Bula do Herceptin produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Herceptin®
(trastuzumabe)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Pó liofilizado para solução injetável
440 mg / 150 mg
1
Herceptin
Roche
trastuzumabe
Agente antineoplásico
APRESENTAÇÕES
150 mg: cada embalagem contém um frasco-ampola de dose única com 150 mg de pó liofilizado de
trastuzumabe para solução injetável para infusão via intravenosa.
440 mg: cada embalagem contém um frasco-ampola multidose com 440 mg de pó liofilizado de
trastuzumabe para solução injetável para infusão via intravenosa, acompanhado de um frasco com 20 mL de solução
para reconstituição (água bacteriostática para injeção).
INFUSÃO VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Princípio ativo:
150 mg: cada frasco-ampola de dose única contém 150 mg de pó liofilizado de trastuzumabe para solução
injetável para infusão via intravenosa. O concentrado de Herceptin
150 mg reconstituído contém 21 mg/mL de
trastuzumabe.
440 mg: Cada frasco-ampola multidose contém 440 mg de pó liofilizado de trastuzumabe para solução
440 mg reconstituído contém 21 mg/mL de
Excipientes:
Frasco-ampola de Herceptin
150 mg e 440 mg: cloridrato de histidina, histidina, trealose di-hidratada e polissorbato
20.
Frasco de solução para reconstituição de Herceptin®
440 mg: água bacteriostática para injeção (solução estéril aquosa
com 1,1% de álcool benzílico).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
As informações disponíveis nessa bula aplicam-se exclusivamente ao Herceptin
.
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de
determinado item, por favor, informe ao seu médico.
Câncer de mama metastático
Herceptin
é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático que apresentam tumores HER2-
positivo:
• em monoterapia (sem outros agentes antitumorais) para o tratamento de pacientes que já tenham recebido um ou
mais tratamentos quimioterápicos para suas doenças metastáticas;
• em combinação com paclitaxel ou docetaxel para o tratamento de pacientes que ainda não tenham recebido
quimioterapia para suas doenças metastáticas.
Câncer de mama inicial
Herceptin®
é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama inicial HER2-positivo:
• após cirurgia, quimioterapia (neoadjuvante ou adjuvante) e radioterapia (quando aplicável);
• após quimioterapia adjuvante com doxorrubicina e ciclofosfamida, em combinação com paclitaxel ou docetaxel;
• em combinação com quimioterapia adjuvante de docetaxel e carboplatina;
• em combinação com quimioterapia neoadjuvante seguida por terapia adjuvante com Herceptin®
para câncer de
mama localmente avançado (inclusive inflamatório) ou tumores > 2 cm de diâmetro.
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Câncer gástrico avançado
em associação com capecitabina ou 5-fluorouracil (5-FU) intravenoso e um agente de platina é indicado
para o tratamento de pacientes com adenocarcinoma inoperável, localmente avançado, recorrente ou metastático do
estômago ou da junção gastroesofágica, HER2-positivo, que não receberam tratamento prévio contra o câncer para sua
doença metastática.
Herceptin
é um anticorpo desenvolvido por engenharia genética, com mecanismo de ação complexo, dirigido
seletivamente contra uma proteína que está presente em pessoas com determinados tumores de mama e gástrico. O seu
médico saberá identificar apropriadamente se você é ou não candidato ao tratamento com Herceptin
e fornecerá as
explicações de que você necessitar sobre a atividade deste medicamento.
O tempo médio para verificar se a ação de Herceptin
está sendo eficaz depende do tratamento que foi prescrito pelo
seu médico, das características do seu organismo e da doença.
Herceptin
é contraindicado a pacientes com alergia conhecida ao trastuzumabe ou a qualquer outro excipiente da
fórmula.
A terapia com Herceptin
deve ser iniciada somente sob a supervisão de um médico experiente no tratamento de
pacientes com câncer.
Existem várias condições que exigem cuidados especiais na administração deste medicamento, embora não sejam
contraindicações absolutas. Entre elas, as mais comuns são insuficiência cardíaca, angina do peito e pressão alta não
controlada. Seu médico saberá identificar essas situações e adotar as medidas adequadas.
Pacientes idosos
Não foram realizados estudos específicos em pessoas com idade acima de 65 anos. Nos estudos clínicos, pacientes
idosos receberam as mesmas doses de Herceptin
indicadas para adultos jovens.
Crianças
A segurança e a eficácia de Herceptin
em pacientes menores de 18 anos não foram estabelecidas.
Pacientes com insuficiência renal (distúrbios nos rins)
Em uma análise de farmacocinética populacional, foi demonstrada que a insuficiência renal não afeta a
biodisponibilidade de trastuzumabe.
Pacientes com insuficiência hepática (distúrbios no fígado)
Não foram realizados estudos específicos em populações de pacientes com insuficiência hepática.
Gravidez e amamentação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Herceptin
deve ser evitado durante a gravidez, a menos que os potenciais benefícios para a mãe superem os riscos
potenciais para o feto. No período de pós-comercialização, foram relatados casos de problemas de crescimento e/ou
insuficiência renal em fetos associados ao oligoâmnio (baixa produção de líquido amniótico) em mulheres grávidas que
receberam Herceptin
, alguns associados à hipoplasia pulmonar (pulmão pouco desenvolvido) fatal ao feto. As
mulheres em idade fértil devem ser instruídas a usar métodos contraceptivos efetivos durante o tratamento com
e por 7 meses após o término do tratamento. As mulheres que engravidarem devem ser informadas sobre a
possibilidade de dano ao feto. Se uma mulher grávida for tratada com Herceptin
, ou se a paciente engravidar enquanto
estiver sendo tratada com Herceptin
ou dentro do período de 7 meses após a última dose de Herceptin
, é
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aconselhável monitoramento cuidadoso por uma equipe multidisciplinar. Não se sabe se Herceptin
pode afetar a
capacidade de reprodução.
Não se sabe se o trastuzumabe é excretado no leite humano. Informe ao médico se estiver amamentando. Você não
deve amamentar enquanto estiver em tratamento com Herceptin
.
Capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Pacientes que apresentam sintomas relacionados à infusão devem ser orientados a não dirigir veículos ou operar
máquinas até que os sintomas sejam resolvidos por completo.
Até o momento não há informações de que Herceptin
(trastuzumabe) possa causar doping. Em caso de dúvida,
consulte o seu médico.
Principais interações medicamentosas
Não foram observadas interações clinicamente significativas entre Herceptin
e a medicação utilizada
concomitantemente nos estudos clínicos. Não foi realizado nenhum estudo formal de interação de Herceptin
com
outros agentes antitumorais. Se ocorrer alguma reação inesperada, o seu médico saberá como lidar com esses
problemas.
A substituição de Herceptin
por qualquer outro medicamento biológico exige o consentimento do médico prescritor.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Antes de aberto, Herceptin
deve ser mantido sob refrigeração (entre 2 e 8ºC). O profissional de saúde saberá como
armazenar o medicamento depois de aberto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Herceptin
em seu frasco-ampola original é um pó liofilizado que apresenta coloração branca a amarela pálida. A
solução de reconstituição é incolor a amarelo pálido. A solução final é límpida a levemente transparente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O profissional de saúde saberá como preparar o medicamento.
Este medicamento é de uso hospitalar e, depois de preparado, deve ser diluído em soro fisiológico para infusão via
intravenosa antes de ser administrado.
Este medicamento só poderá ser aplicado por profissionais treinados e habilitados. Seu médico conhece os detalhes da
administração e poderá fornecer todas as informações necessárias.
Posologia
Câncer de mama
Uso semanal
As seguintes doses, inicial (de ataque) e de manutenção, são recomendadas em monoterapia ou em combinação com
paclitaxel ou docetaxel.
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A dose inicial recomendada de Herceptin
é de 4 mg/kg de peso corpóreo; para as doses seguintes, recomenda-se 2
mg/kg de peso corpóreo, uma vez por semana, em infusão intravenosa.
Uso a cada três semanas
A dose inicial de ataque é de 8 mg/kg de peso corpóreo, seguida por 6 mg/kg de peso corpóreo 3 semanas depois e,
então, 6 mg/kg, repetida a intervalos de 3 semanas, em infusões com duração de, aproximadamente, 90 minutos. Se a
dose anterior foi bem tolerada, o tempo de infusão poderá ser reduzido para 30 minutos.
Câncer gástrico
Durante a infusão de Herceptin
, haverá necessidade de observação contínua para verificar o aparecimento de febre e
calafrios ou outros sintomas associados à infusão. A interrupção da infusão pode ajudar a controlar tais sintomas. A
infusão pode ser retomada quando os sintomas diminuírem.
Duração do tratamento
• Pacientes com câncer de mama metastático devem ser tratados com Herceptin
até progressão da doença.
• Pacientes com câncer de mama inicial devem ser tratados por um ano ou até a recaída da doença.
• Pacientes com câncer gástrico avançado devem ser tratados com Herceptin
Via de administração: infusão via intravenosa. Não deve ser administrado como injeção intravenosa rápida ou em
bolus.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de Herceptin
.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Assim como os medicamentos antitumorais de modo geral, Herceptin
pode causar reações indesejáveis.
As seguintes categorias de frequência foram utilizadas: muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 a < 1/10), incomum (≥
1/1.000 a < 1/100), rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000), muito rara (< 1/10.000), não conhecida (não pode ser estimada com
base nos dados disponíveis). Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas em ordem
decrescente de gravidade.
Lista de reações adversas
A tabela a seguir apresenta as reações adversas que foram relatadas em associação com o uso de Herceptin®
isolado ou
em combinação com quimioterapia em estudos clínicos. Todos os termos incluídos são baseados na maior porcentagem
observada nos estudos clínicos.
Tendo em vista que Herceptin®
é comumente utilizado com outros agentes quimioterápicos e radioterapia, geralmente é
difícil de confirmar a relação causal dos eventos adversos para um fármaco/radioterapia em particular.
Tabela 1 Reações adversas ao medicamento
Classe do sistema orgânico Reação adversa* Frequência
Infecções e infestações Nasofaringite Muito comum
Infecção Muito comum
Influenza (gripe) Comum
5
Faringite Comum
Sinusite Comum
Rinite Comum
Infecção do trato respiratório superior Comum
Infecção do trato urinário Comum
Distúrbios dos sistemas
sanguíneo e linfático
Anemia Muito comum
Trombocitopenia (redução das plaquetas, que
auxiliam na coagulação do sangue)
Muito comum
Neutropenia febril Muito comum
Redução da contagem de células brancas
sanguíneas / leucopenia
Neutropenia (redução de um dos tipos de
glóbulos brancos, responsável pela defesa de
infecções)
Comum
Distúrbios do sistema imune Hipersensibilidade (reações alérgicas) Comum
Distúrbios metabólicos e
nutricionais
Redução de peso Muito comum
Aumento de peso Muito comum
Redução do apetite Muito comum
Distúrbios psiquiátricos Insônia Muito comum
Depressão Comum
Ansiedade Comum
Distúrbios do sistema nervoso Tontura Muito comum
Dor de cabeça Muito comum
Parestesia (sensibilidade alterada de uma região do
corpo, geralmente com formigamento ou
dormência)
Hipoestesia (perda ou diminuição de
sensibilidade em determinada região do corpo)
Disgeusia (alteração do paladar) Muito comum
Hipertonia (aumento da rigidez muscular) Comum
Neuropatia periférica (lesão nervosa periférica) Comum
Sonolência Comum
Distúrbios oculares Lacrimejamento (aumento) Muito comum
Conjuntivite Muito comum
Distúrbios cardíacos Diminuição da fração de ejeção (quantidade de
sangue que o coração consegue enviar para a
circulação)
+
Insuficiência cardíaca (congestiva)
(insuficiência do coração com acúmulo de
líquido)
6
Cardiomiopatia (alteração do músculo cardíaco) Comum
+1
Taquiarritmia supraventricular (arritmia do
coração com batimentos muito rápidos)
1
Palpitação Comum
Distúrbios vasculares Linfedema (inchaço provocado pelo acúmulo de
um líquido denominado linfa)
Fogachos Muito comum
Pressão baixa Comum
Pressão alta Comum
Vasodilatação Comum
Distúrbios respiratórios, torácicos
e do mediastino
Falta de ar Muito comum
Epistaxe (sangramento nasal) Muito comum
Dor orofaríngea (dor na garganta) Muito comum
Tosse Muito comum
Rinorreia (coriza) Muito comum
Asma Comum
Distúrbio pulmonar Comum
Efusão pleural (acúmulo de líquido entre as duas
camadas da pleura, popularmente chamado de
“água no pulmão”)
Pneumonia Comum
Pneumonite (inflamação pulmonar) Incomum
Chiado Incomum
Distúrbios gastrintestinais Diarreia Muito comum
Vômito Muito comum
Náusea Muito comum
Dor abdominal Muito comum
Dificuldade de digestão Muito comum
Constipação Muito comum
Estomatite (inflamação da cavidade bucal) Muito comum
Pancreatite (inflamação do pâncreas) Incomum
Distúrbios de pele e de tecido
subcutâneo
Eritema (coloração avermelhada da pele) Muito comum
Erupção cutânea Muito comum
Redução parcial ou total de pelos ou cabelos em
uma determinada área de pele
Síndrome da eritrodisestesia palmo-plantar Muito comum
Alterações nas unhas Muito comum
Acne Comum
7
Dermatite Comum
Pele seca Comum
Sudorese Comum
Rash maculopapular (manchas vermelhas na
pele em grande parte do corpo)
Coceira Comum
Onicólise (descolamento das unhas) Comum
Urticária Incomum
Distúrbios musculoesqueléticos e
do tecido conjuntivo
Dor nas articulações Muito comum
Dor muscular Muito comum
Artrite (inflamação nas articulações) Comum
Dor nas costas Comum
Dor óssea Comum
Contrações musculares involuntárias Comum
Dor no pescoço Comum
Dor nas extremidades Comum
Distúrbios gerais e condições no
local de administração
Astenia (desânimo) Muito comum
Dor torácica Muito comum
Calafrios Muito comum
Fadiga Muito comum
Sintomas semelhantes à gripe Muito comum
Reação relacionada à infusão Muito comum
Dor Muito comum
Febre Muito comum
Inchaço de mãos e pés Muito comum
Inflamação da mucosa Muito comum
Inchaço Comum
Indisposição Comum
Danos, intoxicação e
complicações de procedimentos
Toxicidade nas unhas Muito comum
Distúrbios hepatobiliares Dano hepatocelular (células do fígado) Comum
Icterícia (aumento de bilirrubinas que provoca
coloração amarelada de pele e mucosas)
Rara
Distúrbios do ouvido e do
labirinto
Surdez Incomum
* As reações adversas ao medicamento são identificadas como eventos que ocorreram com, pelo menos, 2% de diferença, quando
comparado ao braço controle em, pelo menos, um dos maiores estudos clínicos randomizados. As reações adversas ao medicamento
foram adicionadas à categoria apropriada da classe do sistema orgânico e apresentadas em uma única tabela de acordo com a maior
incidência observada em qualquer um dos maiores estudos clínicos.
8
Denota as reações adversas que foram relatadas em associação com resultado fatal.
Denota as reações adversas que são relatadas amplamente em associação com reações relacionadas com a infusão. Porcentagens
específicas para esses eventos não estão disponíveis.
Imunogenicidade
No tratamento do câncer de mama inicial na neoadjuvância-adjuvância, 8,1% (24/296) dos pacientes do braço tratado
com Herceptin
IV desenvolveram anticorpos contra trastuzumabe (independentemente da presença de anticorpos no
nível basal). Os anticorpos anti-trastuzumabe neutralizantes foram detectados em amostras pós nível basal em 2 de 24
pacientes do braço tratado com Herceptin
IV.
A relevância clínica desses anticorpos é desconhecida. Porém, a farmacocinética, a eficácia [determinada pela resposta
patológica completa (RpC)] ou a segurança (determinada pela ocorrência de reações relacionadas à infusão) de
Herceptin
IV, parecem não ser afetadas de forma desfavorável por esses anticorpos.
Reações relacionadas à infusão e hipersensibilidade
As reações relacionadas à infusão, tais como calafrios e/ou febre, dispneia, hipotensão, sibilância, broncoespasmo,
taquicardia, redução na saturação de oxigênio e insuficiência respiratória foram observadas em todos os estudos clínicos
com trastuzumabe (vide item “Advertências e Precauções”).
Pode ser difícil diferenciar, clinicamente, as reações relacionadas à infusão de reações de hipersensibilidade.
O índice de todas as reações relacionadas à infusão de todos os graus variou entre os estudos dependendo da indicação,
se trastuzumabe foi administrado em combinação com quimioterapia ou como monoterapia e a metodologia de coleta
de dados.
No câncer de mama metastático, o índice das reações relacionadas à infusão variou de 49% a 54% no braço com
trastuzumabe, em comparação com 36% a 58% no braço comparador (o qual deve incluir outra quimioterapia). Reações
graves (grau 3 ou maior) variaram de 5% a 7% no braço com trastuzumabe, em comparação com 5% a 6% no braço
comparador.
No câncer de mama inicial, o índice das reações relacionadas à infusão variou de 18% a 54% no braço com
trastuzumabe, em comparação com 6% a 50% no braço comparador (o qual deve incluir uma outra quimioterapia).
Reações graves (grau 3 ou maior) variou de 0,5% a 6% no braço com trastuzumabe, em comparação com 0,3% a 5% no
braço comparador.
No tratamento do câncer de mama inicial na neoadjuvância-adjuvância (BO22227), o índice de reações relacionadas à
infusão está de acordo com o descrito acima e foi de 37,2% no braço tratado com Herceptin
IV. Reações graves de
grau 3 relacionadas à infusão foi de 2,0% no mesmo braço durante o período de tratamento. Não houve reações
relacionadas à infusão de graus 4 ou 5.
Reações anafilactoides foram observadas em casos isolados.
Disfunção cardíaca
Insuficiência cardíaca congestiva (NYHA Classe II-IV) é uma reação adversa comum a Herceptin
e associada com
resultados fatais. Sinais e sintomas de disfunção cardíaca, tais como falta de ar, ortopneia (dificuldade respiratória
quando está na posição deitada), exacerbação da tosse, edema pulmonar, galope S3 (quando o médico na ausculta
percebe três batimentos cardíacos em vez de dois, como seria o normal) ou redução na fração de ejeção ventricular
(quantidade de sangue que o coração consegue enviar para a circulação), foram observados em pacientes tratados com
.
Câncer de mama metastático
Dependendo dos critérios utilizados para definir a insuficiência cardíaca, a incidência de sintomas nos estudos clínicos
principais, realizados em pacientes com doença metastática, variou entre 9% e 12% no grupo de pacientes tratados com
+ paclitaxel, comparado com 1% - 4% no grupo de pacientes tratados com paclitaxel isolado. Para a
monoterapia com Herceptin
o índice foi de 6% - 9%. O índice mais elevado de disfunção cardíaca foi observado em
pacientes tratados concomitantemente com Herceptin
+ antraciclina/ciclofosfamida (27%) e foi significativamente
mais elevado que o do grupo tratado somente com antraciclina/ciclofosfamida (7% - 10%). Em outro estudo com
monitoramento prospectivo da função cardíaca, a incidência de insuficiência cardíaca sintomática foi de 2,2% em
pacientes recebendo Herceptin®
e docetaxel, comparado com 0% nos pacientes recebendo docetaxel isoladamente. A
maioria dos pacientes (79%) que desenvolveram disfunção cardíaca nesses estudos apresentou melhora após receber o
tratamento padrão para insuficiência cardíaca.
9
Câncer de mama inicial (adjuvância)
Nos três estudos clínicos principais na adjuvância com a administração de trastuzumabe em combinação com
quimioterapia, a incidência de disfunção cardíaca de grau 3/4 (insuficiência cardíaca congestiva sintomática) foi similar
em pacientes que estavam recebendo somente quimioterapia e em pacientes que estavam recebendo Herceptin®
sequencialmente após um taxano (0,3 a 0,4%). O índice foi maior em pacientes que estavam recebendo Herceptin®
concomitantemente a um taxano (2,0%). Em 3 anos, o índice de eventos cardíacos em pacientes recebendo AC P
(doxorrubicina mais ciclofosfamida seguidos por paclitaxel) + H (trastuzumabe) foi estimado em 3,2%, comparado com
0,8% em pacientes tratados com AC P. Nenhum aumento na incidência cumulativa de eventos cardíacos foi
observado em 5 anos de acompanhamento adicionais.
Em 5,5 anos, os índices de eventos cardíacos sintomáticos ou FEVE foram 1,0%, 2,3% e 1,1%, respectivamente, nos
braços de tratamento com AC D (doxorrubicina mais ciclofosfamida seguidos por docetaxel), AC DH
(doxorrubicina mais ciclofosfamida seguidos por docetaxel mais trastuzumabe), e DCarbH (docetaxel, carboplatina e
trastuzumabe). Para insuficiência cardíaca congestiva sintomática (NCI-CTC Grau 3-4), os índices de 5 anos foram
0,6%, 1,9% e 0,4%, respectivamente, nos braços de tratamento AC D, AC DH e DCarbH. O risco global de
desenvolvimento de eventos cardíacos sintomáticos foi baixo e similar para pacientes nos braços de tratamento com AC
D e DCarbH. Com relação aos braços de tratamento AC D e DCarbH, houve aumento do risco de
desenvolvimento de eventos cardíacos sintomáticos para pacientes do braço de tratamento AC DH, sendo discernível
por aumento contínuo no índice cumulativo de eventos cardíacos sintomáticos ou FEVE de até 2,3% em comparação
com aproximadamente 1% nos dois braços comparadores (AC D e DCarbH).
Quando Herceptin®
foi administrado após a conclusão da quimioterapia adjuvante, insuficiência cardíaca NYHA
Classe III-IV foi observada em 0,6% dos pacientes no braço que receberam Herceptin®
por um ano após mediana de
acompanhamento de 12 meses. Após a mediana de 3,6 anos de acompanhamento, a incidência de insuficiência cardíaca
congestiva grave e disfunção ventricular esquerda após a terapia com Herceptin®
permaneceu abaixo de 0,8% e 9,8%,
respectivamente.
No estudo BO16348, após uma mediana de acompanhamento de 8 anos, a incidência de insuficiência cardíaca
congestiva grave (NYHA Classe III-IV) no braço tratado com Herceptin®
por um ano, foi de 0,8%, e o índice de
disfunção ventricular esquerda assintomática e sintomática leve foi de 4,6%.
A reversibilidade da insuficiência cardíaca congestiva grave (definida como uma sequência de pelo menos dois valores
consecutivos de FEVE ≥ 50% após o evento) foi evidente em 71,4% dos pacientes tratados com Herceptin®
. A
reversibilidade da disfunção ventricular esquerda assintomática e sintomática leve foi demonstrada em 79,5% dos
pacientes. Aproximadamente 17% dos eventos relacionados à disfunção cardíaca ocorreram após a conclusão do
tratamento com Herceptin®
Na análise conjunta dos estudos NSAPB-B31 e NCCTG N9831, com uma mediana de acompanhamento de 8,1 anos
para o grupo AC→PH (doxorrubicina mais ciclofosfamida, seguido de paclitaxel mais trastuzumabe), a incidência por
paciente de um novo início de disfunção cardíaca, determinada pela FEVE, permaneceu inalterada em comparação com
a análise feita no grupo AC→PH sob mediana de acompanhamento de 2,0 anos: 18,5% dos pacientes no grupo
AC→PH com FEVE reduzida de ≥ 10% a menor que 50%. A reversibilidade da disfunção ventricular esquerda foi
reportada em 64,5% dos pacientes que apresentaram ICC sintomática no grupo AC→PH, sendo assintomática no último
acompanhamento, e 90,3% tento uma recuperação completa ou parcial da FEVE.
Câncer de mama inicial (neoadjuvância-adjuvância)
No estudo clínico pivotal MO16432, Herceptin®
foi administrado concomitantemente com quimioterapia neoadjuvante
incluindo três ciclos de doxorrubicina (dose cumulativa de 180 mg/m2
). A incidência de disfunção cardíaca sintomática
foi de até 1,7% no braço com Herceptin®
No estudo clínico pivotal BO22227, Herceptin®
incluindo quatro ciclos de epirrubicina (dose cumulativa de 300 mg/m2
); na mediana de acompanhamento de 40 meses,
a incidência de insuficiência cardíaca congestiva foi de 0% no braço tratado com Herceptin®
Câncer gástrico avançado
A maioria das reduções na fração de ejeção do ventrículo esquerdo – quantidade de sangue que sai do ventrículo
esquerdo (FEVE) observadas no estudo BO18255 foi assintomática, com exceção de um paciente no braço contendo
Herceptin®
, cuja queda da FEVE coincidiu com insuficiência cardíaca.
Toxicidade hematológica (relacionada ao sangue)
Câncer de mama
10
A toxicidade hematológica é infrequente após a administração de Herceptin
IV como monoterapia nos pacientes em
tratamento da doença metastática.
Houve aumento na toxicidade hematológica em pacientes tratados com a combinação de Herceptin
com paclitaxel,
comparados com pacientes que receberam paclitaxel isoladamente.
A toxicidade hematológica foi também aumentada em pacientes que receberam Herceptin®
e docetaxel, em
comparação com docetaxel isolado. A incidência de neutropenia febril/septicemia neutropênica (diminuição de glóbulos
brancos com febre/infecção generalizada com diminuição de glóbulos brancos) também foi aumentada em pacientes
tratados com Herceptin®
mais docetaxel.
Os eventos adversos de grau ≥ 3 mais frequentemente relatados que ocorreram com taxa de incidência de, pelo menos,
1% por tratamento clínico, os quais foram classificados sob a classe do sistema orgânico relacionada aos distúrbios do
sistema linfático e sangue, são mostrados abaixo:
Tabela 2 Eventos adversos de grau ≥ 3 frequentemente reportados nos distúrbios do sangue e do
sistema linfático
fluoropirimidina / cisplatina
(N = 290)
(% de pacientes em cada braço de
tratamento)
trastuzumabe / fluoropirimidina /
cisplatina (N = 294)
Neutropenia(redução de um
tipo de glóbulo branco do
sangue)
30% 27%
Anemia 10% 12%
Neutropenia febril (febre na
vigência de redução de um
tipo de glóbulo branco)
3% 5%
Trombocitopenia 3% 5%
A porcentagem total de pacientes que tiveram uma reação adversa (de grau ≥ 3 NCI-CTCAE versão 3.0) que tenha sido
classificada sob essa classe do sistema orgânico foi de 38% no braço FP e 40% no braço FP+H.
Em geral, não houve diferenças significativas na hematotoxicidade entre o braço de tratamento e o braço comparador.
Toxicidade hepática (relacionado ao fígado) e renal
Toxicidade hepática grau 3 ou 4, segundo os critérios da OMS, foi observada em 12% dos pacientes após a
administração de Herceptin®
IV como agente único, em pacientes que receberam tratamento para a doença metastática.
Essa toxicidade foi associada com a progressão da doença no fígado em 60% dos pacientes.
Toxicidade hepática grau 3 ou 4, segundo os critérios da OMS, foi menos frequentemente observada entre pacientes que
receberam Herceptin
IV e paclitaxel que entre os pacientes que receberam paclitaxel isoladamente (7% comparado
com 15%).
Nenhuma toxicidade renal grau 3 ou 4, segundo os critérios da OMS, foi observada.
No estudo BO18255, não houve diferenças significativas na toxicidade hepática e renal observados entre dois braços de
tratamento.
Diarreia
Dos pacientes tratados com Herceptin
como monoterapia para tratamento da doença metastática 27% apresentaram
diarreia. Aumento na incidência de diarreia, principalmente de gravidade leve a moderada, tem sido também observado
nos pacientes que receberam Herceptin
em combinação com paclitaxel, em comparação com pacientes que receberam
paclitaxel isoladamente.
11
No estudo BO16348, 8% dos pacientes tratados com Herceptin®
apresentaram diarreia durante o primeiro ano de
No estudo BO18255, 109 pacientes (37%) que participam do braço de tratamento contendo Herceptin®
versus 80
pacientes (28%) no braço comparador tiveram algum grau de diarreia. O critério de gravidade usando NCI-CTCAE
v3.0, a porcentagem de pacientes que tiveram diarreia grau ≥ 3 foi de 4% no braço FP versus 9% no braço FP+H.
Infecção
Aumento na incidência de infecções, principalmente infecções leves do trato respiratório superior de pouca importância
clínica, ou infecção de cateter, foi observado em pacientes tratados com Herceptin
Experiência pós-comercialização
Tabela 3 Reações adversas relatadas durante a pós-comercialização
Classe do sistema orgânico Reação adversa
Distúrbios dos sistemas sanguíneo e
linfático
Redução da protrombina (substância que auxilia a coagulação sanguínea)
Trombocitopenia imune
Distúrbios do sistema imune Reações anafilactoides (reações que lembram anafilaxia, porém com
mecanismo diferente, que podem cursar com inchaços, reações cutâneas,
coceira, dificuldade para respirar, dores abdominais e choque)
Distúrbios oculares Madarose (perda ou queda dos cílios)
Distúrbios cardíacos Choque cardiogênico (pressão muito baixa, porque o coração não consegue
manter a circulação)
Taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
Distúrbios respiratórios, torácicos e do
mediastino
Broncoespasmo (diminuição do calibre dos brônquios)
Redução na saturação de oxigênio
Insuficiência respiratória
Doença pulmonar intersticial
Infiltração pulmonar
Síndrome do desconforto respiratório agudo
Desconforto respiratório
Fibrose pulmonar (substituição do tecido pulmonar normal por cicatriz)
Hipóxia (concentração reduzida de oxigênio nos tecidos)
Inchaço na garganta
Condições renal e urinário Glomerulonefropatia (doença dos glomérulos, unidade funcional dos rins)
Insuficiência renal (problema nos rins)
Distúrbios de gravidez, puerpério e
perinatal
Hipoplasia pulmonar (pulmão pouco desenvolvido)
Hipoplasia renal (rim pouco desenvolvido)
Oligoâmnio (baixa produção de líquido amniótico)
Eventos adversos
12
A Tabela 4 indica os eventos adversos que historicamente foram relatados em pacientes que receberam Herceptin®
Tendo em vista que não há evidência de relação causal entre Herceptin®
e esses eventos, eles são considerados como
não esperados para o propósito de relatórios de segurança de Farmacovigilância.
Tabela 4 Eventos adversos
Classe do sistema orgânico Evento adverso
Infecções e infestações Celulite (inflamação das células do tecido subcutâneo)
Erisipela (um tipo de celulite)
Sepse (infecção geral do organismo)
Meningite
Bronquite
Herpes-zóster
Cistite (inflamação da bexiga)
Distúrbios dos sistemas sanguíneo e linfático Leucemia (câncer no sangue)
Distúrbios do sistema imune Anafilaxia
Choque anafilático (reações alérgicas graves, com
dificuldade respiratória e queda brusca da pressão arterial)
Distúrbios psiquiátricos Pensamento anormal
Distúrbios do sistema nervoso Falta de coordenação motora
Paresia (disfunção ou interrupção dos movimentos de um
ou mais membros)
Distúrbio cerebrovascular (alteração do cérebro por
distúrbios vasculares)
Edema cerebral
Letargia
Coma
Distúrbios da orelha e labirinto Vertigem
Distúrbios cardíacos Efusão pericárdica (aumento excessivo da quantidade de
líquido entre as duas camadas da membrana que reveste o
coração, “água” no coração)
Bradicardia (diminuição da frequência cardíaca)
Pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que
reveste o coração)
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino Soluço
Falta de ar ao realizar esforços
Distúrbios gastrintestinais Gastrite
Distúrbios hepatobiliares Insuficiência hepática (problema no fígado)
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo Dor muscular e nos ossos
Distúrbios renais Disúria (dor ao urinar)
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama Dor nas mamas
13
Distúrbios gerais e condições no local de administração Desconforto torácico
Atenção: este produto é um medicamento que possui uma nova indicação terapêutica no país e ampliação de uso,
embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
MEDICAMENTO?
É muito pouco provável que você receba dose excessiva de Herceptin
. Se isso acontecer, os principais sintomas
correspondem às reações indesejáveis descritas para o medicamento, que serão reconhecidos por seu médico, que saberá
como tratá-los.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.
MS – 1.0100.0552
Farm. Resp.: Tatiana Tsiomis Díaz - CRF-RJ nº 6942
Herceptin
440 mg
Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia, Suíça,
por Genentech Inc., South San Francisco, EUA
ou por Genentech Inc., Hillsboro, EUA
Embalado por F. Hoffmann-La Roche Ltd, Kaiseraugst, Suíça
150 mg
por Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha
ou por Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ 33.009.945/0023-39
Serviço Gratuito de Informações – 0800 7720 289 RRRR
www.roche.com.br
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
14
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
VENDA PROIBIDA AO COMÉRCIO
CDS 17.0_Pac
1
Histórico de alteração para bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
No.
Assunto
N° do
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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