Bula do Flotac produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Flotac®
(diclofenaco colestiramina)
Novartis Biociências SA
Cápsulas gelatinosas duras
70 mg
VPS4 = Flotac_Bula_Profissional 1
FLOTAC®
diclofenaco colestiramina
APRESENTAÇÕES
Flotac
70 mg - embalagens contendo 4, 10, 14 ou 20 cápsulas gelatinosas duras.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de Flotac
contém 140 mg do complexo diclofenaco-colestiramina, equivalente a 70 mg de diclofenaco.
Excipientes: zerolite 236 SRC 48, carvão vegetal ativado e estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento está indicado no tratamento de:
artrite aguda (incluindo crises agudas de gota);
artrite crônica, em especial artrite reumatoide (poliartrite crônica);
espondilite anquilosante (Morbus Bechterew) e nas outras afecções reumato-inflamatórias da coluna vertebral;
irritação presente nas doenças degenerativas articulares e na coluna vertebral (artrite ativa e espondilartroses),
síndrome cervical, lombalgias, isquialgias;
reumatismo inflamatório de tecidos moles;
inflamações e inchaços dolorosos pós-traumáticos ou pós-operatórios;
dismenorreia (menstruação dolorosa) sem causas orgânicas;
dor na anexite aguda ou subaguda (em geral um tratamento com antibiótico é indicado como terapia de base);
dores devido a tumores, especialmente em casos de acometimento esquelético ou edema peritumoral de origem
inflamatória.
Flotac®
é um produto bem estabelecido.
O diclofenaco sódico é efetivo na supressão dos sinais de inflamação pós-operatória. O diclofenaco tem efeito positivo
especialmente na dor relativa à inflamação tecidual. Dores decorrentes de tumores são amenizadas ou suprimidas pela
administração de diclofenaco. Doses de 50 mg a cada 8 horas foram efetivas no controle da dor de pacientes com câncer
não-terminal.
Três doses diárias de diclofenaco, 50 mg, aliviaram as dores de diversos tipos de danos teciduais quando comparadas ao
placebo em um estudo multicêntrico, duplo-cego com 229 pacientes.
Dores na coluna vertebral têm sua intensidade diminuída quando tratadas com diclofenaco, como demonstrou um
estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego entre 227 pacientes.
Formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo podem ser tratadas por diclofenaco. Estudos controlados por
placebo demonstraram que o diclofenaco é efetivo no tratamento de artrite reumatoide com doses diárias de 75 a 200
mg.
No tratamento de osteoartrite, segundo revisão da literatura internacional (n=15000), observa-se eficácia na utilização
de diclofenaco.
Na espondilite anquilosante observa-se eficácia do tratamento agudo e crônico com diclofenaco para o alívio dos
sintomas, sendo ele o agente mais bem tolerado pelos pacientes.
Condições ginecológicas dolorosas, principalmente dismenorreia, são aliviadas pela administração de diclofenaco entre
75 e 150 mg diários.
No tratamento de crises de gota entre 57 pacientes observou-se alívio da dor após 48 horas de tratamento com
diclofenaco.
A administração de 75 mg de diclofenaco via oral foi efetiva no tratamento de 91% dos pacientes com cólica renal
aguda após uma hora, em um estudo randomizado prospectivo. O alívio foi observado até 3 horas após a administração.
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Grupo farmacoterapêutico: produtos anti-inflamatórios e antirreumáticos, não-esteroides, derivados do ácido acético e
substâncias relacionadas (AINEs) (código ATC: M01AB05).
Mecanismo de ação
O diclofenaco, substância ativa do Flotac®
, é um composto não-esteroide com acentuadas propriedades antirreumática,
anti-inflamatória, analgésica e antipirética.
A inibição da biossíntese de prostaglandina, que foi demonstrada em experimentos, é considerada fundamental no seu
mecanismo de ação. As prostaglandinas desempenham um importante papel na causa da inflamação, da dor e da febre.
O diclofenaco in vitro não suprime a biossíntese de proteoglicanos na cartilagem, em concentrações equivalentes às
concentrações atingidas no homem. A colestiramina (resinato) é uma base de troca iônica, na qual o diclofenaco está
ligado como ânion. A porção resinato do Flotac®
não é absorvida no trato gastrintestinal e é eliminada através das fezes.
A dose de resinato por cápsula de Flotac®
é aproximadamente 100 a 200 vezes mais baixa que a dose recomendada para
a terapia de várias formas de lipodistrofia.
Farmacodinâmica
VPS4 = Flotac_Bula_Profissional 3
Em doenças reumáticas, as propriedades anti-inflamatória e analgésica do diclofenaco fazem com que haja resposta
clínica, caracterizada por acentuado alívio de sinais e sintomas, como dor em repouso, dor ao movimento, rigidez
matinal e inchaço das articulações, bem como melhora funcional.
Em condições inflamatórias pós-operatórias e pós-traumáticas, Flotac®
alivia rapidamente tanto a dor espontânea quanto
a relacionada ao movimento e diminui o inchaço inflamatório e o edema do ferimento.
Adicionalmente, na dismenorreia primária, a substância ativa é capaz de aliviar a dor e reduzir a extensão do
sangramento.
Farmacocinética
Absorção
A formulação característica de Flotac®
resulta em um início rápido bem como uma liberação de longa duração do
diclofenaco do complexo diclofenaco-colestiramina (resinato).
Vinte minutos após a administração de uma cápsula única de Flotac®
já se pode detectar concentrações plasmáticas de
diclofenaco (média 0,3 mcg/mL [0,96 mcmol/L]). A concentração plasmática máxima (Cmax) de 0,7 ± 0,22 mcg/mL (2,2
± 0,7 mcmol/L) é alcançada em cerca de 1,25 horas (DP 0,33 a 2 horas) e cerca de 1/3 das concentrações alcançadas
após administração de Voltaren®
comprimidos revestidos.
Os níveis plasmáticos podem ser detectados até 12 horas após a administração de Flotac®
.
Em comparação às doses equivalentes de Voltaren®
comprimidos revestidos, Flotac®
apresenta uma absorção mais
rápida da substância ativa, pico da concentração plasmática menor, níveis plasmáticos mensuráveis por tempo mais
longo, assim como menores diferenças interindividuais do pico da concentração plasmática e área sob a curva de
concentração.
A comparação das concentrações plasmáticas após administração i.v. e oral do diclofenaco com marcação radioativa
demonstrou que após a administração oral a dose total da substância é disponível sistemicamente. Desse total,
aproximadamente 54% consistem na substância ativa inalterada e o restante em metabólitos parcialmente ativos
(metabolismo de primeira passagem) (vide “Farmacodinâmica”).
Em comparação com o Voltaren®
comprimidos revestidos 50 mg, a biodisponibilidade do diclofenaco a partir do
Flotac®
atinge um valor médio de 78 18% (DP: 62 a 117%).
O comportamento farmacocinético não se altera após administrações repetidas. Não ocorre acúmulo desde que sejam
observados os intervalos de dosagem recomendados.
Vinte minutos após a administração de uma cápsula de Flotac®
já se pode detectar concentrações do fármaco no sangue.
A concentração máxima é alcançada em cerca de 1,25 horas.
Distribuição
99,7% do diclofenaco liga-se às proteínas séricas, predominantemente à albumina (99,4%). O volume de distribuição
aparente calculado é de 0,12-0,17 L/kg.
O diclofenaco penetra no fluido sinovial, onde as concentrações máximas são medidas de 2-4 horas após os valores de
pico plasmático serem atingidos. A meia-vida aparente de eliminação do fluido sinovial é de 3-6 horas.
Duas horas após atingir os valores de pico plasmático, as concentrações da substância ativa já são mais altas no fluido
sinovial que no plasma, permanecendo mais altas por até 12 horas.
O diclofenaco foi detectado em baixa concentração (100 ng/mL) no leite materno em uma lactante. A quantidade
estimada ingerida por uma criança que consome leite materno é equivalente a 0,03 mg/kg/dia de dose.
Biotransformação/metabolismo
A biotransformação do diclofenaco é rápida e quase completa. Os metabólitos são conhecidos.
A biotransformação do diclofenaco ocorre parcialmente por glicuronidação da molécula intacta, mas principalmente por
hidroxilação simples e múltipla, resultando em vários metabólitos fenólicos (3’-hidroxi-, 4’-hidroxi-, 5-hidroxi-, 4’,5-
dihidroxi- e 3’-hidroxi-4’-metoxi-diclofenaco), a maioria dos quais são convertidos a conjugados glicurônicos. Dois
desses metabólitos fenólicos são biologicamente ativos, mas em extensão muito menor que o diclofenaco.
Eliminação
O clearance (depuração) sistêmico total do diclofenaco do plasma é de 263 ± 56 mL/min (valor médio ± DP).
A meia-vida terminal no plasma é de 1-2 horas. Quatro dos metabólitos, incluindo os dois ativos, também têm meia-
vida plasmática curta de 1-3 horas. O metabólito 3’-hidroxi-4’-metoxi-diclofenaco, tem meia-vida plasmática mais
longa. Entretanto, esse metabólito é virtualmente inativo.
Cerca de 60% da dose absorvida é excretada na urina como um conjugado glicuronídeo da molécula inalterada e como
metabólitos, a maior parte das quais são convertidas em conjugados glicuronídeos.
Menos de 1% é excretado como substância inalterada.
O restante da dose é eliminado como metabólitos através da bile nas fezes.
Linearidade / não linearidade
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A Cmax e a área sob a curva de concentração (AUC) são linearmente relacionadas à dose administrada.
Populações especiais
Não foram observadas diferenças idade-dependente relevantes na absorção, metabolismo ou excreção do fármaco.
Estudos realizados em pacientes com insuficiência renal demonstraram que é improvável o acúmulo da substância ativa
inalterada a partir da administração de uma dose única i.v. Entretanto, baseado nos resultados destes estudos, níveis
plasmáticos elevados de hidroxi metabólitos após doses múltiplas podem ser encontrados em pacientes com
insuficiência renal grave, porém, de acordo com os conhecimentos adquiridos até o momento, não há relevância clínica.
Em pacientes com hepatite crônica ou cirrose não descompensada, a cinética e metabolismo do diclofenaco são os
mesmos apresentados pelos pacientes sem doença hepática.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos de estudos de toxicidade com doses agudas ou repetidas, bem como estudos de genotoxicidade,
mutagenicidade, carcinogenicidade com diclofenaco revelaram que diclofenaco nas doses terapêuticas recomendadas
não causa nenhum dano específico para humanos. Em estudos pré-clínicos padrão não houve nenhuma evidência de que
diclofenaco tenha potencial teratogênico em camundongos, ratos ou coelhos.
O diclofenaco não influencia a fertilidade das matrizes (ratos). Exceto pelos efeitos fetais em doses maternais tóxicas, o
desenvolvimento pré, peri e pós-natal da prole não foi afetado.
A administração de AINEs (incluindo diclofenaco) inibiu a ovulação de coelho e implantação e placentação em ratos e
levou a um fechamento prematuro do canal arterial em ratas grávidas. Doses maternais tóxicas de diclofenaco foram
associadas com distocia, gestação prolongada, diminuição da sobrevida fetal e retardo do crescimento intrauterino em
ratos. Os leves efeitos do diclofenaco sobre os parâmetros de reprodução e parto, bem como a constrição do canal
arterial no útero são consequências farmacológicas desta classe de inibidores da síntese de prostaglandinas (vide
“Contraindicações”, “Gravidez”, “Amamentação” e “Fertilidade”).
hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer outro componente da formulação;
úlcera gástrica ou intestinal ativa, sangramento ou perfuração (vide “Advertências e precauções” e “Reações
adversas”);
no último trimestre de gravidez (vide “Gravidez e lactação”);
falência hepática;
falência renal;
insuficiência cardíaca grave (vide “Advertências e precauções”);
como outros agentes anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs), Flotac®
também é contraindicado em pacientes nos
quais crises de asma, urticária ou rinite aguda são precipitadas pelo ácido acetilsalicílico ou por outros AINEs (vide
“Advertências e precauções” e “Reações adversas”).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com falência hepática e falência renal.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência cardíaca grave (vide “Advertências
e precauções”).
No 3º trimestre este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez D, portanto, este medicamento não deve
ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de
suspeita de gravidez.
Efeitos gastrintestinais
Sangramento, ulcerações ou perfuração gastrintestinal, que podem ser fatais, foram relatados com todos os AINEs,
incluindo diclofenaco, podendo ocorrer a qualquer momento durante o tratamento com ou sem sintomas de advertência
ou história prévia de eventos gastrintestinais sérios. Estes, em geral, apresentam consequências mais sérias em pacientes
idosos. Se sangramento ou ulceração gastrintestinal ocorrer em pacientes recebendo Flotac®
, o medicamento deve ser
descontinuado.
Assim como com outros AINEs, incluindo diclofenaco, acompanhamento médico rigoroso é indispensável e particular
cautela deve ser exercida quando Flotac®
é prescrito a pacientes com sintomas indicativos de distúrbios
gastrintestinaisou histórico sugestivo de ulceração gástrica ou intestinal, sangramento ou perfuração (vide “Reações
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adversas”). O risco de sangramento gastrintestinal é maior com o aumento das doses de AINEs e em pacientes com
histórico de úlcera, complicando particularmente em casos de hemorragia ou perfuração, e em pacientes idosos.
Para reduzir o risco de toxicidade gastrintestinal em pacientes com histórico de úlcera, complicando particularmente em
casos de hemorragia ou perfuração, e em pacientes idosos, o tratamento deve ser iniciado e mantido com a menor dose
eficaz.
Para estes pacientes, uma terapia concomitante com agentes protetores (ex.: inibidores da bomba de próton) deve ser
considerada, e também para pacientes que precisam usar concomitantemente medicamentos com ácido acetilsalicílico
em baixa dose ou outros medicamentos que podem aumentar o risco gastrintestinal.
Pacientes com histórico de toxicidade gastrintestinal, particularmente os idosos, devem reportar quaisquer sintomas
abdominais não usuais (especialmente sangramento gastrintestinal). Para pacientes tomando medicações concomitantes
que podem aumentar o risco de ulceração ou sangramento, como por exemplo, corticoides sistêmicos, anticoagulantes,
agentes antiplaquetários ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina recomenda-se cuidado especial ao usar
Flotac®
(vide “Interações medicamentosas”).
Acompanhamento médico estreito e cautela devem ser exercidos em pacientes com colite ulcerativa ou Doença de
Crohn, uma vez que sua condição pode ser exacerbada (vide “Reações adversas”).
Efeitos cardiovasculares
O tratamento com AINEs, incluindo o diclofenaco, particularmente em dose elevada e em períodos prolongados, pode
ser associado com um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares graves (incluindo infarto do
miocárdio e acidente vascular cerebral).
O tratamento com Flotac®
geralmente não é recomendado a pacientes com doença cardiovascular estabelecida
(insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca isquêmica, doença arterial periférica) ou hipertensão não controlada.
Se necessário, os pacientes com doença cardiovascular estabelecida, hipertensão não controlada, ou fatores de risco para
doença cardiovascular (ex.: hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus e tabagismo) devem ser tratados com Flotac®
somente após cuidadosa avaliação e apenas em doses ≤ 100 mg ao dia, quando o tratamento continuar por mais de 4
semanas.
Como os riscos cardiovasculares do diclofenaco podem aumentar com a dose e duração da exposição, a menor dose
diária efetiva deve ser utilizada no menor período possível. A necessidade do paciente para o alívio sintomático e a
resposta à terapia deve ser reavaliada periodicamente, especialmente quando o tratamento continuar por mais de 4
Os pacientes devem estar atentos para os sinais e sintomas de eventos aterotrombóticos sérios (ex.: dor no peito, falta de
ar, fraqueza, fala arrastada), que podem ocorrer sem avisos. Os pacientes devem ser instruídos a procurar o médico
imediatamente em caso de um evento como estes.
Efeitos hematológicos
Durante tratamentos prolongados com Flotac®
, é aconselhável, como ocorre com outros AINEs, o monitoramento do
hemograma.
Assim como outros AINEs, Flotac®
pode inibir temporariamente a agregação plaquetária. Os pacientes com distúrbios
hemostáticos devem ser cuidadosamente monitorados.
Efeitos respiratórios (asma pré-existente)
Em pacientes com asma, rinites alérgicas sazonais, inchaço na mucosa nasal (ex.: pólipos nasais), doenças pulmonares
obstrutivas crônicas ou infecções crônicas do trato respiratório (especialmente se relacionado a sintomas alérgicos como
rinites), reações devido aos AINEs como exacerbação da asma (chamada como intolerância a analgésicos/analgésicos-
asma), edema de Quincke ou urticária, são mais frequentes que em outros pacientes. Desta forma, recomenda-se
precaução especial para estes pacientes (prontidão para emergência). Esta recomendação aplica-se também a pacientes
alérgicos a outras substâncias, como por exemplo, aparecimento de reações cutâneas, prurido ou urticária.
Efeitos hepatobiliares
Acompanhamento médico estreito é necessário quando prescrito Flotac®
a pacientes com função hepática debilitada,
uma vez que esta condição pode ser exacerbada.
Do mesmo modo que com outros AINEs, incluindo diclofenaco, pode ocorrer elevação dos níveis de uma ou mais
enzimas hepáticas. Durante tratamentos prolongados com Flotac®
, é recomendado o monitoramento constante da função
hepática como medida preventiva. Se os testes anormais para a função hepática persistirem ou piorarem, se os sinais e
sintomas clínicos consistentes com a doença hepática se desenvolverem, ou se outras manifestações ocorrerem (ex.:
VPS4 = Flotac_Bula_Profissional 6
eosinofilia, rash), Flotac®
deve ser descontinuado. Hepatite poderá ocorrer com o uso de diclofenaco sem sintomas
prodrômicos.
Deve-se ter cautela ao administrar Flotac®
a pacientes com porfiria hepática, uma vez que o medicamento pode
desencadear uma crise.
Reações cutâneas
Reações cutâneas sérias, algumas delas fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica foram relatadas muito raramente associadas ao uso de AINEs, incluindo Flotac®
(vide “Reações
adversas”). Os pacientes aparentemente tem maior risco para estas reações logo no início do tratamento, com o início da
reação ocorrendo, na maioria dos casos, no primeiro mês de tratamento. Flotac®
deve ser descontinuado no primeiro
aparecimento de rash cutâneo, lesões nas mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
Assim como com outros AINEs, reações alérgicas incluindo reações anafiláticas/anafilactoides, podem também ocorrer
em casos raros com diclofenaco, sem exposição prévia ao medicamento.
Efeitos renais
Como retenção de líquidos e edema foram reportados em associação à terapia com AINEs, incluindo diclofenaco, deve
ser dedicada atenção especial a pacientes com deficiência da função cardíaca ou renal, história de hipertensão, pacientes
idosos, pacientes sob tratamento concomitante com diuréticos ou outros medicamentos que podem impactar
significativamente na função renal e àqueles com depleção substancial do volume extracelular de qualquer origem, por
exemplo, nas condições pré ou pós-operatória no caso de cirurgias de grande porte (vide “Contraindicações”). Nestes
casos, ao utilizar Flotac®
, é recomendado o monitoramento da função renal como medida preventiva. A descontinuação
do tratamento é seguida pela recuperação do estado de pré-tratamento.
Interações com outros AINEs
O uso concomitante de Flotac®
com outros AINEs sistêmicos incluindo inibidores seletivos da COX-2 deve ser evitado
devido ao potencial aumento de reações adversas (vide “Interações medicamentosas”).
Mascarando sinais de infecções
, assim como outros AINEs, pode mascarar os sinais e sintomas de infecções devido a suas propriedades
farmacodinâmicas.
Pacientes idosos
Recomenda-se precaução em idosos por motivos médicos básicos. Em particular, recomenda-se que a dose mais baixa
eficaz seja utilizada em pacientes idosos debilitados ou naqueles com baixo peso corporal.
Crianças e adolescentes
Devido a sua dosagem, Flotac®
não é indicado para crianças e adolescentes.
Gravidez e lactação
- Mulheres em idade fértil
Não há dados para sugerir qualquer recomendação para mulheres em idade fértil.
- Gravidez
Não há dados suficientes sobre o uso de diclofenaco em mulheres grávidas. Desta forma, Flotac®
não deve ser usado
nos 2 primeiros trimestres de gravidez a não ser que o benefício esperado para mãe justifique o risco potencial para o
feto. Assim como outros AINEs, o uso de diclofenaco é contraindicado nos três últimos meses de gestação pela
possibilidade de ocorrer inércia uterina e/ou fechamento prematuro do canal arterial (vide “Contraindicações” e “Dados
de segurança pré-clínicos”).
No 1º e 2º trimestres este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez C, portanto, este medicamento não
deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
No 3º trimestre este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez D, portanto, este medicamento não deve
ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de
suspeita de gravidez.
- Lactação
Assim como outros AINEs, pequenas quantidades de diclofenaco passam para o leite materno. Desta forma, Flotac®
não
deve ser administrado durante a amamentação para evitar efeitos indesejáveis na criança.
VPS4 = Flotac_Bula_Profissional 7
- Fertilidade
Assim como outros AINEs, o uso de Flotac®
pode prejudicar a fertilidade feminina e por isto que deve ser evitado por
mulheres que estão tentando engravidar. Para mulheres que tenham dificuldade de engravidar ou cuja fertilidade está
sob investigação, a descontinuação do Flotac®
deve ser considerada.
Habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
É improvável que o uso de Flotac
afete a capacidade de dirigir, operar máquinas ou fazer outras atividades que
As interações a seguir incluem aquelas observadas com Flotac®
e/ou outras formas farmacêuticas contendo diclofenaco.
Interações observadas a serem consideradas
inibidores potentes da CYP2C9: recomenda-se cautela ao prescrever diclofenaco com inibidores potentes da
CYP2C9 (tais como voriconazol), o que poderia resultar em um aumento significativo nas concentrações de pico
plasmático e exposição ao diclofenaco, devido à inibição do metabolismo do diclofenaco.
lítio: se usados concomitantemente, diclofenaco pode elevar as concentrações plasmáticas de lítio. Neste caso,
recomenda-se monitoramento do nível de lítio sérico.
digoxina: se usados concomitantemente, diclofenaco pode elevar as concentrações plasmáticas de digoxina. Neste
caso, recomenda-se monitoramento do nível de digoxina sérica.
diuréticos e agentes anti-hipertensivos: assim como outros AINEs, o uso concomitante de diclofenaco com
diuréticos ou anti-hipertensivos (ex.: betabloqueadores, inibidores da ECA), pode diminuir o efeito anti-
hipertensivo. Desta forma, esta combinação deve ser administrada com cautela e, pacientes, especialmente idosos,
devem ter sua pressão sanguínea periodicamente monitorada. Os pacientes devem estar adequadamente hidratados
e deve-se considerar o monitoramento da função renal após o início da terapia concomitante e periodicamente
durante o tratamento, particularmente para diuréticos e inibidores da ECA devido ao aumento do risco de
nefrotoxicidade (vide “Advertências e precauções”).
ciclosporina: diclofenaco, assim como outros AINEs, pode aumentar a toxicidade nos rins, causada pela
ciclosporina, devido ao seu efeito nas prostaglandinas renais. Desta forma, diclofenaco deve ser administrado em
doses inferiores àquelas usadas em pacientes que não estão em tratamento com ciclosporina.
medicamentos conhecidos por causar hipercalemia: o tratamento concomitante com diuréticos poupadores de
potássio, ciclosporina, tacrolimo ou trimetoprima podem ser associados com o aumento dos níveis séricos de
potássio, que deve ser monitorado frequentemente (vide “Advertências e precauções”).
antibacterianos quinolônicos: houve relatos isolados de convulsões que podem estar associadas ao uso
concomitante de quinolonas e AINEs.
Pelo fato do resinato presente no diclofenaco ser uma base de troca iônica, em geral, a inibição da absorção de outros
medicamentos orais deve ser considerada.
Interações previstas a serem consideradas
outros AINEs e corticoides: a administração concomitante de diclofenaco e outros AINEs sistêmicos ou
corticoides pode aumentar a frequência de efeitos gastrintestinais indesejáveis (vide “Advertências e precauções”).
A administração concomitante de ácido acetilsalicílico diminui a concentração plasmática de diclofenaco, sem
comprometer sua eficácia clínica.
anticoagulantes e agentes antiplaquetários: deve-se ter cautela no uso concomitante uma vez que pode aumentar
o risco de hemorragias (vide “Advertências e precauções”). Embora investigações clínicas não indiquem que
diclofenaco possa afetar a ação dos anticoagulantes, existem casos isolados do aumento do risco de hemorragia em
pacientes recebendo diclofenaco e anticoagulantes concomitantemente. Desta maneira, recomenda-se o
monitoramento próximo nestes pacientes.
inibidores seletivos da recaptação da serotonina: a administração concomitante com AINEs sistêmicos,
incluindo diclofenaco e inibidores seletivos da recaptação da serotonina, pode aumentar o risco de sangramento
gastrintestinal (vide “Advertências e precauções”).
antidiabéticos: estudos clínicos demonstraram que o diclofenaco pode ser administrado juntamente com
hipoglicemiantes orais sem influenciar seus efeitos clínicos. Entretanto, existem relatos isolados de efeitos hipo e
hiperglicemiantes, determinando a necessidade de ajuste posológico dos agentes antidiabéticos durante o
tratamento com diclofenaco. Por esta razão, o monitoramento dos níveis de glicose no sangue deve ser realizado
como medida preventiva durante a terapia concomitante.
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fenitoína: quando se utiliza fenitoína concomitantemente com o diclofenaco, o acompanhamento das
concentrações plasmáticas de fenitoína é recomendado devido a um esperado aumento na exposição à fenitoína.
metotrexato: deve-se ter cautela quando AINEs, incluindo diclofenaco, são administrados menos de 24 horas antes
ou após tratamento com metotrexato uma vez que pode elevar a concentração sérica do metotrexato, aumentando a
sua toxicidade.
O produto deve ser guardado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e protegido da umidade.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Cápsula com tampa branca e corpo amarelo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Como uma recomendação geral, a dose deve ser individualmente ajustada. As reações adversas podem ser minimizadas
utilizando a menor dose efetiva no período de tempo mais curto necessário para controlar os sintomas (vide
“Advertências e precauções”). As cápsulas devem ser engolidas inteiras com líquido, de preferência durante as
refeições.
População alvo geral:
A dose recomendada de Flotac®
em adultos é de 1 a no máximo 2 cápsulas por dia, dependendo da gravidade de cada
caso.
Se necessário, os adultos devem tomar 1 cápsula de Flotac®
duas vezes ao dia. A dose diária deve ser dividida em duas
ingestões separadas.
Nos casos de menor gravidade e de tratamentos prolongados, a administração de 1 cápsula ao dia, em geral, é suficiente.
Populações especiais:
- Crianças e adolescentes
Flotac®
não é adequado para crianças e adolescentes devido a sua alta dosagem e a impossibilidade de ajustar a dose
individualmente.
- Pacientes geriátricos (pacientes com 65 anos ou mais)
Nenhum ajuste de dose inicial é requerido para pacientes idosos (vide “Advertências e precauções”).
- Doença cardiovascular estabelecida ou fatores de risco cardiovascular significativos
O tratamento com Flotac®
geralmente não é recomendado em pacientes com doença cardiovascular estabelecida ou
hipertensão não controlada. Se necessário, pacientes com doença cardiovascular estabelecida, hipertensão não
controlada, ou fatores de risco significativos para doenças cardiovasculares, devem ser tratados com Flotac®
somente
após avaliação cuidadosa e somente para doses diárias ≤ 100 mg, se tratado por mais do que 4 semanas (vide
“Advertências e precauções”).
- Insuficiência renal
é contraindicado a pacientes com insuficiência renal (vide “Contraindicações”). Não foram realizados estudos
específicos em pacientes com insuficiência renal, portanto não pode ser feita recomendação no ajuste específico da
dose. Recomenda-se cautela quando Flotac®
é administrado a pacientes com insuficiência renal leve a moderada (vide
- Insuficiência hepática
é contraindicado a pacientes com insuficiência hepática (vide “Contraindicações”). Não foram realizados
estudos específicos em pacientes com insuficiência hepática, portanto não pode ser feita recomendação no ajuste
específico da dose. Recomenda-se cautela quando Flotac®
é administrado a pacientes com insuficiência hepática leve a
moderada (vide “Advertências e precauções”).
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
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As reações adversas a medicamento de estudos clínicos, relatos espontâneos e casos de literatura estão listadas por
sistema MedDRA de classe de órgão. Dentro de cada sistema de classe de órgão, as reações adversas estão ordenadas
por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão
apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente para cada
reação adversa segue a seguinte convenção (CIOMS III): muito comum (>1/10); comum (≥ 1/100 a < 1/10); incomum
(≥ 1/1.000 a < 1/100); rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000).
As seguintes reações adversas incluem aquelas relatadas com Flotac®
, e/ou outras formas farmacêuticas do diclofenaco
em uso por curto ou longo prazo.
- Sangue e distúrbios do sistema linfático
Muito rara: trombocitopenia, leucopenia, anemia (incluindo hemolítica e aplástica) e agranulocitose.
- Distúrbios do sistema imunológico
Rara: reações de hipersensibilidade, anafiláticas e anafilactoides (incluindo hipotensão e choque).
Muito rara: angioedema (incluindo edema facial).
- Distúrbios psiquiátricos:
Muito rara: desorientação, depressão, insônia, pesadelos, irritabilidade, distúrbios psicóticos.
- Distúrbios do sistema nervoso
Comum: cefaleia, tontura.
Rara: sonolência.
Muito rara: parestesia, distúrbios da memória, convulsões, ansiedade, tremores, meningite asséptica, disgeusia, acidente
cerebrovascular.
- Distúrbios oculares
Muito rara: distúrbios da visão, visão borrada, diplopia.
- Distúrbios do labirinto e do ouvido
Comum: vertigem.
Muito rara: deficiência auditiva, zumbido.
- Distúrbios cardíacos
Incomum*: infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, palpitação, dores no peito.
- Distúrbios vasculares
Muito rara: hipertensão, vasculite.
- Distúrbios mediastinal, torácico e respiratório
Rara: asma (incluindo dispneia).
Muito rara: pneumonite.
- Distúrbios do trato gastrintestinal
Comum: náusea, vômito, diarreia, dispepsia, cólicas abdominais, flatulência, diminuição do apetite.
Rara: gastrites, sangramento gastrintestinal, hematêmese, diarreia sanguinolenta, melena, úlcera gastrintestinal (com ou
sem sangramento ou perfuração).
Muito rara: colite (incluindo colite hemorrágica e exacerbação da colite ulcerativa ou doença de Crohn), constipação,
estomatite, glossite, distúrbios esofágicos, doença intestinal diafragmática, pancreatite.
- Distúrbios hepatobiliares
Comum: elevação das transaminases.
Rara: hepatite, icterícia, distúrbios hepáticos.
Muito rara: hepatite fulminante, necrose hepática, insuficiência hepática.
- Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos
Comum: rash.
Rara: urticária.
Muito rara: dermatite bolhosa, eczema, eritema, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise
epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), dermatite esfoliativa, alopecia, reação de fotossensibilidade, púrpura, púrpura de
Henoch-Schonlein e prurido.
- Distúrbios urinários e renais
Muito rara: insuficiência renal aguda, hematúria, proteinúria, síndrome nefrótica, nefrite tubulointersticial, necrose
papilar renal.
- Distúrbios gerais e no local da administração
Rara: edema.
* A frequência reflete os dados do tratamento a longo prazo com uma dose elevada (150 mg por dia).
Descrição das reações adversas selecionadas
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Eventos aterotrombóticos
Dados de meta-análise e farmacoepidemiológicos apontam um pequeno aumento do risco de eventos aterotrombóticos
(ex.: infarto do miocárdio) associado ao uso de diclofenaco, particularmente em doses elevadas (150 mg por dia) e
durante tratamento a longo prazo (vide “Advertências e precauções”).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.