Bula do Folifer produzido pelo laboratorio Ativus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FOLIFER
Ativus Farmacêutica LDTA.
COMPRIMIDO REVESTIDO
150 mg de ferro aminoácido quelato + 5 mg de ácido fólico
SOLUÇÃO ORAL
15,0mg/mL de ferro aminoácido quelato + 0,5mg/mL de ácido fólico
XAROPE - GOTAS
30,0mg/mL de ferro aminoácido quelato + 0,2mg/mL de ácido fólico
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
ferro aminoácido quelato + ácido fólico
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:
Comprimido Revestido: caixa com 8 e 30 comprimidos revestidos.
Solução Oral: frasco com 30 ou 100 ml. Acompanha copo dosador.
Xarope - Gotas: frasco com 15 ou 30 ml. Acompanha conta-gotas.
USO ORAL
COMPRIMIDO REVESTIDO - USO ADULTO
SOLUÇÃO ORAL – USO ADULTO E PEDIÁTRICO
XAROPE – GOTAS – USO PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Comprimido Revestido:
Cada comprimido revestido contém:
ferro aminoácido quelato (equivalente a 30 mg de ferro elementar) .......................................................................................150,00 mg
ácido fólico ................................................................................................................................................................................. 5,00 mg
Excipientes: celulose + lactose, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool isopropílico,
macrogol, talco, dióxido de titânio, corante laca alumínio vermelho nº 40, copolímero básico metacrílico e água de osmose.
Solução oral
Cada mL da solução oral contém:
ferro aminoácido quelato (equivalente a 3 mg de ferro elementar) .......................................................................................... 15,00 mg
ácido fólico ................................................................................................................................................................................. 0,50 mg
Excipientes: sorbitol, bicarbonato de sódio, corante caramelo, aroma de pêssego, aroma de framboesa, glicerol, edetato tetrassódico,
benzoato de sódio e água de osmose.
Xarope – Gotas
Cada mL do solução oral – gotas contém:
ferro aminoácido quelato (equivalente a 6 mg de ferro elementar) .......................................................................................... 30,00 mg
ácido fólico ................................................................................................................................................................................. 0,20 mg
Excipientes: sacarose, bicarbonato de sódio, corante caramelo, aroma de pêssego, aroma de framboesa, metilparabeno,
propilparabeno e água de osmose.
Cada mL equivale a aproximadamente 22 gotas.
Massa por gota (mg/gota)
Ativo mg/mL mg/gota
ferro aminoácido quelato 30,00 mg/mL 0,27 mg/gota
ácido fólico 0,2 mg/mL 0,009 mg/gota
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FOLIFER está indicado em todas as situações que exigem a administração do ferro e ácido fólico como medicação terapêutica.
Inúmeras são as situações clínicas em que FOLIFER pode ser prescrito, entre as quais destacamos:
- Tratamento da deficiência de ferro e ácido fólico, associada ou não a anemia, na criança, adolescente, adulto, idoso, gestante e
nutriz.
- O ácido fólico, presente no FOLIFER, é indicado na profilaxia de defeitos do tubo neural, durante o período periconcepcional (3
meses antes e 3 meses após a concepção), assim como para prevenir a recorrência destes defeitos.
Estudo realizado em adolescentes grávidas demonstrou que o uso de suplementos contendo ferro associado ao ácido fólico e
ferro/ácido fólico/zinco reduziu a prevalência de anemias e de baixos valores nas concentrações plasmáticas destes componentes.
(NOGUEIRA et al. Caderno de Saúde Pública, 19(1): 155-160, 2003)
O ácido fólico medicamentoso é conhecido também como ácido pteroilglutâmico. Difere essencialmente do ácido fólico alimentar,
uma vez que está sob a forma monoglutamato, enquanto que o ácido fólico contido nos alimentos está sob a forma poliglutamato.
Uma vez absorvido, o ácido fólico se transforma rapidamente na sua principal forma ativa, o ácido tetrahidrofólico, o qual é
essencial para a eritropoiese normal e para a síntese de nucleoproteínas na multiplicação celular de todos os tecidos, já que o mesmo
é indispensável à síntese do DNA.
A união do ácido fólico às proteínas é extensa; armazena-se, em grande proporção, no fígado (onde é metabolizado); sua eliminação
é, basicamente, por via renal. A taxa de excreção é proporcional as doses administradas. Doses pequenas como 0,2 mg tem um
aproveitamento biológico total. Doses elevadas, acima de 15mg, tem uma taxa de excreção que varia entre 50 e 90%.
Absorção do ferro aminoácido quelato:
Os minerais quelatos, de uma forma geral, não sofrem ionização no tubo gastrointestinal devido a sua estabilidade no pH ácido do
estômago e no pH alcalino no intestino delgado. FOLIFER, ao contrário dos outros produtos compostos por sais ferrosos, não tem
sua absorção prejudicada por componentes da dieta como ftatos, oxalatos e fibras. O ferro quelato é absorvido como tal, ocupando
sistemas enzimáticos da absorção preexistentes (gama-glutamil-transpeptidase). A ação enzimática sobre o ferro aminoácido quelato
permite que este composto alcance o interior da célula e daí seja transferido para o sangue e distribuído para órgãos como medula
óssea, baço, fígado e para as próprias hemácias. No fígado é armazenado como ferritina. A absorção do ferro quelato é 3 vezes
superior a do sulfato ferroso.
Reservas orgânicas de ferro:
A melhor absorção do FOLIFER permite uma maior biodisponibilidade do ferro terapêutico e consequentemente uma maior rapidez
na saturação das reservas orgânicas com menores doses de ferro quelato. Atinge-se este objetivo em 4 a 6 semanas de terapêutica
(com o sulfato ferroso, estas reservas são saturadas em 4 a 6 meses de tratamento e com doses 3 a 4 vezes maiores).
Cinética do ferro:
O ferro é absorvido pela mucosa intestinal e fica disposto no seu interior sob duas formas: uma mais estável, ligada à ferritina, e
outra mais lábil que é mobilizada quando necessário. Parte do ferro ligado à ferritina pode ser utilizado na medula para a síntese de
hemoglobina. Na gestante, o ferro é transportado pela transferrina materna, alcança as vilosidades placentárias onde é captado pelo
epitélio coriônico e armazenado, para em seguida se ligar a transferrina do feto para ser utilizado na produção das hemácias.
Ácido fólico associado ao ferro:
O tratamento da anemia por deficiência de ferro e ácido fólico exige duas etapas para uma real eficiência terapêutica. Uma refere-se
à multiplicação celular em nível de medula óssea, fato que ocorre quando há suprimento de ácido fólico para a duplicação do DNA.
A outra se refere à incorporação do ferro à molécula da hemoglobina. Para tanto é necessário que este oligoelemento alcance os
tecidos formadores dos glóbulos vermelhos em concentrações adequadas. O conhecimento destas necessidades exigia um
medicamento no qual fosse possível associar estas duas substâncias. A não dissociação iônica do ferro quelato permitiu elaborar um
produto com ferro associado ao ácido fólico de alta estabilidade, bem tolerado pelo sabor agradável, de posologia bastante
simplificada e resposta terapêutica com doses e intervalos de tempo inferiores aos exigidos pelos sais comuns.
As anemias ferroprivas originadas tanto por baixa ingestão de ferro como por situações fisiológicas em que a demanda deste íon é
excessiva, nem sempre, portanto, vão responder a simples administração de ferro, isto porque, muitas vezes, ela vai estar associada à
deficiência também de ácido fólico. Assim, crianças prematuras estão predispostas a desenvolver anemia ferropriva por não ter sido
possível armazenar ferro devido à interrupção precoce da gravidez, mas por outro lado a necessidade de ácido fólico nestas crianças
é extremamente elevada pela multiplicação celular que ocorre durante o crescimento. As gestantes e lactantes apresentam uma
demanda excessiva tanto do ácido fólico como do ferro. Na gestação, o ácido fólico é importante na prevenção das malformações do
tubo neural.
FOLIFER é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade a qualquer componente da formulação, pacientes com
deficiência da vitamina B12, nas anemias não ferroprivas, particularmente aquelas caracterizadas por acúmulo ou incapacidade de
utilização do ferro, tais como hemocromatose, anemia falciforme, anemia hemolítica, anemias sideroblásticas, anemias do chumbo,
talassemia, anemias por tumores ou infecções (sem deficiência de ferro), anemias associadas à leucemia. Não se recomenda o ácido
fólico no tratamento da anemia perniciosa, nem de outras anemias megaloblásticas secundárias a uma deficiência de vitamina B12,
pois pode produzir uma remissão hematológica, sem interferir sobre as manifestações neurológicas que continuam evoluindo.
Os compartimentos de reserva de ferro no organismo são saturados em curto espaço de tempo e com doses relativamente baixas com
FOLIFER quando comparados com as doses e tempos necessários com os sais comuns. Em casos de anemias mais severas é
recomendável o controle destas reservas através dos níveis de ferritina sérica (cerca de 50mcg/L).
FOLIFER deve ser administrado com cautela na presença de alcoolismo, hepatite, infecções agudas e estados inflamatórios do trato
gastrointestinal como enterite, colite ulcerativa, pancreatite e úlcera péptica. A ingestão excessiva de álcool, causando incremento do
depósito hepático de ferro, aumenta a probabilidade de efeitos colaterais, quando em uso prolongado. A administração do produto
em pacientes submetidos a transfusões repetidas de sangue deve ser realizada sob rigoroso controle médico e observação do quadro
sanguíneo, visto que a concomitância da aplicação de sangue com alto nível de ferro eritrocitário e sais de ferro por via oral pode
resultar em sobrecarga férrica. Doses muito altas de ácido fólico podem precipitar convulsões em pacientes epilépticos tratados com
fenitoína. Doses de ácido fólico acima de 100 µg/dia podem mascarar casos de anemia perniciosa (as características hematológicas
normalizam, contudo, os danos neurológicos progridem.
A ingestão excessiva de ferro e ácido fólico pode interferir com a absorção intestinal do zinco. As tetraciclinas têm sua absorção
prejudicada pelos compostos ferrosos comuns. Embora ainda não se tenha nenhuma confirmação sobre este efeito com o ferro
aminoácido quelato, é recomendável evitar a administração de FOLIFER concomitantemente a este grupo de antibióticos. Pode
ocorrer interferência no efeito terapêutico do ácido fólico quando há administração conjunta com corticosteroides, analgésicos,
anticonvulsivantes, estrógenos, sulfonamidas, metotrexato, pirimetamina, triantereno, trimetoprima, carbamazepina e
acetoaminofeno. Pacientes que utilizam anticonvulsivantes, devem ter as doses de ácido fólico ajustadas pelo médico.
A concentração plasmática de bilirrubina revela-se falsamente elevada; o cálcio plasmático falsamente diminuído; o exame de
sangue oculto nas fezes torna-se dificultoso, pois o ferro escurece as fezes. Pode ocorrer o aparecimento de coloração amarelada na
urina, porém sem significância clínica.
O ácido fólico pode interferir em diversos exames, entre eles: a dosagem de açúcar, glicemia, glicosúria, transaminases, creatinina,
desidrogenase lática, ácido úrico, bilirrubina e sangue oculto em fezes.
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C), protegido da luz e umidade. Nestas condições, o
medicamento se manterá próprio para o consumo, respeitando o prazo de validade indicado na embalagem. O prazo de validade
deste medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
FOLIFER 150 mg + 5 mg (Comprimido Revestido)
Aspecto físico
Comprimido revestido redondo de coloração rosa
Características organolépticas
Comprimido revestido com odor característico.
FOLIFER 15 mg/mL + 0,5 mg/mL (Solução Oral)
Líquido viscoso pardo escuro
Líquido com odor de pêssego e framboesa.
FOLIFER 30 mg/mL + 0,2 mg/mL (Xarope - Gotas)
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
FOLIFER não tem sua absorção prejudicada pela presença de alimentos, sendo inclusive recomendada sua administração próxima
às refeições.
ADULTOS / ADOLESCENTES
comprimido revestido 1 comprimido revestido ao dia
Solução oral 10 mL/dia
CRIANÇAS Solução oral 0,5 mL/Kg/dia
LACTENTES Xarope - gotas 5 gotas/Kg/dia
* As doses aqui indicadas poderão ser revistas pelo médico assistente na dependência da gravidade do quadro clínico.
Ingestão Diária Recomendada (IDR)
COMPRIMIDO REVESTIDO
Percentuais de IDR (Ingestão Diária Recomendada) de doses terapêuticas
ferro aminoácido quelato ácido fólico
Quantidade por comprimido 150 mg (eq. a 30 mg de ferro elementar) 5 mg
IDADE IDR*
Adultos 214% 2083%
Gestantes 111% 1408%
Lactantes 200% 1695%
* Teor percentual dos componentes na dose diária máxima preconizada, relativa a IDR (Ingestão Diária Recomendada) para adultos,
segundo RDC nº 269/05.
Dose diária máxima: 1 comprimido.
SOLUÇÃO ORAL
Quantidade por mL 15 mg (eq. a 3 mg de ferro elementar) 0,5 mg
1 – 3 anos 325% 3421%
4 – 6 anos 500% 4237%
7 – 10 anos 467% 3955%
* Percentual de IDR baseado na dose diária máxima de acordo com peso médio de cada faixa etária.
IDADE IDR**
** Teor percentual dos componentes na dose diária máxima preconizada, relativa a IDR (Ingestão Diária Recomendada) para adultos,
Dose diária máxima: 10 mL.
XAROPE - GOTAS
Quantidade por mL 30 mg (eq. a 6 mg de ferro elementar) 0,2 mg
0 – 6 meses 3333% 625%
6 – 12 meses 150% 937%
Para os comprimidos revestidos:
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Este medicamento é bem tolerado.
Reações adversas do ferro:
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): sensação de plenitude, dores epigástricas, náuseas, constipação ou diarreia que são
frequentemente observados com o uso dos sais ferrosos inorgânicos.
Reação muito rara (<1/10.000): reações de hipersensibilidade (sensação de calor, rubor, taquicardia, erupções cutâneas) ocorrendo
quase que exclusivamente em indivíduos reconhecidamente alérgicos aos sais de ferro.
Reações adversas do ácido fólico:
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): Gastrointestinais: gosto ruim na boca, perda de apetite, náuseas, distensão abdominal e
flatulência. Neurológicas: confusão. Psiquiátricas: irritabilidade, perturbação no padrão de sono.
Reação incomum (> 1/1000 e < 1/100): eritema, prurido e/ou urticária, contudo, em poucos dias esses sintomas desaparecem com a
suspensão do uso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
A ingestão acidental ou voluntária de doses excessivas de FOLIFER não é tão perigosa. As intoxicações com sais comuns de ferro
(DL50 em ratos) é cerca de 3 vezes menor para o ferro aminoácido quelato. Embora haja inúmeras comprovações de toxicidade do
ácido fólico, existem relatos na literatura que dose de 15 mg ou mais, possam produzir alterações no Sistema Nervoso Central,
decorrentes do aumento da síntese de aminas cerebrais, além de eventuais distúrbios gastrointestinais (vômitos, diarreia).
De qualquer forma, em casos de superdosagem, deve-se realizar procedimentos de rotina para esvaziamento gástrico e
administração de eméticos. Nos casos mais graves é necessária a administração de desferroxamina por via endovenosa ou via oral.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.