Bula do Hynalgin produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
HYNALGIN®
dipirona sódica
500 mg/mL
Solução Injetável
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dipirona sódica mono-hidratada
APRESENTAÇÕES
Solução injetável, estéril e apirogênica.
Caixa com 100 ampolas de vidro âmbar com 2 mL
Caixa com 100 ampolas de vidro âmbar com 5 mL
USO INTRAVENOSO. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO.
USO INTRAMUSCULAR. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES.
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém 500 mg de dipirona mono-hidratada.
Excipiente: água para injetáveis.
Este medicamento é indicado como analgésico e antipirético.
A dipirona injetável foi comparada com placebo em estudos clínicos.
Um estudo comparou dipirona 1g IV versus placebo para cefaleia tensional em 60 pacientes.
Os pacientes que receberam dipirona mostraram uma melhora estatisticamente significante da dor (p<0,05) comparada
com o placebo aos 30 minutos após administração. O ganho terapêutico foi de 30% em 30 minutos e 40% em 60
minutos, com resultados significativamente superiores para dipirona. Foram observadas reduções significativas na
reincidência (dipirona = 25%, placebo = 50%) e uso de medicação de resgate (dipirona =20%, placebo = 47,6%) para o
grupo dipirona. (Bigal ME, 2002)
Outro estudo comparou dipirona 1 g IV com placebo para o alívio da cefaleia tipo migrânea com aura e sem aura.
Foram utilizados sete parâmetros de avaliação analgésica e uma escala analógica para avaliar náuseas, fotofobia e
fonofobia. Os pacientes sem aura que receberam dipirona demonstraram uma melhora estatisticamente superior com 30
minutos (29,5% no grupo dipirona versus 10% no grupo placebo) e 60 minutos (65,9% com dipirona e 16,7% com
placebo) (p<0,05). Os pacientes que apresentavam aura tiveram comportamento semelhante com 30% de melhora no
grupo dipirona versus 3,3% no grupo placebo com 30 minutos e 63,3% versus 13,3% para dipirona e placebo,
respectivamente com 60 minutos (p<0,05). Houve melhora também em todos os sintomas associados quando
comparados com indivíduos controle. (Bigal ME, 2002)
Propriedades farmacodinâmicas
A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e espasmolítico.
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2 com
propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA) e o 4-aminoantipirina (4-AA).
Como a inibição da ciclooxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito
antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como:
inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central,
dessensibilizacão dos nociceptores periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma
possível variante de COX-1 do sistema nervoso central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que
a dipirona inibiria uma outra isoforma da ciclooxigenase, a COX-3.
Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram
cerca de 4 horas.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas as seguintes informações
podem ser fornecidas:
Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-Nmetilaminoantipirina
(MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após
administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se altera em
qualquer extensão quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.
Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC
para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os metabólitos 4-N-acetilaminoantipirina
(AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico. São observadas farmacocinéticas
não-lineares para todos os metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o
significado clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de
curto prazo.
O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.
Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a dipirona.
Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes,
respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são excretados na urina, quando da administração oral
de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após
administração oral de dose única de 1 g de dipirona, o clearance renal foi de 5 mL ± 2 mL/min para MAA, 38 mL ± 13
mL/min para AA, 61 mL ± 8 mL/min para AAA, e 49 mL ± 5 mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas
correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5
horas para FAA.
Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose hepática, após administração
oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento
não foi tão marcante.
Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente estudados até o momento.
Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda:
As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000mg/kg de peso corporal por
via oral, aproximadamente 2300 mg de dipirona por kg de peso corporal ou 400 mg de MAA por kg de peso corporal
por via intravenosa. Os sinais de intoxicação foram sedação, taquipneia e convulsões pré-morte.
Toxicidade crônica:
As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150 mg/kg por dia) e cães (50mg/kg de peso corporal por
dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas. Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao longo de
um período de 6 meses em ratos e cães: doses diárias de até 300 mg de peso corporal/kg em ratos e até 100 mg/kg de
peso corporal de peso em cães não causaram sinais de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram
alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço, também foram detectados sinais de anemia e toxicidade
da medula óssea.
Mutagenicidade:
Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto, estudos in vitro e in vivo com
material específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial mutagênico.
Carcinogenicidade:
Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a dipirona não mostrou efeitos cancerígenos.
Toxicidade reprodutiva:
Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.
HYNALGIN não deve ser administrada a pacientes:
- com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas (ex.
fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex. fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência
prévia de agranulocitose com uma destas substâncias;
- com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético;
- que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (isto é urticária, rinite, angioedema) com
analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno.
- com porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria);
- com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise);
- gravidez e lactação (vide Advertências e Precauções – Gravidez e Lactação).
Em crianças com idade entre 3 e 11 meses ou pesando menos de 9 Kg, HYNALGIN não deve ser administrada
por via intravenosa;
HYNALGIN não deve ser administrada por via parenteral em pacientes com hipotensão ou hemodinâmica instável.
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses ou pesando menos de 5kg, para uso intramuscular e não
deve ser usado intravenoso em menores de 11 meses.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Agranulocitose induzida pela dipirona é uma casualidade de origem imuno-alérgica, durável por pelo menos 1 semana.
Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave que implique em risco para a vida, podendo ser fatal. Não é dose
dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Todos os pacientes devem ser advertidos a
interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais ou sintomas,
possivelmente relacionados à neutropenia, ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em
caso de ocorrência de neutropenia (menos de 1500 neutrófilos/mm3) o tratamento deve ser imediatamente
descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis
normais.
Pancitopenia: em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma completa
monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores.
Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais e
sintomas sugestivos de discrasias do sangue (mal estar geral p. ex., infecção, febre persistente, hematomas,
sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos contendo dipirona.
Choque anafilático: essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis, portanto, a dipirona deve ser prescrita
com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma (vide Contra indicações).
Reações cutâneas graves: reações cutâneas com risco de vida, como síndrome de Stevens– Johnson (SSJ) e Necrólise
Epidérmica Tóxica (NET) têm sido relatadas com o uso de dipirona. Se desenvolverem sinais ou sintomas de SSJ ou
NET (tais como exantema progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa), o tratamento com a dipirona
deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes devem ser avisados dos sinais e sintomas
e acompanhados de perto para reações de pele, particularmente nas primeiras semanas de tratamento.
PRECAUÇÕES
Reações anafiláticas/anafilactoides
Quando da escolha da via de administração, deve-se considerar que a via parenteral (via intravenosa ou intramuscular)
está associada a um maior risco de reações anafiláticas/anafilactoides.
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas graves relacionadas
à dipirona (vide Contraindicações):
- pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com rinosinusite poliposa concomitante;
- pacientes com urticária crônica;
- pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades de
bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e rubor pronunciado da face. A intolerância
ao álcool pode ser indicativa da síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada.
- pacientes com intolerância a corantes (ex. tartrazina) ou a conservantes (ex. benzoatos).
Antes da administração de HYNALGIN, os pacientes devem ser questionados especificamente. Em pacientes que estão
sob risco potencial para reações anafiláticas, HYNALGIN só deve ser administrada após cuidadosa avaliação dos
possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se HYNALGIN for administrada em tais circunstâncias, é
requerido que seja realizado sob supervisão médica e em locais onde recursos para tratamento de emergência estejam
disponíveis.
Reações hipotensivas isoladas
A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide Reações Adversas). Essas reações são
possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior probabilidade após administração parenteral.
Para evitar as reações hipotensivas severas desse tipo:
- a injeção deve ser administrada lentamente;
- reverter a hemodinâmica em pacientes com hipotensão pré-existente, em pacientes com redução dos fluidos corpóreos
ou desidratação, ou com instabilidade circulatória ou com insuficiência circulatória incipiente;
- deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.
Nestes pacientes, a dipirona deve ser utilizada com extrema cautela e a administração de HYNALGIN em tais
circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica.
Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação) para reduzir o risco de reação
hipotensiva.
A dipirona só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em pacientes nos quais a diminuição da
pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença cardíaca coronariana severa ou estenose dos vasos
sanguíneos que irrigam o cérebro.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma
vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes.
A injeção intravenosa deve ser administrada muito lentamente (sem exceder 1 mL por minuto) para assegurar que a
injeção possa ser interrompida ao primeiro sinal de reação anafilática/anafilactoide (vide Reações Adversas) e para
minimizar os riscos de reações hipotensivas isoladas.
Gravidez e lactação
A dipirona atravessa a barreira placentária. Não existem evidências de que o medicamento seja prejudicial ao feto: a
dipirona não apresentou efeitos teratogênicos em ratos e coelhos, e fetotoxicidade foi observada apenas com doses
elevadas que foram maternalmente tóxicas. Entretanto, não existem dados clínicos suficientes sobre o uso de
HYNALGIN durante a gravidez.
Recomenda-se não utilizar HYNALGIN durante os primeiros 3 meses da gravidez. O uso de HYNALGIN durante o
segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo médico.
HYNALGIN não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez, uma vez que, embora a dipirona seja uma
fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de
complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser excluída.
Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada durante e por até 48 horas após
a administração de HYNALGIN.
Populações especiais
Pacientes idosos: deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
Crianças: crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com HYNALGIN.
Crianças com idade inferior a 1 ano ou pesando menos de 9Kg não devem ser tratadas com HYNALGIN por via
intravenosa (vide Posologia).
Outros grupos de risco: vide Contraindicações e Advertências.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na
habilidade de se concentrar e reagir é conhecido. Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em
consideração que as habilidades para se concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo risco em situações
onde estas habilidades são de importância especial (por exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente quando
álcool foi consumido.
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem apresentar um risco especial para reações
semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.
agranulocitose) à dipirona, podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou
Medicamento-medicamento: a dipirona pode causar redução dos níveis plasmáticos de ciclosporina. As
concentrações da ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a dipirona é administrada concomitantemente.
A administração concomitante da dipirona com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade do metotrexato
particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
Medicamento-alimentos: não há dados disponíveis até o momento sobre a administração concomitante de alimentos e
dipirona.
Medicamento-exames laboratoriais: não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de dipirona em
exames laboratoriais.
HYNALGIN deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após abertas, as ampolas de HYNALGIN devem ser utilizadas imediatamente. A solução remanescente após o uso
deve ser descartada.
Características físicas e organolépticas
Solução límpida a amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
HYNALGIN injetável pode ser administrada por via intravenosa ou intramuscular.
Para assegurar que a administração parenteral de dipirona possa ser interrompida ao primeiro sinal de reação
anafilática/anafilactoide e para minimizar o risco de reações hipotensivas isoladas (vide Reações Adversas), é
necessário que os pacientes estejam deitados e sob supervisão médica. Além disto, a administração intravenosa deve ser
muito lenta, a uma velocidade de infusão que não exceda 1 mL (500 mg de dipirona)/minuto, para prevenir reações
hipotensivas.
Incompatibilidades/compatibilidades:
HYNALGIN pode ser diluída em solução de glicose a 5%, solução de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de Ringer-
lactato. Entretanto, tais soluções devem ser administradas imediatamente, uma vez que suas estabilidades são limitadas.
Devido à possibilidade de incompatibilidade, a solução de dipirona não deve ser administrada juntamente com outros
medicamentos injetáveis.
POSOLOGIA
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da
medicação.
Quando da escolha da via de administração, deve-se considerar que a via parenteral está associada com maior risco de
reações anafiláticas/anafilactoides.
Caso a administração parenteral de dipirona seja considerada em crianças entre 3 e 11meses de idade, deve-se utilizar
apenas a via intramuscular.
Para todas as formas farmacêuticas, os efeitos analgésico e antipirético são alcançados 30 a 60 minutos após a
administração e geralmente duram cerca de 4 horas.
Visto que reações de hipotensão após administração da forma injetável podem ser dose dependentes, a indicação de
doses únicas maiores do que 1 g de dipirona por via parenteral deve ser cuidadosamente considerada.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida
respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito abaixo.
• As seguintes dosagens são recomendadas
Adultos e adolescentes acima de 15 anos: em dose única de 2 a 5 mL (IV ou IM); dose máxima diária de 10 mL.
Crianças e lactentes: em crianças com idade inferior a 1 ano, HYNALGIN Injetável deve ser administrada somente
pela via intramuscular.
As crianças devem receber HYNALGIN Injetável conforme seu peso segundo a orientação deste esquema:
Peso Intravenosa
(IV)
Intramuscular
(IM)
Lactentes de 5 a 8
kg
-- 0,1 - 0,2 mL
Crianças de 9 a 15
0,2 - 0,5 mL
Crianças de 16 a
23 kg
0,3 - 0,8 mL
Crianças de 24 a
30 kg
0,4 – 1,0 mL
Crianças de 31 a
45 kg
0,5 - 1,5 mL
Crianças de 46 a
53 kg
0,8 - 1,8 mL
Caso necessário, HYNALGIN Injetável pode ser administrada até 4 vezes ao dia.
Não há estudos dos efeitos de HYNALGIN Injetável administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança
e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou intramuscular.
Populações especiais
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma
vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária
redução da dose.
Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem
prejudicadas.
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e < 1/10)
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000)
Reação muito rara (< 1/10.000)
Distúrbios do sistema imunológico
A dipirona pode causar choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se tornar graves com risco à
vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após HYNALGIN ter sido utilizada
previamente em muitas ocasiões sem complicações.
Tais reações medicamentosas podem desenvolver-se durante a injeção de dipirona ou horas mais tarde; contudo, a
tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a administração.
Normalmente, reações anafiláticas/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas
(tais como: prurido, ardor, rubor, urticária, edema), dispneia e, menos frequentemente, doenças/queixas gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas graves com urticária generalizada, angioedema grave (até mesmo
envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas, queda da pressão sanguínea (algumas vezes
precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório.
Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de ataques
asmáticos.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Além das manifestações de mucosas e cutâneas de reações anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima, podem
ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas, raramente exantema e, em casos isolados, síndrome de
Stevens-Johnson (reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea na pele e mucosas) ou síndrome de Lyell ou
Necrólise Epidérmica Tóxica (síndrome bolhosa rara e grave, caracterizada clinicamente por necrose em grandes áreas
da epiderme. Confere ao paciente aspecto de grande queimadura) (vide Advertências). Deve-se interromper
imediatamente o uso de medicamentos suspeitos.
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Anemia aplástica, agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos fatais, leucopenia e trombocitopenia. Estas reações
são consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo após HYNALGIN ter sido utilizada
previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex. orofaríngea, anorretal, genital),
inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto, em pacientes recebendo
terapia com antibiótico, os sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de sedimentação eritrocitária é
extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.
Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de petéquias na
pele e membranas mucosas.
Distúrbios vasculares
Reações hipotensivas isoladas
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por
mediação farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações anafiláticas/anafilactoides); em casos raros,
estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea. A administração intravenosa rápida
pode aumentar o risco de reações hipotensivas.
Distúrbios renais e urinários
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença renal, pode ocorrer piora aguda da função
renal (insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria ou proteinúria. Em casos isolados, pode ocorrer
nefrite intersticial aguda.
Distúrbios gerais e no local da administração
Reações locais e dor podem aparecer no local da injeção, incluindo flebites.
Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina. Isso pode ocorrer devido à presença do
metabólito ácido rubazônico em baixas concentrações.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas
Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas, vômito, dor abdominal, deficiência da função
renal/insuficiência renal aguda (ex. devido à nefrite intersticial) e, mais raramente, sintomas do sistema nervoso central
(vertigem, sonolência, coma, convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas vezes progredindo para choque) bem
como arritmias cardíacas (taquicardia). Após a administração de doses muito elevadas, a excreção de um metabólito
inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração avermelhada na urina.
Tratamento
Não existe antídoto específico conhecido para dipirona. Em caso de administração recente, deve-se limitar a absorção
sistêmica adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de desintoxicação, como lavagem gástrica
ou aqueles que reduzem a absorção (ex. carvão vegetal ativado). O principal metabólito da dipirona (4-N-
metilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou
bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA