Bula do Ferriprox para o Profissional

Bula do Ferriprox produzido pelo laboratorio Chiesi Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Ferriprox
Chiesi Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO FERRIPROX PARA O PROFISSIONAL

CHIESI FARMACÊUTICA LTDA.

Fábrica Escritório

Rua Giacomo Chiesi, 151, km 39,2 Rua Alexandre Dumas, 1658, 12º/13º. And

Estrada dos Romeiros - Santana de Parnaíba Chácara Santo Antonio

CEP: 06500-970 São Paulo – SP CEP: 04717-004 São Paulo-SP

Telefone: 11 4622-8500 Telefone: 11 3095-2300

Fax: 11 4154-1679 Fax: 11 3095-2350

Anexo A

FERRIPROX®

deferiprona

Chiesi Farmacêutica Ltda.

Comprimido revestido

500 mg

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Ferriprox®

APRESENTAÇÕES

Comprimido revestido de 500 mg. Frasco plástico com 100 comprimidos.

Cada comprimido contém 500 mg de deferiprona.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

deferiprona...............................................................................................................500 mg

Excipientes............................q.s.p............................................................... 1 comprimido

Excipientes: celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal,

hipromelose, macrogol, dióxido de titânio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

1. INDICAÇÕES:

FERRIPROX®

é indicado para o tratamento da sobrecarga de ferro em pacientes com

talassemia major para os quais a terapia de quelação com a desferroxamina não é

recomendada.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA:

Com o objetivo de avaliar sua segurança e eficácia em tratamentos de longo prazo,

quinhentos e trinta e dois pacientes com talassemia de 86 centros de tratamento foram

inscritos neste programa realizado na Itália. Cento e oitenta e sete pacientes (32%)

apresentaram um total de 269 eventos que levaram à interrupção temporária ou, em

alguns casos, a interrupção total de tratamento. A incidência de agranulocitose e

neutropenias leves foi de 0/100 (desvio-padrão = 4) e 2/100 (desvio-padrão = 1)

pacientes-ano, respectivamente. Neutropenia ocorreu predominantemente em pacientes

mais jovens e não-esplenectomisados. Um aumento transitório da alanina transaminase,

desconforto gastrointestinal e artralgias foram os outros eventos mais relatados.

Os níveis de ferritina evidenciaram uma diminuição, significativa e progressiva através

do tempo, após 3 anos de terapia. Esses dados mostram que a droga foi eficaz na

redução dos níveis de ferritina e a incidência de eventos adversos não foi maior do que a

frequência em ensaios clínicos, evidenciando a segurança do tratamento. (Ceci A et al)

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Em outro estudo, realizado na Índia, 75 crianças com talassemia (com idades entre 4 e

14 anos) foram avaliadas durante um período de um ano. Esses pacientes foram

separados em 3 grupos: Grupo A, com 30 pacientes, receberam uma dose diária de

deferiprona igual a 50 mg/kg; Grupo B, com 21 pacientes, receberam uma dose diária

de deferiprona igual a 75 mg/kg; Grupo controle, com 24 pacientes foram apenas

acompanhados, sem introdução de terapia medicamentosa ou placebo.

Observou-se que o nível sérico de ferritina reduziu-se de modo significativo em ambos

os grupos A e B (com p<0,01 cada), porém a redução foi maior no grupo B (que

recebeu a dose diária de 75 mg/kg). Apenas um paciente precisou ser retirado do

tratamento com deferiprona, por apresentar artropatia grave. Doze pacientes

desenvolveram leucopenia e neutropenia após 2-11 meses de tratamento com

deferiprona e não se observou relação com a dose ou com a duração do tratamento para

aparecimento desse quadro. O medicamento foi novamente introduzido em 10 pacientes

e apenas um deles desenvolveu um segundo quadro de neutropenia.

O estudo conclui que a deferiprona é um quelante de ferro muito eficaz, e que os

eventos adversos mais comuns do tratamento (artropatia e neutropenia) precisam ser

monitorados durante o uso do produto, porém a maioria dos casos é leve, não reincidem

após reintrodução da terapia e não existe necessidade de interromper-se a medicação,

nesses casos, para a maioria dos pacientes, mostrando a segurança e boa tolerabilidade

da terapia com deferiprona na talassemia major. (Choudhry VP et al)

Sabe-se que na talassemia major, o óbito por razões cardíacas é comum, sendo que 71%

das mortes em portadores da doença são ocasionadas por insuficiência cardíaca devido

ao acúmulo de ferro. Técnicas de medição da concentração de ferritina sérica e ferro

hepático são fundamentais para acompanhamento do quadro clínico do paciente, mas

esses parâmetros não são capazes de mensurar, de modo direto, a quantidade de ferro

cardíaco. Uma nova técnica de ressonância magnética, o T2*, foi desenvolvida para

detectar a sobrecarga de ferro cardíaco e auxiliar no acompanhamento desses pacientes.

Para avaliar a importância desse exame nos pacientes talassêmicos foi realizado um

estudo de sobrevivência e causas de morte em pacientes com talassemia major no Reino

Unido. O objetivo foi avaliar de que maneira o teste de ressonância magnética T2*

cardiovascular é essencial para o diagnóstico precoce de siderose cardíaca, para que a

terapia de quelação, nesses grupos de pacientes, seja feita a tempo de evitar danos aos

órgãos mais importantes afetados pelo excesso de ferro circulante. Os pacientes

identificados no teste CMR T2* receberam deferiprona oral e foram identificados a

partir de seus registros clínicos, e acompanhados após essa pré-seleção.

Dados do Reino Unido mostram que entre 1980 e 1999 houve 12,7 óbitos por 1.000

pacientes talassêmicos/ano. Quarenta por cento dos pacientes nascidos antes de 1980

tinha ressonância magnética cardiovascular T2* em níveis considerados de alto risco

(T2* < 10 ms). Entre 2000 e 2003, 36% destes pacientes receberam deferiprona. Em

2000-2003, a taxa de mortalidade caiu significativamente para 4,3 por 1.000 pacientes

talassêmicos/ano (redução de 62%, p <0,05). Isso foi impulsionado principalmente pela

redução na taxa de mortes causadas por excesso de ferro circulante (siderose), que caiu

de 7,9 para 2,3 óbitos por 1.000 pacientes talassêmicos/ano (redução de 71%, p <0,05).

Conclui-se então que, desde 1999, tem havido uma melhora significativa na

sobrevivência das pessoas portadoras de talassemia major no Reino Unido, o que tem

sido impulsionado, principalmente, por uma redução do número de mortes devido à

sobrecarga de ferro cardíaco. As causas mais prováveis para isso incluem a introdução

do teste CMR T2* para identificar siderose do miocárdio e intensificação de tratamento

de quelação de ferro adequado (com deferiprona), ao lado de outras melhorias nos

cuidados clínicos com esses pacientes. (Modell B et al)

Referências Bibliográficas:

1. Ceci A et al. The safety and effectiveness of deferiprone in a large-scale, 3-year study

in Italian patients. British Journal of Haematology. 2002, 118, 330–336.

2. Choudhry VP et al. Deferiprone, Efficacy and Safety. Indian Jounal of Pediatrics

2004; 71 (3): 213-216.

3. Modell B et al. Improved survival of thalassaemia major in the UK and relation to

T2* cardiovascular magnetic resonance. Journal of Cardiovascular Magnetic

Resonance. 2008 10:42 – Pages 1-8.

3. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS:

A deferiprona é uma substância que apresenta a capacidade de retirar o excesso de ferro

do organismo de pacientes portadores de talassemia major (doença também conhecida

como anemia do mediterrâneo), submetidos a constantes transfusões de sangue e que

não podem receber outra terapia (como a desferroxamina).

Propriedades Farmacodinâmicas:

Grupo farmacoterapêutico: agentes quelantes de ferro.

Mecanismo de ação:

A substância ativa é a deferiprona, um quelante bidentado que se liga ao ferro na

proporção de 3:1 molar.

Efeitos farmacodinâmicos:

Os estudos clínicos demonstraram que FERRIPROX®

é um eficaz agente promotor da

excreção de ferro, e que uma dose de 25 mg/kg três vezes por dia pode prevenir a

progressão do acúmulo de ferro no organismo (esse dado é avaliado pela concentração

de ferritina sérica, em doentes com talassemia dependente da transfusão). Entretanto, a

terapia quelante pode não proteger contra danos nos órgãos induzidos pelo ferro.

Propriedades Farmacocinéticas:

Absorção:

A deferiprona é rapidamente absorvida a partir da parte superior do trato

gastrointestinal. O pico de concentração sérica ocorre entre 45 a 60 minutos após uma

dose única em pacientes em jejum. Esse pico pode ser estendido para 2 horas em

pacientes alimentados.

Após uma dose de 25 mg/kg, concentrações séricas mais baixas têm sido detectadas em

pacientes no estado alimentado (85 mcmol/L) do que no estado de jejum (126

mcmol/L), porém não houve diminuição na quantidade de deferiprona absorvida quando

essa foi administrada com alimentos.

Biotransformação:

A deferiprona é metabolizada predominantemente num conjugado glicuronídeo. Este

metabólito não possui capacidade de ligação de ferro devido à inativação do grupo 3-

hidroxi da deferiprona. As concentrações séricas máximas do glicuronídeo ocorrem

entre 2 a 3 horas após a administração de deferiprona.

Eliminação:

Em humanos, a deferiprona é eliminada principalmente através dos rins. Uma

concentração entre 75% a 90% da dose ingerida é normalmente recuperada na urina nas

primeiras 24 horas sob 3 formas: deferiprona livre, metabólito glicuronídeo e complexo

ferro-deferiprona. Uma quantidade variável de eliminação através das fezes tem sido

relatada. A meia-vida de eliminação na maioria dos pacientes é de 2 a 3 horas.

O tempo médio estimado do início da ação é de 30 minutos após a ingestão do

medicamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES:

O produto é contraindicado nos casos de:

• Hipersensibilidade ao ingrediente ativo ou a qualquer um dos excipientes;

• História de episódios recorrentes de neutropenia (contagem muito baixa de

neutrófilos – um dos tipos de glóbulos brancos);

• História de agranulocitose (contagem muito baixa de glóbulos brancos < 0,5 x

109

/L);

• Gravidez;

• Lactação;

• Como não se conhece o mecanismo da neutropenia induzida pela deferiprona,

FERRIPROX®

não deve ser tomado ao mesmo tempo com medicamentos que

se saiba estar associado com neutropenia ou que possa causar agranulocitose,

como por exemplo: interferona, cloranfenicol, clozapina, aminopirina,

fenilbutazona, hidroxiureia e a associação trimetoprima/sulfametoxazol.

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Fax: 11 4154-1679 Fax: 11 3095-2350

Não existem muitas informações sobre a reintrodução da terapia com FERRIPROX®

.

Caso ocorra agranulocitose decorrente do uso desse medicamento, sua reintrodução é

contraindicada.

Gravidez e lactação:

As pacientes devem ser informadas para não utilizar este medicamento se estiverem

grávidas, amamentando ou tentando engravidar, pois FERRIPROX®

pode afetar

seriamente o bebê. Medidas anticoncepcionais devem ser tomadas durante tratamento

com deferiprona. Caso a paciente engravide na vigência do tratamento, o uso de

deve ser imediatamente interrompido.

Categoria “X” de risco de gravidez: Em estudos em animais e mulheres grávidas, o

fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é

maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam

ficar grávidas durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES:

As informações disponíveis sobre o uso de FERRIPROX®

em crianças com idades

entre 6 e 10 anos são muito limitadas e não existem dados sobre o uso do produto

em crianças menores de 6 anos. Assim, quando necessário, o uso nestas faixas

etárias deve ser realizado com muita cautela.

Neutropenia/Agranulocitose:

Existem evidências que mostram que o uso de deferiprona pode causar neutropenia,

chegando, inclusive, a estados de agranulocitose. Exames semanais para contagem de

neutrófilos são recomendados.

Em ensaios clínicos, a monitorização semanal da contagem de neutrófilos foi eficaz na

identificação dos casos de neutropenia e agranulocitose. Os quadros de neutropenia e

agranulocitose foram resolvidos quando a terapia foi suspensa. Se o paciente

desenvolver uma infecção durante o tratamento, a deferiprona deve ser interrompida e a

contagem de neutrófilos deve ser monitorada com maior frequência. Os pacientes

devem ser aconselhados a relatar imediatamente ao médico sobre quaisquer sintomas

indicativos de infecção tais como febre, dor de garganta e sintomas gripais.

O tratamento sugerido nos casos de neutropenia está descrito a seguir. Recomenda-se

que seja estabelecido um protocolo de tratamento tal como este apresentado antes de

iniciar o tratamento com deferiprona em qualquer paciente.

O tratamento com deferiprona não deve ser iniciado se o paciente tiver com

neutropenia. O risco de agranulocitose e neutropenia é mais elevado se a linha de base

da contagem absoluta de neutrófilos (ANC) for inferior a 1,5 x 109

/L.

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No caso de neutropenia:

Instrua o paciente a interromper imediatamente a deferiprona e todos os outros

medicamentos com potencial para causar neutropenia. O paciente deve ser aconselhado

a limitar o contato com outros indivíduos a fim de reduzir o risco de infecção. Obter um

hemograma completo com contagem de leucócitos, corrigido quanto à presença de

células nucleadas de glóbulos vermelhos, uma contagem de neutrófilos e uma contagem

de plaquetas imediatamente após diagnosticar o caso e, depois, repetir diariamente.

Recomenda-se que a seguir à recuperação da neutropenia, sejam obtidos semanalmente

um hemograma completo, contagem de leucócitos, neutrófilos e de plaquetas durantes

três semanas consecutivas, para assegurar que o paciente se recupera totalmente. Caso

haja indício de desenvolvimento de infecção simultaneamente com a neutropenia,

devem ser realizados os procedimentos de diagnóstico e culturas adequadas, assim

como a instituição de um regime terapêutico apropriado.

Em caso de neutropenia grave ou agranulocitose:

Seguir as orientações acima descritas e administrar terapêutica adequada, tal como o

fator estimulante de colônias de granulócitos, no mesmo dia em que o caso for

identificado e administrar diariamente até a resolução da situação. Assegurar o

isolamento de proteção e, se clinicamente indicado, internar o paciente no hospital.

Não existem muitas informações sobre a reintrodução da terapia com FERRIPROX®

.

Caso ocorra neutropenia decorrente do uso desse medicamento, sua reintrodução não é

recomendada.

Pacientes HIV positivos ou outros pacientes imunodeprimidos:

Não existem estudos em pacientes HIV positivos, ou em outros pacientes com outras

doenças que também comprometam o sistema imunológico. Devido ao fato que a

deferiprona pode causar redução nas células de defesa do sangue, o uso de

FERRIPROX®

em pacientes com esses quadros deve ser feito somente se os benefícios

potenciais superarem os riscos.

A função renal e hepática deve ser monitorada, uma vez que o medicamento é

metabolizado e eliminado por esses órgãos.

Pacientes com fibrose no fígado ou hepatite C também deverão ser monitorados, para

assegurar que a terapia de quelação de ferro seja a ideal.

Carcinogenicidade/mutagenicidade:

Em vista dos resultados de genotoxicidade, o potencial carcinogênico da deferiprona

não pode ser desconsiderado.

Concentração de Zn+2

plasmático:

É recomendado o monitoramento da concentração de Zn2+

plasmático, e em casos de

deficiência desse metal, sua suplementação é recomendada.

Insuficiência renal ou hepática e fibrose hepática:

Não existem dados disponíveis sobre o uso da deferiprona em pacientes com

insuficiência renal ou hepática. Uma vez que a deferiprona é eliminada principalmente

por via renal, pode haver um risco aumentado de complicações em pacientes com

função renal comprometida. Da mesma forma, como a deferiprona é metabolizada no

fígado, é preciso ter cautela em pacientes com disfunção hepática. A função renal e

hepática deve ser monitorada nesta população de pacientes durante o tratamento com

deferiprona. Se houver um aumento persistente da alanina aminotransferase (ALT), a

interrupção da terapêutica com deferiprona deve ser considerada.

Em pacientes com talassemia existe uma associação entre a fibrose hepática e a

sobrecarga de ferro e/ou hepatite C. Cuidados especiais devem ser tomados para

assegurar que a quelação de ferro em pacientes com hepatite C seja a ideal. Nesses

pacientes, a monitorização cuidadosa da histologia hepática é recomendada.

Descoloração da urina:

Os pacientes devem ser informados de que a urina pode apresentar uma cor castanha

avermelhada, devido à excreção do complexo ferro-deferiprona.

Overdose crônica e doenças neurológicas:

Alterações neurológicas foram observadas em crianças tratadas, por vários anos, com

2,5 a 3 vezes a dose recomendada. Os prescritores são lembrados de que o uso de doses

acima de 100 mg/kg/dia não é recomendada.

Efeitos sobre a Capacidade de Conduzir e Utilizar Máquinas:

Não é relevante.

Uso na Gravidez e Lactação:

Gravidez:

Não existem dados suficientes sobre o uso de deferiprona em mulheres grávidas.

Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva. O risco potencial para humanos

é desconhecido.

Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar a gravidez, devido às

propriedades clastogênicas e teratogênicas do medicamento. Estas mulheres devem ser

aconselhadas a tomar medidas contraceptivas e devem ser aconselhadas a parar

imediatamente de tomar deferiprona se ficarem grávidas ou se planejam engravidar.

Amamentação:

Não se sabe se a deferiprona é excretada no leite humano. Estudos reprodutivos pré e

pós-natais em animais não foram realizados. A deferiprona não deve ser utilizada pelas

mães que estão amamentando. Se o tratamento for inevitável, a amamentação deve ser

interrompida.

Fertilidade:

Nenhum efeito na fertilidade ou desenvolvimento embrionário precoce em animais foi

observado.

Categoria “X” de risco de gravidez: Em estudos em animais e mulheres grávidas, o

fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é

maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Como não se conhece o mecanismo da neutropenia induzida pela deferiprona,

FERRIPROX®

não deve ser tomado ao mesmo tempo com medicamentos que se saiba

estar associado com neutropenia ou que possa causar agranulocitose, como por

exemplo: interferona a, cloranfenicol, clozapina, aminopirina, fenilbutazona,

hidroxiureia e a associação trimetoprima/sulfametoxazol.

Não foram relatadas interações entre a deferiprona e outros medicamentos. No entanto,

uma vez que a deferiprona se liga a cátions metálicos, existe a possibilidade de

interações entre a deferiprona e medicamentos dependentes de cátions trivalentes como

antiácidos à base de alumínio. Portanto, não se recomenda a ingestão simultânea de

antiácidos à base de alumínio e deferiprona.

A segurança do uso concomitante de deferiprona e vitamina C não foi formalmente

estudada. Com base no relato de interação adversa que pode ocorrer entre a

deferoxamina e a vitamina C, deve-se ter cuidado durante a administração simultânea de

deferiprona e vitamina C.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO:

FERRIPROX®

deve ser conservado em temperatura ambiente (temperatura entre 15° e

30°C) e ao abrigo da luz e umidade.

Desde que seguidos os cuidados de conservação, o prazo de validade de

é de 36 meses, a contar da data de fabricação (vide embalagem

externa).

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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

Os comprimidos de FERRIPROX®

têm formato ovalado, apresentam marca para

quebra no caso de uso de meia dose (sulco), as inscrições APO e 500 em um dos lados,

sendo liso do outro lado e cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Modo de Usar:

É importante seguir corretamente as recomendações do seu médico. O uso do produto

deverá ser feito por via oral.

A quantidade de FERRIPROX®

que deve ser tomada depende do peso do paciente.

Normalmente é receitado para ser tomado em três doses: a primeira pela manhã, a

segunda ao almoço e a terceira à noite. Não é necessário tomar a medicação com a

alimentação, mas recomenda-se tomar o medicamento às refeições como um método

mais eficaz para não se esquecer de tomar qualquer dose.

POSOLOGIA

Uso em Adultos e Crianças a partir de 10 anos: A dose diária recomendada é de 75

mg/kg peso corpóreo, por via oral, ou seja, 25 mg/kg a cada 8 horas (3 vezes ao dia).

Isso representa que a cada 20 kg do seu peso corpóreo você deverá tomar 1 comprimido

de FERRIPROX®

a cada 8 horas.

Crianças de 0 a 10 anos: Existem poucos dados disponíveis sobre o uso de deferiprona

em crianças entre 6 e 10 anos de idade, e não há dados sobre o uso de deferiprona em

crianças menores de 6 anos de idade.

Para obter uma dose de 75 mg/kg/dia, use o número de comprimidos sugeridos na tabela

a seguir para o peso corporal do paciente. Cada linha da tabela representa um

incremento de 10 kg no peso corpóreo:

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Peso Corpóreo

(kg)

Dose Diária

Total

(mg)

Dose

(mg, 3

vezes/dia)

Quantidade de

Comprimidos

(3 vezes/dia)

20 1500 500 1,0

30 2250 750 1,5

40 3000 1000 2,0

50 3750 1250 2,5

60 4500 1500 3,0

70 5250 1750 3,5

80 6000 2000 4,0

90 6750 2250 4,5

Uma dose diária total superior a 100 mg/kg de peso corporal não é recomendada devido

ao risco potencial de aumento das reações adversas.

9. REAÇÕES ADVERSAS:

As reações adversas mais comuns relatadas durante a terapia com deferiprona em

ensaios clínicos foram: náusea, vômito, dor abdominal e cromatúria, que foram

relatadas em mais de 10% dos pacientes. A reação adversa mais grave notificada em

ensaios clínicos com deferiprona foi agranulocitose, definido como uma contagem

absoluta de neutrófilos inferior a 0,5 x 109

/L, o que ocorreu em aproximadamente 1%

dos pacientes. Episódios menos graves de neutropenia foram relatados em

aproximadamente 5% dos pacientes.

A reação adversa mais grave relatada em ensaios clínicos com deferiprona é a

agranulocitose (neutrófilos <0,5x109

/L), com uma incidência de 1,1% (0,6 casos por

100 pacientes-anos de tratamento). A incidência observada da forma menos grave de

neutropenia (neutrófilos <1,5x109

/L) é de 4,9% (2,5 casos por 100 pacientes-ano). Essa

taxa deve ser considerada no contexto da elevada incidência de neutropenia em

pacientes com talassemia, em particular naqueles com hiperesplenismo.

Episódios de diarreia, principalmente leve e transitória, têm sido relatados em pacientes

tratados com deferiprona. Efeitos gastrointestinais são mais frequentes no início da

terapêutica e resolvem-se, na maioria dos pacientes, dentro de algumas semanas, sem a

necessidade de interrupção do tratamento. Em alguns pacientes pode ser benéfica uma

redução da dose de deferiprona e, após um intervalo, voltar a aumenta-la gradualmente

até atingir a dose anterior. Casos de artropatia, que variaram de dor leve em uma ou

poucas articulações até artrite grave com uma incapacidade significativa, também foram

relatados em pacientes tratados com deferiprona. As artropatias leves são geralmente

transitórias

Aumento dos níveis de enzimas hepáticas tem sido relatado em alguns pacientes

tomando deferiprona. Na maioria desses pacientes, o aumento foi assintomático e

transitório, e retornou ao valor basal sem interrupção ou diminuição da dose de

deferiprona.

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Fax: 11 4154-1679 Fax: 11 3095-2350

Alguns pacientes tiveram progressão da fibrose associada a um aumento da sobrecarga

de ferro ou hepatite C. Baixos níveis de zinco no plasma têm sido associados com

deferiprona em uma minoria de pacientes. Os níveis normalizam-se com suplementação

oral de zinco.

Alterações neurológicas (tais como sintomas cerebelares, diplopia, nistagmo lateral,

desaceleração psicomotora, movimentos das mãos e hipotonia axial) têm sido

observadas em crianças que receberam voluntariamente mais de 2,5 vezes a dose

máxima recomendada de 100 mg/kg/dia, durante vários anos. Os distúrbios

neurológicos regrediram progressivamente após a interrupção da deferiprona.

Reação muito comum (≥ 1/10): náusea, dor abdominal, vômitos e cromatúria.

Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10): neutropenia, agranulocitose, aumento do apetite, dor

de cabeça, diarreia, artralgia, fadiga e aumento das enzimas hepáticas.

Reação cuja frequência é desconhecida: reações de hipersensibilidade, rash cutâneo e

urticária.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.