Bula do Hipodermon para o Profissional

Bula do Hipodermon produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Hipodermon
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO HIPODERMON PARA O PROFISSIONAL

HIPODERMON

(colecalciferol, óxido de zinco e

palmitato de retinol)

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Pomada Dermatológica

900U.I/g + 150mg/g + 5000U.I/g

Hipodermon – pomada - Bula para o paciente 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

HIPODERMON®

colecalciferol, óxido de zinco e palmitato de retinol.

APRESENTAÇÃO

Pomada dermatológica

Embalagem contendo 1 ou 50* bisnagas com 45g.

*Embalagem hospitalar

USO TÓPICO DERMATOLÓGICO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada grama de HIPODERMON®

pomada contém:

colecalciferol (vitamina D3)...........................................................................................................900U.I

óxido de zinco.................................................................................................................................150mg

palmitato de retinol (vitamina A)..................................................................................................5000U.I

excipientes q.s.p .....................................................................................................................................1g

(cloreto de benzalcônio, metilparabeno, proprilparabeno, petrolato líquido, petrolato branco, glicerol,

talco, butilidroxitolueno, essência baby, lanolina, metabissulfito de sódio, ácido cítrico, edetato dissódico,

cera autoemulsificante aniônica, álcool etílico e água).

Hipodermon – pomada - Bula para o paciente 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Hipodermon®

é destinado para proteger a delicada pele do bebê contra irritações da pele, provocadas

por agentes naturais (sol, vento, poeira, água do mar, etc.) e por substâncias presentes nas fezes e

urina que causam assaduras. Sua fórmula com vitamina A (retinol) e vitamina D (colecalciferol)

incorporadas a agentes penetrantes, emolientes e hidratantes, formam uma camada protetora contra

estes agentes.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A cicatrização de feridas foi reforçada em dois pacientes com úlceras epidérmicas com a aplicação tópica

de vitamina A. Um jovem de 18 anos de idade, do sexo feminino com lúpus eritematoso sistêmico, que

estava sendo tratada com prednisona e azatioprina desenvolveu uma úlcera de perna pós-traumática, que

não apresentava melhora após 18 dias. Três dias após o início da aplicação tópica de vitamina A, a

granulação e a epitelização da lesão ocorreu, e a ferida cicatrizou completamente dentro de 28 dias. Em

um segundo caso, uma criança de 5 anos de idade, desenvolveu uma úlcera medicamentosa, o que não foi

curado após 45 dias. A mãe da criança notou significativa melhora, dois dias após a administração de uma

preparação oral de vitaminas contendo 5000 unidades internacionais (UI). Este medicamento foi

interrompido por uma semana, e preparação tópica de vitamina A foi aplicado com melhora dramática. Os

autores trataram um total de 10 desses pacientes, dois pacientes sem melhora em suas lesões e um efeito

benéfico em 8 pacientes.1

Um estudo teve o objetivo de investigar o efeito do zinco aplicado topicamente na cura da úlcera de

perna e examinar seu efeito sobre alguns mecanismos na cicatrização de feridas, utilizando modelos

animais padronizados. O estudo duplo-cego, envolvendo 37 pacientes com úlcera de perna, com os níveis

de zinco sérico baixo, o óxido de zinco aplicado tópicamente promoveu limpeza e reepitelização, foi

observado também que infecções e deteriorações das úlceras eram menos comuns em pacientes tratados

com óxido de zinco. A epitelização das úlceras de perna, foi reforçada com óxido de zinco aplicado

topicamente em feridas de espessura parcial em suínos com níveis normais de zinco no organismo.

Em ratos normais, o crescimento bacteriano em feridas de espessura total foi reduzido com óxido de zinco

tópico, porém esse resultado não foi observaso nos ratos diabéticos hiperglicêmicos. Os autores

comcluiram que o zinco tópico pode estimular a cicatrização de úlceras da perna, aumentando à re-

epitelização, diminuindo a inflamação e o crescimento bacteriano. Quando o zinco é aplicado em feridas

não só corrige um déficit de zinco local, mas também atua farmacologicamente. 2

O óxido de zinco (25% -40%), em formulações como pastas e unguentos são seguros e eficazes para a

assaduras de fralda, mas em concentrações mais elevadas são difíceis de remover da pele do bebé, devido

à sua natureza da espessura e aderência. É o principal ingrediente ativo em produtos para assaduras,

acompanhados das vitaminas A + D. 3

Referências bibliográficas:

1. Hunt TK, Ehrlich HP, Garcin HA, et al: Effect of vitamin A on reversing the inhibitory effect of

cortisone on healing of open wounds in animals and man. Ann Surg. 1969; 170:633-40.

2. Agren MS. Studies on zinc in wound healing. Acta Derm Venereol Suppl (Stockh).1990;154:1-36.

3. Pray WS. Helping parents treat diaper rash. US Pharm. 2012;37(3):12-15.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A vitamina A é necessária para o crescimento e desenvolvimento do osso, visão, reprodução, e para a

diferenciação e manutenção de tecido epitelial. A deficiência de vitamina A está associada com a função

imunológica diminuída e cicatrização retardada. As formas biologicamente ativas de vitamina A são: o

retinol, retinal e ácido retinóico. A pele é um importante tecido retinóide-responsivo. As células na

epiderme e derme contêm proteínas e receptores que medeiam os efeitos biológicos dos metabolitos da

vitamina A na pele.

O óxido de zinco funciona como protetor mecânico da barreira da pele, não apresentando efeitos tóxicos

ou adversos conhecidos. Além da sua ação farmacológica, agiria também através da correção de um

déficit local de zinco, quando aplicado topicamente. Demonstrou-se in vitro que o óxido de zinco

promove degradação do colágeno nos tecidos necróticos da crosta da pele, provavelmente pelo aumento

da atividade de metaloproteinases: esse pode ser um dos mecanismos que explicam sua ação anti-

inflamatória e o efeito positivo na cicatrização de úlceras da pele. Provavelmente o óxido de zinco acelera

o processo de cicatrização através do aumento da expressão dos genes para o fator de crescimento IGF-1

(insulina like growth factor) no tecido de granulação. Demontrou-se ação do óxido de zinco estimulando

a reepitelização: Em células basais da epiderme, tanto de pele íntegra como não íntegra de ratos, aumenta

Hipodermon – pomada - Bula para o paciente 3

o índice mitótico, quando empregado em concentração de 25 mg. Além desses efeitos, há também um

efeito antibacteriano indireto atribuído ao óxido de zinco, que seria mediado pelos sistemas locais de

defesa e não por ação direta contra bactérias.

A aplicação de petrolato puro sobre a pele provoca redução de aproximadamente 50% na perda de água

da pele, medida após 40 minutos da aplicação, devido à propriedade oclusiva do petrolato, e resulta em

ação emoliente que melhora a função de barreira mecânica da pele. O petrolato é um veículo altamente

lipofílico e hidrofóbico que, quando associado ao óxido de zinco, rodeia as partículas do pó desse último,

impedindo a absorção de água ou de exsudatos. Preparações contendo dois componentes imiscíveis, como

pó de óxido de zinco suspenso em um veículo lipofílico como petrolato, não têm características

absortivas, sendo altamente oclusivas. O petrolato pode se incorporar à camada externa do estrato córneo

da pele durante o processo de cicatrização e auxilia na diminuição do processo inflamatório, até que se

complete a migração das células epiteliais para a superfície da pele lesada.

O óxido de zinco é um adstringente e antisséptico que exerce ação suavizante, cicatrizante e protetora da

pele nas afecções que apresentam erupções superficiais.

O óxido de zinco, a vitamina A e a vitamina D associados, incorporados a agentes penetrantes e

hidratantes, formam uma camada que protege a pele do bebê contra as indesejáveis assaduras.

O colecalciferol (vitamina D3) e/ou ergocalciferol (vitamina D2), constituem o que é conhecido

comercial e biologicamente como “vitamina D”. Ambos os compostos são iguais em potência e

submetido às mesmas conversões metabólicas, e não há nenhuma diferença prática ou clinicamente

relevante entre eles. O colecalciferol é forma de vitamina D de ocorrência natural, produzida a partir do 7-

dehidrocolesterol, um esteroide presente na pele dos mamíferos, na presença de radiação UV.

A vitamina D aplicada por via tópica é usada no tratamento de doenças inflamatórias crônicas como

psoríase, também em processos de cicatrização e proteção da pele, como em pomadas cicatrizantes ou

para assaduras, especialmente quando combinada com a vitamina A. As formulações devem possuir

caráter oleoso, compatível com a característica lipossolúvel da mesma.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para pessoas hipersensíveis aos componentes da fórmula.

Se o paciente apresentar dermatite causada por fungos (micose cutânea), as lesões podem piorar com

o uso do produto.

Não aplicar em pele com lesões (feridas abertas).

Gravidez - Categoria de risco C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres

grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis

realizados em mulheres grávidas.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Na dermatite das fraldas, as fraldas devem ser trocadas com frequência, mantendo-se a pele seca e,

quando possível, exposta ao ar. Deve-se evitar que as crianças venham a ingerir o produto, ainda que

não se conheçam as consequências desta ingestão.

Não aplicar em pele com lesões (feridas abertas).

Gravidez - Categoria de risco C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres

grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis

realizados em mulheres grávidas.

O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício. Quando

utilizado, pode ser necessária monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente.

Uso em idosos – Não existem recomendações especiais ou precações sobre o uso do produto por

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não há relatos de interações medicamentosas com o produto. Porém, recomenda-se evitar o uso

concomitante com outros medicamentos tópicos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC) e proteger da luz e umidade.

Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, HIPODERMON®

apresenta uma validade de

24 meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote, datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Hipodermon – pomada - Bula para o paciente 4

HIPODERMON®

é uma pomada de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

USO TÓPICO DERMATOLÓGICO

1. Limpar a pele com água morna e sabão. Secar bem.

2. Aplicar HIPODERMON

®

nos locais afetados de forma que fique uma camada sobre a pele,

massageando suavemente para facilitar a penetração. A importância desta camada é proteger a pele

contra a urina e fezes.

Deve-se aplicar duas ou mais vezes ao dia.

Durante a fase crítica da assadura, aplicar todas as vezes que a criança for trocada.

Evite esfregar a própria fralda suja e molhada nas assaduras das crianças.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Ao classificar a frequência das reações, utilizamos os seguintes parâmetros:

Reação rara: irritação com ardência temporária da pele. Caso ocorra alguma irritação o uso deve ser

interrompido.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.