Bula do Geodon para o Profissional

Bula do Geodon produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Geodon
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO GEODON PARA O PROFISSIONAL

Geodon®

Laboratórios Pfizer Ltda.

Cápsulas

40 mg ou 80 mg

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04/Fev/2015

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cloridrato de ziprasidona monoidratado

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Geodon®

Nome genérico: cloridrato de ziprasidona monoidratado

APRESENTAÇÕES

40 mg ou 80 mg em embalagens contendo 14 ou 30 cápsulas.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL

USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO:

Cada cápsula de Geodon®

40 mg ou 80 mg contém cloridrato de ziprasidona monoidratado equivalente a 40 mg

ou 80 mg de ziprasidona base, respectivamente.

Excipientes: lactose monoidratada, amido de milho pré-gelatinizado, estearato de magnésio.

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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Geodon®

IM (mesilato de ziprasidona), pó para solução intramuscular, é indicado no controle rápido da agitação

em pacientes psicóticos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Agitação aguda em pacientes esquizofrênicos

A eficácia de ziprasidona intramuscular no controle de pacientes esquizofrênicos agitados foi estabelecida em

dois ensaios de curto prazo, duplo-cegos de pacientes esquizofrênicos considerados pelos investigadores como

sendo “agudamente agitados” e com necessidade de medicação antipsicótica intramuscular. Além disto, os

pacientes tinham que ter um escore de 3 ou mais em pelo menos 3 dos seguintes itens de PANSS: ansiedade,

tensão, hostilidade e excitação. A eficácia foi avaliada por análise da área sob a curva (AUC) da Escala de

Classificação de Atividade Comportamental (BARS – Behavioural Activity Rating Scale) e da classificação de

gravidade de Impressão Global Clínica (CGI). A BARS é uma escala de sete pontos com escores variando de 1

(dificuldade ou incapacidade de despertar) a 7 (violento, necessita de contenção). Os escores dos pacientes na

BARS na linha de base foram na maioria 5 (sinais de atividade manifesta [física ou verbal], se acalma com

ordens) e determinados pelos investigadores, exibiram um grau de agitação que garantiu o tratamento

intramuscular. Houve poucos pacientes com uma classificação maior que 5 na BARS, pois os pacientes mais

gravemente agitados geralmente eram incapazes de fornecer consentimento informado para a participação em

ensaios clínicos pré-comercialização.

Ambos os estudos compararam doses maiores de ziprasidona intramuscular com uma dose controle de 2 mg. Em

um estudo a dose maior foi de 20 mg, que podia ser administrada em até 4 vezes nas 24 horas do estudo, em

intervalos de administração de não menos que 4 horas. No outro estudo, a dose maior foi de 10 mg, que podia ser

administrada em até 4 vezes nas 24 horas do estudo, com intervalos entre as administrações de não menos que 2

horas.

Os resultados dos ensaios de ziprasidona intramuscular seguem:

(1) Em um ensaio de um dia, duplo-cego, randomizado (n=79) envolvendo doses de ziprasidona intramuscular

de 20 mg ou 2 mg, até quatro vezes ao dia, 20 mg de ziprasidona intramuscular foi estatisticamente superior a 2

mg de ziprasidona intramuscular, avaliado pela AUC da BARS à 0 e após 4 horas e pela gravidade CGI após 4

horas e no endpoint do estudo.

(2) Em um outro ensaio de um dia, duplo-cego, randomizado (n=117) envolvendo doses de ziprasidona

intramuscular de 10 mg ou 2 mg, até quatro vezes ao dia, 10 mg de ziprasidona intramuscular foi

estatisticamente superior a 2 mg de ziprasidona intramuscular, como avaliado pela AUC da BARS à 0 e após 2

horas, mas não pela gravidade CGI.

Em dois estudos clínicos abertos, de uma semana, ativo-controlados, Geodon®

IM foi administrado por injeção

intramuscular por até 3 dias em pacientes que, subsequentemente, continuaram o tratamento com Geodon®

oral.

A manutenção da eficácia, segurança e tolerabilidade foram demonstradas na transição da administração de

Geodon®

intramuscular para a via oral.

Foi observada uma redução no comportamento agitado, relacionada à dose, com início de uma melhora

significativa observada aos 15 minutos e a partir de 1 hora após a injeção até o endpoint (2 horas), com a dose de

10 mg, e a partir de 30 minutos após a injeção até o endpoint (4 horas), com a dose de 20 mg.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Estudos de Ligação aos Receptores

A ziprasidona possui alta afinidade pelos receptores de dopamina tipo 2 (D2) e afinidade substancialmente maior

pelos receptores de serotonina tipo 2A (5HT2A). A ziprasidona também interage com os receptores de serotonina

5HT2C, 5HT1D e 5HT1A, sendo que a afinidade por esses receptores é igual ou maior à sua afinidade pelo receptor

D2. A ziprasidona possui afinidade moderada pelos transportadores neuronais de serotonina e de norepinefrina e

apresenta afinidade moderada pelos receptores histamínicos H1 e receptores alfa1. O antagonismo a esses

receptores foi associado a sonolência e hipotensão ortostática, respectivamente. A ziprasidona apresenta

afinidade desprezível pelos receptores muscarínicos M1. O antagonismo a esse receptor foi associado a danos de

memória.

Estudos Funcionais dos Receptores

Estudos pré-clínicos adicionais foram realizados para identificar efeitos agonistas ou antagonistas em receptores

nos quais a ziprasidona se liga com afinidade de grau alto a moderado. A ziprasidona demonstrou ser antagonista

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tanto dos receptores de serotonina do tipo 2A (5HT2A) como dos receptores de dopamina do tipo 2 (D2). Sugere-

se que a atividade antipsicótica seja mediada, em parte, por meio desta combinação de atividades antagonistas.

A ziprasidona também é um antagonista potente dos receptores 5HT2C e 5HT1D, um agonista potente do receptor

5HT1A e inibe a recaptação neuronal de norepinefrina e serotonina. As propriedades de recaptação neuronal e

serotoninérgica da ziprasidona estão associadas à atividade antidepressiva. Além disso, o agonismo ao receptor

5HT1A foi associado a efeitos ansiolíticos. O antagonismo potente ao receptor 5HT2C foi associado à atividade

antipsicótica.

Estudos de Tomografia de Emissão de Pósitrons (PET) em Humanos

Após 12 horas da administração oral de 40 mg de ziprasidona, o bloqueio do receptor 5HT2A foi maior que 80%

e do receptor D2, maior que 50%, utilizando a tomografia de emissão de pósitrons (PET).

Informações Adicionais Provenientes de Estudos Clínicos

Resultados de um Extenso Estudo de Segurança Pós-Comercialização

Um estudo randomizado pós-aprovação com 18.239 pacientes em acompanhamento observacional por 1 ano foi

conduzido para determinar se o efeito da ziprasidona no intervalo QTc é associado a um aumento do risco de

mortalidade por não suicídio em pacientes com esquizofrenia. Este estudo, que foi conduzido em ambientes da

prática clínica, não mostrou diferenças na taxa de mortalidade por não suicídio entre os tratamentos com

ziprasidona e olanzapina.

Propriedades Farmacocinéticas

A biodisponibilidade da ziprasidona intramuscular é de 100%. Após a administração intramuscular de doses

únicas, as concentrações séricas máximas ocorreram tipicamente cerca de 60 minutos após a administração e a

meia-vida média (t½) varia aproximadamente de 2 a 5 horas. Há um aumento da exposição relacionado à dose e,

após 3 dias de administração intramuscular, é observado um pequeno acúmulo.

O clearance sistêmico médio de ziprasidona administrada intravenosamente é de 7,5 mL/min/kg e o volume de

distribuição é de aproximadamente 1,5 L/kg. A ziprasidona está extensivamente ligada às proteínas plasmáticas

(> 99%) e a ligação parece ser independente da concentração.

O metabolismo e a eliminação do mesilato de ziprasidona não foram sistematicamente avaliados após a

administração intramuscular. O padrão metabólico excretor da ziprasidona após administração intramuscular não

deve ser diferente do observado após administração oral porque o clearance não metabólico é baixo.

A ziprasidona é extensamente metabolizada após administração oral; apenas uma pequena quantidade é

excretada na urina (< 1%) ou nas fezes (< 4%) como fármaco inalterado. A ziprasidona é depurada

principalmente por três vias metabólicas, levando à formação de quatro principais metabólitos circulantes,

sulfóxido de benzisotiazol piperazina (BITP), sulfona de BITP, sulfóxido de ziprasidona e S-metil-

diidroziprasidona. Aproximadamente 20% da dose é excretada na urina, com aproximadamente 66% sendo

eliminada nas fezes. A ziprasidona inalterada representa cerca de 44% do total de substâncias séricas

relacionadas ao fármaco.

Estudos in vitro indicam que o citocromo CYP3A4 é o principal citocromo P450 catalisador do metabolismo

oxidativo da ziprasidona. O metabólito S-metil-diidroziprasidona é gerado em 2 etapas catalisadas pela aldeído

oxidase e pela tiol metiltransferase.

A ziprasidona, a S-metil-diidroziprasidona e o sulfóxido de ziprasidona, quando testados in vitro, compartilham

propriedades que podem ser preditivas de um efeito de prolongamento do intervalo QTc. A S -

-metil-diidroziprasidona é eliminada principalmente por excreção fecal e por metabolismo catalisado pelo

CYP3A4. O sulfóxido é eliminado por excreção renal e por metabolismo secundário catalisado pelo CYP3A4.

Em um estudo de fase I, o cetoconazol (400 mg/dia), um inibidor do citocromo CYP3A4, aumentou as

concentrações séricas da ziprasidona em menos que 40%. A concentração sérica da S-metil-diidroziprasidona, no

Tmáx esperado da ziprasidona, foi aumentada em 55% durante o tratamento com o cetoconazol. Não foi

observado prolongamento adicional do intervalo QTc.

Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na farmacocinética da ziprasidona em indivíduos

jovens e idosos, homens ou mulheres, após administração oral.

A avaliação farmacocinética das concentrações séricas de ziprasidona em pacientes tratados por via oral não

revelou qualquer diferença farmacocinética significativa entre fumantes e não fumantes.

Não foram observadas diferenças acentuadas na farmacocinética da ziprasidona oral em pacientes com

insuficiência renal de grau moderado a grave, quando comparado a indivíduos com função renal normal. Não se

sabe se as concentrações séricas desses metabólitos aumentaram nesses pacientes.

Como o excipiente ciclodextrina presente na formulação de Geodon®

IM é depurado pela filtração renal,

Geodon®

IM deve ser administrado com cuidado em pacientes com comprometimento da função renal.

Na insuficiência hepática de grau leve a moderado (classes A e B de Child-Pugh), as concentrações séricas de

ziprasidona após a administração oral foram 30% mais altas e a meia-vida terminal foi prolongada em cerca de 2

horas em relação aos indivíduos sadios.

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Dados de Segurança Pré-Clínicos

Dados de segurança pré-clínicos de ziprasidona administrada por via oral, baseados em estudos convencionais de

segurança farmacológica, genotóxicas e de potencial carcinogênico, não revelaram risco especial para humanos.

Em estudos reprodutivos em ratos e coelhos, a ziprasidona não apresentou evidências de teratogenicidade.

Efeitos adversos sobre a fertilidade, aumento do número de filhotes natimortos, diminuição do peso dos filhotes

e atraso no desenvolvimento funcional foram observados em doses que causaram toxicidade materna, como

sedação e diminuição no ganho de peso corpóreo. Aumento da mortalidade perinatal e atraso no

desenvolvimento funcional dos animais ocorreram quando concentrações plasmáticas maternas foram

extrapoladas para serem similares às concentrações máximas em humanos nas doses terapêuticas.

Nos estudos da ziprasidona por via parenteral, não houve eventos adversos relevantes com o uso clínico do

produto.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Geodon®

IM é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à ziprasidona ou a qualquer

componente da fórmula.

IM também é contraindicado a pacientes com prolongamento conhecido do intervalo QT, incluindo

síndrome congênita do QT longo; a pacientes com infarto do miocárdio recente, insuficiência cardíaca

descompensada ou arritmias cardíacas que necessitem de tratamentos com fármacos antiarrítmicos das classes IA

e III (vide item 5 - Advertências e Precauções).

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Intervalo QT

A ziprasidona causa um prolongamento no intervalo QT de grau leve a moderado.

Na base de dados dos estudos clínicos realizados no período pré–comercialização para a formulação oral, a

incidência de prolongamento do intervalo QTc para um valor acima de 500 ms foi de 3 casos em um total de

3266 pacientes (0,1%) tratados com ziprasidona e de 1 caso em um total de 538 pacientes (0,2%) recebendo

placebo. Um em 541 pacientes (0,18%) recebendo ziprasidona intramuscular apresentou prolongamento do

intervalo QTc (≥ 500 ms).

Alguns fármacos, incluindo antiarrítmicos das classes IA e III que prolongam o intervalo QT, foram associados à

ocorrência rara de torsade de pointes, uma arritmia com risco de vida (vide item 4 - Contraindicações).

Existem raros casos de torsade de pointes em pacientes com múltiplos fatores de risco na experiência pós

-comercialização com Geodon®

IM. Uma relação causal com a ziprasidona ainda não foi estabelecida.

Geodon®

IM deve ser utilizado com cautela em pacientes com os seguintes fatores de risco, que podem aumentar

o risco de ocorrência desta arritmia:

 bradicardia;

 desequilíbrio eletrolítico;

 uso concomitante com outros fármacos que prolongam o intervalo QT.

Se sintomas cardíacos sugestivos de arritmias forem observados ou relatados durante o tratamento, deve ser feita

uma avaliação cardiológica apropriada. Se o intervalo QTc encontrado for maior que 500 ms, é recomendado

que o tratamento seja interrompido (vide item 4 - Contraindicações).

Tromboembolismo Venoso

Foram descritos casos de tromboembolismo venoso (TEV) associados a drogas antipsicóticas. Como os

pacientes tratados com antipsicóticos muitas vezes apresentam fatores de risco adquiridos para TEV, todos os

possíveis fatores de risco para TEV devem ser identificados antes e durante o tratamento com ziprasidona e

medidas preventivas devem ser tomadas.

Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM)

A Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), um complexo potencialmente fatal, foi relatada em associação a

fármacos antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. As manifestações clínicas de SNM são: hiperpirexia, rigidez

muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou pressão arterial irregular,

taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Sinais adicionais podem incluir níveis elevados de creatina

fosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. Se um paciente desenvolver sinais e

sintomas indicativos de SNM ou se apresentar febre alta inexplicada sem manifestações clínicas adicionais de

SNM, todos os fármacos antipsicóticos devem ser descontinuados.

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Reações Adversas Cutâneas Graves

Reação a medicamentos com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) foi relatada com a exposição à

ziprasidona. DRESS consiste de uma combinação de três ou mais das seguintes reações: reação cutânea (tais

como rash ou dermatite esfoliativa), eosinofilia, febre, linfadenopatia e uma ou mais complicações sistêmicas,

tais como hepatite, nefrite, pneumonite, miocardite e pericardite.

Outras reações adversas cutâneas graves, tais como a síndrome de Stevens-Johnson, foram relatadas com a

exposição à ziprasidona.

Reações adversas cutâneas graves são às vezes fatais. Descontinuar o uso de ziprasidona se reações adversas

cutâneas graves ocorrerem.

Discinesia Tardia

Assim como ocorre com outros antipsicóticos, existe um potencial da ziprasidona causar discinesia tardia e

outras síndromes extrapiramidais tardias após tratamento prolongado. Se aparecerem sinais e sintomas de

discinesia tardia, deve-se considerar a redução da dose ou a descontinuação de Geodon®

IM.

Doença Cardiovascular

A segurança e eficácia em pacientes com doenças cardiovasculares não foram estabelecidas.

Pressão Arterial

Tontura, taquicardia, hipertensão e hipotensão postural podem ocorrer após a administração de Geodon®

Deve-se ter cuidado principalmente com pacientes ambulatoriais.

Convulsões

Assim como ocorre com outros antipsicóticos, recomenda-se cautela no tratamento de pacientes com histórico de

convulsões.

Fármacos Ativos no SNC/ Álcool

Considerando os efeitos primários da ziprasidona no SNC, deve-se ter cautela quando esta for administrada em

associação a outros agentes de ação central, incluindo álcool e fármacos que agem nos sistemas dopaminérgico e

serotoninérgico.

Aumento da Mortalidade em Pacientes Idosos com Psicose Relacionada à Demência

Dados sobre pacientes idosos com psicose relacionada à demência demonstraram risco aumentado de morte,

quando tratados com medicamentos antipsicóticos, em comparação aos pacientes tratados com placebo. Os

dados de estudos com ziprasidona no tratamento de pacientes idosos com demência são insuficientes para

concluir se existe ou não um risco aumentado de morte com ziprasidona vs. placebo nesta população de

pacientes. A ziprasidona não está aprovada para o tratamento de pacientes idosos com psicose relacionada à

demência.

Relatos de Mortalidade Pós-Comercialização

Assim como com outros antipsicóticos intramusculares, foram relatadas mortes com o uso de Geodon®

IM,

geralmente em pacientes com múltiplos fatores de risco de confusão. Embora uma relação causal não tenha sido

estabelecida, Geodon®

IM deve ser usado com cautela.

Priapismo

Casos de priapismo têm sido relatados com o uso de antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. Esta reação adversa,

assim como acontece com outras drogas psicotrópicas, não parece ser dose-dependente e não tem correlação com

a duração do tratamento.

Uso Durante a Gravidez e Lactação

Estudos de toxicidade na reprodução realizados com ziprasidona oral não demonstraram efeitos adversos no

processo reprodutivo, além daqueles secundários à toxicidade materna resultante de um efeito farmacológico

exacerbado, em doses iguais ou maiores que 17,5 vezes a dose máxima recomendada para humanos (DMRH).

Não houve evidências de teratogenicidade com as doses estudadas (vide item 3 – Características Farmacológicas

- Dados de Segurança Pré-Clínicos).

Uso durante a Gravidez

Não foram conduzidos estudos em mulheres grávidas. Mulheres com potencial de engravidar que estejam

recebendo Geodon®

IM devem ser aconselhadas a utilizar um método contraceptivo adequado. Como a

experiência clínica é limitada, a administração de Geodon®

IM não é recomendada durante a gravidez, a menos

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que o benefício esperado para a mãe supere o risco potencial ao feto (vide item 3 – Características

Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos).

Geodon® IM é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Uso durante a Lactação

Não se sabe se a ziprasidona é excretada no leite materno. As pacientes devem ser advertidas a não amamentar

se estiverem em tratamento com Geodon®

Efeitos na Habilidade de Dirigir e de Operar Máquinas

Assim como ocorre com outros fármacos psicoativos, Geodon®

IM pode causar sonolência.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Fármacos Antiarrítmicos das Classes IA e III – vide item 4 - Contraindicações e item 5 - Advertências e

Precauções – Intervalo QT.

Uso Concomitante com Outros Fármacos que Prolongam o Intervalo QT – vide item 5 - Advertências e

Fármacos Ativos no SNC/Álcool – vide item 5 - Advertências e Precauções – Fármacos Ativos no SNC/Álcool.

Todos os estudos de interação foram conduzidos com Geodon®

(cloridrato de ziprasidona) oral.

Efeito de Geodon®

sobre Outros Fármacos

A ziprasidona não demonstrou efeito inibitório sobre CYP1A2, CYP2C9 ou CYP2C19, quando testada em

microssomos hepáticos humanos. A concentração de ziprasidona requerida para inibir os citocromos CYP2D6 e

CYP3A4, in vitro, é no mínimo 1000 vezes maior que a concentração livre que pode ser esperada in vivo. É

improvável que a ziprasidona cause interações medicamentosas clinicamente importantes mediadas por estas

enzimas.

- dextrometorfano – de acordo com os resultados obtidos in vitro, um estudo em voluntários sadios demonstrou

que a ziprasidona não alterou o metabolismo do dextrometorfano, mediado pelo CYP2D6, para seu principal

metabólito, a dextrorfano.

- contraceptivos orais - a administração de ziprasidona não resulta em alteração significativa na farmacocinética

de estrógenos (etinilestradiol, um substrato do CYP3A4) ou progesterona.

- lítio - a coadministração de ziprasidona não teve efeito na farmacocinética do lítio.

- ligação às proteínas – a ziprasidona se liga extensivamente às proteínas plasmáticas. A ligação da ziprasidona

às proteínas plasmáticas, in vitro, não foi alterada pela varfarina ou propranolol (2 fármacos que são altamente

ligados às proteínas), e a ziprasidona também não alterou a ligação destes fármacos no plasma humano. Desta

maneira, o potencial de um fármaco interagir com a ziprasidona devido ao deslocamento é improvável.

Efeitos de Outros Fármacos sobre Geodon®

IM

A ziprasidona é metabolizada pela aldeído oxidase e em menor extensão pelo CYP3A4. Não há indutores ou

inibidores clinicamente conhecidos da aldeído oxidase que sejam relevantes.

O cetoconazol, um potente inibidor do CYP3A4, na dose de 400 mg ao dia, produziu um aumento de

aproximadamente 35% na exposição da ziprasidona (AUC e Cmáx). Estas alterações produzidas pelo

cetoconazol parecem não ter relevância clínica. Dados in vitro indicam que a ziprasidona é um substrato da

glicoproteína P (P-gp). A relevância in vivo é desconhecida. A coadministração com indutores de CYP-3A4 e P-

gp, como a carbamazepina, rifampicina e Erva-de-São-João, pode levar à redução das concentrações de

ziprasidona.

A carbamazepina, um indutor do CYP3A4, na dose de 200 mg a cada 12 horas, produziu uma diminuição de

36% na exposição da ziprasidona. Estas alterações produzidas pela carbamazepina parecem não ter relevância

clínica.

A cimetidina, um inibidor não específico do CYP, não afetou significativamente a farmacocinética da

A avaliação farmacocinética das concentrações séricas de ziprasidona em estudos clínicos não revelou qualquer

evidência de interações clinicamente significativas com a benzatropina, propranolol ou lorazepam.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

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Geodon®

IM, pó para solução intramuscular, deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC),

protegido da luz (NÃO armazenar em temperatura superior a 30ºC), e pode ser utilizado por 24 meses a partir da

data de fabricação. Evitar o congelamento para não danificar a ampola do diluente.

A estabilidade química e física do produto reconstituído foi demonstrada durante 24 horas a 25 ºC e durante 7

dias em temperatura entre 2 e 8ºC. Entretanto, sob o ponto de vista microbiológico, é recomendado que o

produto seja utilizado imediatamente após a reconstituição ou dentro de 24 horas se o produto for mantido em

temperatura entre 2 e 8ºC.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde o frasco-ampola na embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas: pó liofilizado branco a esbranquiçado; após reconstituição se apresenta

como uma solução límpida, livre de partículas.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Geodon®

IM é indicado apenas para uso intramuscular. Não administrar por via intravenosa.

Uso em Adultos

A dose recomendada é de 10 mg a 20 mg, administrada conforme a necessidade, até a dose máxima de 40

mg/dia. As doses de 10 mg podem ser administradas a cada 2 horas e as doses de 20 mg podem ser

administradas a cada 4 horas até uma dose máxima de 40 mg/dia.

A administração intramuscular da ziprasidona por mais de 3 dias consecutivos não foi estudada.

Se houver indicação para tratamento prolongado, a administração intramuscular deve ser substituída, assim que

clinicamente apropriado, por administração via oral de Geodon®

(cloridrato de ziprasidona) cápsulas.

Uso em Crianças

A segurança e eficácia em indivíduos menores de 18 anos não foram estabelecidas.

Uso em Idosos

A segurança e eficácia em pacientes idosos (65 anos ou mais) não foram estabelecidas.

Uso na Insuficiência Renal

Uma vez que o excipiente ciclodextrina presente na formulação de Geodon®

IM é excretado exclusivamente

pelos rins, deve-se ter cautela ao administrar Geodon®

IM em pacientes com a função renal comprometida (vide

item 3 – Características Farmacológicas - Propriedades Farmacocinéticas).

Uso na Insuficiência Hepática

Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve a moderado, doses menores devem ser consideradas. Uma

vez que não há experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática grave, Geodon®

IM deve ser

utilizado com cautela neste grupo de pacientes (vide item 3 – Características Farmacológicas - Propriedades

Farmacocinéticas).

Uso em Fumantes

Não é necessário ajuste de dose em pacientes fumantes.

Instruções para Administração

O conteúdo do frasco-ampola deve ser reconstituído com 1,2 mL de água para injetáveis (diluente que

acompanha o produto) e homogeneizado até dissolução completa, resultando em uma solução contendo 20

mg/mL de ziprasidona. Apenas soluções límpidas, livres de partículas devem ser utilizadas. O frasco-ampola é

para uso único e possui um excesso (overfill) do fármaco de modo a permitir a retirada de 1 mL da solução, que

corresponde a 20 mg de ziprasidona. O restante deve ser desprezado.

O volume máximo utilizável é 1 mL (20 mg).

Esse produto não deve ser misturado a outros medicamentos ou solventes, exceto em água para injetáveis.

IM deve ser administrado somente por via intramuscular.

Dose Omitida

Como Geodon®

IM é um medicamento de uso hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que

acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a

programação.

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9. REAÇÕES ADVERSAS

Tabela de reações adversas ao medicamento

Sistema de

classe de

órgãos

Muito

comum

≥ 1/10

Comum

≥ 1/100

a < 1/10

Incomum

≥ 1/1 000 a

< 1/100

Raro

≥ 1/10.000 a

< 1/1.000

raro

< 1/10.000

Frequência não

conhecida

(impossível estimar

com base nos dados

disponíveis)

Distúrbios do

sistema

imunológico

Hipersensibilidade*

metabolismo e

nutrição

Diminuição

do apetite

Distúrbios

psiquiátricos

Agitação,

insônia*

Transtorno

psicótico,

mania*

Hipomania*

sistema nervoso

Distonia*,

acatisia,

tontura,

transtorno

extrapiramid

al, dor de

cabeça,

tremor,

sonolência

Síncope*,

discinesia

Rigidez em

roda-

denteada

Síndrome

serotoninérgica*a

,

síndrome

neuroléptica

maligna*, paralisia

do VIIº

par craniano*,

discinesia tardia*

auditivos e do

labirinto

Vertigem

cardíacos

Taquicardia* Bradicardia Torsade de pointes *b

vasculares

Hipertensão Hipotensão*

, hipotensão

ortostática*

Ondas de

calor

Embolismo venoso*b

respiratórios,

torácicos e

mediastinais

Laringoespas

mo

gastrointestinais

Vômito*,

náusea, boca

seca,

constipação

Diarreia Disfagia* Língua inchada*

Distúrbios da

pele e do tecido

subcutâneo

Rash*,

hiperidrose

Angioedema*,

reação a

medicamentos com

eosinofilia e sintomas

sistêmicos (DRESS)*

renais e

urinários

Disúria Incontinência

urinária*, enurese*

reprodutivo e

mama

Priapismo* Galactorreia*,

gerais e

condições do

Astenia, dor

no local da

injeção,

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local de

administração

fadiga

*Eventos experimentados durante a experiência pós-comercialização

a

Individualmente ou em combinação com medicamentos serotonérgicos

b

Vide item 5. Advertências e precauções especiais para uso

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

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