Bula do Gabapentina para o Profissional

Bula do Gabapentina produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Gabapentina
Torrent do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO GABAPENTINA PARA O PROFISSIONAL

gabapentina

Cápsula gelatinosa dura - 300 mg

Cápsula gelatinosa dura - 400 mg

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Cápsulas gelatinosas duras 300 mg: embalagens com 30 cápsulas.

Cápsulas gelatinosas duras 400 mg: embalagens com 30 cápsulas.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS DE IDADE

(apenas para tratamento de epilepsia)

COMPOSIÇÃO

Cada cápsula gelatinosa dura de gabapentina 300 mg contém:

gabapentina.....................................................................................300 mg

Excipientes: lactose, amido e talco.

Cada cápsula gelatinosa dura de gabapentina 400 mg contém:

gabapentina.....................................................................................400 mg

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Epilepsia

Gabapentina é indicada como monoterapia no tratamento de crises parciais com ou sem

generalização secundária, em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade. A segurança e

eficácia da monoterapia em crianças com menos de 12 anos de idade não foram estabelecidas

(vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Gabapentina também é indicada como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais

com ou sem generalização secundária em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade.

Dor Neuropática

Gabapentina é indicada para o tratamento da dor neuropática em adultos a partir de 18 anos de

idade. A segurança e eficácia em pacientes com menos de 18 anos não foi estabelecida.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Neuralgia pós-herpética

Gabapentina foi avaliada para o controle da neuralgia pós-herpética (NPH) em 2 estudos

multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo, com N=563 pacientes na

população de intenção de tratamento (ITT) (Tabela 1). Os pacientes eram admitidos no estudo

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se continuassem sentindo dor por mais de 3 meses após a cura da erupção cutânea por herpes

zoster.

TABELA 1

Estudos Controlados de NPH: Duração, Doses e Número de Pacientes

Estudo Duração do Estudo

gabapentina

(mg/dia)a

Dose-Alvo

Pacientes tratados

com gabapentina

com placebo

1 8 semanas 3.600 113 116

2 7 semanas 1.800, 2.400 223 111

Total 336 227

a

Dividido em 3 doses (3 vezes/dia)

Cada estudo incluiu uma fase inicial de 1 semana, durante a qual os pacientes foram

selecionados quanto à elegibilidade e uma fase duplo-cega de 7 ou 8 semanas de duração (3

ou 4 semanas de titulação e 4 semanas de dose fixa). Os pacientes iniciaram o tratamento

com titulação até o máximo de 900 mg/dia de gabapentina durante 3 dias. As doses foram

então tituladas em incrementos de 600 a 1.200 mg/dia, a intervalos de 3 a 7 dias até a dose-

alvo, por 3 a 4 semanas. No Estudo 1, os pacientes continuariam recebendo as doses mais

baixas se não conseguissem atingir a dose-alvo. Durante a fase inicial e o tratamento, os

pacientes registraram a dor em um diário por meio de uma escala numérica de gradação da

dor de 11 pontos, variando de 0 (sem dor) a 10 (pior dor possível). Foi exigida para

randomização uma pontuação média de dor durante a fase inicial de no mínimo 4 (o valor

médio de dor na fase inicial para os Estudos 1 e 2 combinados foi de 6,4). As análises foram

conduzidas utilizando-se a população de intenção de tratamento (todos os pacientes

randomizados que receberam pelo menos uma dose do medicamento em estudo).

Os dois estudos apresentaram diferenças significativas em comparação ao placebo em

todas as doses testadas.

Foi observada uma redução significativa nas pontuações médias semanais de dor durante a

Semana 1 nos dois estudos e as diferenças significativas foram mantidas até o final do

tratamento. Foram observados efeitos comparáveis em todos os braços ativos de tratamento.

O modelo farmacocinético/ farmacodinâmico forneceu evidências confirmatórias da eficácia

em todas as doses.

A proporção de pacientes que responderam ao tratamento (pacientes que relataram melhora

de pelo menos 50% no desfecho da pontuação da dor em comparação com a fase inicial) foi

calculada para cada estudo.

Epilepsia

A eficácia de gabapentina como terapia adjuvante (adicionada a outros antiepilépticos) foi

estabelecida em estudos multicêntricos, controlados por placebo, duplo-cegos, de grupos

paralelos conduzidos em pacientes adultos e pediátricos ( a partir de 3 anos de idade) com

crises parciais refratárias.

Evidências da eficácia foram obtidas em três estudos conduzidos em 705 pacientes (a

partir de 12 anos de idade). Os pacientes admitidos nos estudos apresentavam história de pelo

menos 4 crises parciais por mês apesar de receberem um ou mais fármacos anticonvulsivantes

em níveis terapêuticos e foram avaliados com seus respectivos esquemas terapêuticos

antiepilépticos estabelecidos durante um período inicial de 12 semanas (6 semanas no

estudo de pacientes pediátricos). Nos pacientes que continuaram a apresentar pelo menos 2

(ou 4 em alguns estudos) crises por mês, gabapentina ou placebo foram então adicionados à

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terapia existente durante um período de tratamento de 12 semanas. A eficácia foi avaliada

principalmente com base na porcentagem de pacientes com redução igual ou superior a

50% na frequência de crises com o tratamento em relação ao basal (“taxa de pacientes

responsivos”) e uma medida derivada denominada razão de resposta, uma medida da alteração

definida como (T - B) / (T + B), em que B é a frequência de crises do paciente na fase

inicial e T é a frequência de crises do paciente durante o tratamento. A razão de resposta

distribui-se no intervalo de -1 a +1. O valor zero indica que não ocorreu alteração, ao passo

que a eliminação completa das crises receberia um valor de -1 e, o aumento das taxas de

crises receberia valores positivos. A razão de resposta de -0,33 corresponde a uma redução

de 50% na frequência de crises. Os resultados apresentados a seguir são para todas as crises

parciais na população de intenção de tratamento (todos os pacientes que receberam

qualquer dose de tratamento) em cada estudo, a menos que indicado de outra forma.

Um estudo comparou, 1.200 mg/dia de gabapentina, divididos em 3 doses ao dia, com o

placebo. A taxa de pacientes responsivos foi de 23% (14/61) no grupo que recebeu

gabapentina e de 9% (6/66) no grupo que recebeu placebo. A diferença entre os grupos foi

estatisticamente significativa. A razão de resposta também foi melhor no grupo gabapentina

(-0,199) do que no grupo placebo (-0,044), uma diferença que também atingiu significância

estatística.

Um segundo estudo comparou 1.200 mg/dia de gabapentina (N=101) divididos em 3 doses ao

dia com o placebo (N=98). Grupos menores de doses adicionais de gabapentina (600 mg/dia,

N=53; 1.800 mg/dia, N=54) também foram estudados para obter informações sobre a

resposta à dose. A taxa de pacientes responsivos foi mais alta no grupo gabapentina 1.200

mg/dia (16%) do que no grupo placebo (8%), porém a diferença não foi estatisticamente

significativa. A taxa de pacientes responsivos com 600 mg (17%) também não foi

significativamente maior do que a do placebo, porém a taxa do grupo responsivo de 1.800 mg

(26%) foi significativamente superior em relação ao grupo placebo. A razão de resposta foi

melhor para o grupo gabapentina de 1.200 mg/dia (-0,103) do que para o placebo (-0,022);

porém esta diferença também não foi significativa (p = 0,224). Foi observada resposta

melhor nos grupos que recebiam gabapentina, 600 mg/dia (-0,105) e 1.800 mg/dia (-0,222),

do que no que recebia 1.200 mg/dia, com o grupo de 1.800 mg/dia atingindo significância

estatística em comparação ao placebo.

Um terceiro estudo comparou gabapentina 900 mg/dia, divididos em 3 doses ao dia (N=111)

e placebo (N=109). Um grupo adicional de gabapentina 1.200 mg/dia (N=52) forneceu

dados de dose-resposta. Foi observada diferença estatisticamente significativa na taxa de

pacientes responsivos para o grupo gabapentina de 900 mg/dia (22%) em comparação ao

grupo placebo (10%). A razão de resposta também foi significativamente superior para o

grupo gabapentina 900 mg/dia (-0,119) em comparação ao placebo (-0,027), assim como

ocorreu no grupo gabapentina de 1.200 mg/dia (-0,184) em comparação ao placebo.

Também foram realizadas análises em cada estudo para examinar o efeito de gabapentina

sobre a prevenção das crises tônico-clônicas secundárias generalizadas. Os pacientes que

experimentaram tais crises na fase inicial ou no período de tratamento nos três estudos

controlados por placebo foram incluídos nestas análises. Houve várias comparações de razões

de resposta que apresentaram vantagem estatisticamente significativa para a gabapentina em

comparação ao placebo e tendências favoráveis para quase todas as comparações.

A análise da taxa de pacientes responsivos utilizando dados combinados dos três estudos e

de todas as doses (N=162, gabapentina; N=89, placebo) também demonstrou uma vantagem

significativa para gabapentina sobre o placebo na redução da frequência de crises tônico-

clônicas secundárias generalizadas.

Em dois dos três estudos controlados, foi utilizada mais do que uma dose de gabapentina.

Dentro de cada estudo, os resultados não apresentaram uma resposta consistentemente

elevada em relação à dose. No entanto, observando os estudos, fica evidente uma tendência

para o aumento da eficácia com o aumento da dose (ver Figura 1).

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Figura 1. Taxa de Pacientes Responsivos Recebendo gabapentina. Expressa como uma

Diferença em Relação ao Placebo por Dose e Estudo: Estudos de Terapia Adjuvante em

Pacientes ≥ 12 anos Apresentando Crises Parciais. Na figura 1, está traçada a magnitude do

efeito do tratamento, medida no eixo Y como a diferença na proporção de pacientes

designados a receber gabapentina e placebo que atingiram redução igual ou superior a

50% na frequência de crises em relação à frequência inicial e à dose diária administrada de

gabapentina (eixo X).

Embora não tenha sido realizada análise formal por sexo, as estimativas de resposta

(razão de resposta) dos estudos clínicos (398 homens, 307 mulheres) indicam que não

existem diferenças importantes relativas ao sexo dos pacientes. Não houve padrão

consistente indicativo de que a idade apresentasse qualquer efeito sobre a resposta a

gabapentina. Não houve número suficiente de pacientes de outras raças além da

caucasiana que possibilitasse uma comparação de eficácia entre os grupos étnicos.

Physicians’ Desk Reference®. Medical Economics Company 2004; 58: 2559 – 2564.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A gabapentina penetra rapidamente no cérebro e previne convulsões em uma série de modelos

animais de epilepsia. A gabapentina não possui afinidade pelos receptores GABAA ou

GABAB nem altera o metabolismo de GABA. Não se liga a outros receptores

neurotransmissores do cérebro e não interage com os canais de sódio. A gabapentina liga-se

com alta afinidade à subunidade α2δ (alfa-2-delta) dos canais de cálcio voltagem-dependentes

e é proposto que a ligação à subunidade α2δ possa estar envolvida nos efeitos anticonvulsivos

da gabapentina em animais. A triagem alargada não sugere outro alvo do fármaco além de

α2δ.

Evidências de vários modelos pré-clínicos informam que a atividade farmacológica da

gabapentina pode ser mediada pela ligação à α2δ através da redução da liberação de

neurotransmissores excitatórios em regiões do sistema nervoso central. Tal atividade pode

sustentar a atividade anticonvulsiva da gabapentina. A relevância dessas ações da gabapentina

sobre os efeitos anticonvulsivantes em humanos ainda não foi estabelecida.

A gabapentina também apresenta eficácia em vários modelos pré-clínicos animais de dor.

Propõe-se que a ligação específica da gabapentina à subunidade α2δ resulta em várias ações

diferentes que podem ser responsáveis pela atividade analgésica em modelos animais. Os

efeitos analgésicos da gabapentina podem ocorrer na medula espinhal, bem como em centros

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cerebrais superiores por meio de interações com as vias descendentes inibitórias da dor. A

relevância dessas propriedades pré-clínicas para a ação em humanos é desconhecida.

Propriedades Farmacocinéticas

A biodisponibilidade da gabapentina não é proporcional à dose. Isto é, quando a dose aumenta,

a biodisponibilidade diminui. Os picos de concentração plasmática de gabapentina são

observados de 2 a 3 horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta de

gabapentina cápsula é de aproximadamente 60%. A alimentação, incluindo dietas ricas em

gorduras, não tem efeito sobre a farmacocinética da gabapentina.

A eliminação da gabapentina plasmática é melhor descrita pela farmacocinética linear. A

meia-vida de eliminação da gabapentina independe da dose e é, em média, de 5 a 7 horas.

A farmacocinética da gabapentina não é afetada por administrações múltiplas e as

concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são previsíveis a partir dos dados de

dose única. Embora as concentrações plasmáticas da gabapentina nos ensaios clínicos

tenham estado geralmente entre 2 µg/mL e 20 µg/mL, tais concentrações não permitem

prever a segurança ou a eficácia. As concentrações plasmáticas de gabapentina são

proporcionais às doses de 300 mg ou de 400 mg, administradas a cada 8 horas. Os

parâmetros farmacocinéticos estão descritos na Tabela 1.

TABELA 1

Resumo dos parâmetros farmacocinéticos médios (% DP) da gabapentina, no estado de

equilíbrio, após administração a cada 8 horas

Parâmetro Farmacocinético

300 mg

(N = 7)

400 mg

(N = 11)

Cmáx (µg/mL) 4,02 (24) 5,50 (21)

tmáx (h) 2,7 (18) 2,1 (47)

t½ (h) 5,2 (12) 6,1 ND

AUC (0-∞) (µg.h/mL) 24,8 (24) 33,3 (20)

Ae% NA NA 63,6 (14)

% DP = Desvio padrão;

ND = Não determinado;

NA = Não disponível;

Ae% = porcentagem de gabapentina inalterada que é excretada pela urina.

A gabapentina não se liga às proteínas plasmáticas e possui um volume de distribuição

equivalente a 57,7 L. Em pacientes com epilepsia, as concentrações de gabapentina no

líquido cefalorraquidiano (LCR) são correspondentes a aproximadamente 20% da

concentração plasmática no estado de equilíbrio. A gabapentina é eliminada exclusivamente

por excreção renal. Não há evidência da ocorrência de metabolismo em seres humanos. A

gabapentina não induz as enzimas oxidases hepáticas de função mista, responsáveis pelo

metabolismo dos fármacos.

Em pacientes idosos e em pacientes com insuficiência renal, o clearance plasmático da

gabapentina é reduzido. A constante da taxa de eliminação, o clearance plasmático e o

clearance renal da gabapentina são diretamente proporcionais ao clearance da creatinina.

A gabapentina é removida do plasma por hemodiálise. Recomenda-se um ajuste da dose

em pacientes com função renal comprometida ou sob hemodiálise (vide item

POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Em um estudo farmacocinético com 24 lactentes e crianças saudáveis, pacientes entre 1 e 48

meses de idade, alcançou exposição de aproximadamente 30% menor (AUC) do que a

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observada em pacientes pediátricos com mais de 5 anos de idade. O Cmax foi menor e o

clearance por peso corporal foi maior em lactentes e em crianças.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Carcinogênese

A gabapentina foi administrada na dieta de camundongos, nas doses de 200, 600 e 2000

mg/kg/dia e de ratos, nas doses de 250, 1000 e 2000 mg/kg/dia, durante 2 anos. Um

aumento estatisticamente significativo na incidência de tumores de células acinares

pancreáticas foi observado somente em ratos machos que receberam a dose mais elevada. Os

picos das concentrações plasmáticas do fármaco em ratos, com a dose de 2000 mg/kg/dia,

foram 10 vezes maiores que as concentrações plasmáticas em humanos que receberam a

dose de 3600 mg/dia. Os tumores de células acinares pancreáticas em ratos machos foram

neoplasias de baixo grau, que não afetaram a sobrevida, não originaram metástases ou

invadiram os tecidos vizinhos e foram semelhantes aos observados nos animais controles.

Não está clara a relevância destes tumores de células acinares pancreáticas de ratos machos ao

risco carcinogênico em humanos.

Mutagênese

A gabapentina não demonstrou potencial genotóxico. Não se mostrou mutagênica in vitro, em

testes padrões empregando células de mamíferos ou bacterianas. Também não induziu

aberrações estruturais dos cromossomos em células de mamíferos in vitro ou in vivo e não

induziu a formação de micronúcleos na medula óssea de hamsters.

Alterações da Fertilidade

Não foram observados efeitos adversos sobre a fertilidade ou sobre a reprodução em ratos, em

doses de até 2000 mg/kg (aproximadamente 5 vezes a dose humana diária máxima na base de

mg/m2

).

Teratogênese

Comparando-se aos controles, a gabapentina não aumentou a incidência de malformações na

prole de camundongos, ratos ou coelhos em doses de até 50, 30 e 25 vezes, respectivamente, a

dose humana diária de 3600 mg (4, 5 ou 8 vezes, respectivamente, a dose diária humana na base

de mg/m2

A gabapentina induziu ossificação tardia do crânio, das vértebras e das patas dianteiras e

traseiras de roedores, indicando um atraso do crescimento fetal. Estes efeitos ocorreram quando

fêmeas prenhas de camundongo receberam doses orais de 1000 ou de 3000 mg/kg/dia durante a

organogênese e em ratas nas quais foram administradas doses de 500, 1000, ou 2000 mg/kg/dia

antes e durante o acasalamento e durante toda a gestação. Estas doses são de aproximadamente

1 a 5 vezes a dose recomendada de 3600 mg para humanos na base de mg/m2

.

Não foram observados efeitos em fêmeas prenhas de camundongo que receberam 500 mg/kg/dia

(aproximadamente metade da dose diária humana na base de mg/m2

Foi observado um aumento na incidência de hidroureter e/ou hidronefrose em ratas que

receberam 2000 mg/kg/dia em um estudo de reprodução geral e de fertilidade; 1500 mg/kg/dia

em um estudo de teratogênese; e 500, 1000 e 2000 mg/kg/dia em um estudo peri e pós-natal. A

significância destes resultados é desconhecida, mas foi associada ao retardo no

desenvolvimento. Estas doses também são aproximadamente 1 a 5 vezes a dose humana de

3600 mg na base de mg/m2

Em um estudo de teratogênese em coelhos, observou-se um aumento na incidência de perda

fetal pós-implantação, em doses de 60, 300 e 1500 mg/kg/dia durante a organogênese. Estas

doses são aproximadamente ¼ a 8 vezes a dose diária humana de 3600 mg na base de mg/m2

4. CONTRAINDICAÇÕES

Gabapentina é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros

componentes da fórmula.

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Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

Embora não haja evidência de crises de rebote com a gabapentina, a suspensão abrupta de

anticonvulsivantes em pacientes epilépticos pode precipitar o estado de mal epilético (vide item

POSOLOGIA E MODO DE USAR). Quando por julgamento clínico houver a necessidade de

redução de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco anticonvulsivante alternativo,

isto deve ser feito gradualmente, durante no mínimo 1 semana.

Geralmente, a gabapentina não é considerada eficaz no tratamento de crises de ausência.

O tratamento com gabapentina tem sido associado com tonturas e sonolência, que podem

aumentar a ocorrência de lesões acidentais (quedas). Há também relatos, na pós-

comercialização, de confusão, perda de consciência e comprometimento mental. Assim, os

pacientes devem ser avisados para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os

potenciais efeitos da medicação.

Pacientes que necessitem de tratamento concomitante com opioides podem apresentar aumentos

das concentrações de gabapentina. Os pacientes devem ser observados cuidadosamente sobre

sinais de depressão do sistema nervoso central (SNC), como sonolência, sedação e depressão

respiratória e as doses de gabapentina ou de opióides devem ser reduzidas apropriadamente

(vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Não se deve ultrapassar o intervalo de 12 horas entre as doses de gabapentina para prevenir a

reincidência de convulsões.

Casos de abuso e dependência foram relatados no banco de dados pós-comercialização. Como

acontece com qualquer medicamento ativo no sistema nervoso central (SNC), avalie

cuidadosamente os pacientes quanto a um histórico de abuso de medicamentos e observe-os

quanto a possíveis sinais de abuso de gabapentina.

Reações de hipersensibilidade sistêmica fatal grave, como rash com eosinofilia e sintomas

sistêmicos, tem sido relatados em pacientes tomando antiepiléticos incluindo gabapentina.

É importante notar que manifestações precoces de hipersensibilidade, tais como febre ou

linfadenopatia, podem estar presentes mesmo que o rash não esteja. Caso esses sinais ou

sintomas estejam presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente. A gabapentina deve ser

descontinuada se uma etiologia alternativa para os sinais ou sintomas não puder ser

estabelecida.

Fertilidade

Não há efeito sobre a fertilidade em estudos com animais (vide item CARACTERÍSTICAS

FARMACOLÓGICAS).

Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em

diabéticos.

Uso Durante a Gravidez e Lactação

Uso Durante a Gravidez

Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Devido aos estudos de

reprodução em animais nem sempre serem um indicativo da resposta em humanos, gabapentina

deve ser utilizada durante a gravidez apenas se o potencial benefício para a paciente justificar o

possível risco para o feto (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Uso Durante a Lactação

A gabapentina é excretada no leite materno. Devido ao efeito no lactente ser desconhecido,

deve-se ter cuidado ao administrar gabapentina em lactantes. A gabapentina deve ser utilizada

em lactantes apenas se os benefícios superarem os riscos para o bebê.

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Gabapentina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez.

Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua

habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

O paciente só poderá executar estas atividades caso se saiba que o medicamento não afeta as

suas habilidades.

Uso em Pacientes Pediátricos

Epilepsia

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia da monoterapia em crianças menores de 12

anos (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Dor Neuropática

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em pacientes menores de 18 anos.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO

Uso em idosos: vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uso em crianças: vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Uso durante a gravidez e lactação: gabapentina deve ser utilizada em lactantes e/ou grávidas

apenas se os benefícios superarem os riscos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Uso em pacientes com insuficiência renal ou sob hemodiálise: vide item POSOLOGIA E

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Existem relatos espontâneos e da literatura de casos de depressão respiratória e/ou sedação

associados ao uso de gabapentina e de opioides. Em alguns desses relatos, os autores

consideraram essa como sendo uma preocupação particular com a combinação de gabapentina e

opioides, especialmente em pacientes idosos.

Morfina: em estudos envolvendo voluntários sadios (N=12), quando 1 cápsula de liberação

controlada de 60 mg de morfina foi administrada 2 horas antes de 1 cápsula de 600 mg de

gabapentina, a AUC média da gabapentina aumentou em 44% comparada a gabapentina

administrada sem morfina. Isto foi associado a um aumento no limiar de dor (cold-pressor test).

O significado clínico destas alterações não foi definido. Os valores dos parâmetros

farmacocinéticos não foram afetados pela administração da gabapentina 2 horas após a de

morfina. Os efeitos colaterais observados, mediados por opioides associados à administração da

gabapentina e da morfina não foram significativamente diferentes dos associados à gabapentina

e ao placebo. A magnitude da interação em outras doses não é conhecida (vide item

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Não foram observadas interações entre a gabapentina e o fenobarbital, a fenitoína, o ácido

valproico ou a carbamazepina. Os perfis farmacocinéticos da gabapentina no estado de

equilíbrio são similares para indivíduos sadios e para pacientes epilépticos recebendo estes

medicamentos anticonvulsivantes.

A coadministração de gabapentina com contraceptivos orais contendo noretindrona e/ou

etinilestradiol não influencia a farmacocinética no estado de equilíbrio de qualquer dos

componentes.

A coadministração de gabapentina com antiácidos contendo alumínio e magnésio reduz a

biodisponibilidade da gabapentina em cerca de 20%. Recomenda-se que gabapentina seja

administrada 2 horas após a administração de antiácidos.

A excreção renal da gabapentina não é alterada pela probenecida.

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Uma leve redução na excreção renal de gabapentina, que é observada quando este fármaco é

coadministrado com cimetidina, parece não ter importância clínica.

Exames Laboratoriais

Foram relatados resultados falso-positivos no teste Ames N-Multistix SG®

quando a

gabapentina foi associada a outros fármacos anticonvulsivantes. Para se determinar a

proteinúria, recomenda-se o procedimento mais específico de precipitação do ácido

sulfossalicílico.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.

Gabapentina 300 mg: cápsula gelatinosa dura de coloração amarela/amarela, tamanho “1”,

gravado com “300” na cor preta na tampa e logo “Torrent” na cor preta no corpo da cápsula

contendo pó branco a quase branco

Gabapentina 400 mg: cápsula gelatinosa dura, de coloração laranja/laranja, tamanho “0”,

gravado com “400” na cor preta na tampa e com logo “Torrent” na cor preta no corpo da

cápsula, contendo pó branco a quase branco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e

você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá

utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Gabapentina é administrada por via oral, com quantidade suficiente de líquido para deglutição,

podendo ser ingerida com ou sem alimentos.

Cada cápsula de gabapentina 300 mg ou 400 mg contém o equivalente a 300 mg ou 400 mg de

gabapentina, respectivamente.

Geral

Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou

substituição por um fármaco alternativo, isto deve ser feito gradualmente, durante no mínimo 1

semana.

Epilepsia

Adultos e Pacientes Pediátricos a partir de 12 anos de idade

Em estudos clínicos, a faixa de dose eficaz variou de 900 mg/dia a 3600 mg/dia. O tratamento

pode ser iniciado com a administração de 300 mg, 3 vezes ao dia no 1º dia, ou ajustando-se a

dose (Tabela 3). Então, a dose pode ser aumentada em 3 doses igualmente divididas até um

máximo de 3600 mg/dia. Doses de até 4800 mg/dia foram bem toleradas em estudos clínicos

abertos a longo prazo. O intervalo máximo entre as doses no esquema de 3 vezes ao dia não

deve ultrapassar 12 horas, para prevenir a reincidência de convulsões.

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TABELA 3

Esquema de Dosagem - Titulação Inicial

Dose Dia 1 Dia 2 Dia 3

MANHÃ ------ 300 mg 300 mg

TARDE ------ ------ 300 mg

NOITE 300 mg 300 mg 300 mg

Dor Neuropática

Adultos

A dose inicial é de 900 mg/dia, administrada em 3 doses igualmente divididas e aumentada

se necessário com base na resposta ao tratamento até uma dose máxima de 3600 mg/dia. O

tratamento deve ser iniciado titulando-se a dose (Tabela 3).

Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes com Dor Neuropática ou Epilepsia

O ajuste da dose é recomendado à pacientes com comprometimento de função renal

(Tabela 4) e/ou em pacientes sob hemodiálise.

TABELA 4

Doses de gabapentina baseadas na função renal de adultos

Clearance da creatinina (mL/min) Dose Diária Total a

(mg/dia)

≥ 80 900 – 3600

50 – 79 600 – 1800

30 – 49 300 – 900

15 – 29 150b

– 600

< 15 150b

– 300

a

a dose diária total deve ser administrada conforme a posologia de 3 vezes ao dia. As doses

usadas para tratar os pacientes com função renal normal (clearance da creatinina ≥ 80

mL/min) variam de 900 mg/dia a 3600 mg/dia. As doses devem ser reduzidas em pacientes

com insuficiência renal (clearance da creatinina for < 79 mL/min).

b

deve ser administrado 300 mg, em dias alternados.

Ajuste de Dose em Pacientes Idosos

As mesmas doses recomendadas para adultos, tanto para epilepsia como para dor neuropática,

podem ser administradas em pacientes idosos. Para pacientes com função renal

comprometida, a dose deve ser ajustada conforme a Tabela 4.

Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise

Para os pacientes submetidos à hemodiálise que nunca receberam gabapentina, é recomendada

uma dose de ataque de 300 mg a 400 mg e, posteriormente doses de 200 mg a 300 mg

de gabapentina após cada 4 horas de hemodiálise.

BU-04 10

Dose Omitida

Caso o paciente esqueça de administrar gabapentina no horário estabelecido, deve fazê-lo

assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose,

deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve

utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Epilepsia

A segurança de gabapentina foi avaliada em mais de 2000 indivíduos e em pacientes

participantes de estudos de terapêutica de associação. O fármaco foi bem tolerado. Deste total,

543 pacientes participaram de estudos clínicos controlados. Como a gabapentina foi

frequentemente administrado em associação a outros fármacos anticonvulsivantes, não foi

possível determinar qual(is) fármaco(s) foi(ram) responsável(is) pelos eventos adversos.

A gabapentina também foi avaliada como monoterapia em mais de 600 pacientes. Os eventos

adversos observados foram geralmente de intensidade leve a moderada.

Incidência em Estudos Clínicos Controlados da Terapêutica de Associação

A Tabela 5 lista os sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em pelo menos 1% dos

pacientes com crises parciais que participaram de estudos placebo-controlados como

terapêutica de associação. Nestes estudos, tanto a gabapentina quanto o placebo foram

administrados a pacientes recebendo outros fármacos anticonvulsivantes. Os eventos

adversos mais frequentemente relatados foram considerados de intensidade leve a moderada.

TABELA 5

Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em ≥ 1% dos pacientes

tratados com gabapentina em estudos placebo-controlados na terapia de associação

COSTART

Sistema / Eventos Adversos (EA)

gabapentinaa

(N = 543)

nº de pacientes (%)

placeboa

(N = 378)

Geral

Dor abdominal 10 1,8 9 2,4

Dor lombar 10 1,8 2 0,5

Fadiga 60 11,0 19 5,0

Febre 7 1,3 5 1,3

Cefaleia 44 8,1 34 9,0

Infecção viral 7 1,3 8 2,1

Cardiovascular

Vasodilatação 6 1,1 1 0,3

Digestivo

Constipação 8 1,5 3 0,8

Anormalidades dentárias 8 1,5 1 0,3

Diarreia 7 1,3 8 2,1

Dispepsia 12 2,2 2 0,5

Aumento do apetite 6 1,1 3 0,8

Boca ou garganta seca 9 1,7 2 0,5

Náusea e/ou vômito 33 6,1 27 7,1

Hematológico e Linfático

Leucopenia 6 1,1 2 0,5

BU-04 11

Diminuição da contagem de glóbulos

brancos

6 1,1 2 0,5

Metabólico e Nutricional

Edema periférico 9 1,7 2 0,5

Ganho de peso 16 2,9 6 1,6

Músculoesquelético

Fratura 6 1,1 3 0,8

Mialgia 11 2,0 7 1,9

Nervoso

Amnésia 12 2,2 0 0,0

Ataxia 68 12,5 21 5,6

Confusão 9 1,7 7 1,9

Coordenação anormal 6 1,1 1 0,3

Depressão 10 1,8 4 1,1

Tontura 93 17,1 26 6,9

Disartria 13 2,4 2 0,5

Instabilidade emocional 6 1,1 5 1,3

Insônia 6 1,1 7 1,9

Nervosismo 13 2,4 7 1,9

Nistagmo 45 8,3 15 4,0

Sonolência 105 19,3 33 8,7

Pensamento anormal 9 1,7 5 1,3

Tremor 37 6,8 12 3,2

Abalos musculares 7 1,3 2 0,5

Respiratório

Tosse 10 1,8 5 1,3

Faringite 15 2,8 6 1,6

Rinite 22 4,1 14 3,7

Pele e Anexos

Escoriação 7 1,3 0 0,0

Acne 6 1,1 5 1,3

Prurido 7 1,3 2 0,5

Rash 8 1,5 6 1,6

Sentidos Especiais

Ambliopia 23 4,2 4 1,1

Diplopia 32 5,9 7 1,9

Urogenital

Impotência 8 1,5 4 1,1

a inclui tratamento concomitante com fármacos anticonvulsivantes.

Outros Eventos Adversos Observados Durante Todos os Estudos Clínicos

Terapêutica de Associação

São resumidos a seguir os eventos que ocorreram em pelo menos 1% dos participantes do

estudo com epilepsia, que receberam gabapentina em terapêutica de associação em qualquer

estudo clínico e que não foram descritos no item anterior, como sinais e sintomas que

frequentemente ocorreram durante os estudos placebo-controlados.

Geral: astenia, mal-estar, edema facial.

Sistema cardiovascular: hipertensão.

Sistema digestivo: flatulência, anorexia, gengivite.

Sistema hematológico e linfático: púrpura mais frequentemente descrita como contusões

resultantes de trauma.

Sistema músculoesquelético: artralgia.

Sistema nervoso: vertigem; hipercinesia; aumento, diminuição ou ausência de reflexos;

parestesia; ansiedade; hostilidade.

Sistema respiratório: pneumonia.

Sistema urogenital: infecção do trato urinário.

Sentidos especiais: visão anormal, mais frequentemente descrita como um distúrbio da visão.

BU-04 12

Monoterapia

Não foram relatados eventos adversos inesperados ou novos durante os estudos clínicos em

monoterapia. Tonturas, ataxia, sonolência, parestesia e nistagmo correlacionaram-se à dose

ao se comparar 300 mg/dia a 3600 mg/dia.

Uso em Pacientes Idosos:

Cinquenta e nove indivíduos com idade a partir de 65 anos receberam gabapentina em estudos

clínicos pré-comercialização. Os efeitos adversos relatados entre estes pacientes não diferiram

do tipo de efeitos adversos relatados por indivíduos mais jovens. Para pacientes com a função

renal comprometida, deve ser feito o ajuste da dose (vide item POSOLOGIA E MODO DE

USAR).

Interrupção do Tratamento Devido a Eventos Adversos

Aproximadamente 7% dos mais de 2000 voluntários sadios e pacientes com epilepsia,

espasticidade ou enxaqueca, que receberam gabapentina em estudos clínicos, descontinuaram

o tratamento devido a eventos adversos.

Em todos os estudos clínicos, os eventos que ocorreram mais frequentemente e que

contribuíram para a descontinuação do tratamento com a gabapentina incluíram sonolência,

ataxia, tontura, fadiga e náusea e/ou vômito. Quase todos os participantes tiveram queixas

múltiplas e nenhuma delas pôde ser caracterizada como primária.

Em estudos anteriores à comercialização, aproximadamente 8% dos 659 pacientes que

receberam gabapentina como monoterapia ou passaram para a monoterapia, descontinuaram

o tratamento devido a um evento adverso. Os eventos adversos mais comumente associados

com a descontinuação foram tontura, nervosismo, ganho de peso, náusea e/ou vômito e

sonolência.

Dor Neuropática

TABELA 6

Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em ≥ 1% de pacientes

tratados com gabapentina em estudos de dor neuropática placebo-controlados

Sistema / Eventos Adversos

gabapentina

(N = 821)

placebo

(N = 537)

Dor abdominal 23 2,8 17 3,2

Lesão acidental 32 3,9 17 3,2

Astenia 41 5,0 25 4,7

Dor lombar 19 2,3 8 1,5

Sintomas de gripe 21 2,6 14 2,6

Cefaleia 45 5,5 33 6,1

Infecção 38 4,6 40 7,4

Dor 30 3,7 36 6,7

Constipação 19 2,3 9 1,7

Diarreia 46 5,6 24 4,5

Boca seca 27 3,3 5 0,9

BU-04 13

Dispepsia 16 1,9 10 1,9

Flatulência 14 1,7 6 1,1

Náusea 45 5,5 29 5,4

Vômito 16 1,9 13 2,4

Edema periférico 44 5,4 14 2,6

Ganho de peso 14 1,7 0 0,0

Alteração da marcha 9 1,1 0 0,0

Amnésia 15 1,8 3 0,6

Ataxia 19 2,3 0 0,0

Confusão 15 1,8 5 0,9

Tontura 173 21,1 35 6,5

Hipestesia 11 1,3 3 0,6

Sonolência 132 16,1 27 5,0

Pensamento anormal 12 1,5 0 0,0

Tremor 9 1,1 6 1,1

Vertigem 8 1,0 2 0,4

Dispneia 9 1,1 3 0,6

Faringite 15 1,8 7 1,3

Rash 14 1,7 4 0,7

Ambliopia 15 1,8 2 0,4

Experiência Pós-Comercialização

Foram relatadas mortes súbitas inexplicadas em que a relação causal com o tratamento com

gabapentina não foi estabelecida. Os eventos adversos adicionais relatados pós-

comercialização incluem aumento da creatina fosfoquinase sérica, rabdomiólises, insuficiência

renal aguda, reação alérgica incluindo urticária, alopecia, angioedema, hiperglicemia e

hipoglicemia (mais frequentes em pacientes diabéticos), , hipertrofia da mama, dor no peito,

DRESS, elevação nos testes de função hepática, eritema multiforme, queda, edema

generalizado, ginecomastia, alucinações, hepatite, hipersensibilidade incluindo reações

sistêmicas, icterícia, perda de consciência, distúrbios de movimento tais como coreoatetose,

discinesia e distonia, mioclonia, palpitação, pancreatite, disfunção sexual (incluindo alterações

na libido, distúrbios de ejaculação e anorgasmia), síndrome de Stevens-Johnson,

trombocitopenia, tinido e incontinência urinária.

Também foram relatados eventos adversos após a descontinuação abrupta de gabapentina.

Os eventos mais frequentemente relatados foram ansiedade, insônia, náusea, dor e sudorese.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária-NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.