Bula do Ferinject produzido pelo laboratorio Takeda Pharma Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FERINJECT®
Takeda Pharma Ltda.
Solução Injetável
50 mg/mL
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
APRESENTAÇÕES
Solução injetável intravenosa de 50 mg de ferro III/mL.
Embalagem com 1 frasco-ampola de vidro de 10 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 10 mL contém:
carboximaltose férrica (equivalente a 500 mg de ferro III) ................................. 1.800 mg
Excipientes: água para injetáveis, hidróxido de sódio (para ajuste de pH) e ácido clorídrico (para ajuste de pH).
Este medicamento é indicado para o tratamento de pacientes com deficiência de ferro quando as apresentações orais de
ferro não são eficazes ou não podem ser utilizadas. O diagnóstico deve basear-se em exames laboratoriais.
A eficácia terapêutica de FERINJECT®
foi avaliada em estudos clínicos randomizados, multicêntricos, abertos e
comparativos, em população adulta com anemia ferropênica, incluindo pacientes com doença inflamatória intestinal1
,
hemorragia uterina grave2
, anemia pós-parto3-5
, doença renal crônica sem diálise6,8-10
ou em diálise7,9,10
. Na maioria dos
estudos, a eficácia de FERINJECT®
em uma dose de ferro ≤1.000 mg administrada durante 15 minutos (doses
subsequentes administradas em intervalos de uma semana) foi comparada com um regime posológico de seis a doze
semanas de sulfato ferroso oral, equivalente a 65 mg de ferro três vezes ao dia2,4-6
ou a 100 mg de ferro duas vezes ao
dia1-3
.
A administração intravenosa de FERINJECT®
foi eficaz na melhora dos níveis de hemoglobina e associada com maior
rapidez de aumento estatisticamente significativo desses níveis em relação aos valores basais do que com sulfato
ferroso. Na quarta semana de terapia, 34,2% dos pacientes tratados com FERINJECT®
versus 18,2% do grupo tratado
com sulfato ferroso oral obtiveram aumento da hemoglobina ≥2 g/dL (p<0,051,2,6
). O nível máximo da capacidade de
reticulócitos em ambos os grupos de tratamento foi observado na segunda semana de tratamento. A partir da segunda
semana de terapia alcançaram-se taxas de ferritina significativamente superiores com FERINJECT®
comparado ao
grupo tratado com sulfato ferroso1,4-6
FERINJECT®
foi associado a uma resposta de ferritina sérica em proporções significativamente superiores (p<0,0002)
às constatadas com sulfato ferroso, proporcionando aumentos rápidos e pronunciados dos níveis de ferritina sérica, com
média3-7
ou mediana1
de 300-600 mcg/L na primeira ou segunda semana de tratamento. Embora esses níveis tenham
apresentado algum declínio subsequente, permaneceram até o final do estudo cerca de 40-400 mcg/L acima dos níveis
basais, tendo os pacientes recebido suas últimas doses de ferro durante a semana 2 ou 31,3-7
. Ao final da semana 12 (fim
do estudo), a proporção de pacientes com resposta de ferritina (definida como níveis séricos de 50-800 mcg/L3
ou 100-
800 mcg/L1
) foi maior no grupo tratado com FERINJECT®
do que no tratado com ferro em pacientes com doença
inflamatória intestinal (26,5% vs. 3,3%)1
e com anemia pós-parto (77,7% vs. 32,6%)3
A saturação de transferrina apresentou aumento de 15-28% na semana 21,4-6
ou na semana 43
com o uso de
e de 10-17% com o sulfato ferroso1,3-6
. Em todos os períodos de avaliação do estudo, as alterações da
saturação de transferrina em relação ao basal foram significativamente mais elevadas (p<0,001) com FERINJECT®
do
que com sulfato ferroso.
Em anemia pós-parto / pós-cirurgia, Breymann C et al. comparam a segurança e a eficácia da carboximaltose férrica
com sulfato ferroso para tratar anemia por deficiência de ferro. Os pacientes foram randomizados (proporção 2:1) para
receber carboximaltose férrica (até o máximo de três doses semanais de 1.000 mg administradas em 15 min; n=227) ou
sulfato ferroso (100 mg duas vezes ao dia, 12 semanas; n=117). Analisaram-se as mudanças na hemoglobina e nos
estoques de ferro na semana 12. A carboximaltose férrica foi tão eficaz quanto o sulfato ferroso na correção da
hemoglobina, porém com um período muito menor de tratamento (2 semanas vs. 12 semanas). Os níveis de ferritina
Página 1 de 7
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
foram significativamente maiores. Portanto, a carboximaltose férrica parenteral é uma opção de tratamento segura e
eficaz para a anemia pós-parto / pós-cirurgia, com as vantagens de um período de tratamento menor, melhor adesão,
normalização rápida dos estoques de ferro e menor incidência de eventos adversos gastrintestinais3
O tratamento com FERINJECT®
em 459 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (classe II ou III do NYHA) e
deficiência de ferro com ou sem anemia demonstrou melhora dos sintomas e da função renal de acordo com os
resultados em um estudo multicêntrico, randomizado e comparativo com placebo FAIR-HF (Ferinject® Assessment in
patients with IRon deficiency and chronic Heart Failure). Dentre os pacientes que receberam FERINJECT®
, 50%
registraram melhora de acordo com a avaliação global do paciente, em comparação com 28% dos que receberam
placebo. Nas semanas 4, 12 e 24 observou-se aumento da taxa de filtração glomerular estimada (eGFR) com
vs. uma discreta redução da função renal no grupo placebo; ao final do estudo (semana 24), a eGFR
aumentou no grupo FERINJECT®
em média 3,2 mL/min/1,73 m2
em relação ao basal enquanto se reduziu 0,6
mL/min/1,73 m2
no grupo placebo (p=0,017). A resposta ao FERINJECT®
foi independente do nível de
comprometimento da função renal, do sexo, da idade, da gravidade da insuficiência cardíaca ou da presença de anemia
ao início do estudo11
Evistatiev R. et al. compararam a eficácia e a segurança de um novo esquema de dose única (1.000mg semanal) de
carboximaltose férrica (CMF) com doses de sacarose férrica (SF) calculadas individualmente em pacientes com doença
inflamatória intestinal (DII) e anemia por deficiência de ferro (ADF). Analisaram-se os resultados dos 240 pacientes
tratados com CMF e dos 235 pacientes tratados com SF. Mais pacientes com CMF do que com SF alcançaram resposta
de hemoglobina (Hb) (150 [65,8%] vs. 118 [53,6%]; diferença de 12,2%, p=0,004) ou normalização da Hb (166
[72,8%] vs. 136 [61,8%]; diferença de 11,0%, p=0,015). As drogas em estudo foram bem toleradas e os eventos
adversos relacionados a elas estavam alinhados com a experiência clínica. O estudo demonstrou melhor eficácia e
aderência ao tratamento com um esquema posológico mais simples com CMF, assim como um bom perfil de segurança
em comparação com o esquema posológico com SF calculado pela fórmula Ganzoni12
O estudo observacional de Steinmetz T et al. avaliou 401 pacientes com câncer (maiores de 18 anos) com anemia por
deficiência de ferro registrados em 73 centros de hematologia / oncologia alemães entre dezembro de 2008 e julho de
2010. Administrou-se carboximaltose férrica (CMF) associada ou não a agentes estimulantes da eritropoiese (AEE).
90% dos pacientes apresentavam tumores sólidos e recebiam quimioterapia citotóxica (72%). A dose média por
paciente foi de 1.333 mg de CMF, sendo que 15,7% receberam AEE. Os benefícios foram comparáveis em pacientes
com anemia leve, moderada e grave. Em média, a hemoglobina aumentou em cinco semanas e manteve-se entre 11-12
g/dl até o fim do estudo (semana 12). A CMF foi bem tolerada; em 2,4% dos pacientes relataram-se náusea e diarreia.
Concluiu-se, portanto, que a hemoglobina em pacientes com câncer e anemia por deficiência de ferro tratada com CMF
se mantém estabilizada em 11-12 g/dl independentemente dos níveis basais de hemoglobina ou de terapia com AEE
concomitante, sugerindo que a CMF é eficaz no tratamento de anemia ferropênica em pacientes com câncer.13
Uma revisão de Muñoz mostra a necessidade de suplementação de ferro em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica.
Porém, a adesão ao tratamento com ferro por via oral não é boa. Além disso, observa-se refratariedade à administração
desses compostos por via oral nas deficiências de ferro já instaladas. Nessas situações, o ferro administrado por via
intravenosa surge como uma alternativa segura e eficaz no tratamento da anemia por deficiência de ferro. Mesmo após
correção da anemia e reposição das reservas de ferro, a monitoração deve continuar indefinidamente e a reposição de
ferro deve ser realizada sempre que necessária. Novas apresentações de ferro para administração intravenosa, como a
carboximaltose férrica, são seguras, fáceis de usar e podem ser aplicadas em dose única de 1.000 mg, tornando-se uma
excelente ferramenta para tratar ou prevenir a deficiência de ferro nessa população de pacientes.14
Em resumo, a introdução da carboximaltose férrica (FERINJECT®
), que pode ser administrada mais rapidamente e em
doses mais elevadas, proporciona uma nova dimensão à terapia intravenosa com ferro. A compreensão dos mecanismos
fisiopatológicos da anemia em várias situações clínicas, como por exemplo na doença renal crônica, nas doenças
obstétricas, nos pacientes oncológicos submetidos a quimioterapia, em mulheres com menorragia e pacientes com
doença inflamatória intestinal (DII), permite uma abordagem terapêutica com ferro intravenoso, reduzindo o número e o
volume das transfusões sanguíneas15
Referências Bibliográficas:
1. Kulnigg S, et al. Am J Gastroenterol 2008;103(5):1182-92.
2. Gordon S, et al. Obstet Gynecol 2007;109(4 Suppl.):108S.
3. Breymann C, et al. Int J Gynaecol Obstet 2008;101(1):67-73.
4. Seid M, et al. Am J Obstet Gynecol 2008;199(4):435.e1-7.
Página 2 de 7
5. Van Wyck D, et al. Obstet Gynecol 2007;110(2 Pt 1):267-78.
6. Qunibi W, et al. 45th Congress of the European Renal Association and the European Dialysis and Transplant
Association; 2008 May 10-13; Stockholm.
7. Schaefer R, et al. 45th Congress of the European Renal Association and the European Dialysis and Transplant
8. Tagboto S, et al. J Renal Care 2009;35(1):18-23.
9. Grimmelt A, et al: Clin Nephrol 2009;2:12509.
10. Hörl W. Por J Nephrol Hypert 2009;23(1):5-10.
11. Anker S, et al. N Eng J Med 2009;361(25):2436-48.
12. Evstatiev R, et al. Gastroenterology 2011; 141(3):846-853.
13. Steinmetz T et al. J Clin Oncol 29: 2011 (suppl; abstr e19561)
14. Muñoz M et al. Nutr Hosp. 2009;24:640-654.
15. Gozzard D. Drug Design, Development and Therapy 2011:5 51–60
Propriedades Farmacodinâmicas:
FERINJECT®
é uma solução injetável intravenosa contendo ferro estável na forma de um complexo com núcleo de
hidróxido férrico polinuclear com um ligante de carboidrato. Este complexo é destinado a fornecer de forma controlada
ferro utilizável para o transporte férrico e armazenamento de proteínas no organismo (transferrina e ferritina,
respectivamente). Estudos clínicos demonstraram resposta hematológica e reposição dos estoques de ferro mais rápidos
após a administração intravenosa do FERINJECT®
do que com a administração de outros fármacos pela via oral.
Por meio de tomografia por emissão de pósitrons (TEP) demonstrou-se uma variação de 61-99% na utilização de 59
Fe e
54
Fe do FERINJECT®
pelos eritrócitos. Após 24 dias, os pacientes com deficiência de ferro exibiram taxa de utilização
de ferro radiomarcado de 91% a 99%, e os pacientes com anemia renal, de 61% a 84%.
Propriedades farmacocinéticas: Demonstrou-se por meio de tomografia de emissão de pósitrons (TEP), que o 59
Fe e o
são rapidamente eliminados do sangue, transferidos para a medula óssea e depositados no fígado
e no baço. Após a administração de uma dose única de FERINJECT®
de 100 a 1.000 mg de ferro em pacientes com
deficiência de ferro, obtiveram-se níveis máximos totais de ferro sérico de 37 µg/ml até 333 µg/ml respectivamente
depois de 15 minutos a 1,21 horas. O volume do compartimento central corresponde bem ao volume do plasma
(aproximadamente 3 litros). O ferro injetado ou infundido foi rapidamente eliminado do plasma, a meia-vida terminal
variou de 7 a 12 horas, e o tempo médio de permanência (TMP), de 11 a 18 horas. A eliminação renal de ferro foi
insignificante.
Dados pré-clínicos de segurança: os dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de farmacologia de
segurança, toxicidade de doses repetidas e genotoxicidade não revelaram riscos especiais para humanos. Os estudos pré-
clínicos indicam que o ferro liberado de FERINJECT®
atravessa a barreira placentária e é excretado no leite em
quantidades limitadas e controladas. Em estudos de toxicologia reprodutiva com coelhos repletos de ferro,
,FERINJECT®
foi associado com pequenas anormalidades esqueléticas no feto, mas somente em doses que causaram
toxicidade materna. Em um estudo de fertilidade em ratos não houve efeitos sobre a fertilidade de animais machos ou
fêmeas. Não foram realizados estudos de longo prazo em animais para avaliar o potencial carcinogênico de
. Não se observou nenhuma evidência de potencial alérgico ou imunotóxico. Um teste in vivo controlado
não demonstrou reatividade cruzada de FERINJECT®
com anticorpos antidextranos. Não se observou irritação local ou
intolerância após administração intravenosa.
FERINJECT®
não deve ser usado:
- por pacientes com hipersensibilidade conhecida ao complexo de carboximaltose férrica, à solução de
carboximaltose férrica ou a qualquer dos excipientes da formulação;
- por pacientes com qualquer tipo de anemia não causada por deficiência de ferro (não-ferropênica);
- nas situações de sobrecarga de ferro ou de transtornos na utilização do ferro.
Preparados intravenosos de ferro devem ser utilizados com precaução em caso de infecção aguda ou crônica, asma,
eczema ou atopia. Recomenda-se interromper a administração de FERINJECT®
em pacientes com bacteremia. Em
pacientes com infecção crônica deve-se realizar uma avaliação do risco/benefício, considerando a supressão da
eritropoiese.
Página 3 de 7
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
Devem-se tomar precauções para evitar o extravazamento venoso durante a administração, pois pode causar no local da
injeção uma coloração amarronzada potencialmente de longa duração e irritação da pele. Caso ocorra, a administração
deve ser descontinuada imediatamente.
FERINJECT®
contém 0,24 mmol (ou 5,5 mg) de sódio por mililitro de solução não diluída. Isto deverá ser considerado
no caso de pacientes em dieta com controle de sódio.
contém no máximo 75 µg de alumínio por mililitro de solução não diluída. Isto deverá ser considerado
no tratamento de pacientes submetidos a diálise.
Preparados de ferro administrados por via intravenosa podem causar reações de hipersensibilidade, incluindo reações
anafiláticas, que podem ser fatais. Portanto, deve haver disponibilidade de suporte para ressuscitação cardiopulmonar.
Se ocorrerem reações alérgicas ou sinais de intolerância durante a administração, o tratamento deve ser interrompido
imediatamente.
Reações de hipersensibilidade também foram relatadas após doses anteriores sem eventos de qualquer complexo de
ferro parenteral, incluindo carboximaltose férrica. Cada paciente deve ser observado para efeitos adversos durante pelo
menos 30 minutos após cada aplicação de FERINJECT®.
Uso na gravidez e amamentação: os dados sobre a utilização de FERINJECT®
em gestantes são limitados. Requer-se
uma cuidadosa avaliação de risco/benefício antes da utilização durante a gestação ou durante a amamentação.
não deve ser utilizado durante a gestação a menos que seja claramente necessário. Dados de estudos em
animais sugerem que o ferro liberado de FERINJECT®
pode atravessar a barreira placentária e que a sua utilização
durante a gestação pode influenciar o desenvolvimento esquelético do feto caso se administrem doses que causem
intoxicação materna.
Em muitos casos, a deficiência de ferro que ocorre no primeiro trimestre da gravidez pode ser tratada com ferro oral. Se
o benefício do tratamento com FERINJECT®
for considerado superior ao risco potencial para o feto, recomenda-se que
o tratamento seja limitado ao segundo e terceiro trimestres.
Estudos clínicos mostraram que a transferência de ferro de FERINJECT®
ao leite humano é insignificante (≤ 1%). Não
se espera que a administração deste produto no aleitamento seja tóxica para o lactente. Dados sobre um número limitado
em mulheres lactantes indicaram ser pouco provável que FERINJECT®
ofereça riscos às crianças. Não existem dados
do efeito de FERINJECT®
sobre a fertilidade humana. A fertilidade não foi afetada após tratamento com FERINJECT®
em estudos com animais.
Categoria B de risco na gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam
amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em crianças: FERINJECT®
não foi estudado em crianças e, portanto, não é recomendado para estas.
Uso em idosos: Não se requerem cuidados especiais para administração intravenosa de FERINJECT®
em pacientes
idosos. Os cuidados devem ser os mesmos que para os demais pacientes.
Pacientes com doença renal crônica dependente de hemodiálise: Não exceder uma injeção de dose única máxima
diária de 200 mg de ferro, pois não existem dados de segurança para pacientes que receberem doses únicas superiores
a 200 mg de ferro.
Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com insuficiência renal e insuficiência cardíaca crônica, houve
elevações de enzimas hepáticas, mas não foram levantadas preocupações gerais de segurança.
Pacientes com insuficiência hepática: A administração parenteral de ferro deve ser evitada em pacientes com
disfunção hepática, em particular a pacientes com porfiria cutânea tardia, na qual a sobrecarga de ferro é um fator
precipitante. Sabe-se que FERINJECT®
pode levar a aumentos transitórios das enzimas hepáticas. É recomendado
monitoramento cuidadoso dos níveis de ferro para evitar a sobrecarga de ferro.
A administração parenteral de ferro a pacientes com insuficiência hepática só deve ser realizada após cuidadosa
avaliação de risco/benefício. Nesses casos, se o ferro for prescrito, a função hepática deve ser monitorada.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas: É improvável que o uso deste medicamento tenha qualquer
efeito sobre a capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas.
Não administrar 20 mL (1.000 mg de ferro) como injeção ou infusão mais de uma vez por semana.
Assim como todas as apresentações à base de ferro para uso parenteral, FERINJECT®
não deve ser administrado
concomitantemente com compostos orais de ferro, uma vez que a absorção oral do ferro se reduz. Portanto, se necessária, a
terapia oral de ferro não deve ser iniciada por pelo menos 5 dias após a última injeção de FERINJECT®
.
Conservar o produto à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
Este medicamento tem validade de 36 meses a partir da data de sua fabricação.
Após abertura do frasco-ampola deste medicamento ou seu preparo para uso, ele deve ser usado imediatamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
FERINJECT®
é apresentado como solução para injeção/infusão intravenosa, de cor marrom escura, não transparente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose adequada, a forma de administração, a frequência e a duração do tratamento deverão ser estabelecidas pelo
médico levando-se em consideração os parâmetros hematológicos de deficiência de ferro.
Determinação da dose cumulativa de ferro: a dose cumulativa para reposição de ferro por meio de FERINJECT®
é
determinada com base no peso corporal do paciente e no nível de hemoglobina, não devendo ser excedida. Aplicar a
tabela a seguir para determinar a dose cumulativa de ferro:
Hb(g/dL) Pacientes com peso corporal de 35
kg a <70 kg
Pacientes com peso corporal ≥70 kg
< 10 1.500 mg 2.000 mg
≥ 10 1.000 mg 1.500 mg
Nota: Em pacientes com peso corporal <35 kg, a dose cumulativa de ferro de 500 mg não deve ser excedida.
Em pacientes com sobrepeso, a determinação da necessidade de ferro assume a relação entre o peso corporal normal e o
volume sanguíneo.
Para pacientes com valor de Hb ≥ 14 g/dL, deve-se administrar uma dose inicial de 500 mg de ferro e os parâmetros de
ferro devem ser verificados antes de se repetir a dosagem.
Após a reposição, devem-se realizar avaliações periódicas para garantir que os níveis de ferro estejam corretos e se
mantenham.
Dose única máxima tolerada: Uma dose única de FERINJECT®
não deve exceder 1.000 mg de ferro (20 mL) por dia
ou 20 mg de ferro (0,4 mL) por quilo de peso corpóreo. Não administrar 1.000 mg de ferro (20 mL) mais de uma vez
por semana.
Injeção intravenosa (bolus): FERINJECT®
pode ser administrado por injeção intravenosa de até 1000 mg de ferro por
meio da solução não diluída. Para doses superiores a 200 mg e até 500 mg de ferro, FERINJECT®
deve ser
administrado a uma taxa de 100 mg/min. Para doses superiores a 500 mg e até 1000 mg de ferro, FERINJECT®
administrado durante 15 minutos.
Infusão intravenosa: FERINJECT®
pode ser administrado por infusão intravenosa até uma dose única máxima de
1.000 mg de ferro (20 mL).
Modo de usar
FERINJECT®
deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa: em injeção em bolus (não diluído), durante
uma sessão de hemodiálise (não diluído, diretamente na linha venosa do dialisador) ou em infusão. Em caso de infusão,
deve ser diluído apenas em solução estéril de cloreto de sódio a 0,9% m/V.
Nenhuma outra solução ou agente terapêutico para uso parenteral deve ser usado devido ao potencial para precipitação
e/ou interações.
Tabela de diluição de FERINJECT®
para infusão intravenosa
Página 5 de 7
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
Quantidade de
FERINJECT® Quantidade de Ferro
Quantidade máxima de
solução estéril de cloreto
de sódio a 0,9% m/V
Tempo mínimo de
administração
2 a 4 mL 100 a 200 mg 50 mL -
> 4 a 10 mL > 200 a 500 mg 100 mL 6 minutos
> 10 a 20 mL > 500 a 1.000 mg 250 mL 15 minutos
Nota: por razões de estabilidade, não são permitidas diluições em concentrações inferiores a 2 mg de ferro/mL.
Inspecionar os frascos visualmente quanto a sedimentos e avarias antes da administração do produto. Utilizar apenas se
a solução estiver homogênea e sem sedimentos. Cada frasco-ampola de FERINJECT®
destina-se a uma única
utilização. Os produtos não utilizados ou resíduos devem ser descartados de acordo com as exigências locais. Não se
conhece a compatibilidade com recipientes que não sejam de polietileno ou de vidro.
não deve ser administrado por via subcutânea ou intramuscular.
Como todo medicamento, FERINJECT®
pode causar eventos adversos, embora nem todos os pacientes os apresentem.
A reação adversa do medicamento mais comumente relatada é a náusea que ocorre em 3,1% dos pacientes.
As reações adversas relatadas em pacientes (n=6755) de estudos clínicos estão descritas abaixo.
Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10): dor de cabeça, tontura, hipertensão, náusea, reação no local da aplicação1
, aumento
da alanina aminotransferase e hipofosfatemia.
Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): hipersensibilidade, parestesia, disgeusia, taquicardia, hipotensão, rubor,
dispneia, vômitos, dispepsia, dor abdominal, constipação, diarreia, eritema, prurido, urticária, erupção cutânea2
, mialgia,
dor nas costas e nas articulações, espasmos musculares, febre, fadiga, dor torácica, edema periférico, dor, calafrios,
aumento da aspartato aminotransferase, aumento da gama glutamil transferase, aumento de lactato desidrogenase
sanguínea, aumento de fosfatase alcalina sanguínea.
Reações raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000): reação anafilactoide, rigidez e mal-estar.
1
Inclui os seguintes termos preferidos: queimação, dor, hematoma, alteração da cor, extravasamento, irritação e reação
no local de aplicação (as frequências individuais de todas as reações adversas são determinadas como incomum) e
parestesia no local de aplicação (frequência individual da reação adversa determinada como rara).
2
Inclui os seguintes termos preferidos: erupção cutânea (frequência individual da reação adversa determinada como
incomum) e erupção cutânea eritematosa, generalizada, macular, máculo-papular e prurítica (as frequências
individuais de todas as reações adversas são determinadas como raras).
Efeitos colaterais de relatos espontâneos após o início da comercialização
Como parte do monitoramento contínuo de pós-comercialização de FERINJECT®, as seguintes reações adversas foram
observadas:
Classe Sistema Órgão Termos Preferidos*
Distúrbios do Sistema Nervoso Perda da consciência e vertigem
Distúrbios Psiquiátricos Ansiedade
Distúrbios Cardiovasculares Síncope, pré-síncope
Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo Angioedema, dermatite, palidez e edema de face
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino Broncoespasmo
Distúrbios Gerais e no Local de Administração Sintomas de gripe (febre mensurável acompanhada de
tosse ou dor de garganta)
*Frequência desconhecida
Alterações laboratoriais:
As seguintes alterações laboratoriais foram observadas durante os estudos clínicos e suas frequências foram calculadas
com base em medições observadas e não em reações adversas relatadas.
Página 6 de 7
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
Muito comum (> 1/10): diminuição transitória de fósforo sanguíneo
Comum (≥1/100, <1/10): aumento de gama glutamil transferase
Incomum (≥1/1.000, <1/100): aumento da alanina aminotransferase, aumento da fosfatase alcalina, aumento da
aspartato aminotransferase, aumento da lactato desidrogenase sanguínea.
Atenção: Este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis, mesmo quando indicado e utilizado corretamente podem ocorrer eventos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
A administração de FERINJECT®
em quantidades que excedam as necessárias para corrigir o déficit de ferro no
momento da administração pode levar ao acúmulo de ferro nos locais de armazenamento, causando eventualmente
hemossiderose. A monitoração dos parâmetros de ferro, como a ferritina sérica e a saturação de transferrina, pode
auxiliar a detectar este acúmulo de ferro. Se ocorrer acúmulo de ferro, pode-se considerar o uso de um quelante de ferro.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.