Bula do Hyposil produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
HYPOSIL®
cloridrato de metoclopramida
5 mg/mL
Solução Injetável
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APRESENTAÇÃO
Solução injetável. Caixa contendo 100 ampolas de vidro âmbar de 2 mL.
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém 5,26 mg de cloridrato de metoclopramida mono-hidratado equivalente a 5mg de cloridrato de
metoclopramida anidro.
Excipientes: cloreto de sódio, metabissulfito de sódio e água para injetáveis.
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- distúrbios da motilidade gastrintestinal e
- náuseas e vômitos de origem central e periférica (cirurgias, doenças metabólicas e infecciosas, secundárias a
medicamentos).
HYPOSIL® é utilizado também para facilitar os procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.
A eficácia e a segurança antiemética de HYPOSIL® – metoclopramida – podem ser comprovadas no estudo de Strum
S.B. et al (1982) envolvendo 38 pacientes que potencialmente desenvolveriam náuseas e vômitos em tratamento
quimioterápico.
Grumberg et al.(1984) em seu estudo com 33 pacientes pré-usuários de quimioterapia – cisplatina - randomizado
duplo-cego cruzado também comprovou a eficácia antiemética de HYPOSIL® em doses maiores que as terapêuticas ,
nesses casos em que a presença de vômitos e náuseas é comum a todos. No estudo randomizado duplo-cego de
Anthony L.B. et al. (1986) comparando a eficácia antiemética entre a administração medicamentosa oral e a
intravenosa de metoclopramida, envolvendo 66 pacientes, comprovou-se que tanto a via oral como a via intravenosa
são equivalentes.
Propriedades farmacodinâmicas
HYPOSIL® é um produto de síntese original dotado de características químicas farmacológicas e terapêuticas
peculiares; sua substância ativa metoclopramida é quimicamente o cloridrato de (N-dietilaminoetil)-2-metoxi-4-amino-
5-cloro-benzamida.
A metoclopramida, antagonista da dopamina, estimula a motilidade muscular lisa do trato gastrintestinal superior, sem
estimular as secreções gástrica, biliar e pancreática. Seu mecanismo de ação é desconhecido, parecendo sensibilizar
os tecidos para a atividade da acetilcolina. O efeito da metoclopramida na motilidade não é dependente da inervação
vagal intacta, porém, pode ser abolido pelas drogas anticolinérgicas.
A metoclopramida aumenta o tônus e amplitude das contrações gástricas (especialmente antral), relaxa o esfíncter
pilórico, duodeno e jejuno, resultando no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal acelerados. Aumenta o tônus de
repouso do esfíncter esofágico inferior.
Propriedades farmacocinéticas
A metoclopramida sofre metabolismo hepático insignificante, exceto para conjugação simples. Seu uso seguro tem sido
descrito em pacientes com doença hepática avançada com função renal normal.
HYPOSIL® é contraindicado nos seguintes casos:
- em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade à metoclopramida ou a qualquer componente da fórmula;
- em que a estimulação da motilidade gastrintestinal seja perigosa, como por exemplo, na presença de hemorragia
gastrintestinal, obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal;
- em pacientes epiléticos ou que estejam recebendo outras drogas que possam causar reações extrapiramidais, uma vez
que a frequência e intensidade destas reações podem ser aumentadas;
- em pacientes com feocromocitoma, pois pode desencadear crise hipertensiva, devido à provável liberação de
catecolaminas do tumor. Esta crise hipertensiva pode ser controlada com fentolamina;
- em pacientes com histórico de discinesia tardia induzida por neurolépticos ou metoclopramida;
- em combinação com levodopa devido a um antagonismo mútuo.
Este medicamento é contra indicado para crianças menores de 1 ano de idade, devido ao risco de aumento da
ocorrência de desordens extrapiramidais nesta faixa etária.
Podem aparecer sintomas extrapiramidais, particularmente em crianças e adultos jovens e/ou quando são administradas
altas doses (vide Reações Adversas). Essas reações são completamente revertidas após a interrupção do tratamento. Um
tratamento sintomático pode ser necessário (benzodiazepinas em crianças e/ou drogas anticolinérgicas,
antiparkinsonianas em adultos). Na maioria dos casos, consistem de sensação de inquietude; ocasionalmente podem
ocorrer movimentos involuntários dos membros e da face; raramente se observa torcicolo, crises oculógiras, protrusão
rítmica da língua, fala do tipo bulbar ou trismo.
O tratamento com HYPOSIL® não deve exceder 3 meses devido ao risco de discinesia tardia.
Respeite o intervalo de tempo (ao menos 6 horas), entre cada administração de HYPOSIL®, mesmo em casos de
vômito e rejeição da dose, de forma a evitar sobredose.
Deve-se ter cautela quando metoclopramida for administrada a pacientes com síndrome de Parkinson.
Metoclopramida não é recomendada em pacientes epiléticos, visto que as benzamidas podem diminuir o limiar
epilético.
Pode ocorrer, como com neurolépticos, a síndrome neuroléptica maligna (SNM) caracterizada por hipertermia,
enfermidades extrapiramidais, instabilidade nervosa autonômica e elevação de CPK. Portanto, deve-se ter cautela se
ocorrer febre, ou qualquer um dos sintomas da síndrome neuroléptica maligna (SNM) e a administração de HYPOSIL®
deve ser interrompida se houver suspeita da síndrome neuroléptica maligna (SNM).
Pacientes sob terapia prolongada devem ser reavaliados periodicamente.
HYPOSIL® injetável contêm metabissulfito de sódio, o qual pode desencadear reações do tipo alérgica incluindo
choque anafilático e de risco à vida ou crises asmáticas menos severas em pacientes suscetíveis. A prevalência da
sensibilidade ao sulfito na população em geral é desconhecida e provavelmente baixa, sendo mais frequente em
pacientes asmáticos do que em não-asmáticos.
A injeção intravenosa de HYPOSIL® deve ser feita lentamente, durando no mínimo 3 minutos, para evitar o
aparecimento de ansiedade e agitação transitórias, porém intensas, seguido de sonolência, que pode ocorrer com a
administração rápida.
Verifique sempre o prazo de validade que se encontra na embalagem do produto e confira o nome para não
haver enganos. Não utilize HYPOSIL® caso haja sinais de violação ou danificações da embalagem.
Em pacientes com deficiência hepática ou renal é recomendada diminuição da dose (vide Posologia).
Pode ocorrer metemoglobinemia, relacionada a deficiência na NADH citocromo b5 redutase.
Nesses casos a metoclopramida deve ser imediatamente e permanentemente suspensa e adotadas medidas apropriadas.
Gravidez e lactação
Estudos em pacientes grávidas (>1000), não indicaram má formação fetal ou toxicidade neonatal durante o primeiro
trimestre da gravidez. Uma quantidade limitada de informações em pacientes grávidas (>300) indicou não haver
toxicidade neonatal nos outros trimestres.
Estudos em animais não indicaram toxicidade reprodutiva. Se necessário, o uso de metoclopramida pode ser
considerado durante a gravidez. A metoclopramida é excretada pelo leite materno e reações adversas no bebê não
podem ser excluídas. Deve-se escolher entre interromper a amamentação ou abster-se do tratamento com
metoclopramida durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado durante a lactação.
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica.
Populações especiais
Pacientes idosos
A ocorrência de discinesia tardia tem sido relatada em pacientes idosos tratados por períodos prolongados. Entretanto,
não há recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.
Crianças e adultos jovens
As reações extrapiramidais podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens, podendo ocorrer após uma única
dose.
O uso em crianças com menos de 1 ano de idade é contra indicado (vide Contra indicações).
O uso em crianças e adolescentes com idade entre 1 e 18 anos de idade não é recomendado.
Uso em pacientes diabéticos
A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina administrada pode
começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar o paciente a uma hipoglicemia. Tendo em
vista que a metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e, consequentemente, a
porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de administração podem necessitar de ajustes
nesses pacientes.
Uso em pacientes com insuficiência renal
Considerando-se que a excreção da metoclopramida é principalmente renal, em pacientes com "clearance" de creatinina
inferior a 40 mL/min, o tratamento deve ser iniciado com aproximadamente metade da dose recomendada. Dependendo
da eficácia clínica e condições de segurança do paciente, a dose pode ser ajustada a critério médico.
Uso em pacientes com câncer de mama
A metoclopramida pode aumentar os níveis de prolactina, o que deve ser considerado em pacientes com câncer de
mama detectado previamente.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Pode ocorrer sonolência após a administração
de metoclopramida, potencializada por depressores do sistema nervoso central, álcool; a habilidade em dirigir
Combinação contraindicada: levodopa e metoclopramida possuem antagonismo mútuo.
Combinações a serem evitadas: álcool potencializa o efeito sedativo da metoclopramida.
Combinações a serem levadas em consideração:
• Anticolinérigicos e derivados da morfina: anticolinérgicos e derivados da morfina têm ambos antagonismo mútuo
com a metoclopramida na motilidade do trato digestivo.
• Depressores do sistema nervoso central (derivados da morfina, hipnóticos, ansiolíticos, anti-histamínicos H1
sedativos, antidepressivos sedativos, barbituratos, clonidina e substâncias relacionadas):
• O efeito sedativo dos depressores do SNC e da metoclopramida são potencializados.
• Neurolépticos: metoclopramida pode ter efeito aditivo com neurolépticos para a ocorrência de problemas
extrapiramidais.
• Devidos aos efeitos procinéticos da metoclopramida, a absorção de certas drogas pode estar modificada.
• Digoxina: metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. È necessária cuidadosa monitoração da
concentração plasmática da digoxina.
• Ciclosporina: metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. É necessária cuidados com a
monitorização da concentração plasmática da ciclosporina.
• Mivacúrio e suxametônio: injeção de metoclopramida pode prolongar a duração do bloqueio neuromuscular (através
da inibição no plasma da colinesterase).
Exames de laboratórios
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de cloridrato de metoclopramida em exames
laboratoriais.
HYPOSIL® deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Não deve ser misturado a outros medicamentos na mesma aplicação.
Solução injetável via intravenosa
A injeção intravenosa de HYPOSIL® deve ser feita lentamente, durante no mínimo 3 minutos, para evitar o
aparecimento de ansiedade e agitação transitória (porém intensa), seguida de sonolência, decorrente da administração
rápida.
Solução injetável via intramuscular
A injeção intramuscular de HYPOSIL® deve ser aplicada lentamente e não deve ser misturada com outros
medicamentos na mesma seringa. Não deve ser administrada em altas doses, ou por períodos prolongados, sem o
controle de um médico.
Devido ao risco potencial de reações cardiovasculares severas, incluindo parada cardíaca, as soluções injetáveis devem
ser utilizadas somente em locais que possuem equipamento de ressuscitação.
Uso em adultos:
1 ampola a cada 8 horas, via intramuscular ou intravenosa.
Exame radiológico do trato gastrintestinal:
1 a 2 ampolas, via intramuscular ou intravenosa, 10 minutos antes do início do exame.
Não há estudos dos efeitos de HYPOSIL® administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou
intramuscular.
Populações especiais
Pacientes diabéticos
A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina administrada pode
começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar o paciente a uma hipoglicemia.
Tendo em vista que a metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e,
consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de administração podem
necessitar de ajustes nesses pacientes.
Uso em pacientes com insuficiência renal
Considerando-se que a excreção da metoclopramida é principalmente renal, em pacientes com "clearance" de creatinina
inferior a 40 mL/min, o tratamento deve ser iniciado com aproximadamente metade da dose recomendada. Dependendo
da eficácia clínica e condições de segurança do paciente, a dose pode ser ajustada a critério médico.
Distúrbios psiquiátricos e do sistema nervoso
As seguintes reações, algumas vezes associadas, ocorrem mais frequentemente quando altas doses são usadas:
• Sintomas extrapiramidais: discinesia e distonia agudas, síndrome parkinsoniana, acatisia, mesmo após administração
de dose única, principalmente em crianças, e adultos jovens (vide Advertências e Precauções).
• Tonturas, diminuição do nível de consciência, confusão e alucinação.
Outras reações podem ocorrer:
• Discinesia tardia, durante ou após tratamento prolongado, principalmente em pacientes idosos (vide Advertências e
Precauções).
• Convulsões.
• Síndrome neuroléptica maligna.
• Depressão.
• Distúrbio gastrintestinal
• Diarreia.
• Distúrbios no sistema linfático e sanguíneo
• Metemoglobinemia, que pode estar relacionada a deficiência do NADH citocromo b5 redutase, principalmente em
neonatos (vide Advertências e Precauções).
• Sulfaemoglubinemia, principalmente com administração concomitante de altas doses de medicamentos libertadores
de enxofre.
• Distúrbios endócrinos
• Problemas endócrinos durante tratamento prolongado relacionados com hiperprolactinemia (amenorreia, galactorreia,
ginecomastia).
• Distúrbios gerais ou no local da administração
• Reações alérgicas incluindo anafilaxia.
• Astenia.
Distúrbios vasculares e cardíacos
• Hipotensão especialmente com a formulação intravenosa.
• Bradicardia, bloqueio cardíaco particularmente com a formulação intravenosa.
• Parada cardíaca, ocorrendo logo após o uso da solução injetável a qual pode ser subsequente a bradicardia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas de superdose podem incluir reações extrapiramidais e sonolência, diminuição do nível de consciência,
confusão e alucinações. Nesses casos deve-se proceder ao tratamento sintomático habitual, o tratamento para problemas
extrapiramidais é somente sintomático (benzodiazepinas em crianças e/ou medicamentos anticolinérgicos e
antiparkinsonianos em adultos). Os sintomas são autolimitantes e geralmente desaparecem em 24 horas. A diálise não
parece ser método efetivo de remoção da metoclopramida em caso de superdose.
Nos casos de metemoglobinemia, esta poderá ser revertida pela administração intravenosa de azul de metileno.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA