Bula do Fortaz produzido pelo laboratorio Glaxosmithkline Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Fortaz
GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Pó para injeção
1 g
Fortaz®
injetável
Modelo de texto de bula – Profissionais de Saúde
1
LEIA ESTA BULA ATENTAMENTE ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Fortaz
ceftazidima pentaidratada
APRESENTAÇÕES
1 g é apresentado em embalagem com um frasco-ampola, contendo 1 g de ceftazidima, acompanhado de uma ampola de
água bidestilada, como diluente (10 mL).
USO INTRAMUSCULAR E INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de Fortaz®
1 g contém:
ceftazidima (equivalente a 1,212 g de ceftazidima pentaidratada)....................... 1g
excipiente: carbonato de sódio........................q.s.p........................ 1 frasco-ampola
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Fortaz®
está indicado no tratamento de infecções simples ou múltiplas causadas por bactérias sensíveis ou nas circunstâncias que
justifiquem seu uso antes da identificação do agente causal.
pode ser usado em monoterapia, como droga de primeira escolha, antes de os resultados dos testes de sensibilidade estarem
disponíveis.
pode ser administrado com um antibiótico anaerobicida, quando se suspeita da presença de Bacterioides fragilis.
Em virtude de seu amplo espectro de ação, especialmente contra agentes gram-negativos, está também indicado nas infecções
resistentes a outros antibióticos, incluindo aminoglicosídeos e cefalosporinas diversas. Contudo, quando necessário (como, por
exemplo, diante de neutropenia grave), pode ser administrado em combinação com aminoglicosídeos ou outros antibióticos
betalactâmicos.
Fortaz®
demonstrou eficácia clínica de 94% e bacteriológica, de 68%, quando utilizado em pacientes com sepse bacteriana.
FANG, CT. et al. Safety and efficacy of cefpirome in comparison with ceftazidime in Chinese patients with sepsis due to bacterial
infections. Chemotherapy, 46(5): 371-378, 2000.
Propriedades farmacodinâmicas
Fortaz®
é um antibiótico cefalosporínico bactericida, inibidor da síntese da parede celular bacteriana e resistente à maioria das
betalactamases produzidas por organismos gram-positivos e gram-negativos e, portanto, ativo contra muitas cepas resistentes à
ampicilina e à cefalotina. A ceftazidima é dotada de elevada atividade intrínseca in vitro, com estreita faixa de concentração inibitória
mínima (CIM) para a maioria dos gêneros e mudanças mínimas na CIM em níveis variados de inóculos. In vitro, a atividade da
ceftazidima e dos aminoglicosídeos em combinação são aditivas. Há evidências de sinergismo em algumas cepas.
A atividade in vitro da ceftazidima estende-se aos seguintes micro-organismos:
Gram-negativos:
Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas sp. (incluindo P. pseudomallei), Klebsiella sp. (incluindo Klebsiella pneumoniae), Proteus
mirabilis, Proteus vulgaris, Morganella morganii (Proteus morganii), Proteus rettgeri, Providencia sp., Escherichia coli,
Enterobacter sp., Citrobacter sp., Serratia sp., Salmonella sp., Shigella sp., Yersinia enterocolitica, Pasteurella multocida,
Acinetobacter sp., Neisseria gonorrhoeae, N. meningitidis, Haemophilus influenzae (incluindo cepas resistentes à ampicilina) e H.
parainfluenzae (incluindo cepas resistentes à ampicilina).
Gram-positivos:
Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis (cepas sensíveis à meticilina), Micrococcus sp., Streptococcus pyogenes (Grupo
A, beta-hemolíticos), Streptococcus do Grupo B (Streptococcus agalactiae), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus mitis,
Streptococcus sp., excetuando-se o Enterococcus (Streptococcus) faecalis.
Cepas anaeróbias:
Peptococcus sp., Peptostreptococcus sp., Streptococcus sp., Propionibacterium sp., Clostridium perfringens, Fusobacterium sp.,
Bacteroides sp. (muitas cepas de Bacteroides fragilis são resistentes).
injetável
Modelo de texto de bula – Profissionais de Saúde
2
não é ativo in vitro contra estafilococos resistentes à meticilina, Enterococcus (Streptococcus) faecalis e muitos outros
enterococos, Listeria monocytogenes, Campylobacter sp. e Clostridium difficile.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após injeção intramuscular de 500 mg e 1 g, prontamente são atingidos níveis máximos de 18 e 37mg/L, respectivamente; e cinco
minutos após injeção intravenosa direta de 500 mg, 1 g e 2 g, são alcançados níveis séricos de 46, 87 e 170 mg/L, respectivamente.
Distribuição
Concentrações terapeuticamente ativas são detectadas no soro, mesmo 8 a 12 horas após a administração intramuscular ou
intravenosa. A ligação da ceftazidima às proteínas do soro é baixa, situando-se em torno de 10%.
Concentrações excedentes aos níveis inibitórios mínimos para patógenos comuns são detectadas nos ossos, coração, bile, saliva,
humor aquoso e líquidos sinovial, pleural e peritoneal. A ceftazidima atravessa a placenta rapidamente e é excretada no leite materno.
Na ausência de inflamação, a ceftazidima não atravessa com facilidade a barreira hematoencefálica, resultando em baixos níveis de
ceftazidima no líquido cefalorraquidiano. Todavia, na vigência de inflamação das meninges, são atingidos níveis terapêuticos de 4 a
20 mg/L ou mais no líquido cefalorraquidiano.
Metabolismo
A ceftazidima não é metabolizada no organismo.
Eliminação
Os níveis séricos obtidos após a administração parenteral são elevados e prolongados, diminuindo com meia-vida de
aproximadamente duas horas. A ceftazidima é excretada pela urina sob forma ativa, através de filtração glomerular. Cerca de 80 a
90% da dose são recuperados na urina em 24 horas.
Em pacientes com insuficiência renal, a eliminação de ceftazidima é diminuída, devendo por isso ser reduzida a dose (ver Posologia -
Insuficiência renal).
Tendo em vista que a quantidade excretada pela bile é inferior a 1%, o teor de droga que chega ao intestino é mínimo.
Fortaz®
é contraindicado para uso em pacientes comprovadamente hipersensíveis a antibióticos cefalosporínicos ou a qualquer
componente da fórmula.
Como para os demais antibióticos betalactâmicos, antes de instituída terapia com Fortaz®
deve ser pesquisada história de reações de
hipersensibilidade à ceftazidima, às cefalosporinas, às penicilinas ou outras drogas. Fortaz®
deve ser administrado com cautela
especial a pacientes com história de reação alérgica a penicilinas ou outros betalactâmicos. Na eventualidade da ocorrência de reação
alérgica ao Fortaz®
, interromper o tratamento. Reações mais graves de hipersensibilidade podem requerer o uso de adrenalina,
hidrocortisona, anti-histamínicos ou a adoção de outras medidas de emergência.
Tratamento simultâneo com altas doses de cefalosporinas e drogas nefrotóxicas como, por exemplo, aminoglicosídeos e diuréticos
potentes (por exemplo, furosemida) pode afetar, adversamente, a função renal. A experiência clínica demonstrou ser pouco provável
a ocorrência de problemas associados a Fortaz®
quando utilizado na dose terapêutica normal. Não existem evidências de que Fortaz®
afeta a função renal quando é utilizado em doses habituais.
A ceftazidima é excretada pelos rins e, portanto, a dosagem deve ser reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal (ver
Posologia – Insuficiência renal). Ocasionalmente, sequelas neurológicas têm sido relatadas em casos nos quais a dosagem não foi
reduzida apropriadamente em pacientes com insuficiência renal (ver Posologia - Insuficiência renal e Reações Adversas).
Como com outras cefalosporinas e penicilinas de largo espectro, algumas cepas de Enterobacter sp. e Serratia sp., inicialmente
sensíveis, podem desenvolver resistência durante o tratamento com ceftazidima. Testes periódicos de sensibilidade devem ser
considerados quando clinicamente apropriado, durante o tratamento de infecções por esses micro-organismos.
Como com os demais antibióticos de largo espectro, o uso prolongado de Fortaz®
pode resultar no aparecimento de micro-
organismos não-sensíveis (por exemplo, cândida, enterococos), o que pode requerer interrupção do tratamento ou adoção de medidas
apropriadas. A reavaliação da condição do paciente é essencial.
Foram reportados casos de colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, cuja gravidade pode variar de leve à fatal.
Entretanto, é importante considerar este diagnóstico em pacientes que desenvolverem diarreia durante ou após o uso de antibióticos.
Se ocorrer diarreia prolongada ou significativa ou o paciente apresentar cólicas abdominais, o tratamento deve ser descontinuado
imediatamente e o paciente deve ser posteriormente examinado.
Incompatibilidades
Fortaz®
é menos estável na solução de bicarbonato de sódio (que não é recomendada como diluente) do que em outras soluções
intravenosas. Fortaz®
e aminoglicosídeos não devem ser misturados no mesmo circuito de infusão ou seringa. Tem-se relatado
precipitação quando a vancomicina é adicionada à ceftazidima em solução. Portanto, é prudente lavar os circuitos de infusão e as
linhas intravenosas entre a administração desses dois agentes.
injetável
Modelo de texto de bula – Profissionais de Saúde
3
Populações especiais
- Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doença aguda, a dose diária de ceftazidima não deve,
normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram reportados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez e lactação
Ainda que não haja evidência experimental de efeitos embriopáticos ou teratogênicos, a administração de ceftazidima – como de
qualquer droga - deve ser feita com cuidado nos primeiros meses de gestação (bem como logo após o nascimento).
A ceftazidima é excretada em pequenas proporções pelo leite humano e, por isso, aconselha-se precaução quando de sua
administração a lactantes.
Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Precauções farmacotécnicas
A ceftazidima em concentrações entre 0,05 mg/mL e 0,25 mg/mL é compatível com o fluido de diálise intraperitoneal (lactato).
A solução de Fortaz®
para uso intramuscular pode ser reconstituída com cloreto de lidocaína a 0,5-1,0%.
mostra compatibilidade quando misturado a 4 mg/mL com: fosfato sódico de hidrocortisona (1 mg/mL em solução de cloreto
de sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%), cefuroxima sódica (3 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloxaciclina
sódica (4 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), heparina (10 UI/mL ou 50 UI/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%),
cloreto de potássio (10 ou 40 mEq/L em solução de cloreto de sódio a 0,9%).
A mistura de uma solução de Fortaz®
(500 mg em 1,5 mL de água estéril para injeções) com uma solução injetável de metronidazol
(500 mg em 100 mL) mantém a atividade de ambos os componentes.
As soluções variam do amarelo-claro ao âmbar, dependendo da concentração, do diluente e das condições de conservação. Seguidas
as recomendações preconizadas, a potência do produto não é afetada pelas variações na coloração.
é compatível com a grande maioria das soluções parenterais comumente utilizadas (ver Advertências e Precauções -
Incompatibilidades). As soluções de Fortaz®
, em concentrações de 1 mg/mL a 40 mg/mL, são compatíveis com os líquidos de
infusão a seguir relacionados:
• Cloreto de sódio a 0,9%
• Lactato de sódio M/6
• Solução de Hartmann
• Glicose a 5% e a 10%
• Cloreto de sódio a 0,225% + glicose a 5%
• Cloreto de sódio a 0,45% + glicose a 5%
• Cloreto de sódio a 0,18% + glicose a 4%
• Cloreto de sódio a 0,9% + glicose a 5%
• Dextran 40 a 10% + glicose a 5%
• Dextran 40 a 10% + cloreto de sódio a 0,9%
• Dextran 70 a 6% + cloreto de sódio a 0,9%
Interações com medicamentos
A administração de antibióticos cefalosporínicos com drogas nefrotóxicas pode afetar a função renal (ver Advertências e
Precauções).
Demonstrou-se que o cloranfenicol antagoniza a ação de cefalosporinas in vitro. Se houver necessidade de administração
concomitante de cloranfenicol, deve ser considerada a possibilidade de antagonismo.
Assim como com outros antibióticos, a ceftazidima pode afetar a flora intestinal, levando à baixa reabsorção de estrogênio e à redução da
eficácia de contraceptivos orais combinados.
Interações com exames laboratoriais
A ceftazidima não interfere na dosagem de creatinina pelo ensaio do picrato alcalino, bem como nos testes enzimáticos para
glicosúria.
Por outro lado, pode ocorrer uma fraca interferência nos métodos de redução do cobre (métodos de Benedict, Fehling e Clinitest) para
Cuidados de armazenamento
O produto deve ser mantido em sua embalagem original, abaixo de 25ºC e protegido da luz. O prazo de validade é de 36 meses a
partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Fortaz®
injetável
Modelo de texto de bula – Profissionais de Saúde
4
Após o preparo, manter por 18 horas em temperatura até 25ºC ou por sete dias quando guardado sob refrigeração (entre 2°C
e 8°C).
Aspectos físicos / Características organolépticas
IM/IV é uma mistura estéril, sob a forma de pó seco branco-amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de uso
Fortaz®
é compatível com os fluidos intravenosos mais comumente utilizados, excetuando-se o bicarbonato de sódio (ver
Advertências e Precauções - Incompatibilidades).
O frasco-ampola de Fortaz®
é lacrado sob pressão reduzida.
Quando o produto é dissolvido, ocorre liberação de dióxido de carbono, o que acarreta pressão positiva. Pequenas bolhas de dióxido
de carbono podem se formar na solução constituída e devem ser ignoradas.
1 g pode ser administrado por via intravenosa e intramuscular.
Os locais recomendados para injeção intramuscular são: o quadrante superior lateral do glúteo maior e a parte lateral da coxa.
A solução deve ser preparada como especificado a seguir:
Frasco Uso
Conteúdo do diluente a ser
adicionado (mL)
Concentração aproximada
(mg/mL)
1 g Intramuscular 3 mL 260
1 g Intravenoso 10 mL 90
1 g Infusão intravenosa 50 mL # 20
# A adição deve ser realizada em dois estágios.
Preparação das soluções para injeção intramuscular e intravenosa:
1) Introduzir a agulha da seringa através da tampa do frasco e injetar o volume recomendado de diluente;
2) Retirar a agulha e agitar o frasco-ampola para formar uma solução clara;
3) Inverter o frasco-ampola. Com o êmbolo da seringa completamente comprimido, introduzir a agulha na solução. Aspirar o volume
total da solução para dentro da seringa, assegurando-se de que a agulha aspire somente a solução. Pequenas bolhas de CO2 (gás)
devem ser desprezadas.
Preparação das soluções para infusão intravenosa:
Prepare utilizando um total de 50 mL do diluente compatível, adicionado em dois estágios, conforme abaixo:
1) Introduzir a agulha da seringa através da tampa do frasco-ampola e injetar 10 mL do diluente;
3) Para preservar a esterilidade do produto é importante não inserir a segunda agulha para liberar o gás antes de o produto estar
dissolvido. Introduzir uma segunda agulha na tampa do frasco para retirar o gás e liberar a pressão no interior do frasco;
4) Transferir a solução reconstituída para o recipiente final de administração (ex.: minibolsa ou reservatório de equipamento
microgotas) totalizando um volume mínimo de 50 mL. Administrar por infusão intravenosa durante 15-30 minutos.
Cuidados de conservação depois de aberto:
Após o preparo, manter por 18 horas em temperatura até 25ºC ou por sete dias quando guardado sob refrigeração (entre 2°C e 8°C).
Posologia
deve ser usado exclusivamente por via parenteral, variando a dose em função da gravidade, sensibilidade, local e tipo de
infecção, bem como da idade e da função renal dos pacientes.
Adultos
A dose varia de 1 g a 6 g diários subdivididos em duas ou três doses, administradas através de injeção intravenosa ou intramuscular.
Para as infecções do trato urinário e naquelas de menor gravidade, a dose de 500 mg ou 1 g de 12/12 horas é geralmente satisfatória.
Para a maioria das infecções, as doses ideais são de 1 g de 8/8 horas ou 2 g de 12/12 horas.
Nas infecções mais graves, especialmente em pacientes imunossuprimidos, incluindo os neutropênicos, deve ser administrada a dose
de 2 g de 8/8 ou 12/12 horas.
Nos adultos com mucoviscidose e portadores de infecção pulmonar por Pseudomonas, serão necessárias posologias elevadas, ou seja,
de 100 a 150 mg/kg/dia, subdivididas em três doses.
Em adultos com função renal normal, até 9 g/dia têm sido administrados com segurança.
Recém-nascidos e lactentes até 2 meses de idade
25 a 60 mg/kg/dia divididos em duas aplicações. No recém-nascido, a meia-vida sérica da ceftazidima pode ser três a quatro vezes
maior que no adulto.
injetável
Modelo de texto de bula – Profissionais de Saúde
5
Lactentes e crianças maiores de 2 meses
A posologia usual para crianças com mais de 2 meses é de 30 a 100 mg/kg/dia, divididos em duas ou três doses. Doses maiores que
150 mg/kg/dia, até um máximo de 6 g/dia, divididas em três doses, podem ser administradas a crianças imunocomprometidas, com
mucoviscidose ou, ainda, com meningite.
Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doenças agudas, a dose diária de ceftazidima não deve,
normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Pacientes com insuficiência renal
é excretado inalterado pelos rins. Assim sendo, nos pacientes com função renal comprometida, recomenda-se que a dose seja
reduzida. Nos pacientes com suspeita de insuficiência renal pode ser instituída dose inicial de 1 g de Fortaz®
. Nestes casos,
recomenda-se estimar a velocidade de filtração glomerular (VFG) a fim de determinar a dose de manutenção, como mostrado na
tabela abaixo:
Doses de manutenção recomendadas na insuficiência renal:
Clearance de creatinina
(mL/min)
Creatinina sérica aproximada
µmol/L (mg/dL)
Dose unitária recomendada (g) Frequência das doses (horas)
> 50
< 150
( <1,7 )
Dose normal Dose normal
50 a 31
150 a 200
( 1,7 a 2,3 )
1,0 12
30 a 16
200 a 350
( 2,3 a 4,0 )
1,0 24
15 a 6
350 a 500
( 4,0 a 5,6 )
0,5 24
< 5
> 500
( > 5,6 )
0,5 48
Nos pacientes com infecção grave, as doses unitárias podem ser aumentadas em 50%, ou a frequência de administração pode ser
aumentada apropriadamente.
Em tais pacientes recomenda-se monitorar os níveis séricos de ceftazidima de modo que não excedam 40 mg/L.
Nas crianças, o clearance de creatinina deve ser ajustado em função da área de superfície corporal ou da massa muscular.
Uso na hemodiálise
A meia-vida sérica da ceftazidima durante hemodiálise varia de três a cinco horas. A dose de manutenção apropriada, dada na tabela
anterior, deverá ser repetida após cada sessão.
Uso na diálise peritoneal
pode também ser usado na diálise peritoneal e na diálise peritoneal ambulatorial contínua, tanto por via intravenosa como
incorporado ao líquido de diálise (geralmente 125 mg a 250 mg/2 litros da solução de diálise).
Para pacientes com insuficiência renal em hemodiálise arteriovenosa contínua ou com elevado fluxo de hemofiltração em unidades de
terapia intensiva, deve-se administrar 1 g/dia em dose única ou em doses fracionadas. Para um baixo fluxo de hemofiltração, deve-se
adotar a dosagem recomendada para os pacientes com insuficiência renal.
Siga as recomendações de dosagem das tabelas abaixo, para pacientes em hemofiltração venovenosa e hemodiálise venovenosa:
Orientação de dosagem de ceftazidima em hemofiltração venovenosa continua
Função renal residual
(clearance de creatina
em mL/min)
Dose da manutenção (mg) para uma taxa de ultrafiltração (mL/min) de a
:
5 16,7 33,3 50
0 250 250 500 500
5 250 250 500 500
10 250 500 500 750
15 250 500 500 750
20 500 500 500 750
a
Dose de manutenção a ser administrada a cada 12 horas
Orientação de dosagem de ceftazidima durante hemodiálise venovenosa
Dose da manutenção (mg) para taxa a
1,0 litro/h 2,0 litros/h
6
em mL/min) Taxa de ultrafiltração (litro/h) Taxa de ultrafiltração (litro/h)
0,5 1,0 2,0 0,5 1,0 2,0
0 500 500 500 500 500 750
5 500 500 750 500 500 750
10 500 500 750 500 750 1000
15 500 750 750 750 750 1000
20 750 750 1000 750 750 1000
Os dados de amplos estudos clínicos (internos e publicados) foram usados para determinar a frequência das reações adversas desde
muito comum até muito rara.
As frequências atribuídas para todas as reações adversas foram principalmente determinadas usando dados pós-comercialização e se
referem mais a uma taxa de relatos do que a uma frequência verdadeira.
Reações comuns (>1/100 a <1/10): eosinofilia e trombocitose; flebite ou tromboflebite com administração IV; diarreia; elevação
discreta de uma ou mais enzimas hepáticas, ALT (TGP), AST (TGO), LDH, GAMA GT e fosfatase alcalina; erupção máculo-papular
ou urticariforme; dor e/ou inflamação após administração intramuscular; teste de Coombs positivo (o teste de Coombs positivo é
observado em cerca de 5% dos pacientes e pode interferir nos testes de compatibilidade sanguínea).
Reações incomuns (>1/1000 a <1/100): candidíase (incluindo vaginite e candidíase na boca); leucopenia, neutropenia e
trombocitopenia; dor de cabeça e vertigem; náusea, vômito, dor abdominal e colite. Como ocorre com outras cefalosporinas, a colite
pode estar associada ao Clostridium difficilli e apresentar-se como colite pseudomembranosa (Ver Advertências e Precauções);
prurido; febre; como ocorre com algumas outras cefalosporinas, foram observadas elevações de ureia e de nitrogênio ureico e/ou
creatinina no sangue.
Reações muito raras (<1/10.000): linfocitose, anemia hemolítica e agranulocitose; anafilaxia (incluindo broncoespasmo e/ou
hipotensão); parestesia; gosto ruim na boca; icterícia; angiodema, eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica.
* Há relatos de sequelas neurológicas, incluindo tremor, mioclonia, convulsões, encefalopatia e coma em pacientes com disfunção
renal, nos quais as doses de ceftazidima não tenham sido apropriadamente reduzidas.
Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.