Bula do Fludara produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
FLUDARA
(fosfato de fludarabina)
Genzyme do Brasil Ltda.
Comprimidos Revestidos
10mg
1
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder sua leitura antes de utilizar o medicamento.
FLUDARA®
fosfato de fludarabina
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos 10 mg - cartucho contendo frasco com 15 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de FLUDARA contém:
fosfato de fludarabina.........................10 mg
Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício, croscarmelose sódica, estearato de
magnésio. Revestimento: hipromelose, talco, dióxido de titânio e óxido de ferro (vermelho e amarelo).
FLUDARA pó liófilo é indicado para o tratamento de:
- leucemia linfocítica crônica de células B (LLC) sem tratamento anterior,
- leucemia linfocítica crônica de células B se um tratamento anterior com pelo menos um tratamento padrão para
câncer (contendo os chamados agentes alquilantes) não tiver funcionado.
- leucemia linfocítica crônica de células B cuja doença progrediu durante ou após o tratamento com pelo menos
um tratamento padrão para câncer (contendo os chamados agentes alquilantes).
FLUDARA é um medicamento que impede o crescimento de novas células cancerosas. Todas as células do corpo
produzem novas células, idênticas às originais, ao se dividirem. Para fazer isso, o material genético das células
(DNA) deve ser copiado e reproduzido. FLUDARA é absorvido pelas células cancerosas e impede a produção de
novo DNA.
Em cânceres de glóbulos brancos (tais como leucemia linfocítica crônica), o corpo produz muitos glóbulos
brancos (linfócitos) anormais e nódulos linfáticos começam a crescer em várias partes do corpo. Os glóbulos
brancos anormais não podem desempenhar suas funções normais de combate à doença, e podem impedir as
funções das células sanguíneas saudáveis. Isso pode resultar em infecções, número diminuído de glóbulos
vermelhos (anemia), hematomas, sangramento grave ou até falência de órgãos.
Não use FLUDARA:
- se você for alérgico (hipersensível) ao fosfato de fludarabina ou a qualquer um dos componentes do produto;
2
- se a contagem de suas células sanguíneas vermelhas estiver baixa (anemia hemolítica descompensada).
- se você for portador de problemas renais graves (depuração de creatinina < 30 mL/min).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes portadores de problemas renais graves
(depuração de creatinina < 30 mL/min).
Advertências e Precauções:
Tome cuidados especiais ao usar FLUDARA:
Neurotoxicidade:
Quando utilizado em doses mais altas nos estudos de seleção de dose em pacientes com leucemia aguda,
FLUDARA foi associado com efeitos neurológicos graves, incluindo cegueira (perda da visão), coma e óbito. Os
sintomas apareceram 21 a 60 dias após a última dose. Esta toxicidade grave para o sistema nervoso central
ocorreu em 36% dos pacientes que receberam doses por via intravenosa (veia), aproximadamente 4 vezes maiores
(96mg/m2/dia por 5 a 7 dias) que a dose recomendada. Nos pacientes tratados com as doses recomendadas para
LLC, efeitos tóxicos graves para o sistema nervoso central ocorreram raramente (coma, convulsões e agitação) ou
com pouca frequência (confusão) (ver item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
A experiência pós-comercialização tem mostrado que pode ocorrer neurotoxicidade mais precocemente ou mais
tardiamente do que ocorre nos estudos clínicos.O efeito da administração de forma crônica (contínua) de
FLUDARA sobre o sistema nervoso central é desconhecido.. Entretanto, os pacientes mostraram tolerância à
dose recomendada em alguns estudos por períodos de tratamento relativamente prolongados (até 26 ciclos de
terapia).
Seu médico deverá acompanhá-lo quanto a sinais de efeitos neurológicos.
Administração de FLUDARA pode estar associada com alterações neurológicas (Sistema Nervoso Central)
denominadas: leucoencefalopatia (grupo de doenças do Sistema nervoso central caracterizadas por
comprometimento da mielina ( substância presente em algumas células nervosas que facilita a rápida
comunicação entre as mesmas) (LEMP), leucoencefalopatia tóxica aguda ou síndrome da leucoencefalopatia
posterior reversível).
Estas podem ocorrer:
• na dose recomendada
- quando FLUDARA é administrado em seguida, ou em combinação com medicamentos conhecidos por
estar associados a LE, LETA ou LEPR,
- ou quando FLUDARA é administrado em pacientes com outros fatores de risco, tais como irradiação
corporal total ou craniana (tratamento com radioterapia no corpo ou crânio), Transplante de Células
Hematopoiéticas (transplante de células- tronco), Doença do enxerto contra hospedeiro (síndrome
sistêmica que ocorre em pacientes que recebem linfócitos funcionantes de um doador), insuficiência
renal (diminuição da capacidade dos rins para eliminar substâncias tóxicas do sangue) ou encefalopatia
hepática (complicação de doenças do fígado onde há deterioração da função do cérebro devido ao
3
aumento de substâncias tóxicas no sangue que o fígado deveria ter eliminado em situações normais) em
doses mais elevadas do que a dose recomendada
Os sintomas de LEMP, leucoencefalopatia tóxica aguda ou síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível
podem incluir dores de cabeça, náuseas e vômitos, convulsões, distúrbios visuais tais como perda de visão,
sensório alterado e deficiências neurológicas focais. Efeitos adicionais podem incluir neurite óptica e papilite
(inflamações oculares), confusão, sonolência, agitação, paraparesia (perda de força das pernas)/quadriparesia
(perda de força dos braços e pernas) , espasticidade muscular (aumento do tônus e dos reflexos musculares) e
incontinência (dificuldade em controlar a urina).
LEMP, leucoencefalopatia tóxica aguda ou síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível podem ser
irreversíveis, com risco de vida, ou fatais. Sempre que houver suspeita, o tratamento com fludarabina deve ser
interrompido. Os pacientes devem ser acompanhados e devem ser submetidos a exames de imagem do cérebro,
preferencialmente utilizando Imagem por Ressonância Magnética. Se o diagnóstico for confirmado, a terapia com
fludarabina deve ser interrompida de forma permanente.
Condições gerais de saúde alterada
Em pacientes com alteração do estado de saúde, FLUDARA deve ser administrado com cautela e após criteriosa
avaliação da relação risco/benefício. Isto se aplica especialmente no caso de pacientes com grave alteração da
função da medula óssea [trombocitopenia anemia e/ou granulocitopenia (diminuição dos glóbulos brancos)],
imunodeficiência (deficiência do sistema imunológico para combater infecções) ou com antecedentes de infecção
oportunista (doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico). Tratamento profilático (prevenção)
deve ser considerado em pacientes com risco aumentado de desenvolvimento de infecção oportunista (ver item
“Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Mielossupressão (grupo de complicações metabólicas que podem ocorrer após o tratamento de um câncer por
destruição das células tumorais)
Supressão grave de medula óssea, especialmente anemia, trombocitopenia (redução do número de plaquetas) e
neutropenia (redução do número de glóbulos brancos), tem sido relatada em pacientes tratados com FLUDARA.
Em um estudo Fase I em pacientes adultos com tumor sólido, a mediana do tempo para contagem mais baixa foi
de 13 dias (3 a 25 dias) para granulócitos e de 16 dias (2 a 32 dias) para plaquetas. A maioria dos pacientes
apresentava alteração dos valores hematológicos iniciais como resultado da doença ou como resultado de terapia
mielossupressora prévia. Pode haver mielossupressão cumulativa. Embora a mielossupressão induzida por
quimioterapia seja geralmente reversível, a administração de fosfato de fludarabina requer cuidadoso controle
hematológico (referente ao sangue).
Foram relatados, em pacientes adultos, diversos exemplos de hipoplasia (diminuição da produção de células do
sangue pela medula óssea) ou de aplasia (doença caracterizada por deficiência da produção de células do sangue
pela medula óssea) das três linhagens de medula óssea tendo como resultado a pancitopenia (diminuição global
de elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas), às vezes resultando em óbito. A
duração da citopenia clinicamente significativa nos casos relatados foi de aproximadamente 2 meses a 1 ano.
Estes episódios ocorreram em pacientes previamente tratados e em pacientes não tratados.
4
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que
acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de
doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
Progressão da doença
A progressão e transformação da doença [por exemplo, síndrome de Richter (transformação da leucemia linfóide
crônica para linfoma não- Hodgkin (linfoma difuso de células B)] tem sido relatada frequentemente em pacientes
portadores de LLC.
Reação enxerto contra hospedeiro associada à transfusão
A reação enxerto contra hospedeiro associada à transfusão (reação dos linfócitos funcionantes transfundidos ao
hospedeiro) foi observada após transfusão de sangue não-irradiado em pacientes tratados com FLUDARA.
Graves complicações e até mesmo morte têm ocorrido devido à essa reação. Portanto, para diminuir o risco de
reação enxerto contra hospedeiro associada à transfusão, pacientes que precisem de transfusão de sangue e
estejam sendo ou tenham sido tratados com FLUDARA devem receber apenas produtos sanguíneos irradiados. Se
você precisar de uma transfusão de sangue e estiver sendo (ou tiver sido) tratado (a) com FLUDARA, avise seu
médico.
Câncer de pele
Piora ou exacerbação de lesões preexistentes de câncer de pele, assim como início de câncer de pele, foram
relatados em pacientes durante ou após a terapia com FLUDARA.
Síndrome da lise tumoral (grupo de complicações decorrentes de alterações metabólicas secundária a
tratamento do câncer).
Foi relatada síndrome da lise tumoral em pacientes com grandes volumes tumorais. Uma vez que FLUDARA
pode induzir uma resposta já na primeira semana de tratamento, devem ser adotadas precauções nos pacientes que
apresentem risco de desenvolvimento desta complicação.
Fenômeno autoimune
Durante ou após tratamento com FLUDARA foi relatada a ocorrência de fenômenos autoimunes (ver item “Quais
os males que este medicamento pode me causar?”) com risco para a vida do paciente, sendo fatal em certos casos.
A maioria dos pacientes que apresentaram anemia hemolítica (anemia por destruição de glóbulos vermelhos)
desenvolveu recorrência do quadro hemolítico quando expostos novamente ao tratamento com FLUDARA.
Os pacientes em tratamento com FLUDARA devem ser mantidos sob cuidadosa vigilância com relação a sinais
de hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos, o que pode levar à anemia).
Recomenda-se a interrupção do tratamento com FLUDARA em caso de hemólise
5
Insuficiência renal
Os dados disponíveis em pacientes com insuficiência renal (depuração de creatinina < 70 mL/min) são limitados.
FLUDARA deve ser administrado cuidadosamente em pacientes com insuficiência renal.
As doses devem ser ajustadas para pacientes com função renal reduzida. Se a depuração de creatinina estiver
entre 30 e 70 mL/min, a dose deve ser reduzida em até 50% e a toxicidade avaliada por rigoroso controle
hematológico.
O tratamento com FLUDARA é contraindicado se a depuração de creatinina for < 30 mL/min.
Insuficiência hepática
- Não há dados disponíveis sobre o uso de FLUDARA em pacientes com comprometimento do fígado.
Pacientes Idosos
Se você tiver 65 anos de idade ou mais, o funcionamento de seus rins será avaliado antes do início do tratamento.
Como há dados limitados disponíveis em pacientes com 75 anos de idade ou mais, esses pacientes serão
especialmente acompanhados pelo médico.
Crianças
FLUDARA não é recomendado para crianças com menos de 18 anos, pois sua segurança e eficácia não foram
estabelecidas nesta faixa etária.
Efeito na capacidade de dirigir ou operar máquinas
FLUDARA pode reduzir a capacidade de dirigir ou operar máquinas, uma vez que foram observados, por
exemplo, fadiga (cansaço), fraqueza, distúrbios (alterações) visuais, confusão, agitação e convulsões (contrações
súbitas e involuntárias dos músculos secundárias a descargas elétricas cerebrais).
Gravidez
Existem dados muito limitados sobre o uso de FLUDARA em mulheres no primeiro trimestre de gestação. Foram
relatados possíveis riscos de anormalidades no feto, como aborto no início da gravidez ou parto prematuro.
FLUDARA não deve ser utilizado durante a gestação,exceto se absolutamente necessário (por exemplo, situação
com risco para a vida da paciente, ausência de alternativa mais segura de tratamento disponível, sem
comprometimento do benefício terapêutico, ou quando não se pode evitar o tratamento). Não pode ser descartado
que FLUDARA pode prejudicar o feto. Seu médico avaliará cuidadosamente o benefício de seu tratamento contra
um possível risco para o feto e, se você estiver grávida, ele somente prescreverá FLUDARA se claramente
necessário.
As mulheres devem evitar engravidar durante o tratamento com FLUDARA.
Mulheres em idade fértil devem estar cientes do risco potencial ao feto.
6
Contracepção
Homens e mulheres que são férteis devem usar métodos de contracepção eficazes durante o tratamento e por,
pelo menos, 6 meses após seu término.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
Você não deve iniciar a amamentação ou continuar amamentando enquanto estiver em tratamento com
FLUDARA. Não se sabe se este medicamento passa para o leite de mulheres tratadas com FLUDARA.
Entretanto existem evidências de que, o princípio ativo de FLUDARA, fosfato de fludarabina, e/ou seus
metabólitos transferem-se do sangue para o leite materno.
Vacinação
Durante e após tratamento com FLUDARA, deve-se evitar o emprego de vacina com organismos vivos.
Opções de retratamento após tratamento inicial com FLUDARA
Pacientes que inicialmente respondem ao tratamento com FLUDARA têm uma boa chance de apresentar
novamente resposta à terapia com FLUDARA usado isoladamente. Uma troca de tratamento inicial de
FLUDARA para clorambucila para os pacientes que não responderam ao tratamento com FLUDARA deve ser
evitada porque muitos pacientes que foram resistentes ao tratamento com fosfato de fludarabina têm apresentado
resistência à clorambucila.
Interações com outros medicamentos
É especialmente importante avisar seu médico sobre o uso dos seguintes medicamentos:
- pentostatina (deoxicoformicina), também usada para tratar a leucemia linfocítica crônica de células B.
Tomar estes dois medicamentos juntos pode levar a complicações pulmonares graves. Portanto, o uso de
FLUDARA em combinação com pentostatina não é recomendado.
- dipiridamol, usado para evitar coágulo sanguíneo excessivo, ou outros medicamentos similares. Elas
podem reduzir a eficácia de FLUDARA.
- citarabina (ARA-C) usada para tratar leucemia linfática crônica. Se FLUDARA for combinado com
citarabina, os níveis da forma ativa de FLUDARA em células leucêmicas podem aumentar. Entretanto, os
níveis totais no sangue e sua eliminação do sangue não demonstraram ter se modificado.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
7
Antes da reconstituição, FLUDARA deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente
(entre 15°C e 30°C).
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Depois de preparado, este medicamento pode ser usado em, no máximo, 8 horas quando armazenado em
temperatura ambiente ou 24 horas quando armazenado em geladeira (2-8°C).
FLUDARA é um pó liofilizado branco a ser reconstituído com água para injetáveis. Após a reconstituição com
água para injetáveis, a solução apresenta-se límpida, incolor e praticamente livre de partículas. A dose requerida
é, então, extraída e diluída em uma solução de cloreto de sódio.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
FLUDARA não deve ser manuseado por gestantes.
FLUDARA deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no uso de terapia de
câncer. A dose que você recebe depende de sua área de superfície corporal que é medida em metros quadrados
(m2
), e é calculada pelo médico a partir de sua altura e seu peso.
FLUDARA deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa. Embora não tenha sido relatado
nenhum caso no qual a administração paravascular (fora da veia) de FLUDARA tenha ocasionado reações
adversas locais graves, deve-se evitar a administração paravascular não intencional deste produto.
Não se deve adicionar outros medicamentos à solução para uso intravenoso.
A dose recomendada é de FLUDARA pó liófilo é de 25 mg de fosfato de fludarabina/m2
de área de superfície
corpórea administrada diariamente durante 5 dias consecutivos, a cada 28 dias, por via intravenosa. O produto
deve ser reconstituído pela adição de 2 mL de água para injetáveis. Cada mL da solução resultante contém 25 mg
de fosfato de fludarabina (ver “Instruções especiais para preparação para uso intravenoso”).
A dose necessária (calculada baseando-se na área de superfície corpórea do paciente) deve ser retirada com
auxílio de uma seringa. Para injeção intravenosa em bolus, esta dose deve ser posteriormente diluída em 10 mL
de solução de cloreto de sódio 0,9%. Alternativamente, para infusão, a dose necessária retirada com auxílio de
uma seringa pode ser diluída em 100 mL de solução de cloreto de sódio 0,9% e infundida por aproximadamente
30 minutos.
Quanto tempo dura o tratamento
A duração do tratamento com FLUDARA dependerá do sucesso de seu tratamento e de sua tolerância ao
medicamento.
8
Você receberá a dose calculada por seu médico diariamente, durante 5 dias consecutivos.
Para o tratamento de leucemia linfocítica crônica (LLC), esse ciclo de tratamento de 5 dias será repetido a cada
28 dias até que seu médico decida que o melhor efeito foi alcançado (geralmente após 6 ciclos).
Instruções especiais para preparação para uso intravenoso
FLUDARA deve ser preparado para uso parenteral por adição de água estéril para injetáveis, em condições
assépticas. Quando reconstituído com 2 mL de água estéril para injetáveis, o liofilizado deve dissolver-se
completamente no máximo em 15 segundos. Cada mL da solução resultante contém 25 mg de fosfato de
fludarabina, 25 mg de manitol e hidróxido de sódio para ajuste do pH a 7,7. A faixa de pH para o produto final é
7,2 a 8,2. Em estudos clínicos, o produto foi diluído em 100 ou 125 mL de solução de glicose 5% ou solução de
cloreto de sódio 0,9%.
Após reconstituição, FLUDARA deve ser utilizado no prazo máximo de 8 horas se for mantido a temperatura
ambiente ou de 24 horas se for mantido em geladeira (2°C a 8°C). FLUDARA não contém agente conservante.
Medidas adequadas devem ser tomadas para assegurar a esterilidade da solução reconstituída.
Deve-se ter cautela no manuseio e preparação da solução de FLUDARA. O uso de luvas de látex e óculos de
segurança é recomendado para se evitar exposição, em caso de quebra do frasco ou derramamento acidental. Se a
solução entrar em contato com a pele ou mucosas, a área deve ser lavada cuidadosamente com água e sabão. No
caso de contato com os olhos, enxaguá-los cuidadosamente com bastante água. Exposição por inalação deve ser
evitada.
Devem ser adotados os procedimentos e medidas pertinentes para adequado manuseio e descarte, observando-se
as diretrizes empregadas para medicamentos citotóxicos. Qualquer quantidade não utilizada deve ser descartada
por incineração.
Uso em pacientes com comprometimento renal
As doses devem ser ajustadas para pacientes com função renal reduzida. Se a depuração de creatinina estiver
entre 30 e 70 mL/min, a dose deve ser reduzida em até 50% e a toxicidade avaliada por rigoroso controle
hematológico. Para informações adicionais, ver item “Advertências e Precauções”.
O tratamento com FLUDARA é contraindicado se a depuração de creatinina for < 30 mL/min.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O tratamento deve ser realizado durante cinco dias consecutivos. Caso você não possa comparecer ao hospital
para receber a medicação conforme recomendado, converse com seu médico.
Em caso de dúvida, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
9
Como todos os medicamentos, FLUDARA pode causar efeitos colaterais, embora nem todos apresentem esses
efeitos. Se você não tiver certeza o que são os efeitos colaterais abaixo, converse com seu médico.
Alguns efeitos colaterais podem ser fatais. Informe seu médico imediatamente caso você apresente os sintomas a
seguir:
- dificuldade para respirar, tosse ou dor no peito (com ou sem febre). Esses podem ser sinais de problemas no
pulmão.
- palpitações (ficar consciente das batidas de seu coração) ou dores no peito. Esses podem ser sinais de
problemas cardíacos.
- hematoma incomum, sangramento excessivo após ferimentos, ou se você estiver contraindo muitas infecções.
Esses sintomas podem ser causados por um número reduzido de células sanguíneas. Isso também pode levar a
um risco aumentado de infecções (graves), causadas por organismos que geralmente não causam doenças em
pessoas saudáveis (infecções oportunistas) incluindo uma reativação tardia de vírus, por exemplo, herpes-
zoster.
- dor nas costas, sangue na urina, ou quantidade reduzida de urina. Esses podem ser sinais de síndrome de lise
tumoral. Quando a doença é grave, seu corpo pode não ser capaz de livrar-se de todos os produtos resultantes
das células destruídas por FLUDARA. Isso é chamado de síndrome de lise tumoral e pode causar falência renal
e problemas cardíacos, desde a primeira semana de tratamento. Seu médico estará atento para este fato e pode
administrar a você outros medicamentos para ajudar a evitar que isso aconteça.
- urina de cor vermelha a marrom, erupção cutânea ou bolhas na pele. Durante ou após o tratamento com
FLUDARA, o seu sistema imunológico também pode atacar partes diferentes do seu corpo (o que é chamado de
“fenômeno autoimune”), ou seus glóbulos vermelhos (o que é chamado de “hemólise autoimune”). Essas
condições podem ser fatais. Se isto ocorrer, seu médico interromperá o tratamento. A maioria dos pacientes que
apresentam hemólise autoimune irá apresentá-la novamente quando FLUDARA for administrado em outra
ocasião.
- qualquer sintoma incomum do seu sistema nervoso tal como visão alterada. Se FLUDARA for usado na dose
recomendada, vários sintomas graves de distúrbio do sistema nervoso, tais como coma, convulsões e agitação
podem ocorrer em casos raros. Pode ocorrer confusão, mas ela não é comum. Se FLUDARA for usado por um
período de tempo longo (mais de 6 ciclos de tratamento), seus efeitos a longo prazo sobre o sistema nervoso
central não são conhecidos. Entretanto, pacientes tratados com a dose recomendada por até 26 ciclos de
tratamento foram capazes de tolerá-lo. Em pacientes recebendo doses quatro vezes a dose recomendada, vários
eventos incluindo cegueira, coma e morte foram relatados. Alguns desses sintomas apareceram tardiamente, até
60 dias ou mais após a interrupção do tratamento. Você será acompanhado de perto no que se refere a sintomas
anormais do sistema nervoso.
- qualquer mudança em sua pele enquanto estiver recebendo este medicamento ou após ter terminado o
tratamento. Se você tem ou teve câncer de pele, ele pode piorar ou surgir de novo enquanto você tomar
10
FLUDARA ou depois disso. Você pode também desenvolver câncer de pele durante ou após a terapia com
FLUDARA, uma vez que ela reduz o mecanismo de defesa de seu corpo.
- qualquer reação na pele ou mucosas com vermelhidão, inflamação, bolhas e erosão. Estes podem ser sinais de
uma reação alérgica grave (síndrome de Lyell, síndrome de Stevens-Johnson).
Abaixo são listados possíveis efeitos colaterais de acordo com sua incidência. Os efeitos colaterais raros
(incidência menor do que 1 a cada 1000 pacientes) foram identificados, principalmente, a partir da experiência
pós-comercialização.
Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- infecções (algumas graves);
- infecções oportunistas (infecções em decorrência da depressão do sistema imunológico); por reativação viral
latente, por exemplo, vírus herpes zoster, vírus Epstein-Barr, leucoencefalopatia multifocal progressiva;
- pneumonia (infecções dos pulmões);
- trombocitopenia (redução do número de plaquetas) com a possibilidade de hematomas e sangramentos;
- neutopenia (redução do número de glóbulos brancos);
- anemia (redução do número de glóbulos vermelhos);
- tosse;
- vômitos, diarreia, náusea (sensação de enjoo);
- febre;
- fadiga (sensação de cansaço);
- astenia (fraqueza);
Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- síndrome mielodisplástica, leucemia mielóide aguda (outros cânceres relacionados ao sangue). A maior parte
dos pacientes com essas doenças foi tratada anteriormente ou ao mesmo tempo ou tratada mais tarde com
outros medicamentos para câncer (agentes alquilantes, inibidores da topoisomerase) ou terapia com radiação;
- mielossupressão (depressão da medula óssea);
- anorexia (perda de apetite grave levando à perda de peso);
- neuropatia periférica (dormência ou fraqueza nos membros);
- distúrbios visuais (visão atrapalhada);
- estomatite (inflamação da parte interior da boca);
- erupções cutâneas (lesões de pele com vermelhidão);
- calafrios;
- mal-estar (geralmente sentir-se indisposto);
- edema (inchaço devido à retenção excessiva de líquido);
- mucosite (inflamação das membranas mucosas do sistema digestivo da boca ao ânus).
11
Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- doença autoimune incluindo:
- anemia hemolítica autoimune (aumento da destruição de glóbulos vermelhos pelo próprio sistema imune
do paciente);
- púrpura trombocitopênica (aparecimento de descoloração roxa ou púrpura na pele causada pelo
sangramento sob a pele associado com redução do número de plaquetas na circulação);
- pênfigo (um grupo de doenças autoimunes bolhosas que afetam a pele e as membranas mucosas);
- síndrome de Evans (um transtorno autoimune no qual o corpo produz anticorpos que destroem os glóbulos
vermelhos e as plaquetas);
- hemofilia adquirida (um distúrbio do sangramento com potencial risco de vida causado pelo
desenvolvimento de anticorpos direcionados contra os fatores de coagulação, mais frequentemente o fator
VIII (FVIII)).
- síndrome de lise tumoral [incluindo insuficiência renal (redução da função dos rins), hipercalemia (redução
dos níveis de potássio no sangue), acidose metabólica, hematúria (sangue na urina), cristalúria de urato,
hiperuricemia (aumento da concentração do ácido úrico no sangue), hiperfosfatemia (aumento da
concentração de fósforo no sangue), hipocalcemia (redução nos níveis de cálcio no sangue)]
- confusão
- toxicidade pulmonar: fibrose pulmonar (tecido cicatricial por todo o pulmão), pneumonite (inflamação dos
pulmões), dispneia (fôlego curto);
- hemorragia gastrintestinal (sangramento no estômago ou nos intestinos);
- níveis anormais das enzimas do pâncreas ou do fígado.
Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- doença linfoproliferativa associada a EBV (doenças do sistema linfático devido à infecção viral);
- agitação;
- convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos secundárias a descargas elétricas cerebrais);
- coma;
- neurite ópticae neuropatia óptica (inflamação ou dano do nervo óptico);
- cegueira;
- insuficiência cardíaca (condição em que o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para satisfazer as
necessidades do corpo);
- arritmia (batimentos cardíacos irregulares);
- câncer de pele
- síndrome de Lyell, síndrome de Stevens-Johnson (reação da membrana mucosa e/ou pele com vermelhidão,
inflamação, formação de bolhas e erosão);
- necrólise epidérmica tóxica (quadro grave, onde uma grande extensão de pele começa a apresentar bolhas e
evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura) tipo Lyell.
12
Experiência pós-comercialização com frequência desconhecida
• Distúrbios do sistema nervoso
- leucoencefalopatia (ver item “Advertências e Precauções”)
- leucoencefalopatia tóxica aguda (ver item “Advertências e Precauções”)
- síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível (LEPR) (ver item “Advertências e Precauções”)
• Distúrbios vasculares
- Hemorragia [incluindo hemorragia cerebral (sangramento devido à ruptura de um vaso sanguíneo no
cérebro), hemorragia pulmonar (sangramento pulmonar), cistite hemorrágica (inflamação da bexiga)].
Progressão e transformação da doença (por exemplo, síndrome de Richter) tem sido frequentemente relatada em
pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso
do medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento.
9. O QUE DEVO FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA
DESTE MEDICAMENTO?
Altas doses podem causar leucoencefalopatia, leucoencefalopatia tóxica aguda, ou síndrome da
leucoencefalopatia posterior reversível (LEPR). Os sintomas podem incluir dor de cabeça, náuseas e vômitos,
convulsões, distúrbios visuais, como perda de visão, sensório alterado, e deficiências neurológicas focais. Efeitos
adicionais podem incluir neurite óptica, e papilite (inflamação do nervo óptico), confusão, sonolência, agitação,
paraparesia / quadriparesia, espasticidade muscular, incontinência, dano irreversível do sistema nervoso central,
com sintomas de cegueira tardia, coma e até morte.
Altas doses também são associadas com trombocitopenia (redução do número de plaquetas) e neutropenia
(redução do número de glóbulos brancos) graves devido à supressão da medula óssea.
Não se conhece qualquer antídoto específico para uso de uma dose maior que a preconizada de FLUDARA. O
tratamento consiste em interrupção do medicamento e tratamento das alterações apresentadas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.
VP/VPS 10 MG COM REV
CT FR PLAS BL
AL/AL X 15
50 MG PO LIOF INJ
CT 5 FA VD INC
19/05/2015 (10451) -
MEDICAMENTO
NOVO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
19/12/2014 1140486/14-8 10294 –
Inclusão de
rotulagem –
Nova
destinação
CT FR PLAS BL
AL/AL X 15
50 MG PO LIOF INJ
CT 5 FA VD INC
13/06/2014 0472217/14-
5
(10451) -
MEDICAMENTO
NOVO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
13/06/2014 0472217/14-5 (10451) -
13/06/2014 4. O QUE DEVO
SABER ANTES DE
USAR ESTE
MEDICAMENTO?/ 5.
ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES
8. QUAIS OS MALES
QUE ESTE
PODE ME CAUSAR?
/9. REAÇÕES
ADVERSAS
9. O QUE FAZER SE
ALGUÉM USAR UMA
QUANTIDADE MAIOR
DO QUE A INDICADA
DESTE
MEDICAMENTO?/ 10.
SUPERDOSE
CT 5 FA VD INC
21/08/2014 0692597/14-
9
(10451) -
MEDICAMENTO
NOVO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
16/05/2014 0390350/14-8 1434 –
Local de
Fabricação do
Fármaco
21/07/2014 3. QUANDO NÃO
DEVO USAR ESTE
MEDICAMENTO?
/4.CONTRAINDICAÇÕ
ES
7. CUIDADOS DE
ARMAZENAMENTO
DO MEDICAMENTO
CT 5 FA VD INC
19/05/2015 (10451) -
MEDICAMENTO
NOVO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12