Bula do Hycimet para o Profissional

Bula do Hycimet produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Hycimet
Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO HYCIMET PARA O PROFISSIONAL

HYCIMET®

Cimetidina

150 mg/mL

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APRESENTAÇÕES

Solução injetável 150mg/mL

Caixa com 100 ampolas de 2 mL

USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL solução injetável contém:

cimetidina ............................................................150 mg

Veículo q.s.p.............................................................1 mL

Excipientes: ácido clorídrico e água para injeção.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de

distúrbios do trato gastrintestinal superior nos quais a

redução da secreção gástrica, a obtenção da remissão e a

prevenção da recorrência sejam benéficas para o alívio

sintomático como no tratamento agudo da úlcera

duodenal, úlcera gástrica benigna, úlcera de boca

anastomática e pós-cirúrgica, úlcera péptica recorrente e

esofagite péptica; no controle de condições

hipersecretórias patológicas, como na síndrome de

Zollinger-Ellison, na mastocitose sistêmica, adenomas

endócrinos múltiplos, síndrome pós-operatória de

intestino curto, hipersecreção idiopática; na prevenção

de úlceras de estresse em pacientes gravemente

enfermos e de alto risco, e também como medida de

apoio no controle de hemorragia devido a úlceras

pépticas ou erosões do trato gastrintestinal superior, nos

pacientes sob anestesia geral, e, inclusive, em mulheres

submetidas a cesarianas, a cimetidina reduz a acidez e o

volume das secreções gástricas, diminuindo o risco de

dano pulmonar promovido pela aspiração do conteúdo

gástrico; tratamento em curto prazo dos sintomas de

condições dispépticas caracterizadas por dor abdominal

superior, particularmente quando relacionadas com as

refeições e quando não se consegue identificar qualquer

causa orgânica; e prevenção de recidiva de úlceras

gástricas e duodenais, em particular naqueles pacientes

com história de recidivas ou complicações frequentes,

assim como em pacientes com patologias concomitantes

que possam tornar a cirurgia um risco maior do que o

habitual.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A cimetidina demonstrou eficácia no tratamento da

úlcera duodenal em 88% dos pacientes quando utilizado

em duas doses diárias de 400mg por oito semanas. Nas

formas grau I da esofagite péptica a dose de 800mg duas

vezes ao dia atinge eficácia de 72 a 92%.

Referências:

ZATERKA, S. et al. Very-low dose antacid in treatment

of duodenal ulcer. Comparison with cimetidine. Dig Dis

Sci, v.36, n.10, p.1377-1383, out. 1991.

TYTGAT, G. N. Efficacy of different doses of

cimetidine in the treatment of reflux esophagitis. A

review of three large, double-blind, controlled trials.

Gastroenterology, v.99, n.3, p. 629-634, set.1990.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas: A cimetidina é um

antagonista de receptores H2, sendo, portanto,

estruturalmente semelhante à histamina. Corresponde

quimicamente à N-ciano-N'-metil-N”-[2-[[(5-metil-1H-

imidazol-4-il)-metil]tio]etil] guanidina. A cimetidina

atua através de inibição competitiva com a histamina

pelos receptores H2 das células parietais. Dessa forma,

inibe a secreção gástrica basal, estimulada por

alimentos, betazol, pentagastrina, cafeína e insulina,

reduzindo o volume e a acidez da secreção. A cimetidina

não reduz a secreção da pepsina, mas sua produção total

fica reduzida como efeito exercido sobre o volume das

secreções gástricas. Além de apresentar efeito

antissecretor, a cimetidina apresenta ação citoprotetora,

auxiliando na manutenção da integridade da mucosa

gástrica. Mesmo após tratamento prolongado com

cimetidina, a suspensão da terapia não promove rebote

ácido. Por não apresentar propriedades colinérgicas ou

anticolinérgicas, a cimetidina não interfere com a

motilidade gastrintestinal.

Propriedades Farmacocinéticas: A cimetidina apresenta

volume de distribuição de 1l/kg e encontra-se

fracamente ligado às proteínas plasmáticas,

aproximadamente 20%. Atravessa a barreira placentária.

A administração da solução injetável de cimetidina

permite que o fármaco aumente sua biodisponibilidade,

pois evita que este sofra metabolismo hepático de

primeira passagem. O tempo médio de eliminação da

cimetidina é de 2 a 3 horas, embora sofra metabolismo

hepático passando a sulfóxido e hidroximetilcimetidina,

grande parte é excretada na urina sem ser metabolizada.

Desta forma, a insuficiência renal exige redução na

dosagem deste fármaco, pois pode aumentar a meia vida

plasmática. É também excretado no leite materno.

4. CONTRAINDICAÇÕES

A cimetidina é contraindicado para mulheres grávidas

ou no período de lactação, para pessoas asmáticas ou

com doença cardíaca, nos casos de úlcera gástrica

maligna e à pacientes com hipersensibilidade conhecida

ao fármaco ou a qualquer outro componente da fórmula.

Categoria de risco na gravidez: Categoria B.

Este medicamento não deve ser utilizado por

mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes da instituição de terapia para úlcera gástrica com

cimetidina, deve-se excluir a possibilidade de

malignidade da lesão, uma vez que os sintomas podem

ser mascarados pelo uso da cimetidina.O uso de

antagonistas dos H2 favorece o desenvolvimento de

bactérias no trato gastrintestinal devido à diminuição da

acidez gástrica. Pacientes portadores de insuficiência

renal podem apresentar aumentos na concentração

plasmática de cimetidina, aumentando o risco de reações

adversas, principalmente sobre o sistema nervoso central

(SNC).

Pacientes que apresentam patologias graves e que usam

concomitantemente a cimetidina com outros fármacos

conhecidamente redutores da contagem de células

sanguíneas são mais propensos a apresentarem redução

na contagem leucocitária, inclusive agranulocitose.

Foram descritos estados confusionais reversíveis com o

uso de antagonistas dos receptores H2, porém mais

comumente em pacientes idosos e/ou gravemente

enfermos, portadores de insuficiência renal ou síndrome

de sofrimento cerebral. Estes estados confusionais

normalmente desaparecem nas primeiras 24 horas após

suspensão do tratamento.

Os pacientes idosos não apresentaram divergências

quanto às reações adversas e posologia em relação aos

pacientes mais jovens. Portanto, não há necessidade de

ajuste de dose para pacientes idosos com funções renal e

hepática normais.

Outros pacientes com problemas renais ou hepáticos

devem passar por uma avaliação risco/benefício, pelo

médico.

Até o momento a experiência com o uso de cimetidina

em pacientes grávidas é limitada e dados adequados

sobre o uso durante a lactação humana não são

disponíveis. Porém, sabe-se que a cimetidina atravessa a

barreira placentária e é encontrada em altas

concentrações no leite materno. Assim, a cimetidina não

deve ser usada durante a gravidez e lactação.

Categoria de risco na gravidez: Categoria B.

Este medicamento não deve ser utilizado por

mulheres grávidas sem orientação médica ou do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A cimetidina inibe o metabolismo hepático de várias

drogas que se ligam ao citocromo P450, além de

diminuir a absorção de outras, podendo ocorrer

interações como:

-Cetoconazol, digoxina, fluconazol, indometacina,

tetraciclina e sais de ferro: Pode ter sua absorção

reduzida, portanto a cimetidina deve ser administrada

pelo menos 2 horas após a administração destas drogas.

-Antidepressivos tricíclicos, xantinas, benzodiazepina,

bloqueador de canal de cálcio, cafeína, carbamazepina,

cloroquina, fenitoína, lidocaína, metronidazol,

propranolol, teofilina e varfarina: Devido a cimetidina

inibir a atividade do citocromo P450, ocorre um

decréscimo no metabolismo desses fármacos, o que pode

provocar eliminação retardada ou aumento da

concentração sanguínea, podendo exacerbar a ação e

reações adversas.

-Anticoagulantes: Recomenda-se a monitorização do

tempo de protrombina, podendo ser necessário ajuste de

dose.

-Fenitoína e teofilina: Pode haver aumento no risco de

ataxia devido ao aumento da concentração desses

fármacos no sangue. Um ajuste posológico pode ser

necessário.

-Metoprolol e propranolol: Deve-se realizar

monitorização da pressão sanguínea.

-Nifedipino: Possui sua ação hipotensora potencializada.

A cimetidina não apresenta interações clinicamente

significativas com os betabloqueadores.

Têm sido relatadas interações de mínimo valor clínico

com o diazepam e o clordiazepóxido. Não há interação

significante entre cimetidina e os benzodiazepínicos que

são metabolizados por glicuronidação, como é o caso do

oxazepam e do lorazepam. Pode provocar aumento de

reações adversas de analgésicos narcóticos.

Alterações em exames laboratoriais: foram relatados

aumentos da creatinina plasmática que não rogrediram

com a manutenção da terapia e desapareceram ao seu

final. Também foram observadas elevações das

transaminases séricas.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO

MEDICAMENTO

O produto deve ser mantido em sua embalagem original,

conservado em temperatura ambiente (15 a 30°C).

Proteger da luz e umidade.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da

data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide

embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade

vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

A solução de cimetidina é límpida, inodora, incolor a

levemente amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance

das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Fazer a higiene rigorosa com álcool no local da

aplicação.

Via intramuscular: Aplicar no quadrante superior

externo da região glútea; conforme a figura.

A agulha deve ser posicionada perpendicularmente à

pele e introduzida profundamente no músculo.

Áreas de tecido adiposo abundante devem ser evitadas,

pois o medicamento não deve ser aplicado na região

subcutânea.

Após a introdução da agulha é obrigatória a aspiração do

êmbolo, para certificar-se de que não houve perfuração

de vaso sanguíneo. Se for aspirado sangue, ou se ocorrer

dor intensa, interromper imediatamente a aplicação. A

aplicação deve ser feita lentamente.

Adultos:

Via intramuscular: Administrar 300mg de cimetidina (1

ampola), a cada 4 a 6 horas.

Via intravenosa: Para infusão intermitente, administrar

300mg do medicamento diluído em

100mL de solução intravenosa compatível e infundir por

um período mínimo de 30 minutos. A dose diária total

não deve ser maior que 2400mg (8 ampolas). Para a

infusão contínua, administrar 300mg do medicamento

diluído em 100mL de solução de cloreto de sódio a

0,9%. A velocidade de infusão não deve ser superior a

75mg/h, durante 24 horas. A dose total diária não deve

ser maior que 2400mg. Para injeção simples diluir

300mg do fármaco em até 20mL de uma solução

intravenosa compatível e administrar lentamente por no

mínimo 2 minutos. A dose diária é de 800mg a 1600mg,

em doses divididas.

Anestesia geral: Na prevenção da pneumonia por

aspiração, administrar 300mg da droga,

preferencialmente por via intramuscular, uma hora antes

da indução da anestesia. Nas cirurgias prolongadas,

repetir a administração a cada 4 horas.

A cimetidina é compatível com as seguintes soluções

intravenosas: cloreto de sódio a 0,9%, dextrose a 5% e

10% e Ringer com lactato. Nestas soluções, a cimetidina

se mantém estável por uma semana, em temperatura

ambiente.

Pacientes com insuficiência renal: As doses de

cimetidina estão relacionadas com o clearance renal. O

ajuste posológico está descrito na tabela abaixo:

Crianças:

Recém-nascidos: Administrar 10 a 15mg/kg/dia,

divididos a cada 4 a 6 horas.

Menores de 1 ano: Administrar 20mg/kg/dia, divididos a

cada 4 a 6 horas.

De 1 a 12 anos: Administrar 20 a 25mg/kg/dia, divididos

a cada 4 a 6 horas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Durante o tratamento com cimetidina foram relatadas

algumas reações adversas. As mais frequentes, mesmo

que tenha sido relatado um número reduzido de casos,

foram: diarreia leve e transitória, cansaço, tontura e

instabilidade e erupções cutâneas, algumas vezes graves.

Outras reações adversas como ginecomastia e

galactorreia (que podem permanecer durante o

tratamento ou desaparecer após seu término). Os

antagonistas dos receptores H2 podem afetar a

hematimetria, foram descritos casos de redução na

contagem leucocitária, inclusive agranulocitose,

trombocitopenia e raros casos de anemia aplástica.

Também têm sido raramente relatadas: anafilaxia,

confusão mental, alucinação, depressão, hepatite, febre,

nefrite intersticial, pancreatite, bradicardia sinusal,

taquicardia, bloqueio cardíaco e vasculite de

hipersensibilidade, sendo que a maioria destes casos os

pacientes apresentavam alguma outra patologia grave,

insuficiência renal ou hepática, síndrome de sofrimento

cerebral ou recebiam tratamento com outras drogas.

Essas reações tendem a desaparecer após a suspensão do

tratamento.

A injeção intramuscular de cimetidina pode provocar

dor leve e transitória no local da aplicação.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de

Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

A superdosagem aguda com até 20 gramas foi

observada, mas sem nenhum efeito prejudicial

significante. Estudos vêm demonstrando, que ao se

utilizar doses experimentais elevadas, a respiração

artificial pode ser benéfica. Como não existe antídoto

específico para intoxicação por cimetidina, o tratamento

indicado é sintomático e de suporte.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se

você precisar de mais orientações.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide

ampola e embalagem externa.

Clearance de creatinina

(mg/mL)

Posologia (cimetidina)

0 a 15 200mg, 2 vezes ao dia

15 a 30 200mg, 3 vezes ao dia

30 a 50 200mg, 4 vezes ao dia

> 50 Posologia normal

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.