Bula do Furp-Dapsona produzido pelo laboratorio Fundação para o Remédio Popular - Furp
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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FURP-DAPSONA
Fundação para o Remédio Popular – FURP
COMPRIMIDO
100 mg
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
FURP-DAPSONA 100 mg Comprimido
dapsona
APRESENTAÇÃO
Comprimido simples
Caixa com 500 comprimidos – Embalagem com 20 comprimidos de 100 mg.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém 100 mg de dapsona.
Excipientes: amido, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, manitol e talco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento de todas as formas de hanseníase e dermatite herpetiforme.
2. RESULTADOS DA EFICÁCIA
Há pesquisas amplas comprovando a eficácia da dapsona nas indicações citadas abaixo.
FURP-DAPSONA contém, como princípio ativo, a dapsona que é uma sulfona com ação bacteriostática sobre o
Mycobacterium leprae.
FARMACODINÂMICA
Atua provavelmente como antagonista competitivo do ácido p-aminobenzóico (PABA), impedindo sua utilização na
síntese de ácido fólico pelo microrganismo.
Não está esclarecido seu mecanismo de ação na dermatite herpetiforme.
FARMACOCINÉTICA
É rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal e se distribui por todo o organismo. O metabolismo ocorre por
acetilação pela n-acetiltransferase no fígado. Existem acetiladores lentos e rápidos; os pacientes que são acetiladores
rápidos podem necessitar de ajustes nas doses, e os que são acetiladores lentos são mais propensos a desenvolver efeitos
adversos, particularmente hematológicos. A concentração sérica máxima é atingida de 2 a 8 horas após a administração
de uma dose. Um platô de concentração plasmática não é obtido antes de oito dias de tratamento. A ligação à proteína
plasmática é de cerca de 50 a 80%. A meia-vida varia entre 10 e 80 horas.
A eliminação dá-se de 70% a 85% pela urina, tanto como substância inalterada como metabólitos (principalmente
glicuronato e sulfato), e por via biliar quando pode ocorrer a presença do fármaco livre. Há retenção da substância no
músculo, rim e fígado. Graças à absorção intestinal (ciclo êntero-hepático), a dapsona pode persistir no plasma por
várias semanas após a interrupção do tratamento.
Hipersensibilidade à dapsona ou às sulfonas.
Amiloidose renal avançada.
Na gravidez e amamentação é necessário avaliar a relação risco/benefício.
Deve ser usada com precaução nos pacientes com doença cardíaca ou pulmonar. Evitar seu uso em presença de porfiria.
O paciente deve ser avisado para que informe sinais de febre, palidez, icterícia, manchas hemorrágicas ou infecção de
garganta.
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Atenção quanto ao uso concomitante de anti-histamínicos como a loratadina, antidepressivos tricíclicos, como a
amitriptilina e a imipramina, e fenotiazinas como a clorpromazina.
A dapsona deve ser usada com cautela nos portadores de deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD), no
diabetes descompensado e na insuficiência hepática. Eventual anemia deverá ser tratada antes de iniciar a terapêutica.
Recomenda-se redobrar os cuidados com a higiene bucal, considerando o risco de neutropenia e plaquetopenia,
aconselha-se cuidado na manipulação de escovas, fios dentais e palitos devido ao risco de enfermidades bucais e
sangramentos.
Aconselha-se monitorar os pacientes com os seguintes exames: hemograma, determinação de G6PD, testes de função
hepática e renal.
USO DURANTE A GRAVIDEZ
Não há segurança sobre o emprego de FURP–DAPSONA na gravidez, assim este medicamento somente deve ser
utilizado após criteriosa avaliação da relação benefício/risco.
Recomenda-se que a gestante que use dapsona também faça ingestão diária de 5 mg de ácido fólico.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
A dapsona é excretada no leite materno e pode causar hemólise em neonatos com deficiência de G6PD. Portanto, a
dapsona só deve ser administrada a mães que amamentam se o médico julgar que os benefícios esperados ultrapassem
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Deve-se evitar o uso concomitante de dapsona com outros medicamentos potencialmente depressores da medula óssea
ou causadores de hemólise.
O uso concomitante de ácido p-aminobenzóico (PABA) pode antagonizar o efeito da dapsona no tratamento da
hanseníase. A probenecida reduz a excreção renal da dapsona aumentando os efeitos adversos.
O efeito da dapsona se reduz quando usada em concomitância com rifamicinas (rifabutina, rifampicina, rifapentina).
Há aumento do efeito e também maior risco de efeitos adversos se a dapsona for usada em concomitância com
amprenavir, saquinavir, probenecida e trimetoprima.
Zidovudina aumenta a toxicidade para o sangue (queda dos neutrófilos).
INTERAÇÕES COM PLANTAS MEDICINAIS
Não são descritas
INTERAÇÕES COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Não são descritas.
INTERAÇÕES COM EXAMES LABORATORIAIS E NÃO LABORATORIAIS
INTERAÇÕES COM DOENÇAS
INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: comprimido redondo branco.
Características organolépticas: comprimido com leve odor e suave sabor característico.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos devem ser ingeridos com água ou outro líquido, junto às refeições ou sem relação com elas.
POSOLOGIA
Recomenda-se, a critério médico, as seguintes dosagens:
• Tratamento da hanseníase:
Adultos: dose de um comprimido ao dia.
Crianças: calcula-se 1 mg/kg a 2 mg/kg ao dia.
Na hanseníase, a dapsona deve ser associada com a rifampicina, em todas as formas clínicas da infecção e deve ser
associada a rifampicina e clofazimina nas formas clínicas multibacilares.
• Dermatite herpetiforme:
No tratamento da dermatite herpetiforme a dose deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente.
Geralmente a dose inicial é de 50 mg ao dia podendo ser aumentada até 300 mg ao dia ou mais se necessário, sendo
então reduzida ao mínimo assim que possível.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): áreas de hiperpigmentação
(manchas escuras) ocorreram em 4% dos pacientes.
Reações adversas relatadas com frequência desconhecida: a hemólise, incluindo a anemia hemolítica (com palidez e
icterícia) é o efeito tóxico mais comum, em pacientes com ou sem deficiência de G6PD. É mais frequente com uso de
doses altas. Anemia macrocítica, leucopenia e agranulocitose fatal (com infecções de garganta) já foram relatadas.
Outras manifestações incluem náuseas, vômitos, diarreias, dermatite alérgica (raramente incluindo necrólise epidérmica
tóxica e síndrome de Stevens-Johnson), cefaleia, parestesias, insônia, psicose reversível, sufusões hemorrágicas e
hepatite.
Se ocorrer a síndrome da dapsona (exantema, febre e eosinofilia) deve-se descontinuar o tratamento imediatamente
porque pode evoluir para dermatite esfoliativa, hipoalbuminemia, psicose e morte.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Os sintomas da intoxicação por dapsona incluem: cianose, taquicardia, cefaleia, vertigens ou desmaios, hematúria e
depressão respiratória, induzida por metemoglobinemia. Nos casos mais graves ocorrem oligúria e insuficiência renal.
O tratamento consiste em lavagem gástrica, administração de carvão ativado, diuréticos, azul de metileno na dose de 1
mg a 2 mg por quilo de peso corporal por via intravenosa lenta, vitamina C na dose de 1 g a 2 g pela mesma via,
transfusão de sangue e exsanguinotransfusão quando necessárias.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.