Bula do Glibenclamida produzido pelo laboratorio Prati Donaduzzi & Cia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Glibenclamida_bula_profissional
Glibenclamida
Prati-Donaduzzi
Comprimido
5 mg
Glibenclamida_bula_ profissional 1
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
glibenclamida
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimido de 5 mg em embalagem com 30, 400 ou 1.000 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
glibenclamida............................................... 5 mg
excipiente q.s.p............................................ 1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, povidona, crospovidona e estearato de magnésio.
Este medicamento é destinado ao tratamento oral do Diabetes mellitus não insulino-dependente (Tipo 2 ou diabetes do adulto), quando os
níveis sanguíneos de glicose não podem ser controlados apenas por dieta, exercício físico e redução de peso.
A eficácia de glibenclamida no controle do diabetes tipo 2 pode ser comprovada no estudo multicêntrico envolvendo 15 centros de pesquisa,
4.075 pacientes, divididos em vários grupos de análises, dentre eles, grupos usando metformina, insulina e glibenclamida. Clauson, et al.
demonstraram, em um estudo randomizado envolvendo 39 pacientes acompanhados por um ano, que a glibenclamida é eficaz e melhora o
controle da glicemia a longo prazo. Fischer, et al. comprovaram também a eficácia de glibenclamida em seu estudo com 77 pacientes
diabéticos tipo 2, estudo este randomizado, duplo cego placebo controlado por 16 semanas, ou seja, comprovou uma melhora substancial no
controle da glicose. Liu, et al. comprovaram a eficácia de glibenclamida em conjunto com insulina no controle glicêmico dos mesmos,
estudando pacientes diabéticos não insulino-dependentes por 12 meses. Liu D. também afirma que essa terapia combinada induz a produção
maior de insulina endógena.
Martin, et al. publicaram um estudo de coorte multicêntrico envolvendo 91 pacientes com diabetes tipo 2 por 1 ano, com resultados de
eficácia da glibenclamida, diminuindo o peso dos pacientes e melhorando o controle de glicemia.
Farmacodinâmica
Este medicamento apresenta como princípio ativo a glibenclamida, antidiabético oral do grupo das sulfonilureias, dotado de potente ação
hipoglicemiante e ótima tolerabilidade. Tanto em pessoas saudáveis quanto em pacientes com Diabetes mellitus não insulino-dependentes
(tipo 2), a glibenclamida reduz a concentração plasmática de glicose através da estimulação da liberação de insulina pelas células beta do
pâncreas. Este efeito funciona em interação com a glicose (melhora da resposta das células beta ao estímulo fisiológico da glicose). A
glibenclamida também apresenta efeitos extra pancreáticos: ela reduz a produção de glicose hepática e melhora a ligação e a sensibilidade da
insulina nos tecidos periféricos. Após dose única matinal, o efeito hipoglicemiante permanece detectável por, aproximadamente, 24 horas.
Durante o tratamento a longo prazo, o efeito hipoglicemiante da glibenclamida se mantém, enquanto que os níveis de insulina voltam ao
valor normal. A glibenclamida apresenta uma leve ação diurética e aumenta a depuração de água livre.
Farmacocinética
Absorção
A glibenclamida é rapidamente absorvida após administração oral. A absorção da glibenclamida não é significativamente afetada pelos
alimentos. É bem absorvida pelo trato gastrintestinal; os níveis séricos máximos ocorrem cerca de 2 a 4 horas após a dose oral e persistem
por 24 horas. O início da ação ocorre em aproximadamente 1 hora a 90 minutos.
Distribuição
A biodisponibilidade de glibenclamida a partir dos comprimidos é de, aproximadamente, 70%. O pico de concentração plasmática é atingido
após 2 a 4 horas. A meia-vida sérica de glibenclamida após administração oral é de aproximadamente 2 a 5 horas, embora alguns estudos
sugiram que em pacientes com Diabetes mellitus possa haver meia-vida mais prolongada de 8 a 10 horas. Não ocorre acúmulo de
glibenclamida. A ligação da glibenclamida às proteínas plasmáticas é maior que 98%; in vitro, esta ligação é predominantemente não iônica.
Metabolismo
A glibenclamida é completamente metabolizada pelo fígado. O principal metabólito é o 4-trans-hidroxiglibenclamida; outro é o 3-cis-
hidroxiglibenclamida. Os metabólitos da glibenclamida apresentam alguma contribuição para o efeito redutor da glicemia no sangue.
Excreção
Glibenclamida_bula_ profissional 2
Os metabólitos da glibenclamida são excretados por via urinária e biliar. Aproximadamente 50% da dose são excretadas na urina e 50% por
via biliar. A excreção se completa após 45 a 72 horas.
Farmacocinética em populações especiais
Pacientes com Insuficiência Renal: Em pacientes com insuficiência renal, há aumento da excreção de metabólitos na bile. Este aumento é
dependente da gravidade da insuficiência renal.
Gestantes e lactantes
A glibenclamida atravessa a placenta em pequenas quantidades. Assim como outras sulfonilureias, a glibenclamida é presumivelmente
excretada no leite materno.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Este medicamento não deve ser administrado:
- em pacientes com Diabetes mellitus insulino-dependente (Tipo 1 ou diabetes juvenil), por exemplo, diabéticos com histórico de
cetoacidose;
- no tratamento de cetoacidose diabética;
- no tratamento de pré-coma ou coma diabético;
- em pacientes com disfunção renal e/ou hepática graves;
- em pacientes com hipersensibilidade à glibenclamida ou a qualquer um dos componentes da fórmula;
- em mulheres grávidas;
- em mulheres lactantes;
- em pacientes tratados com bosentana (vide INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com disfunção renal e/ou hepática graves.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Advertências
Estudos Epidemiológicos sugerem que a administração de glibenclamida está associada com um risco aumentado de mortalidade
cardiovascular quando comparado ao tratamento com metformina ou glicazida. Este risco é especialmente observado em pacientes com
doença coronariana diagnosticada.
Os sinais clínicos da hiperglicemia são: diurese frequente, sede intensa, boca seca, pele seca.
E os sinais clínicos da hipoglicemia são: fome intensa, sudorese, tremor, agitação, irritabilidade, cefaleias, distúrbios do sono, depressão do
humor e distúrbios neurológicos transitórios (ex.: alterações da fala, visão e sensação de paralisia).
Em situações excepcionais de estresse (por exemplo, traumas, cirurgias, infecções febris), o controle da glicemia pode não ser adequado e a
substituição temporária por insulina pode ser necessária para manter um bom controle metabólico.
As pessoas alérgicas a outros derivados de sulfonamidas também podem desenvolver uma reação alérgica à glibenclamida.
Precauções
Para atingir o objetivo do tratamento com este medicamento, isto é, controle adequado da glicemia plasmática, a aderência à dieta, a prática
de exercícios físicos regulares e suficientes e, se necessário, a redução de peso, são tão necessários quanto à administração regular deste
medicamento.
Durante o tratamento com este medicamento os níveis de glicose no sangue e na urina devem ser medidos regularmente. Além disso,
recomenda-se a realização de determinações regulares da proporção de hemoglobina glicada.
O monitoramento da glicemia plasmática e urinária também auxilia a detecção de falha terapêutica tanto primária quanto secundária.
De acordo com as diretrizes atuais (por exemplo, o consenso europeu NIDDM), o monitoramento de alguns outros parâmetros também é
recomendado. Quando iniciar o tratamento, o paciente deve ser informado quanto aos efeitos e aos riscos deste medicamento e quanto às
interações com a dieta e com os exercícios físicos; deve-se ressaltar a importância da cooperação adequada por parte do paciente.
Assim como com qualquer outro medicamento redutor de glicose no sangue, é necessário que o paciente e o médico estejam cientes do risco
de hipoglicemia.
Os fatores que favorecem a hipoglicemia incluem:
- relutância (mais comumente em pacientes idosos) ou incapacidade do paciente cooperar;
- subnutrição, horários irregulares das refeições ou refeições perdidas;
- desequilíbrio entre esforço físico e ingestão de carboidratos;
- alterações na dieta;
- disfunção renal;
- disfunção hepática grave;
Glibenclamida_bula_ profissional 3
- superdosagem com este medicamento;
- distúrbios descompensados do sistema endócrino afetando o metabolismo dos carboidratos e da contrarregulação da hipoglicemia (como
por exemplo, em certos distúrbios da função tireoidiana e insuficiência na pituitária anterior ou adrenocortical);
- uso concomitante com outros medicamentos (vide INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);
- tratamento com este medicamento na ausência de qualquer indicação.
O paciente deve informar seu médico sobre os fatores citados acima e sobre episódios de hipoglicemia, uma vez que eles podem indicar a
necessidade de um monitoramento cuidadoso.
Se tais fatores de risco de hipoglicemia estiverem presentes, pode ser necessária uma alteração na dosagem deste medicamento ou do
tratamento completo. Isto também se aplica em casos de surgimento de doença durante o tratamento ou toda vez que o estilo de vida do
paciente mudar.
Os pacientes idosos são particularmente susceptíveis à ação hipoglicêmica de medicamentos redutores de glicose. Pode ser difícil reconhecer
hipoglicemia em idosos. As doses iniciais e de manutenção devem ser conservadoras para evitar reações de hipoglicemia.
Estes sintomas de hipoglicemia, que refletem a contrarregulação adrenérgica corpórea (vide REAÇÕES ADVERSAS), podem ser mais
leves ou ausentes quando a hipoglicemia se desenvolve gradualmente, quando há neuropatia autonômica ou quando o paciente está
recebendo tratamento concomitante com beta-bloqueadores, clonidina, reserpina, guanitidina ou outros medicamentos simpatolíticos.
A hipoglicemia quase sempre pode ser rapidamente corrigida através da ingestão imediata de carboidratos (glicose ou açúcar tais como
açúcar puro, suco de frutas ou chá adoçados com açúcar). Para esta finalidade os pacientes devem sempre levar consigo um mínimo de 20 g
de glicose. Eles podem necessitar de auxílio de outras pessoas para evitar complicações.
Os adoçantes artificiais não são eficazes no controle da glicemia. Apesar das medidas de controle terem sucesso inicialmente, a hipoglicemia
pode ocorrer novamente. Os pacientes devem, portanto, permanecer sob constante observação.
A hipoglicemia severa ou episódios prolongados, os quais somente podem ser temporariamente controlados utilizando açúcar, requerem
tratamento imediato e acompanhamento médico e, em alguns casos, cuidados hospitalares.
Se outras doenças surgirem durante o tratamento com este medicamento, o médico que está orientando o tratamento deve ser imediatamente
informado.
Se tratado por outro médico (por exemplo, internações hospitalares após acidente, doença num feriado), o paciente deve informá-lo que é
diabético e qual é o seu tratamento.
O tratamento dos pacientes com deficiência de G6PD (glicose-6-fosfato-desidrogenase) com sulfonilureias pode levar à anemia hemolítica.
Uma vez que a glibenclamida pertence à classe das sulfonilureias, deve-se ter cautela em pacientes com deficiência de G6PD, e a utilização
de um agente alternativo não-sulfonilureia deve ser considerado.
Gravidez
Este medicamento não deve ser administrado durante a gravidez (vide CONTRAINDICAÇÕES). O tratamento com este medicamento
deverá ser substituído por insulina durante a gravidez.
As pacientes que planejam engravidar devem informar ao seu médico. Recomenda-se que para estas pacientes, o tratamento seja substituído
por insulina.
Lactação
Para prevenir uma possível ingestão através do leite materno, este medicamento não deve ser administrado durante a lactação. Se necessário,
o tratamento com este medicamento deverá ser substituído por insulina, ou deverá interromper a amamentação.
Idosos
A hipoglicemia ocorre com maior frequência em pacientes idosos que usam glibenclamida. Recomenda-se o uso de doses conservadoras em
pacientes idosos para evitar hipoglicemia.
Outros grupos de risco
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes com disfunção renal e/ou hepática graves.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas ou realizar outras tarefas que exijam atenção
O tratamento de diabetes com este medicamento requer monitoramento constante. O estado de alerta e o tempo de reação podem ser
prejudicados por episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia especialmente no início ou após alteração no tratamento ou quando este
medicamento não é tomado regularmente. Isto pode, por exemplo, afetar a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda
Segue abaixo a LD50 por administração oral:
- Camundongo > 15 g/kg de peso corpóreo.
- Rato > 15 g/kg de peso corpóreo.
- Porquinho da Índia > 15 g/kg de peso corpóreo.
- Coelho > 10 g/kg de peso corpóreo.
- Cachorro > 10 g/kg de peso corpóreo.
A LD50 para injeção intraperitoneal:
- Rato 6,3 a 8,4 g/kg de peso corpóreo.
Glibenclamida_bula_ profissional 4
Toxicidade crônica
Doses orais diárias de 11 mg/kg de peso corpóreo (200 ppm) em ratos e 20 mg/kg de peso corpóreo por 18 meses em cachorros foram
toleradas sem sinal de toxicidade.
Carcinogênese
Um estudo de oncogenicidade em camundongos administrando doses iguais ou inferiores a 3.000 mg/kg de peso corpóreo, diariamente, por 2
anos não demonstrou promoção ou indução de carcinogenicidade.
Mutagênese
Um estudo de mutagenicidade em teste de Salmonela/microssoma (teste de Ames) não indicou mutagenicidade. Isto é confirmado através de
várias investigações adicionais de mutagenicidade descritas na literatura.
Teratogênese
Os estudos de teratogenicidade em ratos e coelhos não apresentaram indicação de qualquer efeito teratogênico da glibenclamida. Entretanto,
após doses muito elevadas (cem vezes a dose terapêutica diária máxima) administradas na fase de organogênese, foram observadas lesões
embriotóxicas (malformações do olho). Tais lesões podem ser interpretadas como consequência da redução excessiva da glicemia plasmática
e também podem ser causadas por hipoglicemia induzida pela insulina. Após administração de doses muito elevadas de glibenclamida em
ratas durante a gestação e lactação, foram descritas deformações dos ossos longos dos membros da prole. Estes resultados são considerados
como sendo efeitos peri-natal e/ou pós-natal. Quando doses excessivas são administradas em coelhas, morte fetal intrauterina foi mais
frequente do que nos controles e ocorreram abortos. Existem resultados contraditórios com relação à incidência aumentada de óbito
embriofetal intrauterino após administração de doses extremamente altas em ratas e camundongos fêmea. Foram observadas malformações
em crianças de mulheres tratadas com glibenclamida durante a gravidez. Uma relação causal com a glibenclamida não pode ser excluída.
Neste contexto, é importante apontar que um aumento na incidência de malformações é conhecido em mulheres com controle insatisfatório
O uso concomitante deste medicamento com outros fármacos pode levar à atenuação ou aumento indesejado de sua ação hipoglicemiante.
Por esta razão, outros fármacos não devem ser usados sem o conhecimento do médico.
Associações não recomendadas
Bosentana: observou-se um aumento na incidência de elevação das enzimas hepáticas em pacientes recebendo glibenclamida
concomitantemente com bosentana. Tanto a glibenclamida quanto a bosentana inibem a bomba de liberação de sal biliar, levando a um
acúmulo intracelular de sais biliares citotóxicos. Portanto, esta associação não deve ser utilizada.
Interações que devem ser consideradas
Os pacientes que fazem uso de alguns medicamentos ou param de usá-los durante o tratamento com este medicamento podem apresentar
alterações no controle da glicemia. A glibenclamida é metabolizada principalmente pelo CYP2C9 e em menor extensão pelo CYP3A4. Isto
deve ser levado em consideração quando a glibenclamida é coadministrada com indutores ou inibidores do CYP2C9.
Potencialização do efeito hipoglicemiante deste medicamento, em alguns casos hipoglicemia, pode ocorrer quando se usa os seguintes
medicamentos: insulina e outros hipoglicemiantes orais, inibidores da ECA, esteroides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos,
cloranfenicol, derivados cumarínicos, ciclofosfamida, disopiramida, fenfluramina, feniramidol, fibratos, fluoxetina, ifosfamidas, inibidores
da MAO, miconazol, ácido paramino-salicílico, pentoxifilina (uso parenteral em altas doses), fenilbutazona, azapropazone, oxifembutazona,
probenicida, quinolonas; salicilatos, sulfimpirazona, sulfonamidas, agentes simpatolíticos tais como beta-bloqueadores, e guanetidina,
claritromicina, tetraciclina, tritoqualina, trofosfamida. A atenuação do efeito hipoglicemiante deste medicamento e consequente elevação do
nível de glicose podem ocorrer quando há o uso concomitante dos seguintes medicamentos: acetazolamida, barbitúricos, corticosteroides,
diazóxido, diuréticos, epinefrina (adrenalina), e outras medicações simpaticomiméticas, glucagon, laxativos (após uso prolongado), ácido
nicotínico (em altas doses), estrogênio e progestágenos, fenotiazínicos, fenitoína, hormônios tireoidianos e rifampicina. Pode ocorrer
potencialização ou redução de efeito deste medicamento em pacientes fazendo uso concomitante de antagonistas do receptor H2, clonidina e
reserpina. Sob a influência de drogas simpatolíticas, tais como beta-bloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina, os sinais da
contrarregulação adrenérgica da hipoglicemia podem ser reduzidos ou tornarem-se ausentes. O uso deste medicamento pode potencializar ou
diminuir os efeitos dos derivados cumarínicos. Este medicamento pode elevar a concentração plasmática da ciclosporina e potencialmente
levar a um aumento da sua toxicidade. Portanto, recomenda-se o monitoramento e um ajuste na dose da ciclosporina quando estes
medicamentos forem coadministrados. O colesevelam se liga à glibenclamida e reduz a absorção da glibenclamida no trato gastrointestinal.
Não foi observada interação quando a glibenclamida é administrada pelo menos 4 horas antes do colesevelam. Portanto, a glibenclamida
deve ser administrada pelo menos 4 horas antes da administração do colesevelam.
Álcool: a ingestão aguda ou crônica de bebidas alcoólicas pode atenuar ou aumentar a ação hipoglicemiante deste medicamento de maneira
imprevisível.
Alimentos: até o momento não há dados disponíveis sobre a interferência de alimentos na ação deste medicamento.
Testes laboratoriais: não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência deste medicamento em testes laboratoriais.
Glibenclamida_bula_ profissional 5
Este medicamento em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C), em lugar seco, fresco e ao abrigo da luz. Nestas condições o prazo de
validade é de 24 meses a contar da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Este medicamento apresenta-se na forma de um comprimido circular, branco, não sulcado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto,
consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A princípio, a dose deste medicamento é determinada pelo nível de glicemia desejado. A dosagem de glibenclamida deve ser a menor dose
eficaz possível.
O tratamento com este medicamento deve ser iniciado e monitorado pelo médico. O paciente deve tomar este medicamento nos horários e
doses prescritos pelo médico.
Erros de ingestão, como por exemplo, esquecimento de uma dose, nunca poderá ser compensado tomando-se uma dose maior mais tarde.
Este medicamento deve ser administrado por via oral, inteiro, sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido.
Dose inicial e titulação da dose
Dose inicial usual: ½ a 1 comprimido uma vez ao dia.
Recomenda-se que o tratamento seja iniciado com a menor dose eficaz possível. Isto se aplica particularmente aos pacientes que apresentam
uma tendência a hipoglicemia (vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) ou que pesam menos que 50 kg.
Se necessário, a dose diária pode ser aumentada gradativamente, isto é, em incrementos de no máximo ½ comprimido em intervalos de uma
a duas semanas, e que este aumento seja guiado através do monitoramento da glicemia plasmática.
Variação de dose em pacientes com diabetes bem controlada; doses máximas
Dose única usual: ½ a 2 comprimidos. Uma dose única de 2 comprimidos não deve ser excedida. Doses maiores devem ser divididas em no
mínimo duas doses.
Dose diária usual: 1 ou 2 comprimidos. Exceder a dose diária total de 3 comprimidos não é recomendado, uma vez que doses diárias
maiores, de até 4 comprimidos, são mais eficazes apenas em casos excepcionais.
Distribuição das doses
As doses e os horários devem ser decididos pelo médico levando-se em consideração o estilo de vida do paciente.
Normalmente uma dose única diária deste medicamento é suficiente.
É recomendado que doses diárias de até 2 comprimidos de glibenclamida 5 mg sejam administradas antes do desjejum (café da manhã)
substancial ou antes da primeira refeição principal, e qualquer porção remanescente da dose diária total seja administrada antes do jantar.
É muito importante não pular as refeições depois de ter tomado um comprimido.
Dose em adultos jovens com Diabetes Mellitus Tipo 2
A dose é basicamente a mesma que para os adultos mais velhos.
Ajuste de dose secundário
Como a melhora do controle do diabetes é, por si própria, associada a uma maior sensibilidade à insulina, as necessidades de glibenclamida
podem diminuir com a evolução do tratamento. Para evitar hipoglicemia, reduções momentâneas ou a suspensão do tratamento com este
medicamento devem ser consideradas.
Correções de dosagem devem ser também consideradas sempre que:
- o peso do paciente se altera;
- o estilo de vida do paciente se altera;
- surgem outros fatores os quais causam aumento da susceptibilidade a hipoglicemia ou hiperglicemia (vide ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Duração do tratamento
O tratamento com este medicamento é normalmente de longo prazo.
Substituição de outro hipoglicemiante oral por este medicamento
Não existe nenhuma relação de dose entre este medicamento e outros hipoglicemiantes orais. Quando houver a substituição por este
medicamento, recomenda-se que seja adotado o mesmo procedimento utilizado para dose inicial, iniciando com doses diárias de ½ a 1
comprimido deste medicamento. Este procedimento se aplica até mesmo nos casos onde o paciente está trocando uma dose máxima de outro
hipoglicemiante oral por este medicamento. Deve-se considerar a potência e a duração da ação do agente hipoglicemiante previamente
utilizado. Um intervalo na medicação pode ser necessário para evitar qualquer potencialização de efeitos, implicando em risco de
hipoglicemia. A dosagem é prescrita através dos resultados de exames laboratoriais (doseamento de glicose no sangue e na urina).
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos deste medicamento administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Glibenclamida_bula_ profissional 6
VPS
Comprimido de
5 mg
06/06/2014 0451833/14-1
10459 –
GENÉRICO
Inclusão Inicial de
Sintomas
A superdose aguda bem como o tratamento com elevadas doses de glibenclamida à longo prazo podem levar a hipoglicemia severa,
prolongada, com risco de vida.
Tratamento
Tão logo a superdose deste medicamento seja identificada, o médico deverá ser notificado imediatamente e o paciente deve ingerir açúcar
imediatamente, se possível na forma de glicose, a menos que o médico já tenha assumido o tratamento desta superdose. Um monitoramento
cuidadoso deve ser dispensado ao paciente até que o médico considere que o paciente esteja fora de perigo. É importante lembrar que os
sinais clínicos da hipoglicemia podem ocorrer novamente após sinais de uma recuperação inicial. Algumas vezes, pode ser necessária a
internação hospitalar, mesmo por medida de precaução. Em particular, superdoses significativas e reações severas com sintomas como perda
de consciência ou outros distúrbios neurológicos sérios são emergências médicas e requerem tratamento e internação imediatos. Se o
paciente estiver inconsciente, indica-se uma injeção intravenosa de solução de glicose concentrada (por exemplo, para adultos iniciar com 40
mL de solução a 20%). Alternativamente em adultos, a administração de glucagon, por exemplo, em doses de 0,5 a 1,0 mg IV, SC ou IM,
pode ser considerada. Em particular quando houver o tratamento de hipoglicemia em bebês e crianças pequenas, a dose de glicose
Glibenclamida_bula_ profissional 7
administrada deve ser cuidadosamente ajustada em vista da possibilidade de produzir uma hiperglicemia perigosa, e esta administração deve
ser controlada através do monitoramento cuidadoso da glicemia. Os pacientes que ingeriram uma quantidade deste medicamento que possa
implicar em risco de vida, requerem atendimento médico de urgência para desintoxicação (por exemplo, lavagem gástrica e o uso de carvão
ativado). Após a conclusão da reposição aguda de glicose, geralmente é necessária a administração de infusão de concentrações mínimas de
glicose intravenosa, para evitar a recorrência de hipoglicemia. Os níveis glicêmicos do paciente devem ser cuidadosamente monitorados por
no mínimo 24 horas. Em casos severos com curso prolongado, a hipoglicemia ou a recaída da hipoglicemia pode persistir por vários dias.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.