Bula do Flaxin produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FLAXIN®
finasterida
Merck S/A
comprimidos revestidos
5 mg
Flaxin®
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE
REFERÊNCIA
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos de 5 mg em embalagem com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
finasterida ........................................................................................................... 5 mg
Excipientes: croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose, laurilsulfato de
sódio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro amarelo, polisorbato 80
povidona e silicona.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Flaxin®
é indicado para o tratamento e o controle da hiperplasia prostática benigna
(HPB) e para a prevenção de eventos urológicos para:
Reduzir o risco de retenção urinária aguda;
Reduzir o risco de cirurgias, incluindo ressecção transuretral da próstata e
prostatectomia.
diminui o tamanho da próstata aumentada, melhora o fluxo urinário e os
sintomas associados à HPB.
Pacientes que apresentam aumento do volume da próstata são os candidatos mais
adequados para a terapia com Flaxin®
.
Os dados dos estudos descritos a seguir, que demonstram redução do risco de retenção
urinária aguda e cirurgia, melhora dos sintomas relacionados à HPB, aumento das
velocidades máximas de fluxo urinário e redução do volume da próstata, sugerem que a
finasterida 5 mg reverte a progressão da HPB em homens com próstata aumentada.
A finasterida, na dose de 5 mg/dia, foi avaliada inicialmente em pacientes com sintomas
de HPB e próstatas aumentadas ao exame de toque retal em dois estudos fase III, de
1 ano, randômicos, duplo-cegos e controlados com placebo, e em suas extensões em
regime aberto de 5 anos de duração. Dos 536 pacientes distribuídos originalmente de
modo randômico para receber 5 mg/dia de finasterida, 234 completaram a terapia
adicional de 5 anos e foram disponibilizados para análise. Os parâmetros de eficácia
foram escore dos sintomas, velocidade máxima de fluxo urinário e volume da próstata.
A finasterida foi avaliada adicionalmente no estudo PLESS, um estudo de 4 anos,
multicêntrico, duplo-cego, randômico e controlado com placebo, que avaliou o efeito da
terapia com 5 mg/dia de finasterida sobre os sintomas de HPB e sobre os eventos
urológicos relacionados à HPB (intervenção cirúrgica [por exemplo, ressecção
transuretral da próstata e prostatectomia] ou retenção urinária aguda com necessidade de
cateterização). Foram distribuídos de modo randômico para o estudo 3.040 pacientes
(1.524 para a finasterida e 1.516 para o placebo), com idades entre 45 e 78 anos, com
sintomas moderados a graves de HPB e próstata aumentada ao exame de toque retal,
dos quais 3.016 foram avaliáveis quanto à eficácia. Um total de 1.883 pacientes (1.000
do grupo finasterida, 883 do grupo placebo) completaram o estudo de 4 anos. Também
foram avaliados a velocidade máxima de fluxo urinário e o volume da próstata.
Efeito sobre a retenção urinária aguda e a necessidade de cirurgia
No estudo PLESS, de 4 anos, 13,2% dos pacientes tratados com placebo apresentaram
necessidade de cirurgia ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização,
em comparação com 6,6% dos pacientes tratados com finasterida 5 mg, representando
uma redução de 51% do risco de cirurgia ou de retenção urinária aguda em 4 anos. A
finasterida 5 mg reduziu o risco de cirurgia em 55% (10,1% para o placebo versus 4,6%
para finasterida) e reduziu o risco de retenção urinária aguda em 57% (6,6% para o
placebo versus 2,8% para finasterida). A redução do risco ficou evidente entre os grupos
de tratamento na primeira avaliação (4 meses) e foi mantida pelos 4 anos do estudo
(veja as figuras 1 e 2). A tabela 1 a seguir apresenta as taxas de ocorrência e a redução
do risco de eventos urológicos durante o estudo.
Figura 1: Porcentagem de pacientes submetidos à cirurgia para HPB, incluindo
RTUP*
*RTUP – Ressecção Transuretral da Próstata
Figura 2: Porcentagem de pacientes com desenvolvimento de retenção urinária
aguda (espontânea e precipitada)
Tabela 1: Taxas de eventos urológicos e redução do risco pela finasterida 5 mg
durante 4 anos
Porcentagem de pacientes
Eventos urológicos
Placebo
(n= 1.503)
Finasterida 5 mg
(n= 1.513)
Redução do risco
Cirurgia ou retenção
urinária aguda
13,2% 6,6% 51%*
Cirurgia†
RTUP
10,1%
8,3%
4,6%
4,2%
55%*
49%*
Retenção urinária aguda 6,6% 2,8% 57%*
† Cirurgia relacionada à HPB
* p< 0,001
Efeito sobre o escore dos sintomas
Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do escore de sintomas totais
diminuiu em relação à fase inicial logo na 2ª semana. Em comparação com o placebo,
observou-se melhora significativa dos sintomas no 7º e no 10º meses destes estudos.
Embora tenha sido observada melhora precoce dos sintomas urinários em alguns
pacientes, um estudo terapêutico, de pelo menos 6 meses, foi em geral necessário para
avaliar se uma resposta benéfica no alívio dos sintomas foi alcançada. A melhora dos
sintomas de HPB manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais outros 5 anos nos
estudos de extensão.
Os pacientes do estudo PLESS, de 4 anos, apresentavam sintomas moderados a graves
na fase inicial (média de aproximadamente 15 pontos, em escala de 0 a 34 pontos).
Entre aqueles que permaneceram na terapia durante os 4 anos do estudo, foi observada
melhora de 3,3 pontos no escore dos sintomas com a finasterida 5 mg em comparação
com uma melhora de 1,3 ponto observada no grupo placebo (p< 0,001). Ficou evidente
uma melhora do escore dos sintomas no 1º ano nos pacientes tratados com a finasterida
5 mg e esta melhora continuou até o 4º ano. Em contrapartida, os pacientes que
receberam placebo apresentaram melhora no escore de sintomas no primeiro ano, porém
apresentaram piora após este período. Os pacientes com sintomas moderados a graves
na fase inicial tiveram tendência a apresentar melhora superior de escore dos sintomas.
Efeito sobre a velocidade máxima de fluxo urinário
Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a velocidade máxima de fluxo urinário
aumentou de forma significativa na 2ª semana, em comparação com a fase inicial.
Comparado com o placebo, observou-se aumento significativo no 4º e no 7º meses. Este
efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais 5 anos dos estudos de
extensão.
No estudo PLESS, de 4 anos, houve uma nítida separação entre os grupos de tratamento
em relação à velocidade máxima de fluxo urinário a favor de finasterida 5 mg no
4º mês, que se manteve durante todo o estudo. A média da velocidade máxima de fluxo
urinário na fase inicial foi de aproximadamente 11 mL/s nos dois grupos de tratamento.
Entre os pacientes que permaneceram na terapia durante todo o estudo e apresentaram
dados avaliáveis de fluxo urinário, a finasterida 5 mg aumentou a velocidade máxima de
fluxo urinário em 1,9 mL/s em comparação com um aumento de 0,2 mL/s observado no
grupo placebo.
Efeito sobre o volume da próstata
Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do volume da próstata na fase
inicial variou de 40 a 50 cc. Nos dois estudos, o volume da próstata foi reduzido de
forma significativa em comparação com a fase inicial e com o placebo na primeira
avaliação (3 meses). Este efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais
5 anos dos estudos de extensão.
No estudo PLESS, de 4 anos, o volume da próstata foi avaliado anualmente por
ressonância magnética (RMI) em um subgrupo de pacientes (n= 284). Nos pacientes
tratados com a finasterida 5 mg, o volume da próstata foi reduzido, tanto em
comparação com a fase inicial como com o tratamento com placebo durante todo o
período de 4 anos do estudo. Dos pacientes do subgrupo de RMI, que permaneceram em
terapia durante todo o estudo, a finasterida 5 mg diminuiu o volume da próstata em
17,9% (de 55,9 cc na fase inicial para 45,8 cc após 4 anos) em comparação com um
aumento de 14,1% (de 51,3 cc para 58,5 cc) do grupo placebo (p < 0,001).
Volume da próstata como indicador da resposta terapêutica
Uma metanálise que combinou dados de 1 ano de sete estudos duplo-cegos e
controlados com placebo, com desenhos semelhantes, envolvendo 4.491 pacientes com
HPB sintomática, demonstrou que, nos pacientes tratados com finasterida 5 mg, a
magnitude da resposta dos sintomas e o nível de melhora da velocidade máxima de
fluxo urinário foram maiores em pacientes com próstata aumentada (aproximadamente
> 40 cc) na fase inicial.
Outros estudos clínicos
Os efeitos urodinâmicos da finasterida no tratamento da obstrução da vazão da bexiga
decorrente de HPB foram avaliados por meio de técnicas invasivas, em um estudo
duplo-cego e controlado com placebo, de 24 semanas de duração, que envolveu
36 pacientes com sintomas moderados a graves de obstrução urinária e velocidade
máxima de fluxo urinário < 15 mL/s. Os pacientes tratados com 5 mg de finasterida
demonstraram alívio da obstrução, conforme evidenciado através da melhora
significativa da pressão detrusora e do aumento da média de velocidade de fluxo, em
comparação com aqueles que receberam placebo.
Um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de um ano de duração, avaliou por
ressonância magnética o efeito da finasterida sobre o volume das zonas periféricas e
periuretrais da próstata em 20 homens com HPB. Os pacientes tratados com a
finasterida, ao contrário dos que receberam placebo, apresentaram redução significativa
(11,5 ± 3,2 cc [SE]) do tamanho total da glândula, em grande parte em razão de uma
redução (6,2 ± 3 cc) do tamanho da zona periuretral. Uma vez que a zona periuretral é
responsável pela obstrução do fluxo, esta redução pode ser responsável pela resposta
clínica benéfica observada nesses pacientes.
Finasterida 5 mg, um composto sintético 4-azasteroide, é um inibidor específico da 5α-
redutase tipo II, uma enzima intracelular que metaboliza a testosterona no andrógeno
mais potente, a di-hidrotestosterona (DHT). Na hiperplasia prostática benigna, o
aumento da glândula prostática depende da conversão da testosterona em DHT dentro
da próstata. Flaxin®
é altamente eficaz na redução da DHT circulante e intraprostática.
A finasterida não tem afinidade pelo receptor androgênico.
No Estudo de segurança e eficácia em longo prazo da finasterida 5 mg (Long-Term
Efficacy and Safety Study – PLESS), avaliou-se o efeito da terapia com a finasterida
5 mg sobre os eventos urológicos relacionados à HPB (intervenção cirúrgica [por
exemplo, ressecção transuretral da próstata e prostatectomia] ou retenção urinária aguda
com necessidade de cateterização), durante 4 anos, em 3.016 pacientes com sintomas
moderados a graves de HPB. Nesse estudo duplo-cego, randômico, controlado com
placebo e multicêntrico, o tratamento com a finasterida 5 mg reduziu o risco total de
eventos urológicos em 51%, sendo também associado à regressão acentuada e mantida
do volume da próstata, ao aumento mantido do fluxo urinário máximo e à melhora dos
sintomas.
Farmacologia clínica
A HPB ocorre na maioria dos homens que atingem 50 anos de idade e sua prevalência
aumenta com o aumento da idade. Estudos epidemiológicos sugerem que o aumento da
próstata está associado com o aumento de 3 vezes do risco de retenção urinária aguda e
cirurgia da próstata. Homens com próstatas aumentadas também apresentam 3 vezes
mais probabilidade de apresentar sintomas urinários moderados a graves ou redução do
fluxo urinário do que homens com próstatas menores.
O desenvolvimento e aumento da próstata e subsequente HPB é dependente de um
potente androgênio, a di-hidrotestosterona (DHT). A testosterona, secretada pelos
testículos e glândulas adrenais, é convertida rapidamente a DHT pela 5α-redutase tipo
II, predominantemente na próstata, no fígado e na pele, onde se liga preferencialmente
aos núcleos da células desses tecidos.
A finasterida é um inibidor competitivo da 5α-redutase tipo II humana, com a qual
forma lentamente um complexo enzimático estável. O turnover deste complexo é
extremamente lento (t1/2 ∼30 dias). In vitro e in vivo, demonstrou-se que a finasterida é
um inibidor específico da 5α-redutase tipo II e não apresenta afinidade pelo receptor
androgênico.
Uma dose única de 5 mg de finasterida proporcionou rápida redução da concentração
sérica de DHT, observando-se efeito máximo após 8 horas. Enquanto os níveis
plasmáticos da finasterida variaram em 24 horas, os níveis séricos de DHT
permaneceram constantes durante este período, indicando que as concentrações
plasmáticas do fármaco não estão diretamente correlacionadas com as concentrações
plasmáticas de DHT.
Nos pacientes com HPB, a finasterida, administrada por 4 anos na dose de 5 mg/dia,
reduziu as concentrações circulantes de DHT em aproximadamente 70% e foi associada
a uma redução mediana do volume da próstata de aproximadamente 20%. Além disso,
os níveis de antígeno específico prostático (PSA) foram reduzidos em 50% em relação
aos valores obtidos na fase inicial, sugerindo redução do crescimento da célula epitelial
da próstata. A supressão dos níveis de DHT e a regressão da próstata hiperplásica,
associada à diminuição dos níveis de PSA, foram mantidos nos estudos de até 4 anos.
Nestes estudos, os níveis circulantes de testosterona aumentaram aproximadamente
10% a 20%, permanecendo dentro do intervalo fisiológico.
Ao se administrar a finasterida 5 mg por 7 a 10 dias a pacientes que seriam submetidos
à prostectomia, o medicamento causou redução de DHT intraprostática de
aproximadamente 80%. As concentrações intraprostáticas de testosterona aumentaram
até 10 vezes em relação aos níveis pré-tratamento.
Em voluntários saudáveis tratados com a finasterida 5 mg por 14 dias, a descontinuação
da terapia resultou no retorno dos valores de DHT aos níveis pré-tratamento em
aproximadamente 2 semanas. Nos pacientes tratados por três meses, o volume da
próstata, que diminuiu aproximadamente 20%, retornou próximo ao valor da fase inicial
após aproximadamente três meses da descontinuação da terapia.
A finasterida não apresentou efeito sobre os níveis circulantes de cortisol, estradiol,
prolactina, hormônio estimulante da tiroide ou tiroxina em comparação com o placebo.
Não se observou efeito clinicamente significativo sobre o perfil lipídico (isto é,
colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade, lipoproteínas de alta densidade e
triglicérides) ou sobre a densidade mineral óssea. Observou-se aumento de
aproximadamente 15% do hormônio luteinizante (LH) e de 9% do hormônio folículo-
estimulante (FSH) nos pacientes tratados por 12 meses; no entanto, estes níveis
permaneceram dentro do intervalo fisiológico. O estímulo do hormônio de liberação da
gonadotrofina (GnRH), nos níveis de LH ou FSH, não foi alterado, indicando que o
controle regulatório do eixo hipofisário-testicular não foi afetado. O tratamento com a
finasterida 5 mg por 24 semanas, para avaliar os parâmetros de sêmen em voluntários
saudáveis do sexo masculino, não revelou efeitos clinicamente significativos sobre a
concentração, motilidade, morfologia ou pH do esperma. Observou-se redução mediana
de 0,6 mL do volume ejaculado, com redução concomitante de esperma total por
ejaculação; estes parâmetros permaneceram dentro do intervalo normal e foram
reversíveis com a descontinuação da terapia.
A finasterida parece ter inibido tanto o metabolismo do esteróide C19 como o do C21 e,
consequentemente, parece ter apresentado efeito inibitório sobre as atividades hepática e
periférica da 5α-redutase tipo II. Os níveis séricos dos metabólitos da DHT –
androstenediol glicuronida e androsterona glicuronida – também apresentaram redução
significativa. Este padrão metabólico é semelhante ao observado em indivíduos com
deficiência genética de 5α-redutase tipo II, que apresentam níveis acentuadamente
diminuídos de DHT e próstatas pequenas, não desenvolvendo HPB. Estes indivíduos
apresentam defeitos urogenitais ao nascerem e anormalidades bioquímicas, porém não
apresentam outros distúrbios clinicamente importantes em decorrência da deficiência da
5α-redutase tipo II.
Farmacocinética
Após dose oral de 14
C-finasterida em homens, 39% da dose foi excretada na urina na
forma de metabólitos (praticamente, não foi excretado nenhum fármaco na forma
inalterada na urina) e 57% da dose total foram excretados nas fezes. Neste estudo, foram
identificados dois metabólitos da finasterida, que possuem apenas uma pequena fração
da atividade inibitória da 5α-redutase da finasterida.
Em relação a uma dose intravenosa de referência, a biodisponibilidade oral da
finasterida é de aproximadamente 80%. A biodisponibilidade não é afetada pela
presença de alimentos. São atingidas concentrações plasmáticas máximas de finasterida
aproximadamente duas horas após a administração e a absorção é completa após seis a
oito horas. A finasterida apresenta meia-vida de eliminação plasmática média de seis
horas. A taxa de ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%. O
clearance plasmático e o volume de distribuição da finasterida são de aproximadamente
165 mL/min e 76 litros, respectivamente.
Um estudo de doses múltiplas demonstrou lento acúmulo de pequenas quantidades de
finasterida ao longo do tempo. Após a administração diária de 5 mg/dia, as
concentrações plasmáticas de vale no estado de equilíbrio da finasterida são estimadas
entre 8 e 10 ng/mL e permaneceram estáveis ao longo do tempo.
A velocidade de eliminação da finasterida é ligeiramente diminuída em idosos. Com o
avançar da idade, a meia-vida média é prolongada, passando de aproximadamente
6 horas, em homens entre 18 e 60 anos, para 8 horas, em homens com mais de 70 anos
de idade. Este achado não representa significância clínica e, consequentemente, não é
recomendada redução da dose.
Em pacientes com insuficiência renal crônica, cujos clearance de creatinina variaram de
9 a 55 mL/min, a disposição de uma dose única de 14
C-finasterida não foi diferente da
de voluntários saudáveis. A taxa de ligação a proteínas também não foi diferente em
pacientes com insuficiência renal. Uma parte dos metabólitos, que normalmente é
excretada por via renal, foi excretada nas fezes. Portanto, parece que a excreção fecal
aumenta proporcionalmente conforme reduz a excreção urinária dos metabólitos. Não é
necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal não dialisados.
A finasterida foi recuperada no fluido cérebro-espinhal dos pacientes tratados por um
período de 7 a 10 dias com a finasterida, porém o fármaco não parece se concentrar
preferencialmente no fluido cérebro-espinhal. A finasterida também foi recuperada no
fluido seminal dos indivíduos tratados com 5 mg/dia de finasterida 5 mg. A quantidade
de finasterida no fluido seminal foi 50 a 100 vezes menor que a dose de finasterida
(5 μg) que não apresentou efeito sobre os níveis circulantes de DHT em adultos (veja
também ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES/Desenvolvimento).
Flaxin®
não é indicado para mulheres e crianças.
é contraindicado nos seguintes casos:
hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres e crianças.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam
ficar grávidas durante o tratamento. (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES:
Gravidez: Exposição à finasterida - Risco para os fetos do sexo masculino).
Pacientes com grandes volumes urinários residuais e/ou fluxo urinário drasticamente
reduzido deverão ser cuidadosamente monitorados quanto à uropatia obstrutiva.
Efeitos no PSA e detecção de câncer de próstata
Ainda não foi demonstrado nenhum benefício clínico em pacientes com câncer de
próstata tratados com finasterida 5 mg. Em estudos clínicos controlados, os pacientes
com HPB e níveis elevados de PSA foram monitorados com dosagens em série de PSA
e biópsias da próstata. Nesses estudos de HPB, a finasterida 5 mg aparentemente não
alterou a taxa de detecção de câncer de próstata. Além disso, a incidência total de câncer
de próstata não foi significativamente diferente em pacientes tratados com a finasterida
5 mg ou placebo.
Antes de iniciar o tratamento com Flaxin®
e periodicamente durante o tratamento,
recomenda-se realizar exame da próstata por meio do toque retal, bem como outras
avaliações para detecção de câncer. A concentração de PSA no soro também é utilizada
para a detecção do câncer de próstata. Em geral, um valor inicial de PSA > 10 ng/mL
(Hybritech) indica a necessidade de outros exames complementares e eventual biópsia;
quando os níveis de PSA situam-se entre 4 e 10 ng/mL, aconselha-se avaliações
adicionais. Há considerável superposição nos níveis de PSA em homens com e sem
câncer de próstata; portanto, em homens com HPB, valores de PSA na faixa normal de
referência não descartam câncer de próstata, independentemente do tratamento com
Flaxin®
. Um valor basal de PSA < 4 ng/mL não exclui a possibilidade de câncer de
próstata.
A finasterida 5 mg reduz as concentrações séricas de PSA em cerca de 50% em
pacientes com HPB, mesmo na presença de câncer de próstata. Esta redução, previsível
em toda a faixa de valores de PSA (embora possam ocorrer variações individuais), deve
ser considerada ao se avaliar os resultados do exame de PSA e não exclui a presença
concomitante de câncer de próstata. A análise dos resultados do exame de PSA de mais
de 3.000 pacientes envolvidos no estudo PLESS (duplo-cego, controlado com placebo,
com duração de 4 anos) confirmou que, em pacientes típicos tratados com a finasterida
5 mg durante pelo menos seis meses, os valores de PSA deveriam ser duplicados para
comparação com a variação normal em pacientes não tratados. Este ajuste preserva a
sensibilidade e a especificidade do teste de PSA e mantém sua capacidade de detectar
câncer de próstata.
Qualquer aumento sustentado dos níveis de PSA em pacientes tratados com a
finasterida deve ser cuidadosamente avaliado e deve-se, inclusive, considerar a
possibilidade de não adesão ao tratamento com Flaxin®
.
A porcentagem de PSA livre (razão PSA livre/total) não é diminuída significativamente
pela finasterida 5 mg, que permanece constante mesmo sob a influência do
medicamento. Quando a porcentagem de PSA livre é utilizada como auxiliar na
detecção do câncer de próstata, não é necessário ajuste para seu valor.
Gravidez e lactação - Categoria de risco: X
é contraindicado para mulheres grávidas ou em idade fértil (veja
CONTRAINDICAÇÕES).
Por causa da sua capacidade de inibir a conversão da testosterona a di-hidrotestosterona,
os inibidores da 5α-redutase, entre eles a finasterida, podem causar anormalidades da
genitália externa de fetos do sexo masculino quando administrados a mulheres grávidas.
Exposição à finasterida - Risco para os fetos do sexo masculino: Mulheres não
devem manusear comprimidos esfarelados ou quebrados de Flaxin®
quando estiverem
grávidas ou se houver possibilidade de gravidez, porque a finasterida pode ser absorvida
e causar danos para o feto do sexo masculino (veja Gravidez e lactação). Os
comprimidos de Flaxin®
são revestidos, o que impede o contato com o ingrediente ativo
durante o manuseio normal, desde que os comprimidos não estejam quebrados ou
esfarelados.
não é indicado para mulheres.
Não se sabe se a finasterida é excretada no leite materno.
Idosos
Não é necessário ajuste posológico para esses pacientes, embora estudos de
farmacocinética tenham demonstrado certa diminuição da eliminação da finasterida em
pacientes com mais de 70 anos de idade.
Crianças
não é indicado para crianças. A eficácia e a segurança em crianças não foram
estabelecidas.
Carcinogênese e mutagênese
Não houve evidência de efeito carcinogênico em um estudo em ratos, de 24 meses de
duração, que receberam doses de até 320 mg/kg/dia de finasterida (3.200 vezes a dose
de 5 mg/dia recomendada para humanos).
Em um estudo de carcinogenicidade em camundongos, de 19 meses de duração,
observou-se aumento estatisticamente significativo (p < 0,05) na incidência de adenoma
testicular de células de Leydig com uma dose de 250 mg/kg/dia (2.500 vezes a dose de
5 mg/dia recomendada para humanos); não foram observados adenomas em
camundongos que receberam 2,5 ou 25 mg/kg/dia (25 e 250 vezes a dose de 5 mg/dia
recomendada para humanos, respectivamente).
A administração de uma dose de 25 mg/kg/dia a camundongos e de doses
> 40 mg/kg/dia a ratos (250 e > 400 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para
humanos, respectivamente) causou aumento da incidência de hiperplasia das células de
Leydig. Demonstrou-se correlação positiva entre as alterações proliferativas das células
de Leydig e o aumento dos níveis de hormônio luteinizante (LH) (2-3 vezes acima do
controle), observados com as duas espécies de roedores tratadas com altas doses de
finasterida, sugerindo que as alterações das células de Leydig são consequência de
níveis séricos elevados de LH e não de um efeito direto da finasterida.
Não foram observadas alterações das células de Leydig relacionadas ao fármaco, tanto
em ratos ou cães tratados com finasterida durante 1 ano com doses de 20 mg/kg/dia e
45 mg/kg/dia (200 e 450 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos,
respectivamente), como em camundongos tratados durante 19 meses com uma dose de
2,5 mg/kg/dia (25 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos).
Não se observou evidências de mutagênese em ensaios in vitro de mutagênese
bacteriana, de mutagênese em células de mamíferos ou de eluição alcalina. Em ensaio in
vitro de aberração cromossômica, quando células de ovário de hamster chinesa foram
tratadas com altas concentrações de finasterida (450-500 μmol), ocorreu discreto
aumento de aberrações cromossômicas. Essas concentrações correspondem a 4.000-
5.000 vezes a concentração plasmática máxima obtida com a dose total de 5 mg em
humanos. Além disso, as concentrações (450-550 μmol) utilizadas nos estudos in vitro
não podem ser atingidas em um sistema biológico. Em um ensaio in vivo de aberração
cromossômica em camundongos, não se observou aumentos de aberrações
cromossômicas relacionados ao tratamento com a finasterida na dose máxima tolerada
(250 mg/kg/dia; 2.500 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos).
Reprodução
Em coelhos sexualmente maduros, tratados com 80 mg/kg/dia de finasterida (800 vezes
a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos) durante até 12 semanas, não se
observaram efeitos sobre fertilidade, contagem de espermatozoides ou volume
ejaculado.
Em ratos sexualmente maduros, tratados com a mesma dose de finasterida, não se
observaram efeitos significativos sobre a fertilidade após 6 ou 12 semanas de
tratamento; contudo, quando o tratamento foi prolongado até 24 ou 30 semanas, houve
aparente redução da fertilidade e da fecundidade, assim como decréscimo significativo
dos pesos das vesículas seminais e da próstata. Todos os efeitos foram reversíveis
6 semanas após a interrupção do tratamento.
A redução da fertilidade de ratos tratados com a finasterida é decorrente do efeito desse
fármaco sobre os órgãos sexuais acessórios (próstata e vesículas seminais), que resulta
na não formação do tampão seminal. O tampão seminal é essencial para a fertilidade
normal em ratos, porém, irrelevante para o homem, que não forma tampão copulatório.
Não se observou efeito relacionado ao fármaco sobre os testículos ou sobre o
desempenho sexual de ratos e coelhos.
Desenvolvimento
Observou-se desenvolvimento de hipospádia dose-dependente nos fetos machos de ratas
prenhes que receberam 100 μg/kg/dia a 100 mg/kg/dia de finasterida (1 a 1.000 vezes a
dose de 5 mg/dia recomendada para humanos) a uma incidência de 3,6% a 100%. Além
disso, as ratas prenhes geraram fetos machos com próstatas e vesículas seminais com
pesos reduzidos, separação retardada do prepúcio e aumento transitório do mamilo,
quando receberam doses de finasterida ≥ 30 μg/kg/dia (≥ 30% a dose de 5 mg/dia
recomendada para humanos), e distância anogenital reduzida, quando a finasterida foi
administrada em doses > 3 μg/kg/dia (> 3% da dose de 5 mg/dia recomendada para
humanos). O período crítico para a indução desses efeitos situa-se entre o 16º e o 17º dia
de gestação em ratos.
As alterações descritas acima constituem efeitos farmacológicos esperados dos
inibidores da 5α-redutase tipo II. Muitas delas, como a hipospádia, observadas em ratos
expostos à finasterida in utero, são semelhantes àquelas relatadas em recém-nascidos do
sexo masculino com deficiência genética da 5α-redutase tipo II. Não se observou efeitos
sobre a prole do sexo feminino exposta a qualquer dose de finasterida in utero.
A administração de finasterida (3 mg/kg/dia; 30 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada
para humanos) a ratas prenhes, durante o final da gestação e no período de lactação,
resulta em leve redução da fertilidade na primeira geração de feto macho. Não se
observou anormalidades do desenvolvimento na primeira geração de machos e fêmeas
resultantes do cruzamento de ratos machos tratados com a finasterida (80 mg/kg/dia;
800 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada para humanos) com ratas não tratadas.
Não se observaram evidências de malformação em fetos de coelhos expostos in utero a
doses de até 100 mg/kg/dia de finasterida (1.000 vezes a dose de 5 mg/dia recomendada
para humanos) entre o 6º e o 18º dia de gestação.
Os efeitos in utero da exposição à finasterida, durante o período embrionário e de
desenvolvimento fetal, foram avaliados em macacos rhesus (entre o 20º e o 100º dia de
gestação), espécie cujo desenvolvimento pode predizer o desenvolvimento em humanos
com mais acuidade do que o observado em ratos ou coelhos. A administração
intravenosa de finasterida a macacas prenhes em doses tão altas quanto 800 ng/dia (pelo
menos 60 a 120 vezes a mais alta exposição estimada de mulheres grávidas ao sêmen de
homens tratados com 5 mg/dia de finasterida) não provocou anormalidades nos fetos
machos.
Confirmando a relevância do modelo rhesus para o desenvolvimento fetal humano, a
administração oral de uma dose muito alta de finasterida (2 mg/kg/dia; 20 vezes a dose
de 5 mg/dia recomendada para humanos ou aproximadamente 1-2 milhões de vezes a
mais alta exposição estimada ao sêmen de homens tratados com 5 mg/dia de finasterida)
a macacas grávidas resultou em anormalidades da genitália externa de fetos machos. Em
qualquer dose, nenhuma outra anormalidade foi observada em fetos machos e nenhuma
anormalidade relacionada à finasterida foi observada em fetos fêmeas.
Dirigir ou operar máquinas: Flaxin®
não afeta a capacidade de dirigir veículos ou
A finasterida 5 mg não parece afetar significativamente o sistema enzimático
metabolizador de medicamentos ligado ao citocromo P-450. Em seres humanos, foram
testados os seguintes compostos: propranolol, digoxina, gliburida, varfarina, teofilina e
antipirina, não sendo verificadas interações clinicamente significativas com nenhum
deles.
Outras terapias concomitantes
Embora não tenham sido realizados estudos específicos de interação, a finasterida 5 mg
foi utilizada em estudos clínicos concomitantemente com inibidores da ECA,
paracetamol, ácido acetilsalicílico, alfabloqueadores, betabloqueadores, bloqueadores
dos canais de cálcio, nitratos, diuréticos, antagonistas H2, inibidores da HMG-CoA
redutase, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), quinolonas e benzodiazepínicos;
não foi observada evidência de interações adversas clinicamente significativas com
nenhum desses agentes.
Exames laboratoriais
Efeitos sobre os níveis de PSA
As concentrações séricas de PSA estão correlacionadas com a idade do paciente e o
volume da próstata e este está correlacionado com a idade do paciente. Ao se avaliar o
teste de PSA, deve-se ter em mente que os níveis de PSA diminuem em pacientes
tratados com Flaxin®
. Na maioria dos pacientes, observa-se rápida redução nos níveis
de PSA nos primeiros meses de terapia, que, a partir daí, estabilizam-se em um novo
valor basal; os valores pós-tratamento aproximam-se da metade dos valores anteriores
ao tratamento. Desse modo, em pacientes típicos tratados com Flaxin®
durante pelo
menos seis meses, os valores do PSA devem ser duplicados para comparação com a
variação normal em pacientes não tratados. Para interpretação clínica, veja
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Efeitos no PSA e Detecção de câncer de
próstata.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade, para
minimizar a possibilidade de alteração da cor dos comprimidos com o tempo.
Mulheres grávidas ou que possam estar grávidas não devem manusear comprimidos
esfarelados ou quebrados de Flaxin®
porque esta pode ser absorvida e causar danos para
o feto do sexo masculino (veja CONTRAINDICAÇÕES, ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES: Gravidez e lactação; Exposição à finasterida - Risco para os fetos
do sexo masculino).
Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Aparência: Comprimido revestido amarelo, redondo, biconvexo, sulcado em um dos
lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A posologia recomendada é de 1 comprimido de 5 mg diariamente, com ou sem
alimentos.
Posologia na insuficiência renal
Não é necessário ajuste posológico para pacientes com graus variados de insuficiência
renal (depuração de creatinina de até 9 mL/min), pois os estudos de farmacocinética não
indicaram qualquer alteração da biodisponibilidade da finasterida.
Posologia em idosos
Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos, embora estudos de
farmacocinética tenham demonstrado certa diminuição na eliminação da finasterida em
pacientes com mais de 70 anos de idade.
A finasterida 5 mg é bem tolerada.
No estudo PLESS, a segurança e a eficácia da finasterida 5 mg foram avaliadas em
1.524 pacientes tratados com 5 mg/dia e em 1.516 pacientes que receberam placebo
durante 4 anos. O tratamento foi descontinuado por 4,9% dos pacientes (n= 74) em
razão de efeitos adversos associados à finasterida 5 mg em comparação com 3,3%
(n = 50) que receberam placebo. Um total de 3,7% dos pacientes (n = 57) tratados com
finasterida 5 mg e 2,1% (n = 32) dos que receberam placebo descontinuou a terapia por
causa de efeitos adversos relacionados à função sexual, que foram os efeitos adversos
mais frequentemente relatados.
As únicas reações adversas clínicas consideradas pelo investigador como possível,
provável ou definitivamente relacionadas ao medicamento, cuja incidência com
finasterida 5 mg foi ≥1% maior do que com o placebo durante os 4 anos do estudo,
foram as relacionadas à função sexual, queixas relacionadas relativas às mamas e
erupções cutâneas. No primeiro ano do estudo, as seguintes reações adversas comuns
(> 1/100 e ≤ 1/10) foram relatadas: impotência (finasterida 5 mg 8,1% vs. placebo
3,7%); e diminuição da libido (finasterida 5 mg 6,4% vs. placebo 3,4%).
Adicionalmente, a seguinte experiência adversa incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100) foi
relatada: distúrbios da ejaculação (finasterida 5 mg 0,8% vs. placebo 0,1%). No 2º e no
4º ano do estudo, a incidência desses três efeitos não diferiu significativamente entre os
grupos de tratamento. As incidências cumulativas no 2º e no 4º ano foram: impotência
(5,1% com finasterida 5 mg; 5,1% com placebo); diminuição da libido (2,6%; 2,6%) e
distúrbios da ejaculação (0,2%; 0,1%). No primeiro ano do estudo, diminuição do
volume ejaculado foi comumente (> 1/100 e ≤ 1/10) relatado em 3,7% e 0,8% dos
pacientes tratados com finasterida 5 mg e placebo, respectivamente; no 2º e no 4º ano, a
incidência cumulativa foi de 1,5% com finasterida 5 mg e de 0,5% com placebo. No
primeiro ano do estudo as seguintes reações adversas incomuns (> 1/1.000 e ≤ 1/100)
também foram relatadas: ginecomastia (finasterida 5 mg 0,5% vs. placebo 0,1%),
aumento da sensibilidade das mamas (finasterida 5 mg 0,4% vs. placebo 0,1%) e
erupção cutânea (finasterida 5 mg 0,5% vs. placebo 0,2%). No 2º e no 4º ano, as
incidências cumulativas foram: ginecomastia (1,8%; 1,1%), aumento da sensibilidade
da mama (0,7%; 0,3%) e erupção cutânea (0,5%; 0,1%).
O perfil de experiências adversas nos estudos fase III controlados com placebo, com
1 ano de duração e nas extensões de 5 anos, incluindo 853 pacientes tratados durante 5 a
6 anos, foi semelhante ao relatado no 2º e no 4º ano do estudo PLESS. Não há evidência
de aumento de experiências adversas com o aumento da duração do tratamento com
finasterida 5 mg. A incidência de novas experiências adversas sexuais relacionadas ao
medicamento diminuiu com a continuidade do tratamento.
Outros dados de longa duração
Em um estudo de 7 anos, controlado com placebo, que envolveu 18.882 homens
saudáveis, dos quais 9.060 tinham dados disponíveis de biópsia de próstata para análise,
foi detectado câncer de próstata em 803 homens tratados com finasterida 5 mg (18,4%)
e 1.147 homens que recebiam placebo (24,4%). No grupo de finasterida 5 mg, 280
homens (6,4%) tiveram câncer de próstata detectado por biópsia de agulha com escore
de Gleason 7-10 vs. 237 homens (5,1%) no grupo placebo. Análises adicionais sugerem
que o aumento na prevalência elevada de câncer de próstata observado no grupo de
finasterida 5 mg pode ser explicado por viés de detecção devido ao efeito da finasterida
5 mg no volume da próstata. Do total de casos de câncer de próstata diagnosticado neste
estudo, aproximadamente 98% foram classificados como intracapsular (estágio clínico
T1 ou T2) no diagnóstico. O significado clínico de dados Gleason 7-10 é desconhecido.
Câncer de mama
Durante os 4 a 6 anos do estudo MTPOS, comparativo e controlado com placebo, que
envolveu 3.047 homens, foram detectados 4 casos de câncer de mama em homens
tratados com finasterida, mas nenhum caso em homens não tratados com finasterida.
Durante os 4 anos do estudo PLESS, controlado com placebo, foram detectados 2 casos
de câncer de mama em homens tratados com placebo, mas nenhum caso nos homens
tratados com finasterida. Durante o estudo de 7 anos, controlado com placebo, Prostate
Cancer Prevention Trial (PCPT), que envolveu 18.882, foi detectado um caso de câncer
de mama em homens tratados com finasterida e um caso de câncer de mama em homens
tratados com placebo. Houve relatos pós-comercialização de câncer de mama com o uso
de finasterida. A relação entre o uso prolongado de finasterida e neoplasia de mama
masculina é atualmente desconhecida.
Experiência pós-comercialização
As seguintes reações adversas adicionais foram reportadas em uso pós-comercialização
com finasterida 5 mg e/ou finasterida em baixas doses. Como estas reações são relatadas
voluntariamente, nem sempre é possível estimar a frequência ou estabelecer um
relacionamento causal à exposição da droga.
Após a comercialização, foram relatados os seguintes efeitos adversos:
reações de hipersensibilidade tais como prurido, urticária e angioedema (incluindo
edema dos lábios, língua, garganta e face);
depressão;
diminuição da libido que continua após a descontinuação do tratamento;
disfunção sexual (disfunção erétil e distúrbio da ejaculação) que continua após
descontinuação do tratamento, dor testicular, infertilidade masculina e/ou baixa
qualidade do sêmen. A normalização ou melhoria da qualidade do sêmen tem sido
relatada após a descontinuação da finasterida.
Achados dos testes laboratoriais
Ao se avaliar o exame de PSA, deve-se considerar que os níveis de PSA diminuem em
pacientes tratados com finasterida 5 mg (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Não foram observadas outras diferenças nos parâmetros laboratoriais entre os pacientes
tratados com placebo ou finasterida 5 mg.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Alguns pacientes receberam doses únicas de finasterida de até 400 mg e doses múltiplas
de até 80 mg/dia durante três meses, sem que fossem observados efeitos adversos.
Não há recomendação de qualquer terapia específica para a superdose com Flaxin®
.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.