbutazona: este fármaco aumenta o risco de toxicidade com a fenitoína, uma vez que
reduz o metabolismo hepático da fenitoína e altera a fixação às proteínas plasmáticas.
Os pacientes recebendo ambos os fármacos devem ser observados quanto aos sinais de
intoxicação da fenitoína.
Fluoracila e/ou prodrogas (como tegafur, gimeracila e oteracila): quando
coadministrados com a fenitoína podem aumentar a concentração plasmática da fenitoína.
Folatos: os folatos reduzem a eficácia da fenitoína. O uso concomitante do ácido fólico
com a fenitoína resultou num aumento da frequência de crises convulsivas e na redução dos
níveis de fenitoína em alguns pacientes. A fenitoína tem potencial de diminuir os níveis
plasmáticos de folato e, portanto, deve ser evitada durante a gravidez.
Hidróxido de alumínio: a administração simultânea da fenitoína com hidróxido de
alumínio pode acarretar na diminuição da concentração sérica da fenitoína.
Imatinibe: o uso concomitante de imatinibe e fenitoína reduz as concentrações plasmáticas
do imatinibe devido à indução do seu metabolismo pelo citocromo P4503A4. Recomenda-
se cautela quando o imatinibe é coadministrado com um potente indutor do CYP3A4, como
por exemplo, a fenitoína. Devem-se considerar terapias alternativas a fenitoína que
apresentem um potencial de indução enzimática menor. Entretanto, se o imatinibe for
utilizado concomitantemente a fenitoína, recomenda-se um aumento de no mínimo 50% da
dose do imatinibe para manter a eficácia terapêutica e um monitoramento cuidadoso da
resposta clínica.
Irinotecano: o uso concomitante de irinotecano e fenitoína reduz a exposição ao
irinotecano e ao seu metabólito ativo SN-38. Isso ocorre devido à indução do metabolismo
do irinotecano mediado pelo CYP3A4 causado pela fenitoína e pode reduzir a eficácia do
tratamento com irinotecano em pacientes adultos e pediátricos. Um tratamento
anticonvulsivante alternativo que não apresente indução enzimática deve ser considerado.
A substituição deve ser iniciada pelo menos duas semanas antes do início do tratamento
com irinotecano.
Isoniazida: os pacientes recebendo ambos os fármacos devem ser rigorosamente
observados quanto aos sinais de toxicidade da fenitoína. Os níveis séricos de fenitoína
devem ser monitorados quando o tratamento com isoniazida for introduzido ou
descontinuado e os ajustes na dose de fenitoína devem ser feitos de acordo.
Lidocaína: a lidocaína e a fenitoína pertencem à classe dos antiarrítmicos IB. O uso
concomitante pode resultar em depressão cardíaca aditiva. Além disso, existem evidências
de que a fenitoína possa estimular o metabolismo hepático da lidocaína resultando em uma
redução da concentração sérica da lidocaína. O uso combinado deve ser administrado com
cautela. O status cardíaco do paciente deve ser monitorado. Se possível, o tratamento
concomitante deve ser evitado em pacientes com doença cardíaca conhecida.
Lopinavir: o uso concomitante de fenitoína e lopinavir pode resultar numa redução da
concentração plasmática do lopinavir e pode causar redução na concentração da fenitoína
no steady-state. Portanto, aconselha-se cautela e monitoramento dos níveis de fenitoína
durante a coadministração. O regime posológico de uma dose por dia de lopinavir não deve
ser administrado quando o paciente também estiver recebendo fenitoína.
Metotrexato: a administração concomitante de metotrexato e fenitoína reduz a eficácia da
fenitoína devido a redução da sua absorção gástrica. Além disso, há um aumento no risco
de toxicidade do metotrexato devido ao deslocamento do metotrexato das proteínas
plasmáticas pela fenitoína. A concentração de fenitoína deve ser obtida durante e após o
tratamento combinado para assegurar uma cobertura anticonvulsivante adequada. Os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto ao possível aumento do risco de
toxicidade do metotrexato (leucopenia, trombocitopenia, anemia, nefrotoxicidade e
ulcerações na mucosa).
Posaconazol: o posaconazol é principalmente metabolizado pela glucuronidação UDP
(UDP-G) e pela p-glicoproteína.
Também é um inibidor das enzimas CYP3A4. A coadministração com a fenitoína, substrato
da CYP3A4 e indutor da UDPG, resultou na redução da concentração de posaconazol e no
aumento da concentração de fenitoína. O uso concomitante de fenitoína e posaconazol deve
ser evitado a menos que o potencial benefício justifique claramente o potencial risco.
Entretanto, se estes fármacos forem coadministrados, os níveis de fenitoína devem ser
frequentemente monitorados e deve-se considerar a redução da dose de fenitoína.
Quetiapina: a coadministração de quetiapina e fenitoína reduz a eficácia da quetiapina
devido à indução do seu metabolismo pela fenitoína. Pode ser necessário aumentar as doses
de quetiapina para manter o controle dos sintomas psicóticos nos pacientes recebendo
tratamento combinado. Recomenda-se cautela ao retirar a fenitoína do tratamento ou
durante a substituição por outro anticonvulsivante não indutor enzimático.
Salicilatos: altas doses de salicilatos podem deslocar a fenitoína por fixação da proteína
plasmática, aumentando assim a concentração da fenitoína livre (ativa) no plasma. Embora
a concentração sérica total da fenitoína possa estar reduzida durante o tratamento com
salicilatos, a concentração de fenitoína sérica livre parece não ser afetada e, portanto não há
necessidade de alteração da dose na maioria dos pacientes. Altas doses de salicilatos devem
ser administradas com cautela a pacientes em tratamento com fenitoína, especialmente se
os pacientes parecem propensos à intoxicação.
Sulfonamidas: podem aumentar os riscos de toxicidade da fenitoína uma vez que podem
inibir o metabolismo da fenitoína.
Pode ser necessária uma redução na dose de fenitoína durante tratamento concomitante.
Tacrolimo: quando estes fármacos são utilizados concomitantemente, os pacientes devem
ser monitorados quanto à redução das concentrações plasmáticas do tacrolimo e
consequente redução de sua eficácia. Pode ser necessário aumentar as doses de tacrolimo.
Além disso, os pacientes devem ser monitorados quanto ao aumento dos níveis de fenitoína
e controle das crises epilépticas. O provável mecanismo de ação é o aumento do
metabolismo do tacrolimo ou redução do clearance da fenitoína.
Tipranavir: recomenda-se cautela quando a fenitoína for prescrita a pacientes que estejam
recebendo tipranavir uma vez que a fenitoína induz o metabolismo mediado pelo CYP3A4
do tipranavir reduzindo suas concentrações plasmáticas.
Voriconazol: a fenitoína, quando administrada concomitantemente com o voriconazol,
induz o metabolismo do voriconazol mediado pelo citocromo P450. Além disso, ocorre
inibição competitiva do citocromo P450 2C9 pelo voriconazol e pela fenitoína reduzindo o
metabolismo da fenitoína. Recomenda-se um monitoramento frequente das concentrações
de fenitoína e dos eventos adversos relacionados a fenitoína durante a coadministração. A
fenitoína pode ser coadministrada com o voriconazol, se a dose de manutenção do
voriconazol for aumentada de 4mg/kg para 5mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, ou
de 200mg para 400mg por via oral a cada 12 horas (100mg para 200mg oral a cada 12
horas em pacientes com menos de 40kg).
-medicamento - planta medicinal
Erva de São João: a administração concomitante de fenitoína e Erva de São João reduz a
eficácia da fenitoína devido a indução do citocromo P450 3A4 pela Erva de São João. Esta
interação não foi reportada clinicamente e é baseada na interação da Erva de São João com
outros fármacos metabolizados pela mesma via. O uso concomitante deve ser evitado.
Caso o paciente continue o tratamento com Erva de São João durante terapia com a
fenitoína, ele deve tomá-la de uma fonte confiável que assegure uma quantidade estável de
ingrediente ativo. Além disso, os níveis de fenitoína devem ser monitorados e estabilizados
e os sintomas de ausência de eficácia (aumento de crises epilépticas) devem ser
cuidadosamente monitorados. Se o paciente descontinuar o uso da Erva de São João, pode
ser necessário reduzir a dose da fenitoína e os sintomas de toxicidade da fenitoína
(nistagmo, ataxia, disartria, hiper-reflexia, depressão no SNC, alteração do status mental e
alucinação) devem ser monitorados.
-medicamento - substância química
Etanol: a ingestão aguda de álcool pode aumentar as concentrações plasmáticas de
fenitoína, enquanto que seu uso crônico pode diminuí-las. Os pacientes epilépticos que
fazem uso crônico do álcool devem ser rigorosamente observados quanto ao decréscimo
dos efeitos anticonvulsivantes. É necessário um acompanhamento rotineiro da concentração
plasmática da fenitoína.
-medicamento – alimento
Interações entre Preparações Nutricionais/Alimentação Enteral: relatos da literatura
sugerem que pacientes que receberam preparações nutricionais enteral e/ou equivalentes de
suplementos nutricionais têm níveis plasmáticos de fenitoína menores que os esperados.
Portanto, sugere-se que fenitoína não seja administrada concomitantemente com preparação
nutricional enteral. Nestes pacientes, pode ser necessária a monitoração mais frequente dos
níveis séricos de fenitoína.
-medicamento – exame laboratorial
Interações com Testes Laboratoriais: a fenitoína pode causar diminuição dos níveis
séricos de T4. Também pode produzir valores menores que os normais para teste de
metirapona ou dexametasona. A fenitoína pode causar níveis séricos aumentados de
glicose, fosfatase alcalina e gama glutamil transpeptidase.
Deve-se ter cautela quando métodos imunoanalíticos forem utilizados para mensurar as
concentrações plasmáticas de fenitoína.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas: Solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Quando for necessário efeito imediato, como nos controles de uma crise aguda e no estado
de mal epiléptico, recomenda-se a forma injetável, preferencialmente pela via intravenosa.
A interrupção do tratamento deve ser feita de forma gradual.
Instruções para administração de fenitoína injetável
Não é recomendada a adição da solução injetável de fenitoína a soluções para infusão
intravenosa devido à sua baixa solubilidade e à consequente possibilidade de precipitação.
Entretanto, alguns médicos sugerem que a infusão intravenosa seja razoável em diluição
compatível, como forma de se evitar alguns efeitos adversos relacionados à aplicação
intravenosa direta. A fenitoína é mais estável em soluções salinas, portanto, as soluções de
cloreto de sódio 0,9% devem ser a escolha no caso da necessidade de diluição do
medicamento. As diluições com soluções glicosadas normalmente precipitam o produto e
não estão indicadas.
A infusão deve ser realizada por curtos períodos utilizando filtro de 0,22 micras (utilizado
entre o equipo e o paciente, para retirar os cristais que possivelmente tenham se formado
em consequência de precipitação).
Segue abaixo a posologia de fenitoína por indicação terapêutica:
Uso adulto:
-Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 100 - 200mg
IM a cada 4 horas durante a cirurgia com continuidade no período pós-operatório. Dose
usual de manutenção de 300 a 400mg/dia (dose máxima de 600mg/dia).
-Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo
psicomotor e temporal): 100mg três vezes ao dia, dose de manutenção usual de 300 –
400mg/dia (dose máxima de 600mg/dia).
-Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 – 15mg/kg IV (não exceder 50mg/min),
seguido por dose de manutenção de 100mg por via oral ou intravenosa a cada 6 a 8 horas.
Uso em crianças: Crianças com mais de 6 anos e adolescentes podem necessitar da dose
mínima de adulto (300mg/dia).
A administração intramuscular (IM) não está recomendada em crianças.
-Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 5mg/kg/dia
divididos igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300mg/dia; a dose
de manutenção usual é de 4 a 8mg/kg/dia; Crianças com mais de 6 anos podem necessitar
da dose mínima de adulto (300mg/dia).
psicomotor e temporal): 5mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações,
até um máximo de 300mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8mg/kg/dia; Crianças
com mais de 6 anos podem necessitar da dose mínima de adulto (300mg/dia).
-Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 – 15mg/kg por via intravenosa (não
exceder 1 a 3mg/kg/dia).
Populações especiais
-Pacientes idosos: inicialmente 3mg/kg/dia em doses divididas; a dose deve ser ajustada de
acordo com as concentrações séricas de hidantoína e de acordo com a resposta do paciente.
-Hipoalbuminemia: (concentração de fenitoína normalizada em pacientes
hipoalbuminêmicos) concentração de fenitoína sérica normal em pacientes não
hipoalbuminêmicos = concentração de fenitoína sérica observada em pacientes
hipoalbuminêmicos, dividido por 0,25 vezes a concentração de albumina mais 0,1.
-Pacientes com doença hepática: pode haver um aumento da concentração de fenitoína
livre em pacientes com insuficiência hepática; a análise das concentrações de fenitoína livre
pode ser útil nestes pacientes.
-Pacientes obesos: a dose de ataque intravenosa deve ser calculada com base no peso
corpóreo ideal mais 1,33 vezes o excesso de peso com relação ao peso ideal, considerando
que a fenitoína é preferencialmente distribuída em gordura.
-Gravidez: as necessidades de fenitoína são maiores durante a gravidez, requerendo um
aumento na dose em algumas pacientes. Após o parto, a dose deve ser reduzida para evitar
toxicidade.
-Pacientes com insuficiência renal: pode haver um aumento da concentração de fenitoína
livre em pacientes com doença renal; a análise das concentrações de fenitoína livre pode ser
útil nestes pacientes.
O clearance da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes
idosos podem requerer doses menores.
Não há estudos dos efeitos de fenitoína sódica administrada por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve
ser somente por via intravenosa ou intramuscular.
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000)
Reação muito rara (≤ 1/10.000)
Sistema Nervoso Central: as manifestações mais comuns observadas com o uso de
fenitoína estão relacionadas a este sistema e são normalmente relacionadas à dose. Estas
incluem nistagmo, ataxia, dificuldade na fala, redução na coordenação e confusão mental.
Foram também observadas vertigem, insônia, nervosismo transitório, contração motora e
cefaleia. Foram também relatados raros casos de discinesia induzida por fenitoína,
incluindo coreia, distonia, tremor e asterixe, similares àqueles induzidos pela fenotiazina e
outros fármacos neurolépticos.
Polineuropatia periférica predominantemente sensorial foi observada nos pacientes
recebendo tratamento a longo prazo com a fenitoína.
Sistema gastrintestinal: náusea, vômitos, constipação, hepatite tóxica e dano hepático.
Sistema tegumentar: manifestações dermatológicas algumas vezes acompanhadas de febre
incluíram rash morbiliforme e escarlatiniforme. O rash morbiliforme (semelhante ao
sarampo) é o mais comum; outros tipos de dermatites são observados mais raramente.
Outras formas mais graves que podem ser fatais incluíram dermatite bolhosa, esfoliativa ou
purpúrica, lúpus eritematoso, Síndrome de Stevens-Jonhson e necrólise epidérmica tóxica .
Sistema hemopoiético: complicações hemopoiéticas, algumas fatais, foram
ocasionalmente relatadas em associação com a administração de fenitoína. Estas incluíram
trombocitopenia, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose e pancitopenia com ou sem
supressão da medula óssea. Embora tenham ocorrido macrocitose e anemia megaloblástica,
estas condições correspondem geralmente à terapia com ácido fólico. Foram relatados casos
de linfadenopatia incluindo hiperplasia de nódulo linfático benigno, pseudolinfoma,
linfoma e doença de Hodgkin.
Sistema do tecido conectivo e musculoesquelético: acentuação das características faciais,
aumento dos lábios, hiperplasia gengival, hipertricose e doença de Peyronie. Edema,
descoloração e dor que ocorrem no local da injeção (descrito como “Síndrome da luva
roxa”).
Osteopenia, osteoporose, fraturas e diminuição da densidade óssea, em pacientes em
tratamento de longo prazo com fenitoína.
Sistema Cardiovascular: a rápida administração intravenosa de fenitoína pode resultar em
hipotensão, bradicardia e outras disritmias (isto pode estar relacionado ao diluente
propilenoglicol).
Sistema Imunológico: síndrome de hipersensibilidade (no qual se pode incluir, mas não se
limitar aos sintomas tais como artralgia, eosinofilia, febre, disfunção hepática,
linfadenopatia ou rash), lúpus eritematoso sistêmico, anormalidades de imunoglobulinas.
A incidência dos eventos adversos tendem a aumentar tanto em função do aumento da dose
quanto do aumento da velocidade de infusão.
Os eventos clínicos adversos mais importantes causados pela administração intravenosa de
fenitoína são colapso cardiovascular e/ ou depressão do sistema nervoso central.
Hipotensão pode ocorrer se o fármaco for administrado rapidamente pela via intravenosa.
Os eventos adversos clínicos mais comumente observados com o uso de fenitoína em
estudos clínicos foram: nistagmo, vertigem, prurido, parestesia, cefaleia, sonolência e
ataxia. Com duas exceções, estes eventos são comumente associados à administração
intravenosa da fenitoína. Parestesia e prurido, entretanto, foram muito mais frequentemente
associados à administração intravenosa do que com a administração intramuscular de
fenitoína. Estas sensações, geralmente descritas como prurido, queimaduras ou
formigamento não foram normalmente observadas no local da infusão. O local do
desconforto variou, sendo a virilha mencionada mais frequentemente como o local
envolvido.
Parestesia e prurido foram eventos transitórios que ocorreram dentro de alguns minutos
após o início da infusão e que geralmente desapareceram 10 minutos após a infusão de
fenitoína solução injetável. Alguns pacientes apresentaram sintomas durante horas. Estes
eventos não aumentaram em gravidade com a administração repetida.
Eventos adversos ou alterações clínicas laboratoriais concomitantes sugerindo processo
alérgico não foram observados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
A dose letal em pacientes pediátricos, ainda não é conhecida.
A dose letal em adultos é estimada em 2 a 5g. Os sintomas iniciais são: nistagmo, ataxia e
disartria. Outros sinais são: tremor, hiper-reflexia, letargia, fala arrastada, náuseas, vômitos.
O paciente pode tornar-se comatoso e hipotensivo. A morte ocorre em decorrência da
depressão respiratória e circulatória.
Existem variações acentuadas entre os indivíduos em relação aos níveis séricos de fenitoína
em que pode ocorrer toxicidade. O nistagmo na visão lateral geralmente ocorre com níveis
de 20mcg/mL, ataxia com 30mcg/mL, disartria e letargia ocorrem quando a concentração
sérica é superior a 40mcg/mL, porém uma concentração de até 50mcg/mL foi relatada
como isenta de evidências de toxicidade. Foram ingeridas doses 25 vezes maiores que a
dose terapêutica, produzindo uma concentração sérica superior a 100mcg/mL, com
recuperação completa.
O tratamento não é específico já que não existe um antídoto conhecido.
O funcionamento adequado dos sistemas respiratório e circulatório deve ser
cuidadosamente monitorado e, se necessário, deverão ser instituídas medidas de suporte
adequadas.
Se o reflexo de vômito estiver ausente, as vias aéreas devem ser mantidas desobstruídas.
Pode ser necessário o uso de oxigênio, vasopressores e ventilação assistida para depressões
do SNC, respiratória e cardiovascular.
Finalmente, pode-se considerar o uso da hemodiálise uma vez que a fenitoína não é
completamente ligada às proteínas plasmáticas.
Transfusões sanguíneas totais têm sido utilizadas no tratamento de intoxicações severas em
pacientes pediátricos.
Na superdosagem aguda, deve-se considerar a possibilidade da presença de outros
depressores do SNC, incluindo o álcool.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.