Bula do Furp - Fenitoina produzido pelo laboratorio Fundação para o Remédio Popular - Furp
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
FURP-FENITOÍNA_COM_BPAC_REV00
FURP-FENITOÍNA
Fundação para o Remédio Popular – FURP
Comprimido
100 mg
BULA PARA O PACIENTE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
FURP-FENITOÍNA 100 mg Comprimido
fenitoína
APRESENTAÇÃO
Comprimido simples
Embalagem com 20 comprimidos de 100 mg.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém 100 mg de fenitoína.
Excipientes: amido, estearato de magnésio, manitol, povidona e talco.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
FURP-FENITOÍNA é destinada ao tratamento de:
- crises convulsivas (contrações súbitas e sem controle dos músculos devido a alterações no cérebro)
durante ou após neurocirurgia.
- crises convulsivas, crises tônico-clônicas (convulsões motoras que podem se repetir) generalizadas e
crise parcial complexa (estado parado seguido de movimentos mastigatórios e fora de controle) (lobo
psicomotor e temporal).
- estado de mal epiléptico (ataques epilépticos prolongados e repetidos).
A fenitoína é um medicamento que pode ser utilizado no tratamento da epilepsia (transtorno caracterizado
por episódios recorrentes de alteração na função do cérebro devido à súbita descarga dos neurônios,
excessiva e desordenada). O principal local de ação parece ser a região do cérebro que inibe a propagação
das crises epilépticas.
Após o uso oral, a fenitoína atinge níveis terapêuticos em pelo menos 7 a 10 dias após o início do
tratamento com doses recomendadas de 300 mg/dia.
FURP-FENITOÍNA é contraindicada em pacientes que tenham apresentado reações intensas ao
medicamento ou a outras hidantoínas.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Os medicamentos que tratam a epilepsia não devem ter seu uso interrompido abruptamente devido ao
possível aumento na frequência de crises, incluindo status epilepticus (quadro onde o paciente passa a ter
crises convulsivas constantes). Quando, a critério médico, houver necessidade de redução da dose,
descontinuação do tratamento ou substituição por uma terapia alternativa, esta deve ser feita
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gradualmente. Entretanto, no evento de reação alérgica ou reação de hipersensibilidade (alergia ou
intolerância), uma rápida substituição para uma terapia alternativa pode ser necessária. Neste caso, a
terapia alternativa deve ser um medicamento antiepiléptico (que trata a epilepsia) não pertencente à classe
das hidantoínas.
Converse com seu médico caso você tenha tido pressão baixa, insuficiência cardíaca (condição em que o
coração é incapaz de bombear sangue suficiente para satisfazer as necessidades do corpo) ou infarto do
miocárdio (lesão de parte do músculo cardíaco por falta de oxigênio).
Reações na pele com risco para a vida (Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica) têm
sido reportadas com o uso de fenitoína. Se os sinais ou sintomas da Sindrome de Stevens-Johnson ou da
necrólise epidérmica tóxica como por exemplo: rash (lesões avermelhadas) ou lesões de pele na forma de
bolhas e que também podem acometer a mucosa surgirem, o tratamento com FURP-FENITOÍNA deve
ser interrompido. Se o rash for do tipo moderado (semelhante ao sarampo ou escarlatiniforme), o
tratamento pode ser retomado após regressão completa do rash. Caso o rash reapareça ao reiniciar o
tratamento, FURP-FENITOÍNA ou outra fenitoína estão contraindicadas.
Converse com seu médico caso você apresente efeitos tóxicos no fígado com o uso deste medicamento e
insuficiência hepática aguda (diminuição súbita da função do fígado). Estes incidentes foram associados
com uma síndrome de hipersensibilidade caracterizada por febre, erupções na pele e linfadenopatia
(aparecimento de íngua), e normalmente ocorrem dentro dos 2 primeiros meses de tratamento. Outras
manifestações comuns incluem icterícia (cor amarelada da pele e olhos), hepatomegalia (aumento de
volume do fígado), níveis elevados de transaminase sérica (um marcador da função das células do
fígado), leucocitose (aumento transitório no número dos glóbulos brancos, que são as células de defesa do
sangue) e eosinofilia (aumento do número de eosinófilos, células específicas dentro do grupo de células
brancas presentes no sangue). A evolução clínica de hepatotoxicidade aguda de fenitoína varia de
recuperação imediata à óbito (morte). Nestes pacientes com hepatotoxicidade aguda, o tratamento com
FURP-FENITOÍNA deve ser imediatamente descontinuado e não deve ser administrado novamente.
Complicações hematopoiéticas (alterações na quantidade e/ou qualidade das células do sangue) algumas
fatais, foram ocasionalmente relatadas como associadas à administração de fenitoína. Informe
imediatamente seu médico se ocorrer trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas),
granuloma (lesão inflamatória) da medula óssea reversível, leucopenia (redução dos glóbulos brancos no
sangue), granulocitopenia (diminuição na contagem de granulócitos – células específicas dentro do grupo
de células brancas (basófilos, eosinófilos e neutrófilos), agranulocitose (ausência de granulócitos) e
pancitopenia (diminuição global das células do sangue - glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) com ou
sem supressão da medula óssea (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Um número de relatos sugeriu a existência de uma relação entre a administração de fenitoína e o
desenvolvimento de linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo hiperplasia (aumento na quantidade
de células em um tecido ou órgão, sem formação de tumor) de nódulo linfático benigno, pseudolinfoma
(infiltração benigna das células linfoides), linfoma (doença neoplásica do tecido linfoide) e doença de
Hodgkin (doença maligna caracterizada por aumento progressivo de linfonodos, baço, e geralmente
tecido linfoide). Embora uma relação causa-efeito não tenha sido estabelecida, a ocorrência de
linfadenopatia indica a necessidade em diferenciar esta doença de outros tipos de doença de nódulo
linfático. O comprometimento dos nódulos linfáticos pode ocorrer com ou sem sinais e sintomas
semelhantes à doença do soro (reação alérgica que apresenta vários sintomas), como por exemplo, febre,
rash (erupção cutânea) e comprometimento hepático (do fígado).
Em todos os casos de linfadenopatia recomenda-se acompanhamento médico por período prolongado e
todo esforço deve ser empregado para se alcançar o controle das crises utilizando-se medicamentos
antiepilépticos alternativos.
O fígado é o principal órgão de transformação da fenitoína; portanto converse com o seu médico caso
você tenha insuficiência hepática, seja idoso, ou esteja gravemente doente, pois poderá apresentar sinais
precoces de toxicidade.
Uma pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína demonstrou ter metabolização lenta do
medicamento. O lento metabolismo pode ser justificado pela disponibilidade enzimática limitada e falta
de indução. Isto parece ser geneticamente determinado.
A fenitoína e outras hidantoínas são contraindicadas em pacientes que apresentaram hipersensibilidade à
fenitoína (vide “Quando não devo usar este medicamento?”). Além disso, deve-se ter cautela ao utilizar
medicamentos com estruturas similares (ex. barbitúricos, succinimidas, oxazolidinedionas e outros
componentes relacionados) nestes mesmos pacientes.
FURP-FENITOÍNA deve ser administrada com cautela em casos de discrasias sanguíneas (qualquer
alteração envolvendo os elementos celulares do sangue, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas), doença cardiovascular, diabetes mellitus, funções hepática, renal ou tireoidiana prejudicadas.
Considerando os relatos isolados associando a fenitoína à exacerbação da porfiria (doença metabólica que
se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas), deve-se ter cautela
quando FURP-FENITOÍNA for utilizada em pacientes com esta doença.
Relatou-se hiperglicemia (aumento na taxa de açúcar no sangue) resultante de efeito inibitório da
fenitoína na liberação de insulina. A fenitoína pode também aumentar as concentrações séricas de glicose
em pacientes diabéticos.
A osteomalácia (amolecimento e enfraquecimento do osso) foi associada ao tratamento com fenitoína
devido à interferência da fenitoína no metabolismo da Vitamina D.
A fenitoína não está indicada para crises devido à hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no sangue)
ou a outras causas metabólicas. Procedimentos adequados de diagnóstico devem ser realizados nestes
casos.
As concentrações plasmáticas de fenitoína acima do intervalo considerado ideal podem produzir estado de
confusão mental como delírio, psicose (alterações do comportamento) ou encefalopatia
(comprometimento da função do cérebro), ou raramente, disfunção cerebelar irreversível. Portanto,
recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos aos primeiros sinais de toxicidade aguda. A
redução da dose de FURP-FENITOÍNA está indicada se a concentração de fenitoína for excessiva; caso
os sintomas persistam, o tratamento com FURP-FENITOÍNA deve ser descontinuado.
Foram relatados comportamentos ou intenções suicidas em pacientes tratados com medicamentos
antiepilépticos em várias indicações. O mecanismo deste efeito não é conhecido e os dados disponíveis
não excluem a possibilidade de um efeito aumentado para a fenitoína. Portanto, os pacientes devem ser
monitorados quanto aos sinais de comportamento ou intenções suicidas e um tratamento adequado deve
ser considerado. Informe ao médico caso surjam sinais de comportamento ou intenções suicidas.
Faça uma boa higiene dentária durante o tratamento com FURP-FENITOÍNA, a fim de minimizar o
desenvolvimento de hiperplasia gengival (aumento não inflamatório das gengivas produzido por fatores
outros que a irritação local) e suas complicações.
Gravidez e amamentação
Diversos relatos sugerem que o uso de medicamentos antiepilépticos por mulheres epilépticas pode levar
a efeitos teratogênicos (que causa malformação durante a gestação) em crianças nascidas destas mulheres.
A maioria dos casos está relacionada à fenitoína e ao fenobarbital, que são os medicamentos para tratar a
convulsão mais comumente indicados pelos médicos.
Relatos informais ou menos sistemáticos sugerem uma possível associação similar com o uso de todos os
medicamentos anticonvulsivantes conhecidos. Uma relação causa-efeito definitiva não foi estabelecida
uma vez que fatores genéticos ou a própria epilepsia podem ter papel importante na causa de anomalias
(malformação) congênitas (ao nascimento).
A grande maioria das gestantes epilépticas tratadas com medicamento antiepiléptico tem bebês normais.
Deve-se estar atento ao fato de que o tratamento antiepiléptico não deve ser interrompido em pacientes
nas quais o medicamento previne a ocorrência de crises epilépticas de grande mal (que acometem todo o
corpo), devido à alta possibilidade de antecipação do estado de mal epiléptico acompanhado de hipóxia
(falta de oxigênio em um ou mais tecidos) e de risco de morte. Em casos particulares, nos quais a
gravidade e frequência das crises são tais que a retirada do medicamento não representa ameaça séria ao
paciente, deve-se considerar a interrupção do tratamento antes ou durante a gravidez, embora não exista
segurança que mesmo crises epilépticas menores não representem algum perigo ao desenvolvimento do
feto.
Riscos à gestante: durante a gravidez pode ocorrer um aumento na frequência das crises epilépticas em
uma grande proporção de pacientes, devido a alterações farmacocinéticas da fenitoína. Por isso,
recomenda-se um monitoramento frequente dos níveis plasmáticos de fenitoína em mulheres grávidas
como guia para um ajuste posológico adequado. Contudo, após o parto, o paciente deverá verificar com
seu médico a posologia a ser administrada.
Converse com seu médico, caso tenha epilepsia e tenha suspeita de gravidez. O médico deverá aconselhar
você durante a gravidez e avaliar a relação risco/benefício.
Pode ocorrer um distúrbio de sangramento grave (que implica em risco de morte) relacionado a níveis
reduzidos de coagulação que dependem da vitamina K em recém-nascidos cujas mães usaram fenitoína
durante a gravidez.
Esta condição pode ser prevenida através do uso de vitamina K pela mãe antes do parto, e pelo recém-
nascido após o parto.
Embora a fenitoína seja excretada no leite materno, há baixo risco aos recém-nascidos, desde que os
níveis de fenitoína na mãe sejam mantidos dentro da faixa terapêutica (dose indicada para o tratamento).
Informe o seu médico se você está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Populações especiais
Pacientes idosos
Pacientes idosos podem requerer doses menores. Converse com o seu médico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Azapropazona: a azapropazona aumenta o risco de toxicidade, uma vez que o uso concomitante aumenta
a quantidade da fenitoína no sangue. Informe ao seu médico, caso você também faça uso do medicamento
azapropazona. O uso da azapropazona deve ser evitado nos pacientes que recebem tratamento com a
fenitoína.
Barbituratos: informe ao seu médico, caso você faça uso de barbiturato, visto que os pacientes tratados
com fenitoína e um barbiturato devem ser observados quanto aos sinais de intoxicação com fenitoína caso
o barbiturato seja retirado. O fenobarbital pode reduzir a absorção oral da fenitoína.
Beclamida: casos individuais de leucopenia reversível foram associados com altas doses de beclamida
(1,5 a 5 g por dia) usada junto com outros anticonvulsivantes (medicamentos que tratam a convulsão)
como barbitúricos e fenitoína. Informe ao seu médico se está fazendo uso de beclamida.
Ciprofloxacino: quando coadministrado com a fenitoína, pode levar a uma diminuição da concentração
dos níveis de fenitoína no sangue.
Cloranfenicol: informe ao seu médico, caso você faça uso do medicamento cloranfenicol. Os pacientes
recebendo simultaneamente fenitoína e cloranfenicol devem ser rigorosamente observados quanto aos
sinais de intoxicação com a fenitoína, uma vez que o cloranfenicol reduz o metabolismo da fenitoína. A
dose de anticonvulsivante deve ser reduzida, se necessário. A possibilidade de se usar um antibiótico
alternativo deve ser considerada.
Corticosteroides: a fenitoína aumenta o clearance (eliminação) do corticosteroide reduzindo sua eficácia.
A eficácia terapêutica do agente corticosteroide deve ser monitorada; pode ser necessário um aumento na
dose do corticosteroide da ordem de 2 vezes ou mais durante tratamento combinado com a fenitoína.
Recomenda-se monitoramento periódico dos níveis de fenitoína uma vez que doses maiores de fenitoína
também podem ser necessárias, considerando que o corticosteroide pode aumentar ou reduzir os níveis de
Delavirdina: o uso em associação de delavirdina e fenitoína não é recomendado devido à redução da
quantidade no sangue da delavirdina observados nesta situação, em decorrência da indução do
metabolismo da delavirdina.
Dissulfiram: este fármaco inibe o metabolismo hepático (no fígado) da fenitoína. Caso você faça uso de
dissulfiram e fenitoína, converse com seu médico, pois ele deverá monitorá-lo. A redução da dose de
fenitoína pode ser necessária em alguns pacientes.
Estatinas metabolizadas pelo CYP3A4, como em particular atorvastatina, sinvastatina, lovastatina,
fluvastatina e cerivastatina: a fenitoína pode diminuir a eficácia destes medicamentos. Portanto,
informe ao seu médico, caso você faça uso destes medicamentos.
Fenilbutazona: este fármaco aumenta o risco de toxicidade com a fenitoína, uma vez que reduz o
metabolismo hepático da fenitoína e altera a fixação às proteínas plasmáticas.
Converse com seu médico, caso você faça uso de fenilbutazona e fenitoína, o médico irá monitorá-lo
quanto à sinais de intoxicação da fenitoína.
Fluoracila e/ou prodrogas (como tegafur, gimeracila e oteracila): quando coadministrados com a
fenitoína podem aumentar a concentração plasmática da fenitoína.
Folatos: os folatos reduzem a eficácia da fenitoína. O uso concomitante do ácido fólico com a fenitoína
resultou num aumento da frequência de crises convulsivas e na redução dos níveis de fenitoína em alguns
pacientes. A fenitoína tem potencial de diminuir os níveis plasmáticos de folato e, portanto, deve ser
evitada durante a gravidez.
Hidróxido de alumínio: a administração simultânea da fenitoína com hidróxido de alumínio pode
acarretar na diminuição da concentração sérica (quantidade no sangue) da fenitoína.
Imatinibe: o uso concomitante de imatinibe e fenitoína reduz as concentrações plasmáticas do imatinibe
devido à indução do seu metabolismo. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Irinotecano: o uso concomitante de irinotecano e fenitoína reduz a exposição ao irinotecano e ao seu
metabólito ativo. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Isoniazida: informe ao seu médico, caso faça uso de isoniazida e fenitoína. Os pacientes recebendo
ambos os fármacos devem ser rigorosamente observados quanto aos sinais de toxicidade da fenitoína.
Lidocaína: a lidocaína e a fenitoína pertencem à classe dos antiarrítmicos IB (medicamentos usados para
arritmia - descompasso dos batimentos do coração). O uso concomitante pode resultar em depressão
cardíaca aditiva. Além disso, existem evidências de que a fenitoína possa estimular o metabolismo no
fígado da lidocaína resultando em uma redução da concentração sérica da lidocaína. O uso combinado
deve ser administrado com cautela. O status cardíaco do paciente deve ser monitorado. Se possível, o
tratamento concomitante deve ser evitado em pacientes com doença cardíaca conhecida.
Lopinavir: o uso concomitante de fenitoína e lopinavir pode resultar numa redução da concentração
plasmática do lopinavir e pode causar redução na concentração da fenitoína. Informe ao seu médico, caso
você faça uso deste medicamento.
Metotrexato: a administração concomitante de metotrexato e fenitoína reduz a eficácia da fenitoína
devido à redução da sua absorção gástrica (no estômago). Além disso, há um aumento no risco de
toxicidade do metotrexato. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Posaconazol: a coadministração com a fenitoína, pode resultar na redução da concentração de
posaconazol e no aumento da concentração de fenitoína. O uso concomitante de fenitoína e posaconazol
deve ser evitado a menos que o potencial benefício justifique claramente o potencial risco. Informe ao seu
médico, caso você faça uso deste medicamento.
Quetiapina: a coadministração de quetiapina e fenitoína reduz a eficácia da quetiapina. Pode ser
necessário aumentar as doses de quetiapina para manter o controle dos sintomas psicóticos nos pacientes
recebendo tratamento combinado. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Salicilatos: altas doses de salicilatos podem aumentar a concentração da fenitoína livre (ativa) no plasma.
Entretanto, em geral não há necessidade de alteração da dose da fenitoína na maioria dos pacientes. Altas
doses de salicilatos devem ser administradas com cautela a pacientes em tratamento com fenitoína,
especialmente se os pacientes parecem propensos à intoxicação. Informe ao seu médico, caso você faça
uso deste medicamento.
Sulfonamidas: podem aumentar os riscos de toxicidade da fenitoína. Pode ser necessária uma redução na
dose de fenitoína durante tratamento concomitante. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste
medicamento.
Tacrolimo: quando estes fármacos são utilizados concomitantemente, os pacientes devem ser
monitorados quanto à redução das concentrações plasmáticas do tacrolimo e consequente redução de sua
eficácia. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Tipranavir: recomenda-se cautela quando a fenitoína for prescrita a pacientes que estejam recebendo
tipranavir. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Voriconazol: a fenitoína, quando administrada concomitantemente com o voriconazol, induz o
metabolismo do voriconazol reduzindo o metabolismo da fenitoína. Recomenda-se um monitoramento
frequente das concentrações de fenitoína e dos eventos adversos relacionados à fenitoína durante a
coadministração. A fenitoína pode ser coadministrada com o voriconazol, se a dose de manutenção do
voriconazol for aumentada de 4 mg/kg para 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, ou de 200 mg
para 400 mg por via oral a cada 12 horas (100 mg para 200 mg oral a cada 12 horas em pacientes com
menos de 40 kg).
Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Erva-de-São-João: o uso em associação com a fenitoína reduz a eficácia da fenitoína. O uso
concomitante deve ser evitado. Caso o paciente continue o tratamento com Erva-de-São-João durante
terapia com a fenitoína, ele deve tomá-la de uma fonte confiável que assegure uma quantidade estável de
ingrediente ativo. Além disso, os níveis de fenitoína devem ser monitorados e estabilizados e os sintomas
de ausência de eficácia (aumento de crises epilépticas) devem ser cuidadosamente monitorados. Informe
ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Etanol: a ingestão aguda de álcool pode aumentar as concentrações plasmáticas de fenitoína, enquanto
que seu uso crônico pode diminuí-las. Os pacientes epilépticos que fazem uso crônico do álcool devem
ser rigorosamente observados quanto ao decréscimo dos efeitos anticonvulsivantes. É necessário um
acompanhamento rotineiro da concentração plasmática da fenitoína.
Interações entre Preparações Nutricionais/Alimentação Enteral: relatos da literatura sugerem que
pacientes que receberam preparações nutricionais enteral e/ou equivalentes de suplementos nutricionais
têm níveis plasmáticos de fenitoína menores que os esperados. Portanto, sugere-se que FURP-
FENITOÍNA não seja administrada concomitantemente com preparação nutricional enteral. Nestes
pacientes, pode ser necessária a monitoração mais frequente dos níveis séricos de fenitoína.
Interações com Testes Laboratoriais: a fenitoína pode causar diminuição dos níveis séricos de T4.
Também pode produzir valores menores que os normais para teste de metirapona ou dexametasona. A
fenitoína pode causar níveis séricos aumentados de glicose, fosfatase alcalina e gama glutamil
transpeptidase.
Deve-se ter cautela quando métodos imunoanalíticos forem utilizados para mensurar as concentrações
plasmáticas de fenitoína.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use
medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade.
Número de lote e data de validade: vide embalagem.
Data de fabricação: fabricado 36 meses antes da data de validade.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: comprimidos redondos brancos.
Características organolépticas: comprimidos sem odor ou sabor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Pacientes recebendo fenitoína devem ser alertados da importância de respeitarem estritamente o regime
de dose prescrito e informarem aos seus médicos sobre qualquer condição clínica que o impossibilite de
tomar o medicamento por via oral como prescrito (por ex. cirurgias).
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.
POSOLOGIA
Com o esquema posológico, por via oral, os níveis de eficácia se estabelecem em média após uma
semana.
FURP-FENITOÍNA_COM_BPAC_REV00
Quando for necessário efeito imediato, como nos controles de uma crise aguda e no estado de mal
epiléptico, recomenda-se a forma injetável, disponível no mercado, preferencialmente pela via
intravenosa. As doses orais devem ser tomadas preferencialmente durante ou após as refeições. A
interrupção do tratamento deve ser feita de forma gradual.
(vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Uso adulto:
- Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 100 mg três vezes ao dia.
Dose usual de manutenção de 300 a 400 mg/dia (dose máxima de 600 mg/dia).
- Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor
e temporal): 100 mg três vezes ao dia, dose de manutenção usual de 300 – 400 mg/dia (dose máxima de
600 mg/dia).
- Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 – 15 mg/kg IV (não exceder 50 mg/min), seguido por
dose de manutenção de 100 mg por via oral ou intravenosa a cada 6 a 8 horas.
Uso em crianças:
Crianças com mais de 6 anos e adolescentes podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
- Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 5 mg/kg/dia divididos
igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300 mg/dia; a dose de manutenção usual é
de 4 a 8 mg/kg/dia. Crianças com mais de 6 anos podem necessitar da dose mínima de adulto (300
mg/dia).
e temporal): 5 mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300
mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8 mg/kg/dia. Crianças com mais de 6 anos podem necessitar
da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
Populações especiais
- Pacientes idosos: inicialmente 3 mg/kg/dia em doses divididas; a dose deve ser ajustada de acordo com
as concentrações séricas de hidantoína e de acordo com a resposta do paciente.
A eliminação da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes idosos podem
requerer doses menores.
- Hipoalbuminemia: pacientes hipoalbuminêmicos (estado, cujo nível de albumina sérica está abaixo do
normal) concentração de fenitoína sérica normal em pacientes não hipoalbuminêmicos = concentração de
fenitoína sérica observada em pacientes hipoalbuminêmicos, dividido por 0,25 vezes a concentração de
albumina mais 0,1.
- Pacientes com doença hepática: pode haver um aumento da concentração de fenitoína livre em
pacientes com insuficiência hepática (redução da função do fígado); a análise das concentrações de
fenitoína livre pode ser útil neste pacientes.
- Gravidez: as necessidades de fenitoína são maiores durante a gravidez, requerendo um aumento na dose
em algumas pacientes. Após o parto, a dose deve ser reduzida para evitar toxicidade.
- Pacientes com insuficiência renal (redução da função dos rins): pode haver um aumento da
concentração de fenitoína livre em pacientes com doença renal; a análise das concentrações de fenitoína
livre pode ser útil nestes pacientes.
Não há estudos dos efeitos de FURP-FENITOÍNA administrada por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,
conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo
do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela
posologia.
Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Não interromper ou modificar o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Sistema Nervoso Central: as manifestações mais comuns observadas com o uso de fenitoína estão
relacionadas a este sistema e são normalmente relacionadas à dose. Estas incluem nistagmo (movimento
não controlado, rápido e repetitivo do globo ocular), ataxia (falta de coordenação dos movimentos e
equilíbrio), dificuldade na fala, redução na coordenação e confusão mental. Foram também observadas
vertigem (tontura), insônia (dificuldade para dormir), nervosismo transitório, contração da musculatura e
cefaleia (dor de cabeça). Foram também relatados raros casos de discinesia (movimentos sem controle e
anormais do corpo) induzida por fenitoína, incluindo coreia (movimentos de convulsão), distonia
(contrações sem controle dos músculos), tremor e asterixe (movimentos anormais que afetam
principalmente as extremidades, tronco ou mandíbula), similares àqueles induzidos pela fenotiazina e
outros fármacos neurolépticos.
Polineuropatia periférica (doença dos nervos periféricos múltiplos simultaneamente) predominantemente
sensorial foi observada nos pacientes recebendo tratamento a longo prazo com a fenitoína.
Sistema gastrintestinal: náusea (enjoo), vômitos, constipação (prisão de ventre), hepatite tóxica
(inflamação do fígado) e dano hepático (do fígado).
Sistema tegumentar (pele e tecido subcutâneo): manifestações dermatológicas algumas vezes
acompanhadas de febre incluíram rash morbiliforme e escarlatiniforme. O rash morbiliforme (semelhante
ao sarampo) é o mais comum; outros tipos de dermatites são observados mais raramente. Outras formas
mais graves que podem ser fatais incluíram dermatite bolhosa (manifestação com bolhas na pele),
esfoliativa (alteração da pele acompanhada de descamação) ou purpúrica (extravasamento de sangue para
fora dos capilares da pele ou mucosa formando manchas roxas), lúpus eritematoso (doença
multissistêmica autoimune), Síndrome de Stevens-Jonhson (forma grave de reação alérgica caracterizada
por bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica tóxica (quadro grave com
erupção generalizada na pele, bolhas rasas extensas e áreas de necrose) (vide “O que devo saber antes de
usar este medicamento?”).
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Sistema hemopoiético (sangue): complicações hemopoiéticas (das células do sangue), algumas fatais,
foram ocasionalmente relatadas em associação com o uso de fenitoína. Estas incluíram trombocitopenia
(diminuição no número de plaquetas sanguíneas), leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose e
pancitopenia com ou sem supressão da medula óssea. Embora tenham ocorrido macrocitose (aumento na
quantidade de macrócitos no sangue) e anemia megaloblástica (com aumento na quantidade de
megaloblastos), estas condições correspondem geralmente à terapia com ácido fólico. Foram relatados
casos de linfadenopatia incluindo hiperplasia de nódulo linfático benigna, pseudolinfoma, linfoma e
doença de Hodgkin.
Sistema do tecido conjuntivo e musculoesquelético: acentuação das características faciais, aumento dos
lábios, hiperplasia gengival, hipertricose (crescimento excessivo de pêlo em locais inadequados, como nas
extremidades, cabeça e costas) e doença de Peyronie (caracterizada por endurecimento do pênis que pode
causar uma deformidade dolorosa).
Osteopenia (fraqueza dos ossos, mas não tão intensa quanto a osteoporose), osteoporose (doença
caracterizada por fragilidade dos ossos), fraturas e diminuição da densidade mineral óssea, em pacientes
em tratamento de longo prazo com fenitoína.
Sistema Cardiovascular: parada cardíaca e periarterite nodosa (inflamação que leva à morte celular e
ocorre principalmente nas artérias onde podem ocorrer dilatação e rompimento das mesmas) foram
relatadas com o tratamento oral de fenitoína.
Sistema Imunológico: síndrome de hipersensibilidade (no qual se pode incluir, mas não se limitar aos
sintomas tais como artralgia (dor nas articulações), eosinofilia, febre, disfunção hepática, linfadenopatia
ou rash), lúpus eritematoso sistêmico (doença multissistêmica autoimune), anormalidades de
imunoglobulinas (proteínas que atuam na proteção do organismo).
Os eventos adversos clínicos mais comumente observados com o uso de fenitoína em estudos clínicos
foram: nistagmo (movimento involuntário dos olhos), vertigem (tontura), prurido (coceira), parestesia
(sensações como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele), cefaleia, sonolência e ataxia (falta
de coordenação dos movimentos). Com duas exceções, estes eventos são comumente associados à
administração intravenosa ou intramuscular da fenitoína.
Eventos adversos ou alterações clínicas laboratoriais concomitantes sugerindo processo alérgico não
foram observados.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
DESTE MEDICAMENTO?
A dose letal em pacientes pediátricos, ainda não é conhecida.
A dose letal em adultos é estimada em 2 a 5 g. Os sintomas iniciais são: nistagmo, ataxia e disartria
(dificuldade de articular as palavras). Outros sinais são: tremor, hiperreflexia (síndrome associada com
danos à medula espinal), letargia (estado geral de lentidão, desatenção ou desinteresse), fala arrastada,
náuseas, vômitos. O paciente pode tornar-se comatoso (em estado de coma) e hipotensivo (pressão baixa).
A morte ocorre em decorrência da depressão respiratória e circulatória.
Existem variações acentuadas entre os indivíduos em relação aos níveis séricos de fenitoína em que pode
ocorrer toxicidade. Diversas manifestações clínicas podem acontecer dependendo das concentrações de
fenitoína no sangue. Entre elas temos o nistagmo, a ataxia, a disartria (dificuldade em falar) e letargia
(lentidão). Caso qualquer manifestação dessas apareça, o médico deve ser comunicado.
O tratamento não é específico já que não existe um antídoto conhecido.
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O funcionamento adequado dos sistemas respiratório e circulatório deve ser cuidadosamente monitorado
e, se necessário, deverão ser instituídas medidas de suporte adequadas.
Se o reflexo de vômito estiver ausente, as vias aéreas devem ser mantidas desobstruídas. Pode ser
necessário o uso de oxigênio, vasopressores e ventilação assistida para depressões do SNC, respiratória e
cardiovascular.
Finalmente, pode-se considerar o uso da hemodiálise uma vez que a fenitoína não é completamente ligada
às proteínas plasmáticas (do sangue).
Transfusões sanguíneas totais têm sido utilizadas no tratamento de intoxicações severas em pacientes
pediátricos.
Na superdosagem aguda, deve-se considerar a possibilidade da presença de outros depressores do SNC,
incluindo o álcool.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e
leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar
de mais orientações.