Bula do Glicose para o Profissional

Bula do Glicose produzido pelo laboratorio Fresenius Kabi Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Glicose
Fresenius Kabi Brasil Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO GLICOSE PARA O PROFISSIONAL

Glicose 50% 2000 mL BU 03_PS

Mai/2014

Glicose 50%

Fresenius Kabi

Solução injetável

500mg/mL

GLICOSE 50%

solução de glicose 500mg/mL

Forma Farmacêutica e apresentações:

Solução injetável.

SISTEMA FECHADO

Solução de glicose 50% (500mg/mL): frasco plástico transparente de 2000 mL.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:

Cada 100 mL contém:

glicose.............................................50 g*

(*equivalente a 55g de glicose monoidratada)

água para injetáveis q.s.p. ................................... 100 mL

pH................................................................. 3,5 - 6,5 ( solução 5% )

Osmolaridade teórica ............................2.775 mOsmol/L

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Componente calórico no regime de nutrição parenteral. A solução de glicose 50% é indicada para preparação

automatizada de nutrição parenteral em farmácias especializadas.

2. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A solução injetável de glicose é estéril e apirogênica e usada no restabelecimento de fluido e suprimento

calórico.

A glicose é um nutriente facilmente metabolizado pelo organismo para fornecimento de energia, dispensando em

alguns casos o uso de lipídios e proteínas como fontes de energia, evitando, assim, acidose e cetose resultantes

de seus metabolismos.

A glicose é metabolizada através do ácido pirúvico em dióxido de carbono e água com liberação de energia. A

glicose é usada, distribuída e estocada nos tecidos. Todas as células do corpo são capazes de oxidar a glicose,

sendo a mesma a principal fonte de energia no metabolismo celular. Uma vez dentro da célula, a glicose é

prontamente fosforilada, formando a glicose-6-fosfato, que logo se polimeriza em glicogênio, ou é catabolizada.

A glicose pode ainda ser convertida em gordura, através da AcetilCoA. Requer, por isso, constante equilíbrio

entre as necessidades metabólicas do organismo e sua oferta.

3. CONTRAINDICAÇÕES

A solução de glicose 50% não deve ser administrada em pacientes com hemorragia intracraniana ou intra-

espinhal nem em pacientes com Delirium tremens.

A solução de glicose 50% é contraindicada em casos de desidratação, hiper-hidratação, hiperglicemia,

hipocalemia, diabetes, acidose e desidratação hipotônica.

A solução de glicose sem eletrólitos não deve ser administrada simultaneamente com sangue através do mesmo

equipo devido à possibilidade de pseduocoagulação de células vermelhas.

4. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Precauções

UTILIZAR PARA INFUSÃO INTRAVENOSA SOMENTE APÓS A MISTURA COM SOLUÇÕES DE

AMINOÁCIDOS E/OU DILUIÇÃO COM OUTRAS SOLUÇÕES COMPATÍVEIS PARA

Glicose 50% 2000 mL BU 03_PS

Mai/2014

ADMINISTRAÇÃO IV. A SOLUÇÃO DE GLICOSE 50% NÃO ESTÁ INDICADA PARA INFUSÃO

DIRETA.

NÃO USE SE HOUVER TURVAÇÃO, DEPÓSITO OU VIOLAÇÃO DO RECIPIENTE.

APÓS A ABERTURA DO RECIPIENTE A SOLUÇÃO DEVE SER ADMINISTRADA

IMEDIATAMENTE. O CONTEÚDO NÃO UTILIZADO DEVE SER DESCARTADO.

Antes de utilizar, verificar se a solução está límpida, incolor e isenta de partículas visíveis, se o frasco está

danificado ou com vazamento da solução, e, ainda, se não ultrapassou o prazo de validade.

A solução de glicose 50% é hipertônica e pode causar flebite e trombose no local de injeção.

Hiperglicemia significante e possível síndrome hiperosmolar podem ser resultantes de uma administração muito

rápida. O médico deve estar atento sobre os sintomas da síndrome hiperosmolar, tais como confusão mental e

perda de consciência, especialmente em pacientes com uremia crônica e intolerância conhecida a carboidratos.

A administração intravenosa desta solução pode causar sobrecarga de fluido e/ou soluto, resultando na diluição

das concentrações eletrolíticas séricas, super-hidratação, estados congestivos ou edema pulmonar.

Advertências

Este produto contém alumínio que pode ser tóxico. O alumínio pode atingir níveis tóxicos com administração

parenteral prolongada, caso a função renal esteja deficiente. Recém-nascidos prematuros possuem

particularmente mais riscos devido ao fato de seus rins serem imaturos, e de necessitarem de grandes

quantidades de soluções de cálcio e fosfato, as quais contêm alumínio.

Pesquisas indicam que pacientes com deficiência nas funções renais, incluindo recém-nascidos prematuros, os

quais recebem parenteralmente níveis de alumínio superiores a 4-5 mcg /kg de peso corpóreo/dia acumulam

alumínio em níveis associados com toxicidade no sistema nervoso central e ossos. O acúmulo no tecido pode

ocorrer até com a administração de doses menores.

Aditivos podem ser incompatíveis. Consulte um farmacêutico se disponível. Quando o uso de aditivos for

necessário, deve-se usar técnica asséptica, homogeneizar a solução e descartar a porção não utilizada.

Déficits eletrolíticos, particularmente em potássio e fósforo séricos, podem ocorrer durante o uso prolongado da

solução de glicose concentrada. O monitoramento dos eletrólitos sanguíneos é essencial e desequilíbrios de

fluido ou eletrólitos devem ser corrigidos. Vitaminas e minerais essenciais também devem ser fornecidos,

quando necessários.

A fim de minimizar a hiperglicemia e consequente glicosúria, é desejável que se monitore a glicose do sangue e

da urina e, se necessário, adicionar insulina.

Quando a infusão de uma solução concentrada de glicose é abruptamente interrompida, é recomendada a

administração de uma solução injetável de glicose 5 ou 10%, a fim de evitar uma possível hipoglicemia.

Soluções contendo glicose devem ser usadas com cautela em pacientes com Diabetes mellitus sub-clínica ou

evidente.

Deve-se prestar atenção a fim de assegurar que a agulha está devidamente inserida no lúmem da veia e que não

ocorram extravasamentos. Caso ocorra trombose durante a administração, a infusão deve ser interrompida e

medidas corretivas devem ser instituídas.

A solução concentrada de glicose não deve ser administrada por via subcutânea ou intramuscular.

Deve-se ter cautela na administração da solução de glicose em pacientes recebendo corticosteroides ou

corticotropina.

Técnica asséptica é essencial com o uso de preparativos estéreis para nutrientes parenterais.

RISCO DE GRAVIDEZ CATEGORIA C:

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM

ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO DENTISTA.

Lactantes:

Não é sabido se este medicamento é excretado no leite humano. Devido ao fato de diversos medicamentos serem

excretados no leite humano, deve-se ter cautela quando uma solução injetável de glicose 50% é administrada à

lactantes.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:

Uso pediátrico:

A segurança e eficácia do medicamento em crianças são baseadas na similaridade das condições clínicas de

crianças e adultos. Em recém-nascidos ou crianças muito pequenas, o volume de fluido pode afetar o balanço

eletrolítico e de fluidos. Deve-se ter cautela com recém-nascidos prematuros, os quais estão recebendo glicose

em concentração igual ou superior a 10%, uma vez que os mesmos são mais susceptíveis à intolerância a glicose

e hiperglicemia. O monitoramento freqüente da glicose sérica é necessário quando a glicose é prescrita para

crianças, principalmente recém-nascidos e crianças com baixo peso corpóreo.

Em crianças com peso corpóreo muito baixo, a administração excessiva ou muito rápida de glicose pode resultar

em um aumento da osmolaridade sérica e possível hemorragia intracerebral.

Este produto contém não mais que 25mcg/L de alumínio.

Adultos e crianças:

O volume e a velocidade de infusão deverão ser ajustados conforme orientação médica.

Idosos:

Podem ser necessários um volume e uma velocidade de infusão reduzida para evitar a sobrecarga circulatória,

especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca e renal.

5. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não são conhecidas interações medicamentosas. Consulte o farmacêutico caso necessário.

6. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (15ºC e 30ºC). Desde que armazenado sob condições adequadas, este

medicamento tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

NÃO USE SE HOUVER TURVAÇÃO, DEPÓSITO OU VIOLAÇÃO DO RECIPIENTE.

APÓS A ABERTURA DO RECIPIENTE A SOLUÇÃO DEVE SER ADMINISTRADA

IMEDIATAMENTE. O CONTEÚDO NÃO UTILIZADO DEVE SER DESCARTADO.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

7. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Antes de utilizar, verificar se a solução está límpida, incolor e isenta de partículas visíveis, se o frasco está

danificado ou com vazamento da solução, e, ainda, se não ultrapassou o prazo de validade.

Técnica asséptica é essencial com o uso de preparativos estéreis para nutrientes parenterais.

Glicose 50% 2000 mL BU 03_PS

Mai/2014

A dose deve ser individualizada e sua escolha deve ser realizada de acordo com o quadro clínico do paciente,

peso corporal e necessidades nutricionais.

Dose diária máxima:

1,5 – 2,0 g glicose/kg peso corporal.

Taxa máxima de infusão sem formação de glicosúria é: 0,5 g/Kg de peso corpóreo/hora.

A solução de glicose 50% é administrada por infusão intravenosa lenta após mistura com soluções de

aminoácidos ou após diluição com outras soluções compatíveis para administração IV.

Para administração em veias periféricas:

A solução deve ser administrada lentamente, preferencialmente através de uma agulha de pequeno calibre em

uma grande veia, a fim de minimizar irritações venosas.

Para administração venosa central:

A solução de glicose concentrada deve ser administrada através das veias centrais apenas após a diluição

apropriada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não

interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

8. REAÇÕES ADVERSAS

Síndrome hiperosmolar, resultante da administração excessivamente rápida da concentração de glicose, pode

causar hipovolemia, desidratação, confusão mental e perda de consciência.

Reações que podem ocorrer devido à solução ou à técnica de administração incluem: resposta febril, infecção do

sítio de injeção, trombose venosa ou flebite, extravazamento e hipervolemia.

Caso ocorra uma reação adversa, descontinuar a infusão, avaliar o paciente e instituir medidas terapêuticas

apropriadas, e guardar o restante da solução para exames quando julgados necessários.

9. SUPERDOSE

Em casos de super-hidratação ou sobrecarga de soluto durante a terapia, reavaliar o paciente e proceder às

medidas corretivas adequadas. Na eventualidade, adotar medidas habituais de apoio e controle das funções vitais.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a

embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.