Bula do Fenobarbital (Port. 344/98 - Lista B1) produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
fenobarbital
Comprimido 100mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 30 e 100 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
fenobarbital...............................................................................................................100mg
Excipiente q.s.p.............................................................................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amido, croscarmelose sódica, talco, estearato de
magnésio e água de osmose reversa.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado à prevenção do aparecimento de convulsões em
indivíduos com epilepsia (doença do sistema nervoso central que causa convulsões ou
ausências do paciente) ou crises convulsivas de outras origens.
O fenobarbital, princípio ativo deste medicamento, é um barbitúrico com propriedades
anticonvulsivantes e sedativas, devido à capacidade de elevar o limiar de convulsão
(quantidade de estímulos necessários para provocar convulsões), pois age no sistema
nervoso central (SNC). Tempo médio de início de ação: 1 hora após administração por
via oral.
O fenobarbital não deve ser utilizado nos seguintes casos: porfiria (doença metabólica
que se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas),
insuficiência respiratória severa, insuficiência hepática (do fígado) ou renal (dos rins)
graves e em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade aos barbitúricos.
O fenobarbital também é contraindicado em pacientes que fazem uso de saquinavir e
ifosfamida e que utilizam fenobarbital como tratamento profilático. (vide O que devo
saber antes de tomar este medicamento?).
O fenobarbital é contraindicado também com uso de álcool, estrógenos e progestogênio
(hormônios sexuais femininos) utilizados como contraceptivos (vide O que devo saber
antes de tomar este medicamento?) e durante a lactação (vide O que devo saber antes de
tomar este medicamento?).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência
respiratória severa, insuficiência hepática ou renal graves, pacientes com porfiria e
por mulheres durante a lactação.
ADVERTÊNCIAS
O fenobarbital não é indicado para o tratamento de convulsões de ausência ou
convulsões mioclônicas, as quais, algumas vezes, podem ser exacerbados.
Embora raro, a introdução de um tratamento anticonvulsivante pode ser seguido de um
aumento na incidência de convulsões, ou pelo início de um novo tipo de convulsão em
alguns pacientes. Este aumento não está relacionado às flutuações observadas em
algumas formas de epilepsia. No caso do fenobarbital, as causas para isto podem ser:
escolha inapropriada da medicação para o tipo de convulsão/epilepsia a ser tratada,
alteração na medicação anticonvulsivante concomitante ou a interação farmacocinética
com esta medicação concomitante, toxicidade ou superdose. Não existe nenhuma outra
explicação para isto além da reação paradoxal (agitação, movimentos involuntários,
tremores).
O tratamento prolongado com fenobarbital pode levar à dependência. No caso de
interrupção do tratamento, a dose deve ser reduzida gradualmente, sob orientação
médica.
Como com outros fármacos anticonvulsivantes, a interrupção abrupta do tratamento
pode levar a crises convulsivas e estado epiléptico, particularmente em pacientes
alcoólatras.
Foram relatados comportamentos e intenções suicidas em pacientes tratados com
agentes anti-epilépticos em várias indicações. Portanto, os pacientes devem ser
monitorados quanto aos sinais de comportamentos ou intenções suicidas e um
tratamento adequado deve ser considerado. Os pacientes (e seus responsáveis) devem
ser advertidos a procurar orientação médica imediatamente caso surjam sinais de
comportamentos ou intenções suicidas.
Reações adversas cutâneas severas: Foram reportadas reações cutâneas que implicam
em risco de vida [Síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica
caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica
tóxica (quadro grave, onde uma grande extensão de pele começa a apresentar bolhas e
evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura)] com o uso de
fenobarbital. Os pacientes devem ser informados sobre os sinais e sintomas e
monitorados de perto quanto as reações cutâneas. O tratamento com fenobarbital deve
ser descontinuado caso sintomas e sinais de Síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise
epidérmica tóxica (por exemplo: rash cutâneo progressivo muitas vezes com bolhas ou
lesões na mucosa) estiverem presentes.
PRECAUÇÕES
O tratamento com fenobarbital deve ser interrompido se forem observados sinais de
hipersensibilidade, reações cutâneas (na pele) ou disfunção hepática.
Deve-se reduzir a dosagem em pacientes com insuficiência renal, insuficiência hepática
[é necessário o monitoramento dos parâmetros laboratoriais, uma vez que existe o risco
de encefalopatia hepática (disfunção do sistema nervoso central em associação com
falência hepática)], em pacientes idosos e em alcoólatras.
O consumo de bebidas alcoólicas é fortemente desencorajado durante o tratamento com
fenobarbital (devido à potencialização recíproca dos efeitos de ambos sobre o SNC).
Deve-se evitar a ingestão de qualquer quantidade de álcool.
Consulte o seu médico quanto à utilização de medicamentos que contenham álcool
como excipiente.
Gravidez e amamentação
As gestantes epilépticas devem procurar um médico especialista assim que houver a
suspeita da gravidez, para a devida adequação do tratamento.
Riscos relacionados à epilepsia e aos anticonvulsivantes: Independente da medicação
anticonvulsivante, demonstrou-se que a taxa total de malformações congênitas (doenças
existentes ao nascimento ou antes do nascimento) em crianças nascidas de mulheres
epilépticas tratadas é 2 a 3 vezes maior que a taxa normal (aproximadamente 3%).
Embora um aumento da frequência de crianças malformadas tenha sido observado com
a utilização de associações de tratamentos anticonvulsivantes, a relação entre os vários
medicamentos e as malformações ainda não foi estabelecida.
As malformações congênitas mais frequentemente observadas são fenda labial (defeito
do lábio superior) e malformações cardiovasculares.
A interrupção abrupta do tratamento contra convulsões em mulheres grávidas pode
causar agravamento da doença com consequências prejudiciais ao feto. O tratamento
deve ser interrompido apenas sob recomendação médica especializada, levando-se em
conta as características individuais da paciente.
Riscos associados ao fenobarbital: Os estudos em animais de uma espécie única (ratos)
demonstraram efeito de malformação congênita (fenda no palato).
Em humanos, o número de mulheres expostas ao fenobarbital no primeiro trimestre da
gravidez, em vários estudos ainda é muito limitado para permitir conclusões precisas
com relação ao risco; entretanto, este risco, se existir, é muito pequeno.
Conforme a gestação progride, podem ser necessários ajustes posológicos do
fenobarbital.
Recomenda-se, ainda, suplementação adequada de ácido fólico, cálcio e vitamina K à
gestante que faz uso crônico de fenobarbital, devido às interferências deste com o
metabolismo dessas substâncias. Em caso de suplementação de ácido fólico veja ainda o
item Interações Medicamentosas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Recém-Nascidos: Os fármacos antiepilépticos, principalmente o fenobarbital, podem
causar:
-em alguns casos, síndrome hemorrágica nas primeiras 24 horas de vida das crianças
recém-nascidas de mães tratadas com fenobarbital. A administração oral de 10 a
20mg/dia de vitamina K1 na mãe, no mês anterior ao parto, e a prescrição de
suplementos apropriados de 1 a 10mg de vitamina K1 por via IV ao neonato logo após o
nascimento, parecem ser medidas efetivas nesta condição.
-raramente, síndrome de abstinência moderada (movimentos anormais, sucção
ineficiente); distúrbios do metabolismo do fósforo e do cálcio e da mineralização óssea.
A administração de fenobarbital à lactante não é recomendada, uma vez que o
fenobarbital passa para o leite materno causando sedação potencial que pode levar o
bebê a ter dificuldade de sucção, causando ganho de peso deficiente no período neonatal
imediato.
Populações especiais
Os pacientes idosos, pela função hepática e renal reduzida, podem se mostrar mais
suscetíveis a apresentar reações adversas, particularmente alterações da coordenação e
do equilíbrio. Por isso, recomenda-se cautela e redução das doses de fenobarbital em
idosos.
Alterações na capacidade de dirigir e operar máquinas
Os pacientes, particularmente os motoristas e as pessoas que operam máquinas, devem
estar atentos aos riscos de sonolência e tontura associados com esta medicação.
Durante o tratamento com fenobarbital, o paciente não deve dirigir veículos ou operar
máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Associações contraindicadas: Saquinavir; Ifosfamida.
Associações desaconselhadas: Álcool; Estrógenos e progestágenos (utilizados como
contraceptivos hormonais); Ritonavir.
Associações que requerem precauções: Ácido valproico, valpromida; Anticoagulantes
orais: eficácia reduzida; Antidepressivo imipramina; Inibidor de protease; Ciclosporina,
tacrolimus; Corticosteroides (glicocorticoides e mineralocorticoides sistêmicos);
Digitoxina; Diidropiridina; Disopiramida; Hidroquinidina, quinidina; Doxiciclina;
Estrógenos e progestágenos; Felbamato; Folatos; Hormônios tireoidianos; Ifosfamida;
Itraconazol; Metadona; Montelucaste; Progabida; Teofilina (base e sais) e aminofilina;
Zidovudina.
O médico deve realizar monitoramento clínico, testes laboratoriais ou eletrocardiograma
se aplicável. Se necessário o médico deve realizar ajuste de doses dos medicamentos.
Associações que devem ser levadas em consideração: Alprenolol, metoprolol e
propranolol (betabloqueadores); Outros depressores do sistema nervoso central:
derivados da morfina (analgésicos, antitussígenos e terapias de reposição),
benzodiazepínicos, outros ansiolíticos não benzodiazepínicos (carbamatos, captodiama,
etifoxina), hipnóticos, antidepressores sedativos, neurolépticos, antagonistas do receptor
histamínico H1 sedativos, anti-hipertensivos centrais, baclofeno, talomida: pode ocorrer
exacerbação dos efeitos depressores do SNC, com sérias consequências, especialmente
sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas;
-Carbamazepina;
-Metotrexato;
-Derivados da morfina (analgésicos, antitussígenos e terapias de reposição);
-Fenitoína;
-Procarbazina.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a
sua saúde.
MEDICAMENTO?
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO
CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE
(15 A 30ºC). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Características do medicamento: Comprimido circular de cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos: 2 a 3mg/kg/dia em dose única ou fracionada.
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.
A eficácia do tratamento e a avaliação do ajuste posológico devem ser realizadas
somente após 15 dias de tratamento. Se clinicamente necessário, os níveis de
barbitúricos devem ser monitorizados em amostras sanguíneas coletadas
preferencialmente pela manhã (geralmente entre 65 e 130µmol/L em adultos, ou seja, 15
a 30mg/L).
Não há estudos dos efeitos de fenobarbital administrado por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração
deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Populações especiais
Deve-se reduzir a posologia em indivíduos idosos, alcoólatras e em pacientes com
comprometimento da função renal e hepática. Neste último caso, recomenda-se
monitorização clínico-laboratorial, pois existe risco de encefalopatia hepática (disfunção
do sistema nervoso central em associação com falência hepática).
Pacientes idosos
Os pacientes idosos, pela função hepática e renal reduzida, podem se mostrar mais
suscetíveis a apresentar reações adversas, particularmente alterações da coordenação e
do equilíbrio. Por isso, recomenda-se cautela e redução das doses de fenobarbital em
idosos.
A interrupção abrupta do tratamento pode levar a crises convulsivas e estado epiléptico,
particularmente em pacientes alcoólatras. A interrupção do tratamento deve ser feita
gradualmente, sob orientação médica.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a
duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se
estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre
o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao
mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou
cirurgião-dentista.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este
-Sonolência no início do dia;
-Dificuldade em acordar e às vezes, dificuldade para falar;
-Problemas de coordenação e equilíbrio;
-Raramente, vertigem (tontura) com dor de cabeça;
-Reações alérgicas na pele, particularmente rash máculo-papulares escarlatiniformes ou
morbiliformes (áreas avermelhadas, puntiformes);
-Possíveis reações cutâneas graves incluindo casos raros de síndrome de Lyell’s,
dermatite esfoliativa (alteração da pele acompanhada de descamação), e síndrome de
Stevens-Johnson;
-Efeitos hepáticos: foram observados casos extremamente raros de hepatite;
-Síndrome de hipersensibilidade: foram reportados casos de alergia multisistêmica,
constituindo mais frequentemente de febre, rash, eosinofilia e disfunção hepática.
-Artralgia (dor nas articulações - síndrome mão-ombro ou reumatismo induzido por
fenobarbital);
-Distúrbios do humor;
-Anemia megaloblástica (células do sangue que ficam maiores que o normal) devido à
deficiência de ácido fólico;
-O tratamento prolongado com fenobarbital (100mg por dia por três meses) pode levar à
dependência;
-Osteomalácia (amolecimento dos ossos por carência de sais de cálcio) e raquitismo
(desenvolvimento anormal do osso);
-Contratura de Dupuytren (doença que dificulta a contratura de um ou mais dedos da
mão) foi muito raramente relatada.
-Densidade mineral óssea reduzida, osteopenia (redução da qualidade do osso),
osteoporose e fraturas em pacientes em tratamento a longo prazo com fenobarbital.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através
do seu serviço de atendimento.
A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas: Náusea, vômito, cefaleia, obsessão, confusão mental e até coma,
acompanhado por um estado neurovegetativo característico [bradipneia irregular
(diminuição da frequência respiratória sem padrão regular), obstrução das áreas dos
brônquios, hipotensão (pressão baixa)] podem ocorrer após a administração de doses
elevadas de fenobarbital.
Para o tratamento da superdose de fenobarbital recomenda-se:
-manutenção da permeabilidade das vias respiratórias e assistência ventilatória
mecânica com tratamento por meio da inalação de oxigênio complementar, se
necessário;
-manutenção da pressão arterial, hidratação e temperatura corporal;
-monitorização dos sinais vitais, do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico;
-se houver diurese normal deve-se aumentar o débito com alcalinização urinária, se
possível;
-terapia com antibiótico;
-medidas gerais complementares de manutenção da vida.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente
socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue
para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.