Bula do Fentanil para o Paciente

Bula do Fentanil produzido pelo laboratorio Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Fentanil
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda - Paciente

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BULA COMPLETA DO FENTANIL PARA O PACIENTE

FENTANIL®

(citrato de fentanila)

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.

solução injetável

50 mcg/mL

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Fentanil®

citrato de fentanila

APRESENTAÇÕES

Solução injetável de 78,5 mcg/mL de citrato de fentanila em embalagens com 5 ampolas de 2 mL, 5 mL ou 10

mL.

USO ESPINHAL, INTRAVENOSO E INTRAMUSCULAR

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL da solução injetável isotônica estéril contém 78,5 mcg de citrato de fentanila (equivalente a 50 mcg de

fentanila).

Excipientes: água para injetáveis e cloreto de sódio.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

POR QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

é indicado:

- para analgesia de curta duração durante o período anestésico (pré-medicação, indução e manutenção) ou

quando necessário no período pós-operatório imediato (sala de recuperação);

- para uso como componente analgésico da anestesia geral e suplemento da anestesia regional;

- para administração conjunta com neuroléptico na pré-medicação, na indução e como componente de

manutenção em anestesia geral e regional;

- para uso como agente anestésico único com oxigênio em determinados pacientes de alto risco, como os

submetidos a cirurgia cardíaca ou certos procedimentos neurológicos e ortopédicos difíceis;

- para administração espinhal no controle da dor pós-operatória, operação cesariana ou outra cirurgia

abdominal.

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

é um analgésico opioide que se caracteriza pelas seguintes propriedades: rápida ação, curta duração e

elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina).

A duração da analgesia obtida com Fentanil®

depende da intensidade do estímulo doloroso. Assim,

administrando-se 2 a 4 mL por via endovenosa, obtém-se ação analgésica praticamente imediata. Seu efeito se

instala dentro de 2 a 3 minutos.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

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é contraindicado em pacientes com intolerância a qualquer um de seus componentes ou a outros

opioides (derivados sintéticos da morfina, como por exemplo: petidina, propoxifeno, etorfina).

O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Depressão respiratória

Assim como com outros opioides potentes, a depressão respiratória está relacionada à dose e pode ser revertida

pelo uso de um antagonista opioide específico; contudo, doses adicionais podem ser necessárias uma vez que a

depressão respiratória pode ser mais duradoura que a ação do antagonista opioide. A analgesia profunda está

acompanhada por depressão respiratória marcante, que pode persistir ou recorrer durante o período pós-

operatório. Portanto, como ocorre com outros depressores do sistema nervoso central, os pacientes sob efeito de

devem receber vigilância médica adequada, devendo-se contar com equipamento para ressuscitação e

antagonista opioide à disposição. A hiperventilação durante a anestesia pode alterar a resposta do paciente ao

CO2, afetando, então, a respiração no pós-operatório.

No período pós-operatório, quando houver necessidade de analgésicos com atividade opioide, deve-se ter em

mente a dose total de Fentanil®

já administrada. Como o efeito depressor respiratório de Fentanil®

pode se

prolongar além da duração de seu efeito analgésico, as doses de analgésicos opioides devem ser reduzidas a 1/4

ou 1/3 das habitualmente recomendadas.

Rigidez muscular

pode causar rigidez muscular, comprometendo particularmente os músculos torácicos e, durante a

indução da anestesia, pode também atingir os movimentos musculares esqueléticos de vários grupos nas

extremidades, pescoço e globo ocular. Estes efeitos estão relacionados com a dose e a velocidade de injeção e a

incidência pode ser evitada através das seguintes medidas: injeção IV lenta (geralmente suficiente para doses

menores), uso de benzodiazepínicos na pré-medicação ou uso de relaxantes neuromusculares.

Podem ocorrer movimentos mioclônicos não epilépticos.

Uma vez instalada a rigidez muscular, a respiração, contudo, deverá ser assistida ou controlada. Deve-se ter em

mente que o emprego dos agentes bloqueadores neuromusculares deve ser compatível com o estado

cardiovascular do paciente.

pode também originar outros sinais e sintomas característicos dos analgésicos opioides, incluindo

euforia, miose, bradicardia e broncoconstrição.

Doença cardíaca

Bradicardia e possivelmente parada cardíaca podem ocorrer se o paciente recebeu uma quantidade insuficiente

de anticolinérgico ou quando Fentanil®

é combinado com relaxantes musculares não vagolíticos. A bradicardia

pode ser tratada com atropina.

pode provocar bradicardia, que, embora seja revertida pela atropina, implica o seu uso com cautela em

pacientes portadores de bradiarritmia. Opioides podem induzir hipotensão, especialmente em pacientes

hipovolêmicos; portanto, devem ser tomadas medidas apropriadas para manter a pressão arterial estável.

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Condições especiais de administração

O uso de opioides injetáveis em bolus deve ser evitado em pacientes com comprometimento intracerebral. Em

tais pacientes, a diminuição transitória na pressão arterial média tem sido esporadicamente acompanhada por

uma redução de curta duração na pressão de perfusão cerebral.

deve ser administrado com cautela, particularmente em pacientes com maior risco de depressão

respiratória como aqueles em estado de coma por trauma craniano ou tumor cerebral. Nestes pacientes, a redução

transiente da pressão arterial média tem sido, ocasionalmente, acompanhada por uma redução breve na pressão

de perfusão cerebral.

Pacientes em terapia crônica com opioides ou com história de abusos de opioides podem necessitar de doses

maiores de Fentanil®

.

A dose de Fentanil®

deve ser reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com cada caso. Fentanil®

é

recomendado para o uso em anestesiologia, não devendo ser empregado a não ser em centros cirúrgicos

equipados com aparelhagem adequada e com antídotos indicados.

Opioides devem ser titulados com cuidado em pacientes que apresentarem qualquer uma das seguintes

condições: doença pulmonar, capacidade respiratória reduzida, insuficiência hepática ou renal, hipotireoidismo

não controlado e alcoolismo. Tais pacientes também necessitam de monitoramento pós-operatório prolongado.

deve ser usado com cautela nos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou outras

patologias que diminuem a capacidade respiratória. Durante a anestesia, isso pode ser solucionado por meio de

respiração assistida ou controlada.

Deve-se levar em consideração que a depressão respiratória provocada pelo Fentanil®

pode ser mais prolongada

do que a duração do efeito do antagonista opioide empregado, devendo-se, portanto, manter cuidado médico

adequado.

Quando aplicado na técnica de neuroleptoanalgesia, associado ao droperidol, e eventualmente complementado

pelo protóxido de nitrogênio, curarizantes ou outros agentes, é desaconselhável a administração simultânea de

outros neurolépticos ou analgésicos morfínicos. Quando utilizado no trabalho de parto com feto vivo, existe a

possibilidade de atravessar a barreira placentária e causar depressão do centro respiratório do feto, razão pela

qual seu uso deve ser feito com cautela, por anestesistas com experiência nessa técnica. Não se deve ultrapassar

a dose recomendada a fim de evitar possível depressão respiratória e hipertonia muscular. Tem sido relatada a

possibilidade de que o protóxido de nitrogênio provoque depressão cardiovascular quando administrado com

altas doses de Fentanil®

. Quando usado como suplemento da anestesia regional, o anestesista deve ter em mente

que esse tipo de anestesia pode provocar depressão respiratória por bloqueio dos nervos intercostais, depressão

essa que pode ser potencializada pelo Fentanil®

utilizado em associação com tranquilizante como o droperidol.

Quando tal combinação é usada, há uma incidência maior de hipotensão que deve ser controlada com medidas

adequadas, incluindo, se necessário, o uso de agentes pressores que não sejam a adrenalina.

Interação com neurolépticos

Se Fentanil®

for administrado com um neuroléptico, o médico deve estar familiarizado com as propriedades

específicas de cada fármaco, particularmente a diferença na duração da ação. Quando tal combinação for

utilizada, existe uma maior incidência de hipotensão.

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Os neurolépticos podem induzir o aparecimento de sintomas extrapiramidais que podem ser controlados por

agentes anti-parkinsonianos.

Síndrome serotoninérgica

Recomenda-se cautela quando Fentanil®

for coadministrado com outros medicamentos que afetam os sistemas

neurotransmissores serotoninérgicos.

O desenvolvimento de uma síndrome serotoninérgica com potencial de ameaça à vida pode ocorrer com o uso

concomitante de medicamentos serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina

(ISRSs) e inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSNs), e com medicamentos que

comprometem o metabolismo da serotonina [incluindo inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)]. Isso pode

ocorrer com a dose recomendada.

A síndrome serotoninérgica pode incluir mudanças no estado mental (por exemplo, agitação, alucinações, coma),

instabilidade autonômica (por exemplo, taquicardia, pressão arterial instável, hipertermia), anormalidades

neuromusculares (por exemplo, hiper-reflexia, falta de coordenação, rigidez), e/ou sintomas gastrintestinais (por

exemplo, náusea, vômito, diarreia).

Seu médico deverá considerar uma rápida interrupção de Fentanil®

se houver suspeita de síndrome

serotoninérgica.

Dependência e abuso da medicação

é um medicamento que contém uma substância de uso controlado que pode provocar dependência do

tipo morfínico e que apresenta potencial para abuso. Pelas características da substância, seu emprego está restrito

às indicações anestésicas e sob cuidado e orientação de profissional habilitado.

Este medicamento pode causar doping.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Os pacientes só poderão dirigir e operar máquinas se um tempo suficiente tiver transcorrido após a administração

de Fentanil®

(pelo menos 24 horas).

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e

atenção podem estar prejudicadas.

Gravidez

Não existem dados adequados para o uso de Fentanil®

em mulheres grávidas. O Fentanil®

pode cruzar a

placenta no início da gravidez. Os estudos em animais têm demonstrado alguma toxicidade reprodutiva. O risco

potencial em humanos é desconhecido. A administração IV ou IM durante o parto (incluindo cesárea) não é

recomendada, pois o Fentanil®

atravessa a placenta e pode suprimir a respiração espontânea no período

neonatal. Se Fentanil®

for administrado, deve-se ter imediatamente disponível um equipamento de ventilação

assistida para a mãe e para a criança, se necessário. Um antagonista opioide deve estar sempre disponível para a

criança.

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Amamentação

é excretado no leite materno. Portanto, não é recomendável o uso do leite materno por um período de

24 horas após a administração de Fentanil®

. O risco/benefício da amamentação após a administração de

deve ser considerado.

Fertilidade

Não existem dados clínicos disponíveis sobre os efeitos de fentanila sobre a fertilidade de homens e mulheres.

Em estudos em animais, alguns testes em ratos demonstraram redução da fertilidade em fêmeas nas doses tóxicas

maternas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

A dose inicial de Fentanil®

deve ser reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com cada caso.

Ainda não se estabeleceu a segurança de Fentanil®

em criança abaixo de 2 anos de idade.

deve ser administrado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática ou renal.

Interações medicamentosas

Efeito dos outros medicamentos sobre Fentanil®

O emprego concomitante de Fentanil®

com outros depressores do sistema nervoso central (por exemplo:

barbitúricos, benzodiazepínicos, neurolépticos, outros opioides ou agentes anestésicos gerais e bebidas

alcoólicas) proporcionará efeitos aditivos ou potencializadores. Nesses casos, a dose de Fentanil®

poderá ser

reduzida. A fentanila, um fármaco de alta depuração, é rápida e extensivamente metabolizada principalmente

pelo CYP3A4. O itraconazol (um inibidor potente do CYP3A4) administrado por via oral durante 4 dias na dose

de 200 mg/dia não teve efeito significativo sobre a farmacocinética da fentanila.

O ritonavir oral (um dos inibidores mais potentes do CYP3A4) reduziu a depuração da fentanila em dois terços;

contudo, as concentrações do pico plasmático após uma dose única de Fentanil®

não foram afetadas. A

coadministração de fluconazol ou voriconazol e Fentanil®

pode resultar em um aumento da exposição à

fentanila.

Quando Fentanil®

é utilizado em dose única, o uso concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 requer

cuidados especiais e observação do paciente. Com tratamento contínuo, a redução da dose de fentanila pode ser

necessária para evitar seu acúmulo, o qual pode aumentar o risco de depressão respiratória tardia ou prolongada.

Inibidores da monoaminoxidase (MAO)

Tem sido descrita uma potencialização imprevisível e intensa dos inibidores da MAO pelos analgésicos opioides.

Dessa maneira, os pacientes em uso desses inibidores devem ter sua administração suspensa por pelo menos 2

semanas antes de receberem Fentanil®

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Medicamentos serotoninérgicos

A coadministração de fentanila com um agente serotoninérgico, como um inibidor seletivo da recaptação da

serotonina (ISRS), um inibidor da recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSN) ou um inibidor da

monoaminoxidase (IMAO), pode aumentar o risco de síndrome serotoninérgica, uma condição com potencial de

ameaça à vida.

Efeito do Fentanil®

sobre outros medicamentos

Após a administração do Fentanil®

, a dose dos outros medicamentos depressores do SNC deve ser reduzida.

A depuração plasmática total e o volume de distribuição do etomidato são reduzidos por um fator de 2 a 3 sem

alteração da meia-vida quando administrado com fentanila. A administração simultânea de Fentanil®

e

midazolam intravenoso resulta em aumento da meia-vida plasmática terminal e redução da depuração plasmática

do midazolam. Quando esses medicamentos são administrados concomitantemente ao Fentanil®

, pode ser

necessário reduzir a sua dose.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz. Guardar as ampolas dentro do

cartucho.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Se desejado, Fentanil®

pode ser misturado ao cloreto de sódio ou glicose para infusões intravenosas. Tais

diluições são compatíveis com material plástico para infusão. Elas devem ser usadas dentro de 24 horas após a

preparação.

Aspecto físico

é uma solução aquosa isotônica estéril, sem conservantes.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

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pode ser administrado por via espinhal, intramuscular ou intravenosa, dependendo da indicação. Se

desejado, Fentanil®

pode ser misturado ao cloreto de sódio ou glicose para infusões intravenosas. Tais diluições

são compatíveis com material plástico para infusão. Elas devem ser usadas dentro de 24 horas após a preparação.

Dosagem

50 mcg = 0,05 mg = 1 mL

A dose deve ser individualizada.

Alguns dos fatores que devem ser considerados na determinação adequada da posologia devem incluir a idade,

peso corporal, estado físico, condição patológica concomitante, uso de outros fármacos, tipo de anestesia a ser

utilizada e o procedimento cirúrgico envolvido.

1. Pré-medicação

50 a 100 mcg (0,05 a 0,1 mg) (1 a 2 mL) podem ser administrados por via intramuscular 30 a 60 minutos antes

da cirurgia.

2. Componente de anestesia geral

Dose baixa

2 mcg/kg (0,002 mg/kg) (0,04 mL/kg). Fentanil®

em dose baixa é especialmente útil para procedimentos

cirúrgicos com dor de baixa intensidade. Além da analgesia durante a cirurgia, Fentanil®

pode também

proporcionar alívio da dor no período pós-operatório imediato.

Manutenção

Raramente são necessárias doses adicionais de Fentanil®

nestes procedimentos com dor de baixa intensidade.

Dose moderada

2 a 20 mcg/kg (0,002 a 0,02 mg/kg) (0,04 a 0,4 mL/kg). Quando a cirurgia é de maior duração e a intensidade da

dor moderada, tornam-se necessárias doses mais altas. Com esta dose, além de analgesia adequada, se obtém

uma abolição parcial do trauma cirúrgico. A depressão respiratória observada com estas doses torna necessária a

utilização de respiração assistida ou controlada.

25 a 100 mcg/kg (0,025 a 0,1 mg) (0,5 a 2 mL) podem ser administrados por via intravenosa ou intramuscular

quando movimentos ou alterações nos sinais vitais indiquem resposta reflexa ao trauma cirúrgico ou

superficialização da analgesia.

Dose elevada

20 a 50 mcg/kg (0,02 a 0,05 mg/kg) (0,4 a 1 mL/kg). Durante a cirurgia cardíaca e certos procedimentos

ortopédicos e neurocirúrgicos em que a cirurgia é mais prolongada, e, na opinião do anestesista, a resposta

endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico pode prejudicar o estado geral do paciente, recomendando-se doses de

20 a 50 mcg (0,02 a 0,05 mg/kg) (0,4 a 1mL/kg) com protóxido de nitrogênio e oxigênio. Tais doses têm

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demonstrado atenuar a resposta endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico, definida pelo aumento dos níveis

circulantes de hormônio do crescimento, catecolaminas, hormônio antidiurético e prolactina.

Quando doses dentro desses limites são usadas durante a cirurgia, é necessária ventilação pós-operatória em

virtude de depressão respiratória prolongada.

O principal objetivo dessa técnica será produzir "anestesia livre do trauma cirúrgico".

As doses de manutenção podem variar de um mínimo de 25 mcg (0,025 mg) (0,5 mL) até metade da dose

utilizada inicialmente, dependendo das alterações dos sinais vitais que indiquem trauma cirúrgico e

superficialização da analgesia. Porém, a dose de manutenção deverá ser individualizada, principalmente se o

tempo estimado para o término da cirurgia é curto.

3. Como anestésico geral

Quando a atenuação da resposta endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico é especialmente importante, doses de

50 a 100 mcg/kg (0,05 a 0,1 mg/kg) (1 a 2 mL/kg) podem ser administradas com oxigênio e um relaxante

muscular. Esta técnica tem demonstrado proporcionar anestesia sem o uso de agentes anestésicos adicionais. Tal

técnica tem sido utilizada para cirurgia cardíaca a céu aberto e outras cirurgias de longa duração em pacientes

nos quais está indicada uma proteção do miocárdio ao excesso de consumo de oxigênio. Esta técnica está

indicada também para certas cirurgias neurológicas e ortopédicas difíceis. Com certas doses, tornam-se

necessários ventilação pós-operatória, bem como pessoal e equipamentos adequados para seu controle.

4. Anestesia regional

Administração Espinhal

1,5 mcg/kg podem ser administrados por esta via. Quando se necessita de uma complementação da anestesia

regional, doses de 50 a 100 mcg (0,05 a 0,1 mg) (1 a 2 mL) podem ser administradas por via IM ou intravenosa

lenta.

5. No pós-operatório (sala de recuperação)

50 a 100 mcg (0,05 a 0,1 mg) (1 a 2 mL) podem ser administrados para o controle da dor, por via intramuscular.

A dose pode ser repetida após 1 a 2 horas, se necessário. Quando se opta pela via espinhal, deve-se administrar

100 mcg (0,1 mg ou 2 mL). Essa quantidade de 2 mL deve ser diluída em 8 mL de solução salina a 0,9%,

resultando em uma concentração final de 10 mcg/mL. Doses adicionais podem ser aplicadas se houver

evidências de diminuição do grau de analgesia.

Populações especiais

Pacientes pediátricos

Para indução e manutenção em crianças de 2 a 12 anos de idade, recomenda-se uma dose reduzida de 20 a 30

mcg (0,02 a 0,03 mg) (0,4 a 0,6 mL) a cada 10 a 12 kg de peso corporal.

Pacientes idosos e debilitados

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Assim como com o uso de outros opioides, a dose inicial deve ser reduzida em pacientes idosos (>65 anos de

idade) e em pacientes debilitados. Deve-se levar em consideração o efeito da dose inicial para a determinação de

doses suplementares.

Pacientes obesos

Em pacientes obesos, há um risco de superdose se a dose for calculada com base no peso corporal. A dose em

pacientes obesos deve ser calculada com base na massa magra estimada ao invés de somente no peso corporal.

Insuficiência renal

Deve-se considerar uma redução na dose de Fentanil®

em pacientes com insuficiência renal e estes pacientes

devem ser monitorados cuidadosamente para sinais e sintomas de toxicidade de fentanila.

Modo de usar

Use luvas ao abrir a ampola.

Mantenha a ampola entre o polegar e o indicador, deixando livre a ponta da ampola.

Com a outra mão, segure a ponta da ampola colocando o indicador contra o pescoço da ampola, e o polegar na

parte colorida em paralelo à identificação dos anéis coloridos.

Mantendo o polegar na ponta, quebre rapidamente a ponta da ampola enquanto segura firmemente a outra parte

da ampola na mão.

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Exposição acidental da pele deve ser tratada pela lavagem da área afetada com água. Evite o uso de sabonete,

álcool e outros materiais de limpeza que possam causar abrasões químicas ou físicas à pele.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Os pacientes não se auto-administram Fentanil®

. Fentanil®

é um medicamento injetável administrado sob a

orientação e supervisão médica.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

QUAIS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

Eventos adversos ocorrem principalmente durante a cirurgia e são manejados pelo médico.

Alguns eventos advesos podem ocorrer logo após a cirurgia, e neste caso o paciente permanecerá sob supervisão

médica após a cirurgia.

As frequências das reações adversas são fornecidas de acordo com a seguinte convenção:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Dados de estudos clínicos

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Distúrbios Gastrintestinais: náusea, vômitos.

Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo: rigidez muscular (que também pode envolver os

músculos torácicos).

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Distúrbios do Sistema Nervoso: sedação, tontura, discinesia (diminuição ou extinção dos movimentos

voluntários).

Distúrbios Oculares: distúrbios visuais.

Distúrbios Cardíacos: bradicardia (batimento cardíaco lento), taquicardia (batimento cardíaco rápido), arritmia

(batimento cardíaco irregular).

Distúrbios Vasculares: hipotensão, hipertensão, dor na veia.

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: apneia (parada temporária da respiração),

broncoespasmo, laringoespasmo.

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo: dermatite alérgica.

Lesão, Envenenamento e Complicações do Procedimento: confusão pós-operatória, complicação neurológica

anestésica.

Reações adversas ocorridas em <1% dos pacientes tratados com Fentanil®

em estudos clínicos:

Distúrbios Psiquiátricos: humor eufórico.

Distúrbios do Sistema Nervoso: cefaleia.

Distúrbios Vasculares: flutuação da pressão arterial, flebite (inflamação nas veias).

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: soluços, hiperventilação.

Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração: calafrios, hipotermia.

Lesão, Envenenamento e Complicações do Procedimento: agitação pós-operatória, complicação do

procedimento, complicação das vias aéreas da anestesia.

Dados pós-comercialização

As reações adversas a medicamentos identificadas pela primeira vez durante a experiência pós-comercialização

com o Fentanil®

estão listadas a seguir. As frequências foram estimadas das taxas de relato espontâneo.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Distúrbios do Sistema Imunológico: hipersensibilidade (como choque anafilático, reação anafilática, urticária).

Distúrbios do Sistema Nervoso: convulsões, perda da consciência, mioclonia (contrações repentinas,

incontroláveis e involuntárias de um músculo).

Distúrbios Cardíacos: parada cardíaca.

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: depressão respiratória.

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo: prurido (coceira).

Quando um neuroléptico (antipsicótico) é utilizado com Fentanil®

, as seguintes reações adversas podem ser

observadas: febre e/ou tremor, agitação, episódios de alucinação pós-operatórios e sintomas extrapiramidais.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo

uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

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O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE

MEDICAMENTO?

Sinais e sintomas

As manifestações de superdose de Fentanil®

são uma extensão de sua ação farmacológica. Pode ocorrer

depressão respiratória, que pode variar de bradipneia a apneia.

Tratamento

Se ocorrer hipoventilação ou apneia, deve ser administrado oxigênio e a respiração deve ser assistida ou

controlada, de acordo com o caso. Um antagonista opioide específico deve ser adequadamente usado para

controlar a depressão respiratória. Esta medida não exclui o uso de outras medidas imediatas de controle. A

depressão respiratória provocada pelo Fentanil®

pode ser mais prolongada do que a duração do efeito

antagonista opioide empregado. Doses adicionais posteriores podem ser, portanto, necessárias. Deve ser mantida

uma via aérea livre, se necessário por meio de cânula intratraqueal. Se houver associação de depressão

respiratória com rigidez muscular pode ser necessário o uso de um bloqueador neuromuscular para facilitar a

respiração controlada ou assistida. O paciente deve ser observado cuidadosamente. A temperatura corporal e a

reposição de líquidos devem ser mantidas de forma adequada. Se a hipotensão é acentuada e persistente deve ser

levada em conta a possibilidade de hipovolemia que deve ser corrigida com a administração parenteral de

soluções adequadas. Deve estar disponível um antagonista específico, como o cloridrato de naloxona, para

controle da depressão respiratória. Enfim, devem ser tomadas todas as medidas gerais que se façam necessárias.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a

embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

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DIZERES LEGAIS PARA A EMPRESA FABRICANTE JANSSEN PHARMACEUTICA N.V. – BEERSE,

BÉLGICA

Bula do Fentanil
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda - Profissional

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.