Bula do Gino Mizonol produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.00_06/2014
GINO - MIZONOL
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Creme Vaginal
20mg/g
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MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
Gino -Mizonol
nitrato de miconazol
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Creme vaginal de 20mg/g: Embalagem contendo 1 bisnaga de 80g, acompanhada de 14 aplicadores.
USO GINECOLÓGICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada g do creme vaginal contém:
nitrato de miconazol..........................................................................................................................................................20mg
Excipientes: miristato de isopropila, álcool cetoestearílico, álcool cetoestearílico etoxilado, petrolado liquido, butil-
hidroxianisol, ácido benzoico, monoestearato de glicerila, propilenoglicol e água purificada.
Gino – Mizonol é destinado ao tratamento de infecções vulvovaginais e perianais produzidas por Candida.
A eficácia do miconazol no tratamento de vulvovaginites causadas por fungos foi avaliada em um estudo duplo-cego
controlado com placebo, envolvendo 230 pacientes com cultura positiva para alguma espécie de Candida (principalmente,
Candida albicans). O controle terapêutico, da mesma forma que o diagnóstico e identificação do patógeno, foi feito através
de exames ginecológicos e laboratoriais. As pacientes foram tratadas com: miconazol creme 1%, miconazol creme 2%,
comparativo por via oral ou creme contendo apenas o veículo. Ao final do tratamento, o grupo miconazol creme 2%
apresentou taxa de cura (95%) significantemente melhor que os grupos miconazol 1% creme, comparativo por via oral (p <
0,0001) e controle (p < 0,0001).1
Em um estudo randomizado envolvendo 139 pacientes com diagnóstico de candidíase da vulva e da vagina, das quais 46
eram gestantes, foi realizado o tratamento com creme de nitrato de miconazol 2% (1 aplicador uma vez ao dia, ao deitar,
durante 14 dias) ou com um comparativo por via oral. Entre as 56 pacientes tratadas com miconazol na forma de creme, 51
(91,1%) obtiveram cura em comparação com 46 (76,7%) daquelas tratadas por via oral.2
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Foi realizado um estudo clínico envolvendo 48 pacientes com teste laboratorial positivo para Candida e com presença de
leucorreia e prurido. Dessas pacientes 35 eram portadoras de vaginite aguda e 13 de vaginite crônica ou recidivante, com
idade média de 33 anos. A posologia preconizada de 1 aplicador tratamento e, ao final deste, os exames laboratoriais foram
negativos em 91,7% dos casos.3
Referências:
1. PROOST, J. et al. Miconazole in the Treatment of Mycotic Vulvovaginitis. Am J Obstet Gynecol, v.112, n.5, p.688-92,
mar. 1972.
2. DAVES, J.E., et al. Comparative Evaluation of Monistat and Mycostatin in the Treatment of Vulvovaginal Candidiasis.
Obstetrics and Gynecology. v.44, n.3, p. 403-406, fev.1974.
3. GODTS, P., VERMYLER, P., VAN CUTSEM. J. Clinical Evaluation of Miconazole Nitrate in the Treatment of Vaginal
Candidiasis. Arzneim. Forsch., v.21, p.65-257, 1971.
Propriedades Farmacodinâmicas:
O nitrato de miconazol, substância ativa de Gino – Mizonol, é um agente antifúngico com amplo espectro de ação,
atingindo igualmente os dermatófitos e leveduras patogênicos para o homem. Apresenta uma ação fungistática de alta
potência, capaz de inibir o crescimento de colônias de diferentes espécies de Candida.
Seu mecanismo de ação está baseado na inibição da biossíntese de ergosterol do fungo e alteração da composição de outros
componentes lipídicos da membrana do fungo, o que resulta na necrose destas células.
As pesquisas realizadas demonstraram que após a adição do nitrato de miconazol às culturas de fungos em meio líquido de
Sabouraud, incubadas a 25°C durante 14 dias, não houve crescimento de Candida albicans ou outra espécie desse gênero.
Mesmo nas formas mais rebeldes à terapia, que são as que acometem as gestantes e as diabéticas, os resultados são
excelentes.
Seu efeito antipruriginoso é potente, proporcionando alívio imediato após as primeiras aplicações.
Propriedades Farmacocinéticas:
- Absorção: o miconazol persiste na vagina por até 72 horas após uma única aplicação. A absorção sistêmica do miconazol
após administração intravaginal é limitada, com biodisponibilidade de 1 a 2% após a administração intravaginal de uma
dose de 1200mg. As concentrações plasmáticas de miconazol são mensuráveis após 2 horas de administração de alguns
pacientes, com níveis máximos observáveis após 12 a 24 horas depois da administração.
A concentração plasmática diminui lentamente a seguir, sendo ainda mensurável na maioria dos pacientes, 96 horas após a
aplicação. Uma segunda dose administrada 48 horas após, resultou em um perfil plasmático semelhante ao da primeira
aplicação.
- Distribuição: o miconazol absorvido fica ligado às proteínas plasmáticas em 88,2% e aos eritrócitos em 10,6%.
- Metabolismo e excreção: a pequena quantidade de miconazol que é absorvida é eliminada predominantemente nas fezes,
igualmente como droga inalterada ou seus metabólitos, em um período de até quatro dias após a administração. Quantidades
menores da droga inalterada e seus metabólitos também aparecem na urina. A meia-vida média de eliminação aparente é de
57 horas.
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Hipersensibilidade ao nitrato de miconazol ou aos excipientes da formulação.
Durante as primeiras semanas da gravidez e durante a amamentação, o uso de qualquer medicação deve ser feito sob
orientação médica.
Categoria de risco na gravidez: Categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O tratamento deve ser interrompido se ocorrer reação alérgica ou de hipersensibilidade local ao medicamento.
Quando o parceiro sexual também estiver infectado, deve-se indicar terapia apropriada. O contato de nitrato de miconazol
com diafragmas e preservativos a base de látex, usados para contracepção, deve ser evitado, uma vez que a borracha pode
ser danificada.
É sabido que a administração sistêmica de miconazol inibe a CYP3A4/2C9. Devido à disponibilidade sistêmica limitada
após aplicação vaginal, é improvável que ocorram interações clinicamente relevantes. Entretanto, em pacientes recebendo
anticoagulantes orais, como varfarina, deve-se ter cautela e o efeito anticoagulante deve ser monitorado.
Medidas habituais de higiene devem ser tomadas, como por exemplo, não compartilhar a toalha de banho. O parceiro sexual
também deve ser tratado.
Categoria de risco na gravidez: Categoria C.
É sabido que a administração sistêmica de miconazol inibe a CYP3A4/2C9. Devido à disponibilidade sistêmica limitada
após aplicação vaginal, é muito raro ocorrer interações clinicamente relevantes. Em pacientes recebendo anticoagulantes
orais, como varfarina, deve-se ter cautela e o efeito anticoagulante deve ser monitorado. As ações e os efeitos colaterais de
alguns outros medicamentos como hipoglicemiantes orais e fenitoína, quando administrados concomitantemente ao
miconazol, podem ser aumentados, devendo-se ter cautela.
O contato de nitrato de miconazol com diafragmas e preservativos (camisinha) a base de látex, usados para contracepção,
deve ser evitado, uma vez que a borracha pode ser danificada.
Gino - Mizonol deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC), protegido da luz e umidade.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
Gino - Mizonol apresenta-se na forma de creme homogêneo de coloração branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
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Não interrompa as aplicações durante o período menstrual. Veja as instruções de uso do aplicador a seguir:
1) Retire a tampa da bisnaga e perfure o lacre da bisnaga, introduzindo o pino perfurante da tampa.
2) Adapte o aplicador ao bico da bisnaga.
3) Aperte a base da bisnaga com os dedos, de maneira a forçar a entrada do creme no aplicador, preenchendo todo o espaço
vazio, com cuidado para que o creme não extravase o êmbolo.
4) Retire o aplicador e feche novamente a bisnaga.
5) Introduza delicadamente o aplicador na vagina, o mais profundamente possível, e empurre o êmbolo para dentro, até
esvaziar o aplicador.
6) A aplicação faz-se com maior facilidade estando a paciente deitada de costas, com as pernas dobradas.
7) Quando utilizado seguindo as instruções, o aplicador cheio contém a dose adequada (5g de creme), considerando ainda o
resíduo que permaneceu no aplicador.
Utilizar um aplicador completamente preenchido com aproximadamente 5g, inserido o mais profundamente possível na
vagina, uma vez ao dia, ao deitar, durante 14 dias consecutivos.
Não deve ser utilizado mais de 5g (1 aplicador preenchido) por dia.
Dados de estudo clínico: Eventos adversos, independentemente da causa, relatados em dois estudos clínicos fase III estão
demonstrados abaixo. Um total de 537 mulheres com candidíase microbiologicamente confirmada e sintomas (prurido
vulvovaginal, ardência/irritação); ou sinais de eritema vulvar, edema, escoriações; eritema vaginal ou edema foram tratados
com miconazol intravaginal. As pacientes foram randomicamente agrupadas para o tratamento com uma cápsula de 1200mg
em dose única ou 7 dias de aplicação de creme vaginal a 2% de miconazol. Não houve controle com placebo. A segurança
foi autoavaliada diariamente com um cartão de eventos. Na tabela estão incluídos os eventos relatados por 5% das pacientes
em cada grupo de tratamento.
Orgão ou sistema Miconazol creme 2% 7 dias Miconazol cápsula 1200mg
Evento adverso (N = 265), % (N = 272), %
Todos os eventos adversos 64 70
Distúrbios do sistema nervoso
cefaleia 18,9 17,6
Distúrbios urinários e renais
Infecção do trato urinário não especificada --- 5,1
Distúrbios da mama e sistema reprodutivo
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Prurido genital feminino 26,8 19,1
Sensação de ardência genital 23,8 26,1
Irritação vaginal 15,5 20,2
Corrimento vaginal 4,5 10,3
Dados de pós-comercialização: as reações adversas obtidas através de relatos espontâneos durante o período de pós-
comercialização mundial com nitrato de miconazol encontram-se abaixo, segundo o critério a seguir. As reações adversas
estão ordenadas por frequência, usando a seguinte convenção:
Frequência das Reações Adversas
> 1/10 (> 10%) muito comum
> 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%) comum (frequente)
> 1/1000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%) incomum (infrequente)
> 1/10.000 e < 1/1000 (> 0,0 1% e < 0,1%) rara
< 1/10.000 (< 0,01%) muito rara
As frequências observadas abaixo refletem as taxas de reações adversas relatadas espontaneamente e não representam a
estimativa mais precisa da incidência que poderia ser obtida em estudos clínicos ou epidemiológicos.
Relatos de eventos adversos pós-comercialização:
- Distúrbios do sistema imune:
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): condições alérgicas incluindo
anafiláticas e anafilactoides e edema angioneurótico.
- Distúrbios do tecido subcutâneo e pele:
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): urticária, prurido e erupção
cutânea.
- Distúrbios da mama e sistema reprodutivo:
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor pélvica (cólica), sensação
de ardência genital, prurido genital feminino, irritação vaginal, corrimento vaginal (vaginite).
- Distúrbios gerais e do local de aplicação:
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): reações no local de
aplicação.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.