Bula do Furosemida produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
furosemida
Comprimido 40mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 20, 100 e 300 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIATRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
furosemida........................................................................................................................40mg
Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido
Excipientes: amido, manitol, talco, estearato de magnésio, celulose microcristalina e água
de osmose reversa.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- hipertensão arterial leve a moderada;
- edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais.
- edema devido a queimaduras.
O uso da Furosemida tem indicação desde o período neonatal (Benitz et al, 1995) até a
idade adulta (Avery,1981) nos casos de edema das mais variadas formas, insuficiência
cardíaca, indução de diurese e crises hipertensivas.
O estudo de Magrini F et al. (1987) confirma a eficácia de furosemida nos casos de
insuficiência cardíaca e aumento da resistência vascular coronariana. O estudo de Paterna
S. et al (1999) também mostrou, com muita propriedade, a eficácia e a boa tolerabilidade de
furosemida no tratamento de 30 pacientes adultos, com idades entre 65 e 85 anos
portadores de insuficiência cardíaca congestiva. Este efeito também foi demonstrado no
estudo de Gottlieb SS et al. (1998).
O benefício e a segurança do uso de furosemida em 46 crianças que foram submetidas a
cirurgias cardíacas e usaram de forma contínua o medicamento furosemida foram
confirmadas no estudo randomizado de Klinge JM et al. (1997).
O estudo randomizado de Van der Vorst MM et al (2006), envolvendo 44 pacientes
portadores de insuficiência cardíaca nos graus III e IV, demonstrou que furosemida via oral
também é eficaz, mesmo em quadros graves, como os envolvidos no estudo. Assim como
no estudo de Paterna S et al (1999), Eterno FT et al. (1998) confirmaram que o uso de
diuréticos como a furosemida melhora a compensação cardíaca, reduz edemas e melhora,
em curto prazo, a capacidade física e a qualidade de vida dos pacientes.
Mecanismo de ação
A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de
ação rápido e de curta duração. A furosemida bloqueia o sistema cotransportador de
Na+
K+
2Cl-
localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle;
portanto, a eficácia da ação salurética da furosemida depende do fármaco alcançar o lúmen
tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A ação diurética resulta da inibição da
reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a
excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os
efeitos secundários do aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada
(devido ao gradiente osmótico) e aumento da secreção tubular distal de potássio. A
excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada.
A furosemida interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da
mácula densa, com o resultado de não atenuação da atividade salurética. A furosemida
causa estimulação dose-dependente do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Na insuficiência cardíaca, a furosemida produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca
(pela dilatação da capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por
prostaglandina e pressupõe uma função renal adequada com ativação do sistema renina-
angiotensina e síntese de prostaglandina intacta. Além disso, devido ao seu efeito
natriurético, a furosemida reduz a reatividade vascular das catecolaminas, que é elevada em
pacientes hipertensos.
A eficácia anti-hipertensiva da furosemida é atribuída ao aumento da excreção de sódio,
redução do volume sanguíneo e redução da resposta do músculo liso vascular ao estímulo
vasoconstritor.
Propriedades farmacodinâmicas
O efeito diurético da furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose
intravenosa e dentro de 1 hora após a administração da dose oral.
O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios
recebendo doses de furosemida de 10mg até 100mg. A duração da ação é de
aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20mg e de 3 a 6 horas após uma
dose oral de 40mg em indivíduos sadios.
O efeito da furosemida é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da
ligação da albumina intratubular ao fármaco.
Propriedades farmacocinéticas
A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas
para os comprimidos de 40mg. A absorção do fármaco demonstra grande variabilidade
intra e interindividual.
A biodisponibilidade da furosemida em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a
70% para os comprimidos. Em pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é influenciada
por vários fatores incluindo doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na
síndrome nefrótica).
A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da furosemida
depende da forma farmacêutica.
O volume de distribuição de furosemida é de 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O
volume de distribuição pode ser maior dependendo da doença de base.
A furosemida liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à
albumina.
A furosemida é eliminada principalmente na forma de fármaco inalterado, primariamente
pela secreção no túbulo proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de
furosemida é excretada desta forma. O metabólito glucurônico da furosemida equivale a 10
a 20% das substâncias recuperadas na urina. O restante da dose é excretado nas fezes,
provavelmente após secreção biliar.
A furosemida é excretada no leite materno. A furosemida atravessa a barreira placentária e
é transferida ao feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as
mesmas concentrações de furosemida que na mãe.
Populações especiais
Insuficiência renal: A biodisponibilidade da furosemida não é alterada em pacientes com
insuficiência renal terminal. Em insuficiência renal, a eliminação de furosemida é
diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-vida terminal pode ser de até 24 horas em
pacientes com insuficiência renal severa.
Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva à
concentrações mais altas de furosemida livre. Por outro lado, a eficácia de furosemida é
reduzida nestes pacientes devido à ligação intratubular da albumina e diminuição da
secreção tubular.
A furosemida é pouco dialisável em pacientes sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD
(Diálise Peritonial Ambulatorial Contínua).
Insuficiência Hepática: Em insuficiência hepática, a meia-vida de furosemida é aumentada
em 30% a 90%, principalmente devido ao maior volume de distribuição. Além disso, neste
grupo de pacientes existe uma ampla variação em todos os parâmetros farmacocinéticos.
Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão severa: Em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão severa ou em pacientes idosos, a eliminação
de furosemida é diminuída devido à redução na função renal.
Pacientes pediátricos: Em crianças prematuras ou nascidas à termo, dependendo da
maturidade dos rins, a eliminação de furosemida pode estar diminuída. O metabolismo do
fármaco também é reduzido caso a capacidade de glucuronização da criança esteja
prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas em crianças com mais de 33
semanas de idade pós-concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o clearance terminal
é o mesmo dos adultos.
Este medicamento não deve ser usado em pacientes com:
-insuficiência renal com anúria;
-pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;
-hipopotassemia severa;
-hiponatremia severa;
-hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação;
-hipersensibilidade à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
O fluxo urinário deve ser assegurado. Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário
(por exemplo: em pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia
prostática ou estreitamento da uretra), a produção aumentada de urina pode provocar ou
agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de monitorização cuidadosa,
especialmente durante a fase inicial do tratamento.
O tratamento com furosemida necessita de supervisão médica regular. O monitoramento
cuidadoso é particularmente necessário em pacientes com:
-hipotensão
-indesejável diminuição pronunciada na pressão arterial constituir-se-ia em um risco
especial (ex.: estenoses significantes de artérias coronárias ou de vasos cerebrais);
-diabetes mellitus latente ou manifesta;
-gota ou hiperuricemia (controle regular de ácido úrico);
-síndrome hepatorenal, isto é, comprometimento da função renal associado com doença
hepática severa;
-hipoproteinemia, ex.: associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode ser
atenuado e sua ototoxicidade potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das
doses da furosemida.
Durante tratamento com furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos
níveis de sódio, potássio e creatinina séricos; é necessária monitorização particularmente
cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações
eletrolíticas ou em caso de perda adicional significativa de fluidos (por exemplo, devido a
vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou desidratação, bem como qualquer
alteração eletrolítica ou ácido-base significativas devem ser corrigidas. Isto pode requerer a
descontinuação temporária da furosemida.
Gravidez e lactação: A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser
administrada durante a gravidez a menos que estritamente indicada e por curtos períodos de
tempo. O tratamento durante a gravidez requer monitorização do crescimento fetal.
A furosemida passa para o leite e pode inibir a lactação. As mulheres não devem
amamentar se estiverem sendo tratadas com furosemida.
Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado
por mulheres grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
Pacientes idosos: A eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função
renal.
A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação,
especialmente em pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a
hemoconcentração com tendência ao desenvolvimento de tromboses.
Crianças: O monitoramento cuidadoso é necessário em crianças prematuras devido ao
possível desenvolvimento de nefrolitíase e nefrocalcinose; a função renal deverá ser
monitorizada e deverá ser realizada uma ultrassonografia renal.
Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de
vida, pode aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo.
Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: Alguns efeitos
adversos (como queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a
capacidade do paciente em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em
situações em que suas habilidades são especialmente importantes, como dirigir ou operar
máquinas.
Sensibilidade cruzada: Pacientes hipersensíveis (alérgicos) a antibióticos do tipo
sulfonamidas ou sulfoniluréias podem apresentar sensibilidade cruzada com o
medicamento.
Medicamento-Medicamento
Associações desaconselhadas
Hidrato de cloral: sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão
arterial e taquicardia podem ocorrer em casos isolados após a administração intravenosa da
furosemida dentro de 24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é
recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.
Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos que podem causar ototoxicidade: a
furosemida pode potencializar a ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros
fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser
irreversíveis. Esta combinação de fármacos deve ser restrita à indicação médica.
Precauções de uso
Cisplatina: existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de
cisplatina e furosemida. Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada
caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40mg em pacientes
com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se
diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Sucralfato: a administração concomitante de furosemida por via oral e sucralfato deve ser
evitada, pois o sucralfato reduz a absorção intestinal da furosemida e, consequentemente,
seu efeito. Aguardar pelo menos um período de 2 horas entre uma administração e outra.
Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos
níveis séricos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo
aumento do risco de efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta forma, recomenda-
se que os níveis séricos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que
recebem esta combinação.
Medicamentos inibidores da ECA: pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer
hipotensão severa e deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal,
especialmente quando um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é
administrado ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar a
interrupção da administração da furosemida temporariamente ou ao menos reduzir a dose
de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de
um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
Risperidona: em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com
demência, uma maior incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com
furosemida mais risperidona (7,3%: idade média de 89 anos, entre 75-97 anos) quando
comparados com pacientes tratados somente com risperidona (3,1%: idade média de 84
anos, entre 70-96 anos) ou somente furosemida (4,1%, idade média de 80 anos, entre 67-90
anos). O uso concomitante de risperidona com outros diuréticos (principalmente diuréticos
tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados semelhantes.
Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi
observado um padrão consistente para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser
adotada e os riscos e benefícios desta combinação ou co-tratamento com outros diuréticos
potentes devem ser considerados antes da decisão de uso. Não houve aumento na incidência
de mortalidade entre pacientes usando outros diuréticos, assim como em tratamento
concomitante com risperidona. Independentemente do tratamento, a desidratação foi um
fator de risco geral de mortalidade e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos com
demência.
Associações a considerar
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não esteroidais
(incluindo ácido acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida e sua administração
concomitante pode causar insuficiência renal aguda no caso de hipovolemia ou
desidratação preexistente. Em pacientes com hipovolemia ou desidratação, a administração
de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função renal. A toxicidade do salicilato
pode ser aumentada pela furosemida.
Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração
concomitante de fenitoína.
Fármacos nefrotóxicos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos
nefrotóxicos nos rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes: o uso concomitante de furosemida
com corticosteroides, carbenoxolona e alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado
de laxantes, pode aumentar o risco de desenvolvimento de hipopotassemia.
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que
induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas
(por exemplo, hipopotassemia, hipomagnesemia) podem aumentar a toxicidade destes
fármacos.
Se agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que potencialmente diminuem
a pressão sanguínea são administrados concomitantemente com a furosemida, uma queda
mais pronunciada da pressão sanguínea pode ser esperada.
Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a furosemida, são secretados
significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro
lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal desses fármacos. Em caso de
tratamento com altas doses (em particular, de ambos furosemida e outros fármacos), pode
haver aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido à furosemida ou à
medicação concomitante.
Antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex:epinefrina,
norepinefrina): Os efeitos destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com
furosemida.
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: os efeitos destes fármacos podem
aumentar quando administrados com furosemida.
Cefalosporinas: insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo
simultaneamente tratamento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.
Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com
aumento do risco de artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à
insuficiência da ciclosporina na excreção renal de urato.
Radiocontraste: pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com
furosemida demonstraram maior incidência de deteriorização na função renal após
receberem radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que receberam
somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.
Medicamento-Alimento
Pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando administrada com alimentos,
portanto, recomenda-se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.
Medicamento-Exame laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames
laboratoriais.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
Aspecto físico: Comprimido circular de cor branca a amarelada.
Características Organolépticas: Os comprimidos de furosemida não apresentam
características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a
outros comprimidos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose deve ser a menor possível para atingir o efeito desejado.
Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral e com o estômago vazio.
É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal
forma que não fique perturbado o ritmo normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos:
O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A dose de manutenção é de 20
a 40mg por dia.
A dose máxima depende da resposta do paciente.
A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Crianças:
Se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças
abaixo de 15 anos de idade.
A posologia recomendada é de 2mg/kg de peso corporal, até um máximo de 40mg por dia.
Não há estudos dos efeitos da furosemida administrada por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve
ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000)
Reação muito rara (≤ 1/10.000)
Desconhecido: não pode ser estimada por dados disponíveis.
Distúrbios metabólico e nutricional
Muito Comum: distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e
hipovolemia, especialmente em pacientes idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e
triglicérides.
Comum: hiponatremia, hipocloremia, hipocalemia, aumento nos níveis séricos de colesterol
e ácido úrico, crises de gota e aumento no volume de urinário.
Incomum: tolerância à glicose diminuída; o diabetes mellitus latente pode se manifestar.
Desconhecido: hipocalcemia, hipomagnesemia, aumento nos níveis séricos de ureia e
alcalose metabólica, Síndrome de Bartter no contexto de uso inadequado e/ou a longo
prazo da furosemida.
Distúrbios vasculares
Muito comum (para infusão intravenosa): hipotensão incluindo hipotensão ortostática (ver
item.
Raro: vasculite.
Desconhecido: trombose
Distúrbios renal e urinário
Comum: aumento no volume urinário
Raro: nefrite tubulointersticial
Desconhecido: aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina; retenção urinária (em
pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário); nefrocalcinose/nefrolitíase em crianças
prematuras, falência renal.
Distúrbios gastrintestinais
Incomum: náuseas.
Raro: vômitos, diarreia.
Muito raro: pancreatite aguda.
Distúrbios hepatobiliares
Muito raro: colestase, aumento nas transaminases.
Distúrbios auditivos e labirinto
Incomum: alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente
em pacientes com insuficiência renal, hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica)
e/ou quando furosemida intravenosa for administrada rapidamente. Casos de surdez,
algumas vezes irreversível, foram reportados após administração oral ou IV de furosemida.
Muito raro: tinido.
Distúrbios no tecido subcutâneo e pele
Incomum: prurido, urticária, rashes, dermatites bolhosas, eritema multiforme, penfigoide,
dermatite esfoliativa, púrpura, reação de fotossensibilidade.
Desconhecido: síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, PEGA
(Pustulose Exantemática Generalizada Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia
e sintomas sistêmicos).
Distúrbios do sistema imune
Raro: reações anafiláticas ou anafilactoides severas (por exemplo, com choque).
Distúrbios do sistema nervoso
Raro: parestesia.
Comum: encefalopatia hepática em pacientes com insuficiência.
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Comum: hemoconcentração
Incomum: trombocitopenia.
Raro: leucopenia, eosinofilia.
Muito raro: agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.
Distúrbios congênito e genético/familiar
Desconhecido: risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for
administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida.
Distúrbios gerais
Raro: febre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária-NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas: O quadro clínico da superdose aguda e crônica com furosemida depende
fundamentalmente da extensão e consequências da perda de eletrólitos e fluidos como, por
exemplo, hipovolemia, desidratação, hemoconcentração, arritmias cardíacas (incluindo
bloqueio A-V e fibrilação ventricular). Os sintomas destas alterações incluem hipotensão
severa (progredindo para choque), insuficiência renal aguda, trombose, estado de delírio,
paralisia flácida, apatia e confusão.
Tratamento: Não se conhece antídoto específico para a furosemida. Caso a ingestão tenha
acabado de ocorrer, deve-se tentar limitar a posterior absorção sistêmica do princípio ativo
através de medidas como lavagem gástrica ou outras com o objetivo de reduzir a absorção
(por exemplo: carvão ativado).
Alterações clinicamente relevantes do balanço eletrolítico e de fluidos devem ser corrigidas
conjuntamente com a prevenção e tratamento de complicações sérias resultantes de
distúrbios e de outros efeitos no organismo, podendo necessitar de monitorização médica
intensiva geral e específica e medidas terapêuticas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.