Bula do Gentamicin para o Profissional

Bula do Gentamicin produzido pelo laboratorio Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Gentamicin
Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO GENTAMICIN PARA O PROFISSIONAL

Página 1 de 11

Gentamicin

(sulfato de gentamicina)

Novafarma Indústria

Farmacêutica Ltda.

Solução injetável

20mg/mL x 1mL

40mg/mL x 1mL

80mg/2mL x 2mL

Página 2 de 11

sulfato de gentamicina

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Gentamicin

Nome genérico: sulfato de gentamicina

APRESENTAÇÕES

Gentamicin 20mg/mL: caixa com 50 ampolas de vidro transparente x 1mL

Gentamicin 40mg/mL: caixa com 50 ampolas de vidro transparente x 1mL

Gentamicin 80mg/2mL: caixa com 50 ampolas de vidro transparente x 2mL

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR / INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL da solução contém 20mg de gentamicina, sob a forma de sulfato

Demais componentes: ácido láctico, hidróxido de sódio, metabissulfito de sódio e água para injetáveis.

Cada mL da solução contém 40mg de gentamicina, sob a forma de sulfato.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Gentamicin (sulfato de gentamicina) é indicado para o tratamento de infecções causadas por cepas de bactérias sensíveis

dos seguintes microorganismos: Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp. (indol-positivo e indol-negativo), Escherichia coli,

Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e

coagulase-negativo) e Neisseria gonorrhoeae.

Os estudos clínicos demonstraram a eficácia de sulfato de gentamicina em:

- Septicemia, bacteremia (incluindo sepse neonatal);

- Infecções graves do Sistema Nervoso Central (SNC) (incluindo meningite);

- Infecção nos rins e trato geniturinário (incluindo infecções pélvicas);

- Infecções respiratórias;

- Infecções gastrintestinais;

- Infecções na pele, ossos ou tecidos moles (incluindo queimaduras e feridas infectadas);

- Infecções intra-abdominais (incluindo peritonite);

- Infecções oculares.

Em infecção por Gram-negativo presumida ou comprovada, sulfato de gentamicina pode ser considerada no tratamento

inicial.

Se houver suspeita de infecções por Gram-negativos, a decisão de continuar o tratamento com sulfato de gentamicina deve

ser baseada nos resultados do teste de sensibilidade, na resposta clínica do paciente e, também, na tolerância ao

medicamento.

Em infecções graves, quando os microorganismos são desconhecidos, deve-se administrar sulfato de gentamicina como

terapia inicial em associação com penicilina ou cefalosporina antes de obter o resultado do teste de sensibilidade. Se

houver suspeita da presença de microorganismos anaeróbicos, deve-se associar à sulfato de gentamicina um tratamento

antimicrobiano adequado ou continuar o tratamento com outro antibiótico apropriado.

Devem-se realizar testes bacteriológicos para identificar o microorganismo causador e para determinar a sensibilidade à

gentamicina.

A decisão de continuar o tratamento com sulfato de gentamicina deve ser baseada nos resultados dos testes de

sensibilidade, resposta clínica do paciente e também na tolerância ao medicamento. Se os testes de suscetibilidade

indicarem que o microorganismo causador é resistente à gentamicina e a resposta do paciente não for favorável, outro

antibiótico apropriado deve ser indicado.

Sulfato de gentamicina tem sido utilizada eficazmente no tratamento de infecções muito graves causadas por P.

aeruginosa, em associação com carbenicilina ou ticarcilina. Também, tem-se mostrado eficaz quando usada em associação

com um antibiótico do tipo penicilina, no tratamento da endocardite causada por Streptococcus do grupo D. No recém-

Página 3 de 11

nascido com sepse presumida ou pneumonia estafilocócica, tem-se indicado o uso concomitante de sulfato de gentamicina

com um antibiótico do tipo penicilina.

Sulfato de gentamicina tem-se mostrado eficaz no tratamento de infecção grave por Staphylococcus. Consequentemente,

sulfato de gentamicina deve ser considerada quando penicilinas ou outros antibióticos com potencial menos tóxico forem

contraindicadas e os testes de susceptibilidade bacteriana e a avaliação clínica indicarem seu uso. Pode ser também

considerado nas infecções conjuntas causadas por cepas susceptíveis de Staphylococcus e aeróbios Gram-negativos.

No período pré-operatório, pode-se iniciar a administração de sulfato de gentamicina antes da cirurgia e continuar o uso no

pós-operatório para o tratamento de infecções presumidas ou confirmadas devido a microorganismos sensíveis. Estes usos

devem ser considerados particularmente na presença do fator de aumento de risco de infecção pós-operatória tais como

cirurgia em órgãos infectados (colecistite, prostatite, trato genitourinário); na presença de líquidos corporais contaminados

ou infectados ou corpos estranhos (colangite, colelitíase, infecção urinária, urolitíase, ferida penetrante); ruptura ou

perfuração da cavidade dos órgãos; e provável contaminação bacteriana durante a cirurgia. Gentamicin (sulfato de

gentamicina) deve ser administrada concomitantemente com outro(s) antibiótico(s) apropriados contra o patógeno

provável.

A administração subconjuntival de gentamicina é recomendada para o tratamento da endoftalmite causada por cepas

bacterianas sensíveis. É também utilizada como profilática em pacientes que irão submeter-se à cirurgia intraocular,

principalmente se as culturas identificarem Gram-negativos.

Gentamicin (sulfato de gentamicina) pode, igualmente, ser administrada por injeção intratraqueal direta ou por

nebulização, como coadjuvante da terapia sistêmica no tratamento de infecções pulmonares graves.

Gentamicin (sulfato de gentamicina) pela via intratecal é indicada como coadjuvante da terapia sistêmica no tratamento de

infecções do sistema nervoso central, tais como meningite e ventriculite causada por microorganismos Gram-negativos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os dados da ampla literatura disponível sobre o emprego terapêutico de sulfato de gentamicina, mostram que esse

aminoglicosídeo de uso consagrado apresenta índices de eficácia elevados nas diferentes indicações e usos terapêuticos,

quando administrado por via intramuscular, intravenosa, subconjuntival, subcapsular (cápsula de Tenon), nebulização ou

instilação intratraqueal direta. Assim, na literatura, estão documentados resultados favoráveis com o emprego da

gentamicina no tratamento de septicemia, bacteremia (incluindo sepse neonatal), infecções graves do sistema nervoso

(incluindo meningite), infecção nos rins e trato geniturinário (incluindo infecções pélvicas), infecções respiratórias,

infecções gastrintestinais, infecções na pele, ossos ou tecidos moles (incluindo queimaduras e feridas infectadas), infecções

intra-abdominais (incluindo peritonite) e infecções oculares.

Referências bibliográficas:

1. Barn, D., A., Klastersky, J.: Concentration of gentamicin in bronchial secretions of children with cystic fibrosis or

tracheostomy. In J. Clin, Pharmacol Biopharm 12:336-341, 1975.

2. Boxerbaum, B. et al: Use of gentamicin in children with cystic fibrosis. J. Infect. Dis. 124, 293-295, Dec. 1971.

(Supplement).

3. Burns, M.W.: Gentamicin in respiratory tract infections. 52-55, 1973.

4. Chang, M.J., et al.: Kanamycin and gentamicin treatment of neonatal sepsis. Pediatrics 56: 695-699, November, 1975.

5. Corbeel, L. et al.: Treatment of purulent meningitis in infants. Lancet 1:663, March 24, 1979.

6. Dachy, A. et al: La gentamicine en pediatrie. Proc. 12th

Swiss Gentamicin Symp. Interlaken 80-82, 1972.

7. Dachy, A. et al: Les indications de la gentamicine en pediatrie hospialiere. In Table Ronde Gentamicine Ars Medici 76-

90, 1972.

8. Danish, M. A. et al: Aerosolized gentamicin in cystic fibrosis. Abstract submitted to the American Pediatric Society,

Jan. 1977.

9. Dichiro, G.: Cisternography: from early tribulations to a useful diagnostic procedure. J. Hopkins Med. J. 133:1-15,

1973;

10. Eeckels, R. et al.: Intraventricular and/or intralumbar treatment of purulent meningitis in infants. Acta Paediatr. Belg.

33:243-251, 1980.

11. Fasano, V.A.: “Gentamicin in the treatment of infections complicating neurosurgery and neurotraumatology,”

Gentamicin: First International Symposium, Paris, January 1967, Essex Chemie AG, Lucerne, 1967, pp. 162-168.

12. Goitein, K., et al.: The intrathecal antibiotic route in meningitis. Harefuah 85:1 165-167, 202, August 15, 1973.

13. Hodges, G.R. an Watanabe, I.: Neurotoxicity of Intrathecal Gentamicin in the Rabbbit, Veterans Administration

Hospital, Kansas City, Missouri, U.S.A., 1978. D-11818.

14. Kaiser, A.B. and McGee, Z.A.: Aminoglycoside therapy of gram-negative bacillary meningitis. The New Eng. J. of

Med. 293: 1215-1220, December, 1975.

15. Klastersky, J. et al: Endotracheally administered gentamicin for the prevention of infections of the respiratory tract in

patients with tracheostomy. Chest 65: 650-654, 1974.

16. Klastersky, J. et al: Endotracheal gentamicin for the prevention of bronchial infections in patients with tracheotomy.

Int Z Klin Pharmakol Ther Toxicol 7:279-86, 1973;

17. Klastersky, J, et al: Prevention of infections in tracheototamicin patients with endotracheal gentamicin. Abs. Proc. 12th

Interscience Conf. on Antimicrobial Agents and Chemotherapy, Atlantic City, N.J., September 26-29, 1972.

18. Klastersky, J. et al: Endotracheal gentamicin in bronchial infections in patients with tracheostomy. Chest 61: 117-120,

1972.

Página 4 de 11

19. Lake, K.B., Van Dyke, J.J., Rumsteld, JA.: Combined topical pulmonary and systemic gentamicin. Chest 68: 62-64,

1975.

20. Liggins, M.R.: Relearning to cope with meningitis. Patient Care 9:138-139, 142-43, 145, 147, 1512, April 15, 1975.

21. Mangi, R., et al: Intrathecal gentamicin in bacterial meningitis. Clin. Res. 22: 707A, December, 1974.

22. McCracken, G.H., et al.: Pharmacologic evaluation of gentamicin in new born infants. J. Infect. Dis. 124:214-223,

1971.

23. McCracken, G.H.: Pharmacological basis for antimicrobial therapy in newborn infants. Am. J. Dis. Child. 128:407-19,

Sept., 1974.

24. McCracken, G.H., Jr., and Mize, Susan G.: A controlled study of intrathecal antibiotic therapy in gram-negative

enteric meningitis of infancy. J. Ped. 89(1):66-72, July, 1976.

25. Melillo, G., Seccia, A.: Sull’uso topico della gentamicinia in broncopneumologia. Gazz Med Italiana 133: 129-31,

1974.

26. Moellering, R.C., et al.: Relationship of intraventricular gentamicin levels to cure a meningites. J. Pediatr. 81:534-37,

Sept., 1972.

27. Nelson, J. And McCracken, G.H.: The current status of gentamicin for neonate and young infants. J. Infect. Dis.

124:13-14, July 1972.

28. Newman, R.L., et al.: Gentamicin in pediatrics I Report on intrathecal gentamicin. J. Infect. Dis. 124:S254-S256, Dec.,

1971 (Suppl.).

29. Odio, W., Van Laer, E., Klastersky, J.: Concentrations of gentamicin in bronchial secretions after intramuscular and

endotracheal administration. J. Clin. Pharmacol 15:518-524, 1975.

30. Rahal, J.J. Jr., et al.: Combined intrathecal and intra-muscular gentamicin for gram-negative meningitis. New Eng. J.

Med. 290:1394-98, June 20, 1974.

31. Rahal, J.J. Jr.: Treatment of gram-negative bacillary meningitis in adults: Ann. Intern. Med 77:295-302, August, 1972.

32. Ray, C.G.: Sepsis and meningitis in the newborn. Northwest Med. 71:686-88, September, 1972.

33. Regula, H. Et al.: Pharmakokinetische unterschungen uber sputum-, serum und urinkonzentration von gentamycin

nach aerosol-inhalation. Int. z. Klin Pharmakol Ther Toxikol 7:95-100, 1973.

34. Rubenfires, M. et al.: Gentamicin therapy of paracolobactrum epidural abscess and meningites. Amer. J. Med. Sci.

257:191-197 (Mar.) 1969.

35. Saad, A.F., et al.: Intracisternal and intrathecal injections of gentamicin in enterobacter meningites. Arch. Intern. Med.

134:738-40, October, 1974.

36. Salmon, J.H.: Ventriculitis complicationg meningitis. Abs. Paper Presented 5th

Int. Cong. Neurological Surgery,

Tokyo, October 7-13, 1973. Excerpt Medica. N° 293, pp. 211-12.

37. Seligman, S.: The rapid differential diagnossis of meningitis. Med. Clin. North Am. 57:1417-24, November 1973.

38. Sim, Bo Sung., et al.: Clinical use of gentamicin in neuro-surgery. Presented 1st Asian Symp. Gentamicin, New Delhi,

December 10, 1973 and Bombay, December 12, 1973, pp. 40-41.

39. Truckenbrodt, H., Legler, F., Stephan, U.: Investigations on the absorption of gentamicin in children after

administration as an aerosol. 13th

Int. Kongress fuer Paediatrie, Vienna., Proc Klinische Pharmakologie von Gentamicin in

der Paediatrie 19:55-63, 1971.

40. Vacek V., et al.: Penetration of antibiotics into the cerebrospinal fluid in inflammatory conditions. Int. J. Clin.

Pharmacol. 2:277-79, 1969.

41. Weiss, M.H. et al.: Antibiotic Neurotoxicity; Laboratory and Clinical study, J. Neurosurg., 41:486, 1974.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Gentamicin (sulfato de gentamicina) é uma solução aquosa estéril para administração parenteral, contendo o antibiótico

aminoglicosídeo gentamicina sob a forma de sulfato.

Testes in vitro demonstraram que a gentamicina é um antibiótico aminoglicosídeo bactericida que atua inibindo a síntese

proteica bacteriana em microorganismos sensíveis. É ativa contra ampla variedade de bactérias patogênicas, Gram-

negativas e Gram-positivas, incluindo: Escherichia coli, Proteus sp. (indol-positivo e indol-negativo), incluindo Proteus

mirabilis, P. morganii e P. vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, espécies do grupo Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp.,

Citrobacter sp., Providencia sp. incluindo Providencia rettger, Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-

negativo), Neisseria gonorrhoeae, Salmonella e Shigella. A gentamicina pode ser ativa contra isolados clínicos de

bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos.

Estudos in vitro demonstraram que um aminoglicosídeo, combinado com um antibiótico que interfere na síntese da parede

celular, pode agir sinergicamente contra algumas cepas estreptocócicas do grupo D. A associação de gentamicina e

penicilina G resulta em um efeito bactericida sinérgico contra quase todas as cepas de Streptococcus faecalis e suas

variedades (S. faecalis var. liquefaciens, S. faecalis var. zymogenes) S. faeciume, S. durans. Também foi demonstrado in

vitro maior efeito bactericida contra as cepas desses patógenos com a associação de gentamicina e ampicilina,

carbenicilina, nafcilina e oxacilina.

O efeito combinado da gentamicina e carbenicilina é sinérgico para muitas cepas de Pseudomonas aeruginosa. Foi

demonstrado, também, o sinergismo in vitro contra outros microorganismos Gram-negativos com associações de

gentamicina e cefalosporinas.

A gentamicina pode ser ativa contra cepas de bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos. A resistência bacteriana à

gentamicina desenvolve-se lentamente.

Página 5 de 11

Teste de sensibilidade

De acordo com o método descrito, um disco de 10mcg de gentamicina deve produzir uma zona de inibição de 13mm ou

mais, para indicar a sensibilidade do microorganismo. Uma zona de 12mm ou menos indica que o organismo infectante

provavelmente seja resistente. Em certas condições, pode ser desejável fazer um teste de sensibilidade adicional pelo

método do tubo ou diluição de Agar.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade ou reações tóxicas graves em

tratamentos anteriores com gentamicina ou outros aminoglicosídeos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Os pacientes tratados com aminoglicosídeos deverão estar sob observação clínica devido à possível toxicidade associada

com o seu uso.

Pacientes adultos e pediátricos que deverão receber tratamentos acima de 7 – 10 dias de Gentamicin (sulfato de

gentamicina) para o tratamento de infecções graves, ou que forem tratados com doses maiores que a recomendada de

acordo com a idade, peso, ou função renal estimada, devem ter avaliação da função renal e dos eletrólitos séricos antes do

início do tratamento e periodicamente durante a terapia.

Como com outros aminoglicosídeos, Gentamicin (sulfato de gentamicina) é potencialmente nefrotóxico. O risco de

nefrotoxicidade é maior em pacientes com a função renal comprometida e que recebem alta dose ou tratamento

prolongado.

Adicionalmente, ototoxicidade, vestibular e auditiva, pode ocorrer em pacientes tratados com Gentamicin (sulfato de

gentamicina), primeiramente em pacientes com dano renal preexistente e em pacientes com a função renal normal, tratados

com altas doses e/ou por períodos maiores do que os recomendados.

Recomenda-se vigilância das funções renal e do oitavo par craniano durante o tratamento, principalmente em pacientes

com insuficiência renal suspeita ou conhecida. Na urina, deve-se pesquisar se há diminuição da gravidade específica,

aumento da excreção de proteína e presença de células ou cilindros. Os níveis séricos de nitrogênio e ureia (BUN), a

creatinina sérica, ou a depuração de creatinina deverão ser determinados periodicamente. Quando possível audiogramas

em série são recomendados, principalmente em pacientes de alto-risco. Os sinais de ototoxicidade (tontura, vertigens,

ataxia, zumbidos, ruídos no ouvido e diminuição da audição), ou de nefrotoxicidade, requerem modificação de dose ou

suspensão do antibiótico. Como com outros aminoglicosídeos, em raros casos, as alterações nas funções renal e do oitavo

par craniano não se manifestam até o término do tratamento.

As concentrações séricas de aminoglicosídeos deverão ser monitoradas, quando possível, para assegurar níveis adequados

e evitar níveis potencialmente tóxicos. Ajustar a dose a fim de evitar concentrações máximas acima de 12mcg/mL e

concentrações mínimas acima de 2mcg/mL. Pico excessivo e/ou concentrações séricas de aminoglicosídeos podem

aumentar o risco de toxicidade renal e do oitavo par craniano.

Em pacientes com queimaduras extensas, a farmacocinética alterada pode resultar em diminuição das concentrações

séricas dos aminoglicosídeos. Nesses pacientes tratados com gentamicina, deverão ser determinadas as concentrações

séricas como base para o ajuste da dose.

Antibióticos aminoglicosídeos devem ser usados com precaução em pacientes que apresentam distúrbios neuromusculares,

como miastenia gravis, parkinsonismo ou botulismo infantil, uma vez que, teoricamente, esses agentes podem agravar a

debilidade muscular devido aos seus potentes efeitos do tipo curare sobre a junção neuromuscular.

Há relatos de casos de uma síndrome similar à Síndrome de Fanconi, com acidose metabólica e aminoacidúria, em alguns

adultos e lactentes tratados com a gentamicina.

Alergia cruzada entre aminoglicosídeos foi demonstrada.

Os pacientes devem estar bem hidratados durante o tratamento.

Os antibióticos neurotóxicos e nefrotóxicos podem ser absorvidos em quantidades significativas da superfície do corpo

após irrigação ou aplicação local. O efeito tóxico potencial de antibióticos administrados dessa maneira deve ser

considerado.

O tratamento com a gentamicina pode resultar na proliferação de germes não sensíveis. Caso isto ocorra, iniciar o

tratamento apropriado.

A quantidade de gentamicina administrada nas inalações pode variar de acordo com o tipo de equipamento utilizado e as

condições sob as quais se opera. O emprego de um aminoglicosídeo por via inalatória e sistêmica, concomitantemente,

pode resultar em concentrações séricas mais altas, especialmente quando se emprega a via intratraqueal direta.

Gentamicin (sulfato de gentamicina) contém bissulfito de sódio, composto que pode causar reações alérgicas, inclusive

anafiláticas, que ameaçam a vida, ou crises de asma de menor gravidade em pacientes susceptíveis. A sensibilidade ao

sulfito é observada mais frequentemente em pacientes asmáticos.

Síndrome de Stevens-Johnson e necrose epidérmica tóxica foram muito raramente relatadas com o uso de

aminoglicosídeos, incluindo a gentamicina.

Uso durante a gravidez e lactação

Os antibióticos aminoglicosídeos atravessam a barreira placentária e podem ocasionar dano fetal se administrados a

mulheres grávidas. Há relatos de surdez total bilateral congênita irreversível em crianças cujas mães receberam

aminoglicosídeos, incluindo gentamicina, durante a gravidez.

Página 6 de 11

Se a gentamicina for usada durante a gravidez ou se a paciente engravidar durante o tratamento com gentamicina, ela deve

estar consciente do perigo para o feto.

Em mulheres que estão amamentando, a gentamicina é excretada no leite materno em mínimas quantidades. Ante a

possibilidade de reações adversas graves em lactentes, associadas à administração de aminoglicosídeos, deve-se considerar

a interrupção do aleitamento ou do tratamento, tendo em vista a importância do fármaco para o benefício da mãe.

Categoria D de risco na gravidez.

“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente

seu médico em caso de suspeita de gravidez.”

Pacientes Geriátricos

Os pacientes idosos podem apresentar redução da função renal, que pode não ser evidente nos resultados dos exames de

rotina, tais como níveis séricos de nitrogênio ou creatinina sérica. A determinação da depuração de creatinina pode ser

mais útil. O monitoramento da função renal durante o tratamento com a gentamicina, assim como com outros

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Como com outros aminoglicosídeos, o uso concomitante e/ou sequencial, tópico ou sistêmico de outros antibióticos

potencialmente nefrotóxicos e/ou neurotóxicos deve ser evitado. O uso concomitante de Gentamicin (sulfato de

gentamicina) com outros fármacos que são possivelmente nefrotóxicos, aumenta o risco de nefrotoxicidade. Esses

fármacos incluem aminoglicosídeos, vancomicina, polimixina B, colistina, organoplatínicos, alta dose de metotrexato,

ifosfamida, pentamidina, foscarnet, alguns fármacos antivirais (aciclovir, ganciclovir, adefovir, cidofovir e tenovir)

anfotericina B, imunossupressores como ciclosporina, ou tacrolimo e produtos de contraste de iodo. Se a combinação a ser

usada for necessária, a função renal deve ser rigorosamente monitorada por exames laboratoriais apropriados.

O uso concomitante de gentamicina com potentes diuréticos, como ácido etacrínico ou furosemida, deve ser evitado, já que

esses diuréticos por si só podem causar ototoxicidade. Além disso, quando administrados por via intravenosa, os diuréticos

podem aumentar a toxicidade dos aminoglicosídeos, porque alteram sua concentração no soro e tecidos.

Foi relatado aumento de nefrotoxicidade após administração concomitante de antibióticos aminoglicosídeos e algumas

cefalosporinas.

Foram relatados bloqueio neuromuscular e parada respiratória em gatos tratados com altas doses de gentamicina (40mg).

Os antibióticos neurotóxicos e nefrotóxicos podem ser absorvidos em quantidades significativas da superfície do corpo

após irrigação ou aplicação local. O efeito tóxico potencial de antibióticos administrados neste uso deve ser considerado.

A possibilidade desse fenômeno ocorrer em humanos deve ser considerada se a gentamicina for administrada por qualquer

via em pacientes recebendo bloqueadores neuromusculares, tais como succinilcolina, tubocurarina ou decametônio;

anestésicos ou transfusões maciças de sangue anticoagulado por citrato. Se ocorrer o bloqueio neuromuscular, sais de

cálcio podem reverter esse fenômeno.

A associação in vitro de aminoglicosídeos com antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode resultar

em uma inativação mútua significativa. Mesmo quando um aminoglicosídeo e uma penicilina são administrados

separadamente por diferentes vias de administração, foi relatada redução na meia-vida plasmática ou dos níveis séricos do

aminoglicosídeo em pacientes com disfunção renal e em alguns pacientes com a função renal normal. Foi relatada redução

na meia-vida plasmática da gentamicina em pacientes com insuficiência renal grave que receberam carbenicilina

concomitantemente com a gentamicina.

Geralmente, tal inativação do aminoglicosídeo é clinicamente significativa somente em pacientes com a função renal

seriamente prejudicada.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Gentamicin (sulfato de gentamicina) deve ser mantido na sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo

ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).

Gentamicin (sulfato de gentamicina) têm validade de 24 meses a partir da data de fabricação (vide ampola ou rótulo

externo).

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

“Após aberto, este medicamento deve ser utilizado imediatamente.”

Atenção: medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração.

No preparo e administração de soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão de Infecção em

Serviços da Saúde quanto à desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de equipamentos de

ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões das linhas de infusão.

Características físicas e organolépticas do produto: solução injetável, estéril, límpida, incolor a levemente amarelada.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

POSOLOGIA

Administração intramuscular

Pacientes com a função renal normal

Página 7 de 11

Adultos: Para pacientes com função renal normal e infecções graves, a dose indicada é de 3mg/kg/dia, divididas em três

tomadas iguais a cada 8 horas ou em duas tomadas iguais a cada 12 horas ou em uma dose única diária. Uma

administração simplificada para pacientes adultos com mais de 60kg é a de 80mg, 3 vezes por dia, ou 120mg, a cada 12

horas. Para adultos pesando 60kg ou menos, 60mg, 3 vezes por dia. Para adultos muito pequenos ou muito grandes, a dose

deve ser calculada em mg/kg de massa corpórea magra.

Em doenças com risco de vida, podem-se utilizar doses de até 5mg/kg/dia, divididas em três tomadas iguais a cada 8 horas,

ou quatro tomadas iguais a cada 6 horas. Essa dose deve ser reajustada para 3mg/kg/dia tão logo a evolução clínica assim o

indicar.

Para infecções sistêmicas ou urinárias de gravidade moderada, quando o agente é, provavelmente, muito sensível, pode-se

considerar a dose de 2mg/kg/dia dividida em duas tomadas iguais a cada 12 horas ou em uma dose única diária. Essa dose

deve ser reajustada para 3mg/kg/dia, caso não haja melhora rápida.

A gentamicina é altamente concentrada na urina e no tecido renal. Em pacientes com infecção urinária, crônica ou

repetida, e sem evidência de insuficiência renal, Gentamicin (sulfato de gentamicina) poderá ser administrado

intramuscularmente em doses de 160mg uma vez por dia, durante 7-10 dias. Para adultos com peso abaixo de 50kg, a dose

diária deverá ser de 3,0mg/kg de peso corporal.

Prematuros ou recém-nascidos com um semana de vida ou menos: 5 a 6mg/Kg/dia (2,5mg 3,0mg/Kg

administrados a cada 12 horas).

Recém-nascidos com mais de uma semana de vida e lactentes: 7,5mg/Kg/dia (2,5mg/Kg administrados a

cada 8 horas)

Crianças: Para crianças a dose recomendada é de 6 a 7,5mg/kg/dia (2,0 a 2,5mg/kg, administrados a cada 8 horas).

Pacientes com insuficiência renal

A dosagem deve ser ajustada em pacientes com insuficiência renal. Sempre que possível, devem-se determinar as

concentrações séricas da gentamicina. Os esquemas posológicos não se constituem em recomendações rígidas, mas são

fornecidos para auxiliar na estimativa da dose quando não é possível obter as concentrações séricas da gentamicina. Um

método utilizado para o ajuste da dose consiste em aumentar o intervalo entre a administração das doses habituais. Uma

vez que a concentração sérica de creatinina apresenta uma alta correlação com a meia-vida sérica da gentamicina, esse

teste laboratorial poderá servir de parâmetro para o ajuste do intervalo entre as doses. Em adultos, o intervalo entre as

doses (em horas) pode ser calculado multiplicando o nível da creatinina sérica (mg/100mL) por 8 (Tabela I). Por exemplo,

um paciente pesando 60kg com um nível de creatinina sérica de 2mg/100mL pode ser administrado 60mg (1mg/kg) a cada

16 horas (2mg/100mL x 8). Essas orientações podem ser consideradas para o tratamento de lactentes e crianças com

insuficiência renal grave.

TABELA 1

Orientação para ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal (intervalo de administração entre as doses

habituais é prolongado)

Peso corpóreo de

adultos

Dose

Depuração de

creatinina

(mL/min)

Creatinina

(mg/100mL)

Nível sérico de

nitrogênio e uréia

Frequência de

administração

Acima de 60Kg 80mg (2mL) Acima de 70 < 1,4 < 18 A cada 8 horas

Acima de 60Kg 80mg (2mL) 35 – 70 1,4 – 1,9 18 – 29 A cada 12 horas

Acima de 60Kg 80mg (2mL) 24 – 34 2,0 – 2,8 30 – 39 A cada 18 horas

Acima de 60Kg 80mg (2mL) 16 – 23 2,9 – 3,7 40 – 49 A cada 24 horas

Acima de 60Kg 80mg (2mL) 10 – 15 3,8 – 5,3 50 – 74 A cada 36 horas

Acima de 60Kg 80mg (2mL) 5 – 9 5,4 – 7,2 75 – 100 A cada 48 horas

60Kg ou menos 60mg (1,5mL) Conforme descrito acima

Em pacientes com infecção sistêmica grave e insuficiência renal, é aconselhável a administração do antibiótico com mais

frequência, mas em doses menores. Nesses indivíduos, devem-se determinar as concentrações séricas de gentamicina para

se obter concentrações adequadas, mas não excessivas. Durante o tratamento a concentração sérica deverá ser medida

intermitentemente para que se obtenha uma orientação para o ajuste da dose. Após a dose inicial usual, pode-se fazer um

cálculo aproximado para se determinar a dose reduzida, que deverá ser administrada em intervalos de 8 horas, dividindo-se

a dose normalmente recomendada pelo nível de creatinina no soro (Tabela II). Por exemplo, após a dose inicial deve-se

calcular a próxima dose, dividindo-se a dose habitualmente recomendada pela creatinina sérica. Portanto, um paciente com

60kg e creatinina sérica de 2,0mg/100mL deve receber 30mg a cada 8 horas (60mg dividido por 2), e paciente pediátrico

pesando 10Kg com um nível de creatinina de 2mg/100mL que receberia normalmente uma dose inicial de 20mg (2mg/Kg)

pode-se administrar-se então 10mg a cada 8 horas (20mg dividido por 2). Deve-se notar que o status da função renal pode

ser alterado durante o curso do processo infeccioso.

É importante reconhecer que, com a deterioração da função renal, pode-se necessitar de uma redução maior na dose do que

o especificado nas orientações para pacientes com a função renal alterada estável.

Página 8 de 11

TABELA II

Orientação para ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal (redução da dose em intervalos de 8 horas

após a dose inicial habitual)

Creatinina sérica (mg/100mL)

Depuração de creatinina

(mL/min/1,73m2

)

Porcentagem da dose habitual

≤ 1,0 ≥ 100 100

1,1 – 1,3 70 – 100 80

1,4 – 1,6 55 – 70 65

1,7 – 1,9 45 – 55 55

2,0 – 2,2 40 – 45 50

2,3 – 2,5 35 – 40 40

2,6 – 3,0 30 – 35 35

3,1 – 3,5 25 – 30 30

3,6 – 4,0 20 – 25 25

4,1 – 5,1 15 – 20 20

5,2 – 6,6 10 – 15 15

6,7 – 8,0 < 10 10

Nos pacientes adultos com insuficiência renal submetidos à hemodiálise, a quantidade de gentamicina removida do sangue

pode variar dependendo de diversos fatores, inclusive do método de diálise empregado. Uma hemodiálise de 6 horas pode

reduzir as concentrações séricas de gentamicina em aproximadamente 50%. Uma sessão mais curta de diálise removerá

menos fármaco. Em adultos a dose recomendada ao final de cada período de diálise é de 1 a 1,7mg/kg, dependendo da

gravidade da infecção. Em crianças, pode-se administrar uma dose de 2 a 2,5mg/kg. A eliminação de antibióticos

aminoglicosídeos pode, também, se realizar através de diálise peritoneal, mas em menor proporção do que por

hemodiálise.

Uma variedade de métodos está disponível para medir a concentração da gentamicina nos fluidos corporais; estes incluem

técnicas microbiológicas, enzimáticas, cromatografia líquida e radioimunoensaio.

Administração intravenosa

A administração intravenosa será recomendada na septicemia, choque e circunstâncias em que a via intramuscular não for

praticável. Pode, também, ser a via de administração preferida para alguns pacientes com insuficiência cardíaca

congestiva, distúrbios hematológicos, queimaduras graves ou para os pacientes com massa muscular reduzida.

Para a administração intravenosa em adultos, uma dose única de Gentamicin (sulfato de gentamicina) pode ser diluída em

50 a 200mL de solução de cloreto de sódio 0,9% ou em solução de dextrose em água a 5%; em lactentes e crianças, o

volume de diluente pode ser menor. A solução pode ser infundida por um período de meia hora a duas horas.

Em certas circunstâncias, a dose única de Gentamicin (sulfato de gentamicina) pode ser administrado diretamente na veia

ou na borracha do equipo, lentamente, por um período de 2 a 3 minutos.

Administração subconjuntival e subcapsular (cápsula de Tenon)

Clinicamente, Gentamicin (sulfato de gentamicina) pode ser utilizado por via subconjuntival com segurança nas infecções

bacterianas oculares profundas e graves causadas por microorganismos sensíveis. Também, pode ser usada eficazmente em

associação com penicilina antes e depois de cirurgias oculares, sempre que houver presença ou suspeita de infecção

bacteriana.

Tais administrações devem ser feitas exclusivamente por profissionais treinados. A dose usual de gentamicina varia de 10

a 20mg, dependendo da gravidade do caso. Gentamicin (sulfato de gentamicina) 40mg/mL, ou mais, deve ser usado devido

ao volume necessário para administrar essas doses. A dose apropriada é aplicada com uma seringa tuberculínica (de 1mL)

e agulha de calibre 27 – 30, em condições assépticas, por via subconjuntival ou dentro da cápsula de Tenon, após a

instilação de um anestésico tópico. A dose pode ser repetida 24 horas depois, se necessário.

Terapia inalatória

A terapia inalatória é adjuvante da sistêmica nas infecções pulmonares graves por nebulização ou instilação intratraqueal.

A dose habitual é de 20 a 40mg a cada 8 a 12 horas, diluída em solução de cloreto de sódio 0,9% para um volume

aproximado de 2mL.

Terapia concomitante: a dose de Gentamicin (sulfato de gentamicina) não deverá ser reduzida quando administrada

concomitantemente com outros antibióticos

Regime de dose específica (adultos)

Uretrite gonocócica masculina e feminina

Foi comprovado que Gentamicin (sulfato de gentamicina) em dose única intramuscular de 240 a 280mg foi eficaz no

tratamento da uretrite gonocócica (incluindo infecções por cepas resistentes à penicilina e a outros antibióticos) masculina

e infecções gonocócicas envolvendo o trato genital inferior feminino. Se Gentamicin (sulfato de gentamicina) (40mg/mL)

for usado, recomenda-se que a metade da dose seja injetada em cada nádega. A administração deve ser em região glútea

profunda.

Infecções urinárias

Os pacientes com infecções urinárias, especialmente crônicas e repetidas e sem evidência de insuficiência renal, podem ser

tratados com uma dose única diária de 160mg de gentamicina administrada por via intramuscular durante 7 a 10 dias. Para

Página 9 de 11

essa indicação, há uma apresentação disponível de 1 ampola de 2mL contendo 160mg. Para adultos que pesam menos de

50kg, a dose única diária é de 3,0mg/kg de peso corporal.

Terapia concomitante

Em combinação com outros antibióticos, a dose de Gentamicin (sulfato de gentamicina) não deverá ser reduzida.

MODO DE USAR

Gentamicin (sulfato de gentamicina) pode ser aplicada por via intramuscular, intravenosa, subconjuntival ou subcapsular

(cápsula de Tenon), nebulização ou instilação intratraqueal direta. A dose recomendada para via intravenosa e

intramuscular é idêntica.

Antes do tratamento, deve-se determinar o peso corporal do paciente para calcular a dose correta. A dose do

aminoglicosídeo em pacientes obesos deverá se basear na massa corporal magra estimada.

Gentamicin (sulfato de gentamicina) não deve ser misturado com outros medicamentos. Aplique-o em separado, de acordo

com a via de administração e o esquema posológico recomendados.

Devem-se medir as concentrações séricas máximas e residuais de gentamicina a fim de não ultrapassar as concentrações

adequadas.

Com 2 a 3 doses diárias intravenosas ou intramusculares de Gentamicin (sulfato de gentamicina), a concentração máxima

medida 30 minutos a uma hora após a administração situa-se na faixa de 4 a 6mcg/mL. Com a administração de uma dose

única diária podem ocorrer, transitoriamente, concentrações máximas altas. Com qualquer esquema, a dosagem deve ser

ajustada para se evitar concentrações acima de 12mcg/mL por períodos prolongados. Também, devem-se evitar níveis

séricos residuais acima de 2mcg/mL, imediatamente antes da próxima dose. A determinação de uma concentração sérica

adequada num paciente deve levar em conta a sensibilidade do agente causal, gravidade da infecção e o estado

imunológico do paciente.

Normalmente, a duração do tratamento para todos os pacientes é de 7 a 10 dias. Em infecções complicadas, recomenda-se

tratamento mais prolongado. Nesses casos, recomenda-se avaliar regularmente as funções renal, auditiva e vestibular, uma

vez que é mais provável a ocorrência de toxicidade com tratamentos acima de 10 dias. As doses devem ser reduzidas

quando clinicamente indicado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Nefrotoxicidade

Os efeitos nefrotóxicos, como demonstrado pela presença de cilindros, células ou proteínas na urina ou pelo levantamento

de BUN, NPN, creatinina sérica e oligúria, têm sido relatados. Estes efeitos ocorrem mais frequentemente em pacientes

com antecedentes de insuficiência renal e nos tratados durante longos períodos ou com doses mais altas que as

recomendadas.

Pacientes idosos e pediátricos podem estar particularmente em risco, e é aconselhável observação clinica monitorada.

Avaliação periódica da função renal e eletrólitos séricos é aconselhável para pacientes que receberam terapia prolongada

(acima de 7 a 10 dias) com Gentamicin (sulfato de gentamicina) ou que foram tratados com doses acima da dose

recomendada de acordo com idade, peso, ou função renal estimada.

Neurotoxicidade

Foram relatados efeitos adversos sobre os ramos vestibular e auditivo do oitavo par craniano, principalmente em pacientes

com alteração da função renal ou nos que fazem uso de altas doses e/ou que se submetem a tratamentos prolongados.

Esses sintomas incluem tontura, vertigem, tinido, ataxia, sensação de ruído nos ouvidos e perda de audição. A perda de

audição manifesta-se inicialmente pela diminuição da audição aos sons de alta tonalidade, e podem ser irreversíveis. Como

com outros aminoglicosídeos, as anormalidades vestibulares também podem ser irreversíveis. Outros fatores que podem

aumentar o risco de ototoxicidade induzida por aminoglicosídeos incluem: desidratação, administração concomitante com

ácido etacrínico ou furosemida, ou exposição prévia a outros fármacos ototóxicos. Também foram relatados formigamento

na pele, espasmos musculares, convulsões e uma síndrome similar à miastenia gravis.

Outras reações adversas possivelmente relacionadas à gentamicina incluem: depressão respiratória, letargia, confusão,

depressão, distúrbios visuais, diminuição do apetite, perda de peso, hipotensão e hipertensão; erupções cutâneas, prurido,

urticária, ardor generalizado, edema laríngeo, reações anafilactoides, febre, cefaleia; náusea, vômito, aumento da salivação,

estomatite; púrpura, pseudotumor cerebral, síndrome orgânica cerebral aguda, fibrose pulmonar, alopecia, dores

articulares, hepatomegalia transitória e esplenomegalia. Muito raramente foi relatada anafilaxia.

Embora a tolerância local à Gentamicin (sulfato de gentamicina) geralmente seja excelente, foi relatada, ocasionalmente,

dor no local da injeção.

Raramente, têm-se observado atrofia cutânea ou necrose - sugestivas de irritação local.

Alterações em testes laboratoriais

As anormalidades nos exames laboratoriais, possivelmente relacionadas com a gentamicina, incluem: elevação das

transaminases séricas [ALT (TGP), AST (TGO)] e aumento da desidrogenase lática no soro (DHL) e da bilirrubina;

diminuição do cálcio, magnésio, sódio e potássio séricos; anemia, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose transitória,

eosinofilia; aumento ou diminuição do número de reticulócitos; e trombocitopenia. Embora as anormalidades nos exames

clínicos laboratoriais possam ser achados isolados, elas podem se associar a sinais e sintomas clínicamente relacionados.

Foram relatadas tardiamente atrofia subcutânea ou necrose gordurosa, sugerindo irritação local.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.”

Página 10 de 11

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.