Bula do Gynotran produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Gynotran®
Bayer S.A.
Óvulo
750 mg metronidazol + 200 mg de nitrato de miconazol
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metronidazol
nitrato de miconazol
APRESENTAÇÃO:
Cartucho com 1 strip contendo 7 óvulos + 7 luvas
USO VAGINAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada óvulo contém 750 mg de metronidazol e 200 mg de nitrato de miconazol.
Excipiente: witepsol
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Gynotran®
é indicado para o tratamento tópico da candidíase vaginal e tratamento local
da vaginite causada por Trichomonas. Gynotran®
também é indicado para o tratamento
tópico de vaginose bacteriana (conhecida também como vaginite inespecífica, vaginose
anaeróbica ou vaginite por Gardnerella) e infecções vaginais mistas devido a patógenos
responsáveis pela vaginose bacteriana, candidíase vaginal e vaginite por Trichomonas.
Em um estudo clínico com 7 dias de duração, foram tratadas 501 pacientes que
apresentavam vaginite por Candida, vaginite bacteriana, tricomoniásica ou mista,
utilizando Gynotran®
(creme e óvulo) e um tratamento de referência contendo 150 mg de
miconazol e 400 mg de tinidazol (óvulo) e 100 mg de miconazol e 150 mg de tinidazol
(creme).
As taxas de cura obtidas no final do tratamento (variável primária de eficácia) foram de
78% e 77,45% (óvulo e creme, respectivamente) para Gynotran®
e de 70,33% e 75,7%
(óvulo e creme, respectivamente) para o tratamento de referência.
Farmacodinâmica
Gynotran®
contém miconazol, que exerce efeito antimicótico e metronidazol, que exerce
efeitos antibacterianos e antitricomoniásicos. O nitrato de miconazol é um agente de
amplo espectro, eficaz, sobretudo, contra fungos patógenos, como C. albicans. O
metronidazol é um agente antibacteriano e antiprotozoário que age de maneira eficaz
contra Gardenerella vaginallis e bactérias anaeróbias, incluindo os estreptococos e
Trichomonas vaginallis.
Farmacocinética
O nitrato de miconazol é muito pouco absorvido por via vaginal (aproximadamente 1,4%
da dose). Por esta mesma via, a biodisponibilidade do metronidazol corresponde a 30%
da biodisponibilidade oral. Nos estudos realizados, não foi possível detectar nitrato de
miconazol no plasma após administração vaginal de Gynotran®
óvulo.
Foram medidas concentrações plasmáticas de metronidazol de 1,6 a 5,4 μg/mL 4 a 8
horas depois da administração vaginal. Os níveis no estado de equilíbrio são de 1,1 a 5,0
μg/mL no terceiro dia de administração e de 0,7 a 4,6 μg/mL ao final de 7 dias de
aplicação. O metronidazol é metabolizado no fígado. O metabólito hidroxilado conserva
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sua eficácia. A vida média do metronidazol é de 6 a 11 horas. Na urina é excretado
inalterado aproximadamente 20% do fármaco administrado.
Gynotran®
não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a
qualquer um de seus componentes, e nem durante a gravidez, principalmente nos 3
primeiros meses.
Nas mulheres com distúrbios graves da função hepática (inclusive porfiria), doenças
do sistema nervoso central e periférico e alterações da hematopoiese, deve-se avaliar
cuidadosamente a relação risco/benefício do uso do medicamento.
As pacientes não devem ingerir álcool durante o tratamento e durante as 24 - 48
horas seguintes ao término do mesmo devido à possibilidade de ocorrência de
reações do tipo dissulfiram.
Nas pacientes com tricomoníase, o parceiro deve ser tratado simultaneamente.
A utilização de diafragmas e preservativos durante o tratamento com o óvulo deve
ser feita com cautela, uma vez que pode ocorrer reação entre os componentes do
óvulo e o látex, constituinte destes métodos contraceptivos.
Gravidez e lactação
Gynotran®
pode ser utilizado após o primeiro trimestre de gravidez, caso o médico
considere este tratamento indispensável, porém, a paciente deverá ser submetida à
observação.
Deve-se interromper a amamentação, uma vez que o metronidazol é excretado no
leite materno. A amamentação poderá ser restabelecida cerca de 24 a 48 horas após
o término do tratamento.
Categoria C - “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:
Pacientes idosas (maiores de 65 anos): proceder tal como em mulheres adultas
jovens.
Em crianças: não se recomenda o uso de Gynotran®
Devido à absorção de metronidazol, podem ocorrer interações com os seguintes
fármacos, se utilizados concomitantemente:
- álcool: a possível interação do metronidazol com álcool produz uma reação do tipo
dissulfiram;
- anticoagulantes orais: aumento do efeito anticoagulante;
- fenitoína: aumento das concentrações sanguíneas de fenitoína, diminuição das
concentrações sanguíneas de metronidazol;
- fenobarbital: diminuição das concentrações sanguíneas de metronidazol;
- dissulfiram: podem ocorrer efeitos relacionados ao sistema nervoso central
(reações psicóticas);
- cimetidina: pode haver aumento das concentrações sanguíneas de metronidazol e
do risco de efeitos secundários neurológicos;
- lítio: pode ocorrer um aumento na toxicidade por lítio;
- astemizol e terfenadina: o metronidazol e o miconazol inibem o metabolismo destes
fármacos e aumentam suas concentrações plasmáticas.
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Foi observada interferência com as concentrações sanguíneas das enzimas hepáticas,
da glicose (método da hexoquinase), da teofilina e da procainamida.
Gynotran®
óvulo deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.”
Características organolépticas
Óvulo de cor branca a levemente amarelada, sem cheiro (odor) específico.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
A menos que o médico indique de outro modo, deve-se aplicar um óvulo vaginal à noite,
durante 7 dias.
Gynotran®
apresenta baixa incidência de efeitos adversos sistêmicos. De modo geral,
o tratamento com o óvulo vaginal é bem tolerado e os eventos adversos locais e não
locais são leves e transitórios. Nos ensaios clínicos com o produto não foram
relatados efeitos adversos graves. A seguir estão descritos os efeitos considerados
frequentes, pouco frequentes e raros. A incidência de cada um destes efeitos
adversos foi inferior a 1%, a menos que outras porcentagens sejam indicadas.
- distúrbios do aparelho reprodutor: irritação vaginal (ardor, prurido). Em um
ensaio clínico aberto e não comparativo, 16,1% das pacientes apresentaram ardor
leve e transitório durante os primeiros dias de tratamento, sem, no entanto,
ocasionar prejuízo em suas atividades diárias. Devido à inflamação da mucosa
vaginal produzida pela vaginite, a irritação da vagina pode se manifestar desde a
administração do primeiro óvulo até cerca do terceiro dia de tratamento. Esses
efeitos desaparecem com a continuação do tratamento; em caso de irritação intensa,
a utilização dos óvulos deverá ser descontinuada.
- distúrbios gastrintestinais: dor ou cólicas abdominais; sabor metálico (6%),
obstipação; boca-seca, ocasionalmente diarreia, perda de apetite; vômito; náuseas.
- distúrbios do sistema nervoso: cefaleia, ataxia; tontura (2%), alterações de humor;
neuropatia periférica (em casos de superdose ou uso prolongado); convulsões.
- distúrbios cutâneos: erupções cutâneas.
- distúrbios hematológicos: leucopenia.
- outros eventos adversos relatados incluem dor pélvica e fadiga.
“Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e,
embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que
indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”