Bula do Finasterida para o Profissional

Bula do Finasterida produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Finasterida
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO FINASTERIDA PARA O PROFISSIONAL

finasterida

Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.

Comprimidos revestidos

5 mg

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Finasterida comprimido revestido 5 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos revestidos

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de 5 mg contém:

finasterida ..................................................... 5 mg

excipientes q.s.p. ........................................... 1 comprimido revestido

(croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose monoidratada, laurilsulfato de sódio,

hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, polissorbato 80, óxido de ferro amarelo, povidona,

silicone antiespumante).

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

A finasterida é indicada para o tratamento e o controle da hiperplasia prostática benigna (HPB) e

para a prevenção de eventos urológicos para:

- Reduzir o risco de retenção urinária aguda;

- Reduzir o risco de cirurgias, incluindo ressecção transuretral da próstata e prostatectomia.

A finasterida diminui o tamanho da próstata aumentada, melhora o fluxo urinário e os sintomas

associados à HPB.

Pacientes que apresentam aumento do volume da próstata são os candidatos mais adequados para a

terapia com finasterida.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os dados dos estudos descritos a seguir, que demonstram redução do risco de retenção urinária

aguda e cirurgia, melhora dos sintomas relacionados à HPB, aumento das velocidades máximas de

fluxo urinário e redução do volume da próstata, sugerem que finasterida reverte a progressão da

HPB em homens com próstata aumentada. Finasterida, na dose de 5 mg/dia, foi avaliado

inicialmente em pacientes com sintomas de HPB e próstatas aumentadas ao exame de toque retal

em dois estudos fase III, de 1 ano, randômicos, duplo-cegos e controlados com placebo, e em suas

extensões em regime aberto de 5 anos de duração. Dos 536 pacientes distribuídos originalmente de

modo randômico para receber 5 mg/dia de finasterida, 234 completaram a terapia adicional de 5

anos e foram disponibilizados para análise. Os parâmetros de eficácia foram escore dos sintomas,

velocidade máxima de fluxo urinário e volume da próstata.

Finasterida foi avaliado adicionalmente no estudo PLESS, um estudo de 4 anos, multicêntrico,

duplo-cego, randômico e controlado com placebo, que avaliou o efeito da terapia com 5 mg/dia

de finasterida sobre os sintomas de HPB e sobre os eventos urológicos relacionados à HPB

(intervenção cirúrgica [por exemplo, ressecção transuretral da próstata e prostatectomia] ou retenção

urinária aguda com necessidade de cateterização). Foram distribuídos de modo randômico para o

estudo 3.040 pacientes (1.524 para a finasterida e 1.516 para o placebo), com idades entre 45 e 78

anos, com sintomas moderados a graves de HPB e próstata aumentada ao exame de toque retal,

dos quais 3.016 foram avaliáveis quanto à eficácia. Um total de 1.883 pacientes (1.000 do grupo

finasterida, 883 do grupo placebo) completaram o estudo de 4 anos. Também foram avaliados a

velocidade máxima de fluxo urinário e o volume da próstata.

EFEITO SOBRE A RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA E A NECESSIDADE DE CIRURGIA

No estudo PLESS, de 4 anos, 13,2% dos pacientes tratados com placebo apresentaram necessidade de

cirurgia ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização, em comparação com 6,6% dos

pacientes tratados com finasterida, representando uma redução de 51% do risco de cirurgia ou de

Porcentagemdepacientes

retenção urinária aguda em 4 anos. Finasterida reduziu o risco de cirurgia em 55% (10,1% para o

placebo versus 4,6% para finasterida) e reduziu o risco de retenção urinária aguda em 57% (6,6%

para o placebo versus 2,8% para finasterida). A redução do risco ficou evidente entre os grupos de

tratamento na primeira avaliação (4 meses) e foi mantida pelos 4 anos do estudo (veja as Figuras 1

e 2). A Tabela 1 a seguir apresenta as taxas de ocorrência e a redução do risco de eventos

urológicos durante o estudo.

Figura 1: Porcentagem de Pacientes Submetidos à Cirurgia para HPB, Incluindo RTUP*

15%

Finasterida

-------- Placebo

10%

5%

0%

Tempo

(meses)

*RTUP – Ressecção Transuretral da Próstata

Figura 2: Porcentagem de Pacientes com Desenvolvimento de Retenção Urinária Aguda

(Espontânea e Precipitada)

Tabela 1: Taxas de eventos urológicos e redução do risco por finasterida durante 4 anos

Porcentagem de

Pacientes

Eventos Urológicos Placebo

(n= 1.503)

Finasterid

a

5

Redução do

Risco

Cirurgia ou Retenção Urinária Aguda 13,2% 6,6% 51%*

Cirurgia**

RTUP

10,1%

8,3%

4,6%

4,2%

55%*

49%*

Retenção Urinária Aguda 6,6% 2,8% 57%*

* p< 0,001

** Cirurgia relacionada à HPB

EFEITO SOBRE O ESCORE DOS SINTOMAS

Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do escore de sintomas totais diminuiu em relação

à fase inicial logo na 2ª semana. Em comparação com o placebo, observou-se melhora significativa dos

sintomas no 7º e no 10º meses destes estudos. Embora tenha sido observada melhora precoce dos sintomas

urinários em alguns pacientes, um estudo terapêutico, de pelo menos 6 meses, foi em geral necessário para

avaliar se uma resposta benéfica no alívio dos sintomas foi alcançada. A melhora dos sintomas de HPB

manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais outros 5 anos nos estudos de extensão.

Os pacientes do estudo PLESS, de 4 anos, apresentavam sintomas moderados a graves na fase inicial

(média de aproximadamente 15 pontos, em escala de 0 a 34 pontos). Entre aqueles que permaneceram na

terapia durante os 4 anos do estudo, foi observada melhora de 3,3 pontos no escore dos sintomas com

finasterida em comparação com uma melhora de 1,3 ponto observada no grupo placebo (p< 0,001).

Ficou evidente uma melhora do escore dos sintomas no 1º ano nos pacientes tratados com finasterida e

esta melhora continuou até o 4º ano. Em contrapartida, os pacientes que receberam placebo

apresentaram melhora no escore de sintomas no primeiro ano, porém apresentaram piora após este

período. Os pacientes com sintomas moderados a graves na fase inicial tiveram tendência a apresentar

melhora superior de escore dos sintomas.

EFEITO SOBRE A VELOCIDADE MÁXIMA DE FLUXO URINÁRIO

Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a velocidade máxima de fluxo urinário aumentou de forma

significativa na 2ª semana, em comparação com a fase inicial. Comparado com o placebo, observou-se

aumento significativo no 4º e no 7º meses. Este efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por

mais 5 anos dos estudos de extensão.

No estudo PLESS, de 4 anos, houve uma nítida separação entre os grupos de tratamento em relação à

velocidade máxima de fluxo urinário a favor de finasterida no 4º mês, que se manteve durante todo o

estudo. A média da velocidade máxima de fluxo urinário na fase inicial foi de aproximadamente 11 mL/s

nos dois grupos de tratamento. Entre os pacientes que permaneceram na terapia durante todo o estudo e

apresentaram dados avaliáveis de fluxo urinário, finasterida aumentou a velocidade máxima de fluxo

urinário em 1,9 mL/s em comparação com um aumento de 0,2 mL/s observado no grupo placebo.

EFEITO SOBRE O VOLUME DA PRÓSTATA

Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do volume da próstata na fase inicial variou de

40 a 50 cc. Nos dois estudos, o volume da próstata foi reduzido de forma significativa em comparação

com a fase inicial e com o placebo na primeira avaliação (3 meses). Este efeito manteve-se durante todo o

primeiro ano e por mais 5 anos dos estudos de extensão.

No estudo PLESS, de 4 anos, o volume da próstata foi avaliado anualmente por ressonância magnética

(RMI) em um subgrupo de pacientes (n= 284). Nos pacientes tratados com finasterida, o volume da

próstata foi reduzido, tanto em comparação com a fase inicial como com o tratamento com placebo

durante todo o período de 4 anos do estudo. Dos pacientes do subgrupo de RMI, que permaneceram em

terapia durante todo o estudo, finasterida diminuiu o volume da próstata em 17,9% (de 55,9 cc na fase

inicial para 45,8 cc após 4 anos) em comparação com um aumento de 14,1% (de 51,3 cc para 58,5 cc) do

grupo placebo (p< 0,001).

VOLUME DA PRÓSTATA COMO INDICADOR DA RESPOSTA TERAPÊUTICA

Uma metanálise que combinou dados de 1 ano de sete estudos duplo-cegos e controlados com placebo,

com desenhos semelhantes, envolvendo 4.491 pacientes com HPB sintomática, demonstrou que, nos

pacientes tratados com finasterida, a magnitude da resposta dos sintomas e o nível de melhora da

velocidade máxima de fluxo urinário foram maiores em pacientes com próstata aumentada

(aproximadamente >40 cc) na fase inicial.

OUTROS ESTUDOS CLÍNICOS

Os efeitos urodinâmicos da finasterida no tratamento da obstrução da vazão da bexiga decorrente de HPB

foram avaliados por meio de técnicas invasivas, em um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de

24 semanas de duração, que envolveu 36 pacientes com sintomas moderados a graves de obstrução

urinária e velocidade máxima de fluxo urinário <15 mL/s. Os pacientes tratados com 5 mg de

finasterida demonstraram alívio da obstrução, conforme evidenciado através da melhora significativa da

pressão detrusora e do aumento da média de velocidade de fluxo, em comparação com aqueles que

receberam placebo.

Um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de um ano de duração, avaliou por ressonância

magnética o efeito da finasterida sobre o volume das zonas periféricas e periuretrais da próstata em 20

homens com HPB. Os pacientes tratados com finasterida, ao contrário dos que receberam placebo,

apresentaram redução significativa (11,5 ± 3,2 cc [SE]) do tamanho total da glândula, em grande parte em

razão de uma redução (6,2 ± 3 cc) do tamanho da zona periuretral. Uma vez que a zona periuretral é

responsável pela obstrução do fluxo, esta redução pode ser responsável pela resposta clínica benéfica

observada nesses pacientes.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Finasterida, um composto sintético 4-azasteróide, é um inibidor específico da 5α-redutase tipo II, uma

enzima intracelular que metaboliza a testosterona no andrógeno mais potente, a diidrotestosterona (DHT).

Na hiperplasia prostática benigna, o aumento da glândula prostática depende da conversão da testosterona

em DHT dentro da próstata. Finasterida é altamente eficaz na redução da DHT circulante e

intraprostática. A finasterida não tem afinidade pelo receptor androgênico.

No Estudo de Segurança e Eficácia em Longo Prazo de finasterida (Long-Term Efficacy and Safety

Study – PLESS), avaliou-se o efeito da terapia com finasterida sobre os eventos urológicos

relacionados à HPB (intervenção cirúrgica [por exemplo, ressecção transuretral da próstata e

prostatectomia] ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização), durante 4 anos, em 3.016

pacientes com sintomas moderados a graves de HPB. Nesse estudo duplo-cego, randômico, controlado

com placebo e multicêntrico, o tratamento com finasterida reduziu o risco total de eventos urológicos em

51%, sendo também associado à regressão acentuada e mantida do volume da próstata, ao aumento mantido

do fluxo urinário máximo e à melhora dos sintomas.

Farmacologia Clínica

A HPB ocorre na maioria dos homens que atingem 50 anos de idade e sua prevalência aumenta com o

aumento da idade. Estudos epidemiológicos sugerem que o aumento da próstata está associado com o

aumento de 3 vezes do risco de retenção urinária aguda e cirurgia da próstata. Homens com próstatas

aumentadas também apresentam 3 vezes mais probabilidade de apresentar sintomas urinários moderados a

graves ou redução do fluxo urinário do que homens com próstatas menores.

O desenvolvimento e aumento da próstata e subsequente HPB é dependente de um potente androgênio, a

diidrotestosterona (DHT). A testosterona, secretada pelos testículos e glândulas adrenais, é convertida

rapidamente a DHT pela 5α redutase tipo II, predominantemente na próstata, no fígado e na pele, onde se

liga preferencialmente aos núcleos da células desses tecidos.

A finasterida é um inibidor competitivo da 5α redutase tipo II humana, com a qual forma lentamente um

complexo enzimático estável. O turnover deste complexo é extremamente lento (t1/2 a30 dias). In vitro e in

vivo, demonstrou-se que a finasterida é um inibidor específico da 5α redutase tipo II e não apresenta

afinidade pelo receptor androgênico.

Uma dose única de 5 mg de finasterida proporcionou rápida redução da concentração sérica de DHT,

observando-se efeito máximo após 8 horas. Enquanto os níveis plasmáticos da finasterida variaram em 24

horas, os níveis séricos de DHT permaneceram constantes durante este período, indicando que as

concentrações plasmáticas do fármaco não estão diretamente correlacionadas com as concentrações

plasmáticas de DHT.

Nos pacientes com HPB, a finasterida, administrada por 4 anos na dose de 5 mg/dia, reduziu as

concentrações circulantes de DHT em aproximadamente 70% e foi associada a uma redução mediana do

volume da próstata de aproximadamente 20%. Além disso, os níveis de antígeno específico prostático

(PSA) foram reduzidos em 50% em relação aos valores obtidos na fase inicial, sugerindo redução do

crescimento da célula epitelial da próstata. A supressão dos níveis de DHT e a regressão da próstata

hiperplásica, associada à diminuição dos níveis de PSA, foram mantidas nos estudos de até 4 anos.

Nestes estudos, os níveis circulantes de testosterona aumentaram aproximadamente 10% a 20%,

permanecendo dentro do intervalo fisiológico.

Ao se administrar finasterida por 7 a 10 dias a pacientes que seriam submetidos à prostectomia, o

medicamento causou redução de DHT intraprostática de aproximadamente 80%. As concentrações

intraprostáticas de testosterona aumentaram até 10 vezes em relação aos níveis pré-tratamento.

Em voluntários saudáveis tratados com finasterida por 14 dias, a descontinuação da terapia resultou no

retorno dos valores de DHT aos níveis pré-tratamento em aproximadamente 2 semanas. Nos pacientes

tratados por três meses, o volume da próstata, que diminuiu aproximadamente 20%, retornou próximo ao

valor da fase inicial após aproximadamente três meses da descontinuação da terapia.

A finasterida não apresentou efeito sobre os níveis circulantes de cortisol, estradiol, prolactina, hormônio

estimulante da tiroide ou tiroxina em comparação com o placebo. Não se observou efeito clinicamente

significativo sobre o perfil lipídico (isto é, colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade, lipoproteínas

de alta densidade e triglicérides) ou sobre a densidade mineral óssea. Observou-se aumento de

aproximadamente 15% do hormônio luteinizante (LH) e de 9% do hormônio folículo-estimulante (FSH)

nos pacientes tratados por 12 meses; no entanto, estes níveis permaneceram dentro do intervalo

fisiológico. O estímulo do hormônio de liberação da gonadotrofina (GnRH), nos níveis de LH ou FSH,

não foi alterado, indicando que o controle regulatório do eixo hipofisário-testicular não foi afetado. O

tratamento com finasterida por 24 semanas, para avaliar os parâmetros de sêmen em voluntários

saudáveis do sexo masculino, não revelou efeitos clinicamente significativos sobre a concentração,

motilidade, morfologia ou pH do esperma. Observou-se redução mediana de 0,6 mL do volume ejaculado,

com redução concomitante de esperma total por ejaculação; estes parâmetros permaneceram dentro do

intervalo normal e foram reversíveis com a descontinuação da terapia.

A finasterida parece ter inibido tanto o metabolismo do esteroide C19 como o do C21 e,

consequentemente, parece ter apresentado efeito inibitório sobre as atividades hepática e periférica da 5α

redutase tipo II. Os níveis séricos dos metabólitos da DHT – androstenediol glicuronida e androsterona

glicuronida – também apresentaram redução significativa. Este padrão metabólico é semelhante ao

observado em indivíduos com deficiência genética de 5α redutase tipo II, que apresentam níveis

acentuadamente diminuídos de DHT e próstatas pequenas, não desenvolvendo HPB. Estes indivíduos

apresentam defeitos urogenitais ao nascerem e anormalidades bioquímicas, porém não apresentam outros

distúrbios clinicamente importantes em decorrência da deficiência da 5α redutase tipo II.

Farmacocinética

Após dose oral de 14C-finasterida em homens, 39% da dose foi excretada na urina na forma de

metabólitos (praticamente, não foi excretado nenhum fármaco na forma inalterada na urina) e 57% da dose

total foram excretados nas fezes. Neste estudo, foram identificados dois metabólitos da finasterida, que

possuem apenas uma pequena fração da atividade inibitória da 5α redutase da finasterida.

Em relação a uma dose intravenosa de referência, a biodisponibilidade oral da finasterida é de

aproximadamente 80%. A biodisponibilidade não é afetada pela presença de alimentos. São atingidas

concentrações plasmáticas máximas de finasterida aproximadamente duas horas após a administração e a

absorção é completa após seis a oito horas. A finasterida apresenta meia-vida de eliminação plasmática

média de seis horas. A taxa de ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%. O clearance

plasmático e o volume de distribuição da finasterida são de aproximadamente 165 mL/min e 76 litros,

respectivamente.

Um estudo de doses múltiplas demonstrou lento acúmulo de pequenas quantidades de finasterida ao longo

do tempo. Após a administração diária de 5 mg/dia, as concentrações plasmáticas de vale no estado de

equilíbrio da finasterida são estimadas entre 8 e 10 ng/mL e permaneceram estáveis ao longo do tempo.

A velocidade de eliminação da finasterida é ligeiramente diminuída em idosos. Com o avançar da idade, a

meia- vida média é prolongada, passando de aproximadamente 6 horas, em homens entre 18 e 60 anos,

para 8 horas, em homens com mais de 70 anos de idade. Este achado não representa significância clínica e,

consequentemente, não é recomendada redução da dose.

Em pacientes com insuficiência renal crônica, cujos clearance de creatinina variaram de 9 a 55 mL/min, a

disposição de uma dose única de 14C-finasterida não foi diferente da de voluntários saudáveis. A taxa de

ligação a proteínas também não foi diferente em pacientes com insuficiência renal. Uma parte dos

metabólitos, que normalmente é excretada por via renal, foi excretada nas fezes. Portanto, parece que a

excreção fecal aumenta proporcionalmente conforme reduz a excreção urinária dos metabólitos. Não é

necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal não dialisados.

A finasterida foi recuperada no fluido cérebro-espinhal dos pacientes tratados por um período de 7 a 10

dias com a finasterida, porém o fármaco não parece se concentrar preferencialmente no fluido cérebro-

espinhal. A finasterida também foi recuperada no fluido seminal dos indivíduos tratados com 5 mg/dia

de finasterida. A quantidade de finasterida no fluido seminal foi 50 a 100 vezes menor que a dose de

finasterida (5 Pg) que não apresentou efeito sobre os níveis circulantes de DHT em adultos (veja também

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES/Desenvolvimento).

4. CONTRAINDICAÇÕES

A finasterida não é indicada para mulheres e crianças. A finasterida é contraindicada nos seguintes casos:

- hipersensibilidade a qualquer componente do produto

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres e crianças.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento. (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Gravidez: Exposição à

Finasterida - Risco para os Fetos do Sexo Masculino).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Pacientes com grandes volumes urinários residuais e/ou fluxo urinário drasticamente reduzido deverão ser

cuidadosamente monitorados quanto à uropatia obstrutiva.

Efeitos no PSA e Detecção de Câncer de Próstata

Ainda não foi demonstrado nenhum benefício clínico em pacientes com câncer de próstata tratados com

finasterida. Em estudos clínicos controlados, os pacientes com HPB e níveis elevados de PSA foram

monitorados com dosagens em série de PSA e biópsias da próstata. Nesses estudos de HPB, finasterida

aparentemente não alterou a taxa de detecção de câncer de próstata. Além disso, a incidência total de

câncer de próstata não foi significativamente diferente em pacientes tratados com finasterida ou placebo.

Antes de iniciar o tratamento com finasterida e periodicamente durante o tratamento, recomenda-se

realizar exame da próstata por meio do toque retal, bem como outras avaliações para detecção de câncer. A

concentração de PSA no soro também é utilizada para a detecção do câncer de próstata. Em geral, um valor

inicial de PSA >10 ng/mL (Hybritech) indica a necessidade de outros exames complementares e eventual

biópsia; quando os níveis de PSA situam-se entre 4 e 10 ng/mL, aconselham-se avaliações adicionais.

Há considerável superposição nos níveis de PSA em homens com e sem câncer de próstata; portanto,

em homens com HPB, valores de PSA na faixa normal de referência não descartam câncer de próstata,

independentemente do tratamento com finasterida. Um valor basal de PSA <4 ng/mL não exclui a

possibilidade de câncer de próstata.

A finasterida reduz as concentrações séricas de PSA em cerca de 50% em pacientes com HPB,

mesmo na presença de câncer de próstata. Esta redução, previsível em toda a faixa de valores de PSA

(embora possam ocorrer variações individuais), deve ser considerada ao se avaliar os resultados do exame

de PSA e não exclui a presença concomitante de câncer de próstata. A análise dos resultados do exame

de PSA de mais de 3.000 pacientes envolvidos no estudo PLESS (duplo-cego, controlado com placebo,

com duração de 4 anos) confirmou que, em pacientes típicos tratados com finasterida durante pelo menos

seis meses, os valores de PSA deveriam ser duplicados para comparação com a variação normal em

pacientes não tratados. Este ajuste preserva a sensibilidade e a especificidade do teste de PSA e mantém

sua capacidade de detectar câncer de próstata. Qualquer aumento sustentado dos níveis de PSA em

pacientes tratados com a finasterida deve ser cuidadosamente avaliado e deve-se, inclusive, considerar a

possibilidade de não adesão ao tratamento com finasterida.

A porcentagem de PSA livre (razão PSA livre/total) não é diminuída significativamente por finasterida,

que permanece constante mesmo sob a influência do medicamento. Quando a porcentagem de PSA livre é

utilizada como auxiliar na detecção do câncer de próstata, não é necessário ajuste para seu valor.

Gravidez e lactação - Categoria de risco: X

A finasterida é contraindicada para mulheres grávidas ou em idade fértil (veja CONTRAINDICAÇÕES).

Por causa da sua capacidade de inibir a conversão da testosterona a diidrotestosterona, os inibidores da

5α redutase, entre eles a finasterida, podem causar anormalidades da genitália externa de fetos do sexo

masculino quando administrados a mulheres grávidas.

Exposição à Finasterida - Risco para os Fetos do Sexo Masculino: Mulheres não devem manusear

comprimidos esfarelados ou quebrados de finasterida quando estiverem grávidas ou se houver

possibilidade de gravidez, porque a finasterida pode ser absorvida e causar danos para o feto do sexo

masculino (veja Gravidez e lactação). Os comprimidos de finasterida são revestidos, o que impede o

contato com o ingrediente ativo durante o manuseio normal, desde que os comprimidos não estejam

quebrados ou esfarelados.

A finasterida não é indicada para mulheres.

Não se sabe se a finasterida é excretada no leite materno.

Idosos

Não é necessário ajuste posológico para esses pacientes, embora estudos de farmacocinética tenham

demonstrado certa diminuição da eliminação da finasterida em pacientes com mais de 70 anos de idade.

Crianças

A finasterida não é indicada para crianças. A eficácia e a segurança em crianças não foram estabelecidas.

Carcinogênese e Mutagênese

Não houve evidência de efeito carcinogênico em um estudo em ratos, de 24 meses de duração, que

receberam doses de até 320 mg/kg/dia de finasterida (3.200 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para

humanos).

Em um estudo de carcinogenicidade em camundongos, de 19 meses de duração, observou-se aumento

estatisticamente significativo (p< 0,05) na incidência de adenoma testicular de células de Leydig com uma

dose de 250 mg/kg/dia (2.500 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos); não foram observados

adenomas em camundongos que receberam 2,5 ou 25 mg/kg/dia (25 e 250 vezes a dose de 5 mg/dia

recomendada para humanos, respectivamente).

A administração de uma dose de 25 mg/kg/dia a camundongos e de doses >40 mg/kg/dia a ratos (250 e

>400 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos, respectivamente) causou aumento da

incidência de hiperplasia das células de Leydig. Demonstrou-se correlação positiva entre as alterações

proliferativas das células de Leydig e o aumento dos níveis de hormônio luteinizante (LH) (2-3 vezes

acima do controle), observados com as duas espécies de roedores tratadas com altas doses de finasterida,

sugerindo que as alterações das células de Leydig são consequência de níveis séricos elevados de LH e não

de um efeito direto da finasterida.

Não foram observadas alterações das células de Leydig relacionadas ao fármaco, tanto em ratos ou cães

tratados com finasterida durante 1 ano com doses de 20 mg/kg/dia e 45 mg/kg/dia (200 e 450 vezes a dose

de 5 mg/dia recomendada para humanos, respectivamente), como em camundongos tratados durante 19

meses com uma dose de 2,5 mg/kg/dia (25 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos).

Não se observou evidências de mutagênese em ensaios in vitro de mutagênese bacteriana, de

mutagênese em células de mamíferos ou de eluição alcalina. Em ensaio in vitro de aberração

cromossômica, quando células de ovário de hamster chinesa foram tratadas com altas concentrações

de finasterida (450-500 μmol), ocorreu discreto aumento de aberrações cromossômicas. Essas

concentrações correspondem a 4.000-5.000 vezes a concentração plasmática máxima obtida com a dose

total de 5 mg em humanos. Além disso, as concentrações (450-550 μmol) utilizadas nos estudos in vitro

não podem ser atingidas em um sistema biológico. Em um ensaio in vivo de aberração cromossômica em

camundongos, não se observou aumentos de aberrações cromossômicas relacionados ao tratamento com a

finasterida na dose máxima tolerada (250 mg/kg/dia; 2.500 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para

Reprodução

Em coelhos sexualmente maduros, tratados com 80 mg/kg/dia de finasterida (800 vezes a dose de 5 mg/dia

recomendada para humanos) durante até 12 semanas, não se observaram efeitos sobre fertilidade,

contagem de espermatozoides ou volume ejaculado.

Em ratos sexualmente maduros, tratados com a mesma dose de finasterida, não se observaram efeitos

significativos sobre a fertilidade após 6 ou 12 semanas de tratamento; contudo, quando o tratamento foi

prolongado até 24 ou 30 semanas, houve aparente redução da fertilidade e da fecundidade, assim como

decréscimo significativo dos pesos das vesículas seminais e da próstata. Todos os efeitos foram

reversíveis 6 semanas após a interrupção do tratamento.

A redução da fertilidade de ratos tratados com a finasterida é decorrente do efeito desse fármaco sobre os

órgãos sexuais acessórios (próstata e vesículas seminais), que resulta na não formação do tampão seminal.

O tampão seminal é essencial para a fertilidade normal em ratos, porém, irrelevante para o homem, que

não forma tampão copulatório. Não se observou efeito relacionado ao fármaco sobre os testículos ou sobre

o desempenho sexual de ratos e coelhos.

Desenvolvimento

Observou-se desenvolvimento de hipospádia dose-dependente nos fetos machos de ratas prenhes que

receberam 100 μg/kg/dia a 100 mg/kg/dia de finasterida (1 a 1.000 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada

para humanos) a uma incidência de 3,6% a 100%. Além disso, as ratas prenhes geraram fetos machos com

próstatas e vesículas seminais com pesos reduzidos, separação retardada do prepúcio e aumento transitório

do mamilo, quando receberam doses de finasterida ≥ 30 Pg/kg/dia (≥30% a dose de 5 mg/dia recomendada

para humanos), e distância anogenital reduzida, quando a finasterida foi administrada em doses ≥3

μg/kg/dia (≥3% da dose de 5 mg/dia recomendada para humanos). O período crítico para a indução

desses efeitos situa-se entre o 16º e o 17º dia de gestação em ratos.

As alterações descritas acima constituem efeitos farmacológicos esperados dos inibidores da 5α redutase

tipo II. Muitas delas, como a hipospádia, observadas em ratos expostos à finasterida in utero, são

semelhantes àquelas relatadas em recém-nascidos do sexo masculino com deficiência genética da 5α

redutase tipo II. Não se observou efeitos sobre a prole do sexo feminino exposta a qualquer dose de

finasterida in utero.

A administração de finasterida (3 mg/kg/dia; 30 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos) a

ratas prenhes, durante o final da gestação e no período de lactação, resulta em leve redução da fertilidade

na primeira geração de feto macho. Não se observou anormalidades do desenvolvimento na primeira

geração de machos e fêmeas resultantes do cruzamento de ratos machos tratados com a finasterida (80

mg/kg/dia; 800 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos) com ratas não tratadas.

Não se observaram evidências de malformação em fetos de coelhos expostos in utero a doses de até 100

mg/kg/dia de finasterida (1.000 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos) entre o 6º e o 18º

dia de gestação.

Os efeitos in utero da exposição à finasterida, durante o período embrionário e de desenvolvimento fetal,

foram avaliados em macacos rhesus (entre o 20º e o 100º dia de gestação), espécie cujo desenvolvimento

pode predizer o desenvolvimento em humanos com mais acuidade do que o observado em ratos ou

coelhos. A administração intravenosa de finasterida a macacas prenhes em doses tão altas quanto 800

ng/dia (pelo menos 60 a 120 vezes a mais alta exposição estimada de mulheres grávidas ao sêmen de

homens tratados com 5 mg/dia de finasterida) não provocou anormalidades nos fetos machos.

Confirmando a relevância do modelo rhesus para o desenvolvimento fetal humano, a administração oral de

uma dose muito alta de finasterida (2 mg/kg/dia; 20 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos

ou aproximadamente 1-2 milhões de vezes a mais alta exposição estimada ao sêmen de homens

tratados com 5 mg/dia de finasterida) a macacas grávidas resultou em anormalidades da genitália externa

de fetos machos. Em qualquer dose, nenhuma outra anormalidade foi observada em fetos machos e

nenhuma anormalidade relacionada à finasterida foi observada em fetos fêmeas.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Finasterida não parece afetar significativamente o sistema enzimático metabolizador de medicamentos

ligado ao citocromo P-450. Em seres humanos, foram testados os seguintes compostos: propranolol,

digoxina, gliburida, varfarina, teofilina e antipirina, não sendo verificadas interações clinicamente

significativas com nenhum deles.

Outras Terapias Concomitantes

Embora não tenham sido realizados estudos específicos de interação, finasterida foi utilizada em

estudos clínicos concomitantemente com inibidores da ECA, paracetamol, ácido acetilsalicílico,

alfabloqueadores, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, nitratos, diuréticos, antagonistas

H2, inibidores da HMG- CoA redutase, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), quinolonas e

benzodiazepínicos; não foi observada evidência de interações adversas clinicamente significativas com

nenhum desses agentes.

Exames Laboratoriais

Efeitos sobre os Níveis de PSA

As concentrações séricas de PSA estão correlacionadas com a idade do paciente e o volume da próstata e

este está correlacionado com a idade do paciente. Ao se avaliar o teste de PSA, deve-se ter em mente que

os níveis de PSA diminuem em pacientes tratados com finasterida Na maioria dos pacientes, observa-

se rápida redução nos níveis de PSA nos primeiros meses de terapia, que, a partir daí, estabilizam-se em

um novo valor basal; os valores pós-tratamento aproximam-se da metade dos valores anteriores ao

tratamento. Desse modo, em pacientes típicos tratados com finasterida durante pelo menos seis meses, os

valores do PSA devem ser duplicados para comparação com a variação normal em pacientes não tratados.

Para interpretação clínica, veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Efeitos no PSA e Detecção de

Câncer de Próstata.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz e da umidade.

Mulheres grávidas ou que possam estar grávidas não devem manusear comprimidos esfarelados ou

quebrados de porque a finasterida pode ser absorvida e causar danos para o feto do sexo masculino (veja

CONTRAINDICAÇÕES, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Gravidez e lactação; Exposição à

Finasterida - Risco para os Fetos do Sexo Masculino).

Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em embalagem original.

Aparência: Comprimido revestido amarelo, redondo, biconvexo, sulcado em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A posologia recomendada é de 1 comprimido de 5 mg diariamente, com ou sem alimentos.

Posologia na Insuficiência Renal

Não é necessário ajuste posológico para pacientes com graus variados de insuficiência renal (depuração

de creatinina de até 9 mL/min), pois os estudos de farmacocinética não indicaram qualquer alteração da

biodisponibilidade da finasterida.

Posologia em Idosos

Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos, embora estudos de farmacocinética tenham

demonstrado certa diminuição na eliminação da finasterida em pacientes com mais de 70 anos de idade.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Finasterida é bem tolerada.

No estudo PLESS, a segurança e a eficácia de finasterida foram avaliadas em 1.524 pacientes tratados

com 5 mg/dia e em 1.516 pacientes que receberam placebo durante 4 anos. O tratamento foi

descontinuado por 4,9% dos pacientes (n= 74) em razão de efeitos adversos associados a finasterida em

comparação com 3,3% (n= 50) que receberam placebo. Um total de 3,7% dos pacientes (n= 57) tratados

com finasterida e 2,1% (n= 32) dos que receberam placebo descontinuou a terapia por causa de efeitos

adversos relacionados à função sexual, que foram os efeitos adversos mais frequentemente relatados.

As únicas reações adversas clínicas consideradas pelo investigador como possível, provável ou

definitivamente relacionadas ao medicamento, cuja incidência com finasterida foi ≥1% maior do que com

o placebo durante os 4 anos do estudo, foram as relacionadas à função sexual, queixas relacionadas

relativas às mamas e erupções cutâneas. No primeiro ano do estudo, as seguintes reações adversas comuns

( >1/100 e ≤ 1/10) foram relatadas: impotência (finasterida 8,1% vs. placebo 3,7%); e diminuição da libido

(finasterida 6,4% vs. placebo 3,4%). Adicionalmente, a seguinte experiência adversa incomum ( > 1/1.000

e ≤ 1/100) foi relatada: distúrbios da ejaculação (finasterida 0,8% vs. placebo 0,1%). No 2o e no 4o ano do

estudo, a incidência desses três efeitos não diferiu significativamente entre os grupos de tratamento. As

incidências cumulativas no 2º e no4º ano foram: impotência (5,1% com finasterida; 5,1% com placebo);

diminuição da libido (2,6%; 2,6%) e distúrbios da ejaculação (0,2%; 0,1%). No primeiro ano do estudo,

diminuição do volume ejaculado foi comumente (> 1/100 e ≤ 1/10) relatado em 3,7% e 0,8% dos pacientes

tratados com finasterida e placebo, respectivamente; no 2º e no 4º ano, a incidência cumulativa foi de 1,5%

com finasterida e de 0,5% com placebo. No primeiro ano do estudo as seguintes reações adversas

incomuns (> 1/1.000 e ≤ 1/100) também foram relatadas: ginecomastia (finasterida 0,5% vs. placebo

0,1%), aumento da sensibilidade das mamas (finasterida 0,4% vs. placebo 0,1%) e erupção cutânea

(finasterida 0,5% vs. placebo 0,2%). No 2º e no 4º ano, as incidências cumulativas foram: ginecomastia

(1,8%; 1,1%), aumento da sensibilidade da mama (0,7%; 0,3%) e erupção cutânea (0,5%; 0,1%).

O perfil de experiências adversas nos estudos fase III controlados com placebo, com 1 ano de duração

e nas extensões de 5 anos, incluindo 853 pacientes tratados durante 5 a 6 anos, foi semelhante ao relatado

no 2º e no 4º ano do estudo PLESS. Não há evidência de aumento de experiências adversas com o

aumento da duração do tratamento com finasterida. A incidência de novas experiências adversas sexuais

relacionadas ao medicamento diminuiu com a continuidade do tratamento.

Outros dados de longa duração

Em um estudo de 7 anos, controlado com placebo, que envolveu 18.882 homens saudáveis, dos quais

9.060 tinham dados disponíveis de biópsia de próstata para análise, foi detectado câncer de próstata em

803 homens tratados com finasterida (18,4%) e 1.147 homens que recebiam placebo (24,4%). No grupo

de finasterida, 280 homens (6,4%) tiveram câncer de próstata detectado por biópsia de agulha com

escore de Gleason 7-10 vs. 237 homens (5,1%) no grupo placebo. Análises adicionais sugerem que o

aumento na prevalência elevada de câncer de próstata observado no grupo de finasterida pode ser

explicado por viés de detecção devido ao efeito de finasterida no volume da próstata. Do total de casos

de câncer de próstata diagnosticado neste estudo, aproximadamente 98% foram classificados como

intracapsular (estágio clínico T1 ou T2) no diagnóstico. O significado clínico de dados Gleason 7-10 é

desconhecido.

Câncer de mama

Durante os 4 a 6 anos do estudo MTPOS, comparativo e controlado com placebo, que envolveu 3.047

homens, foram detectados 4 casos de câncer de mama em homens tratados com finasterida, mas nenhum

caso em homens não tratados com finasterida. Durante os 4 anos do estudo PLESS, controlado com

placebo, foram detectados 2 casos de câncer de mama em homens tratados com placebo, mas nenhum caso

nos homens tratados com finasterida. Durante o estudo de 7 anos, controlado com placebo, Prostate

Cancer Prevention Trial (PCPT), que envolveu 18.882, foi detectado um caso de câncer de mama em

homens tratados com finasterida e um caso de câncer de mama em homens tratados com placebo. Houve

relatos pós-comercialização de câncer de mama com o uso de finasterida. A relação entre o uso

prolongado de finasterida e neoplasia de mama masculino é atualmente desconhecida.

Experiência Pós-comercialização

As seguintes reações adversas adicionais foram reportadas em uso pós-comercialização com finasterida

e/ou finasterida em baixas doses. Como estas reações são relatadas voluntariamente, nem sempre é possível

estimar a frequência ou estabelecer um relacionamento causal à exposição da droga.

Após a comercialização, foram relatados os seguintes efeitos adversos:

- reações de hipersensibilidade tais como prurido, urticária e angioedema (incluindo edema dos lábios,

língua, garganta e face);

- depressão;

- diminuição da libido que continua após a descontinuação do tratamento;

- disfunção sexual (disfunção erétil e distúrbio da ejaculação) que continua após descontinuação do

tratamento, dor testicular, infertilidade masculina e/ou baixa qualidade do sêmen. A normalização ou

melhoria da qualidade do sêmen tem sido relatada após a descontinuação da finasterida.

Achados dos Testes Laboratoriais

Ao se avaliar o exame de PSA, deve-se considerar que os níveis de PSA diminuem em pacientes tratados

com finasterida (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Não foram observadas outras diferenças nos parâmetros laboratoriais entre os pacientes tratados com

placebo ou finasterida.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.