Bula do Invanz produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
INVANZ®
(ertapeném sódico), MSD
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Pó liofilizado
1 g
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
é um pó liofilizado para solução para infusão intravenosa ou injeção intramuscular,
apresentado em caixas com 1 frasco-ampola.
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 3 MESES
COMPOSIÇÃO
Ingrediente ativo: cada frasco-ampola de INVANZ®
contém 1,046 g de ertapeném sódico,
equivalente a 1 g de ertapeném.
Ingredientes inativos: bicarbonato de sódio e hidróxido de sódio (para ajustar o pH).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
INVANZ®
é indicado para o tratamento de pacientes com infecções moderadas a graves causadas por
cepas sensíveis dos micro-organismos e para o tratamento empírico inicial anterior à identificação do
patógeno causador das infecções relacionadas a seguir:
infecções intra-abdominais complicadas;
infecções complicadas de pele e anexos, incluindo pé diabético;
pneumonia adquirida na comunidade;
infecções complicadas do trato urinário, incluindo pielonefrite;
infecções pélvicas agudas, incluindo endomiometrite pós-parto, aborto séptico e infecções
ginecológicas pós-cirúrgicas;
septicemia bacteriana.
Pacientes Adultos
Infecções Intra-abdominais Complicadas: o ertapeném foi avaliado em 665 adultos com infecções
intra-abdominais complicadas em um estudo clínico controlado, randômico, multicêntrico, duplo-cego,
que comparou o ertapeném (1 g IV uma vez ao dia) com a associação piperacilina/tazobactam (3,375 g
IV a cada 6 horas) durante 5 a 14 dias. No período basal, os pacientes foram estratificados em dois
grupos: apendicite localizada complicada (estrato 1) e qualquer outra infecção intra-abdominal
complicada, incluindo infecções do cólon, do intestino delgado, das vias biliares e peritonite
generalizada (estrato 2). Uma a duas semanas após o tratamento, as taxas de sucesso clínico e
microbiológico foram de 89,6% (190/212) para ertapeném e de 82,7% (162/196) para
piperacilina/tazobactam; 4 a 6 semanas após o tratamento (teste de cura), as taxas de sucesso foram de
86,7% (176/203) para ertapeném e de 81,3% (157/193) para piperacilina/tazobactam. No teste de cura
para os pacientes do estrato 1, as taxas de sucesso foram de 90,4% (85/94) para ertapeném e de 90,1%
(82/91) para piperacilina/tazobactam e, para os pacientes do estrato 2, foram de 83,5% (91/109) para
ertapeném e de 73,5% (75/102) para piperacilina/tazobactam. As taxas de sucesso clínico no teste de
cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas na
tabela 1.
Tabela 1. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos
com infecções intra-abdominais complicadas passíveis de avaliação microbiológica
Patógeno
Ertapeném
% (n/N)*
Piperacilina/tazobactam
Escherichia coli 86,7 (137/158) 80,0 (108/135)
Klebsiella pneumoniae 92,9 (13/14) 70,6 (12/17)
Clostridia spp. 88,8 (71/80) 78,1 (50/64)
Eubacterium spp. 92,7 (38/41) 86,2 (25/29)
Peptostreptococcus spp. 80,6 (29/36) 88,5 (23/26)
Grupo do Bacteroides fragilis+
86,7 (183/211) 85,9 (177/206)
Prevotella spp. 80,0 (20/25) 76,5 (13/17)
* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.
+
Inclui Bacteroides fragilis e espécies do grupo do B. fragilis
Em pacientes com bacteremia por E. coli, 100% (3/3) foram tratados com sucesso com ertapeném.
Infecções Complicadas de Pele e Anexos (incluindo pé diabético): o ertapeném foi avaliado em 540
adultos com infecções complicadas de pele e anexos em um estudo clínico controlado, randômico,
multicêntrico, duplo-cego, que comparou o ertapeném (1 g IV uma vez ao dia) com a associação
piperacilina/tazobactam (3,375 g IV a cada 6 horas) durante 7 a 14 dias. Foram incluídos pacientes
com pé diabético, abscesso profundo de tecido mole, infecção de ferida pós-trauma e celulite com
drenagem purulenta. A taxa de sucesso clínico depois de 10 a 21 dias de tratamento (teste de cura) foi
de 82,2% (152/185) para ertapeném e de 84,5% (147/174) para piperacilina/tazobactam. Por tipo de
infecção, as taxas de sucesso clínico no teste de cura para ertapeném e piperacilina/tazobactam foram,
respectivamente: pé diabético, 65,7% (23/35) e 73,3% (22/30); abscesso profundo de tecido mole,
96,7% (29/30) e 94,4% (34/36); infecção de ferida pós-trauma, 83,3% (25/30) e 84,6% (22/26);
celulite com drenagem purulenta, 93,1% (27/29) e 87,5% (21/24). As taxas de sucesso clínico no teste
de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas
na tabela 2.
Tabela 2. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos
com infecções complicadas de pele e anexos passíveis de avaliação microbiológica
Inclui Bacteroides fragilis e espécies do grupo do B. fragilis.
Pneumonia Adquirida na Comunidade: o ertapeném foi avaliado em 866 adultos com pneumonia
adquirida na comunidade em dois estudos clínicos controlados, randômicos, multicêntricos, duplo-
cegos, que compararam o ertapeném (1 g por via parenteral/dia) com a ceftriaxona (1 g por via
parenteral/dia). Foi permitido trocar os antibióticos parenterais por amoxicilina/clavulanato por via
oral para completar 10 a 14 dias de tratamento (parenteral e oral). As taxas de sucesso clínico (estudos
agrupados) depois de 7 a 14 dias de tratamento (teste de cura) foram de 92,0% (335/364) para
ertapeném e de 91,8% (270/294) para ceftriaxona. As taxas de sucesso clínico no teste de cura para
cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica agrupados são apresentadas na
tabela 3.
Tabela 3. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos
com pneumonia adquirida na comunidade passíveis de avaliação microbiológica
Ceftriaxona
Staphylococcus aureus 100 (13/13) 88,9 (8/9)
Staphylococcus aureus 76,1 (54/71) 78,9 (56/71)
Streptococcus pyogenes 81,3 (13/16) 93,8 (15/16)
Escherichia coli 94,1 (16/17) 80,0 (12/15)
Peptostreptococcus spp. 87,1 (27/31) 90,9 (20/22)
100 (11/11) 92,3 (12/13)
Prevotella spp. 100 (12/12) 100 (17/17)
Streptococcus pneumoniae 89,6 (86/96) 93,7 (74/79)
Haemophilus influenzae 87,9 (29/33) 93,5 (29/31)
Moraxella catarrhalis 90,0 (27/30) 88,9 (24/27)
Dos pacientes com bacteremia por S. pneumoniae, 88,9% (16/18) foram tratados com sucesso com
ertapeném; nenhum desses pacientes apresentava bacteremia persistente documentada.
Infecções Complicadas do Trato Urinário (incluindo pielonefrite): o ertapeném foi avaliado em
850 adultos com infecções complicadas do trato urinário (incluindo pielonefrite), em dois estudos
clínicos controlados, randômicos, multicêntricos, duplo-cegos, que compararam o ertapeném (1 g por
via parenteral/dia) com a ceftriaxona (1 g por via parenteral/dia). Foi permitido trocar os antibióticos
parenterais por ciprofloxacino oral (500 mg 2 vezes ao dia) para 10 a 14 dias de tratamento (parenteral
e oral). As taxas de sucesso microbiológico (estudos agrupados) depois de 5 a 9 dias de tratamento
(teste de cura) foram de 89,5% (229/256) para ertapeném e de 91,1% (204/224) para ceftriaxona. No
período basal, os pacientes foram estratificados em dois grupos: pielonefrite e qualquer outra infecção
complicada do trato urinário. No estrato da pielonefrite, as taxas de sucesso microbiológico (estudos
agrupados) foram de 91,3% (116/127) para ertapeném e de 93,4% (99/106) para ceftriaxona. As taxas
de erradicação (combinadas) no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de
avaliação microbiológica são apresentadas na tabela 4.
Tabela 4. Taxas de erradicação no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos
com infecções complicadas do trato urinário passíveis de avaliação microbiológica
Dos pacientes com bacteremia por E. coli, 91,7% (22/24) foram tratados com sucesso com o
Infecções Pélvicas Agudas (incluindo endomiometrite pós-parto, aborto séptico e infecções
ginecológicas pós-cirúrgicas): o ertapeném foi avaliado em 412 pacientes com infecções pélvicas
agudas (inclusive 350 com infecções obstétricas/pós-parto e 45 com aborto séptico) em um estudo
clínico controlado, randômico, multicêntrico, duplo-cego, que comparou o ertapeném (1 g IV por dia)
com a associação piperacilina/tazobactam (3,375 g IV a cada 6 horas) durante 3 a 10 dias. As taxas de
sucesso clínico depois de 2 a 4 semanas de tratamento (teste de cura) foram de 93,9% (153/163) para
ertapeném e de 91,5% (140/153) para piperacilina/tazobactam. As taxas de sucesso clínico no teste de
tabela 5.
Tabela 5. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos
com infecção pélvica aguda passíveis de avaliação microbiológica
% (n/N) *
Streptococcus agalactiae 90,9 (10/11) 93,8 (15/16)
Escherichia coli 87,8 (36/41) 92,3 (36/39)
Clostridia spp. 100 (11/11) 100 (10/10)
Peptostreptococcus spp. 96,4 (80/83) 92,7 (76/82)
96,8 (30/31) 92,5 (37/40)
Porphyromonas asaccharolytica 92,9 (13/14) 92,3 (12/13)
Prevotella spp. 96,3 (52/54) 92,0 (46/50)
Dos pacientes com bacteremia por E. coli, 100% (6/6) foram tratados com sucesso com ertapeném.
Escherichia coli 92,1 (176/191) 92,3 (143/155)
Klebsiella pneumoniae 85,7 (24/28) 96,0 (24/25)
Proteus mirabilis 75,0 (9/12) 87,5 (7/8)
Pacientes Pediátricos: o ertapeném foi avaliado em pacientes pediátricos de 3 meses a 17 anos de
idade em dois estudos multicêntricos, randômicos. O primeiro estudo envolveu 404 pacientes e
comparou o ertapeném (15 mg/kg IV a cada 12 horas em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade, e 1
g IV uma vez ao dia em pacientes de 13 a 17 anos de idade) com a ceftriaxona (50 mg/kg/dia IV
divididos em duas doses em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade e uma dose única diária de 50
mg/kg/dia IV em pacientes pediátricos de 13 a 17 anos de idade) para o tratamento de infecções
urinárias complicadas (ITU), infecções de pele e tecidos moles ou pneumonia adquirida na
comunidade (PAC). Ambos esquemas permitiram a opção de troca para amoxicilina/clavulanato via
oral durante um total de até 14 dias de tratamento (parenteral e oral). As taxas de sucesso
microbiológico avaliáveis por protocolo em pacientes com ITU tratados foram de 87,0% (40/46) para
ertapeném e 90,0% (18/20) para ceftriaxona. As taxas de sucesso clínico avaliáveis por protocolo em
pacientes com infecções de pele e tecidos moles tratados foram de 95,5% (64/67) para ertapeném e
100% (26/26) para ceftriaxona e, em pacientes com PAC, foram de 96,1% (74/77) para ertapeném e
96,4% (27/28) para ceftriaxona.
O segundo estudo envolveu 112 pacientes e comparou o ertapeném (15 mg/kg IV a cada 12 horas em
pacientes com 3 meses a 12 anos de idade, e 1 g IV uma vez ao dia em pacientes de 13 a 17 anos de
idade) com ticarcilina/clavulanato (50 mg/kg para pacientes com peso <60 kg ou 3,0 g para pacientes
com peso >60 kg, 4 ou 6 vezes/dia) por até 14 dias para o tratamento de infecções intra-abdominais
complicadas e infecções pélvicas agudas (IPA). Para os pacientes com infecções intra-abdominais
(primariamente pacientes com apendicite perfurada ou complicado), as taxas de sucesso clínico foram
de 83,7% (36/43) para ertapeném e de 63,6% (7/11) para ticarcillina/clavulanato na análise avaliável
por protocolo. Para as pacientes com IPA (endomiometrite obstétrica espontânea ou pós-cirúrgica ou
aborto séptico), as taxas de sucesso clínico foram de 100% (23/23) para ertapeném e de 100% (4/4)
para ticarcillina/clavulanato na análise avaliável por protocolo.
Classe Terapêutica: INVANZ®
é um 1- metilcarbapeném sintético de ação prolongada e
estruturalmente relacionado aos antibióticos betalactâmicos (como as penicilinas e as cefalosporinas),
disponível em formulação estéril para uso parenteral e com atividade contra um amplo espectro de
bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias.
Mecanismo de Ação: o ertapeném apresenta atividade in vitro contra um amplo espectro de bactérias
Gram-positivas e Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias. A atividade bactericida do ertapeném resulta
da inibição da síntese da parede celular e é mediada pela ligação do ertapeném às proteínas ligadoras
de penicilina (PBPs); o ertapeném apresenta alta afinidade pelas PBPs 1a, 1b, 2, 3, 4 e 5 da
Escherichia coli, com preferência pelas PBPs 2 e 3. O ertapeném é significativamente estável à
hidrólise pela maioria das classes de betalactamases, incluindo as penicilinases, as cefalosporinases e
as betalactamases de espectro estendido, mas não as metalobetalactamases.
Farmacocinética
Absorção: o ertapeném reconstituído com cloridrato de lidocaína a 1% injetável USP (em solução
fisiológica sem epinefrina) é bem absorvido após administração IM da dose recomendada de 1 g. A
biodisponibilidade média é de cerca de 92%. Após a administração de 1 g/dia IM, as concentrações
plasmáticas máximas médias (Cmáx) são atingidas em cerca de 2 horas (Tmáx).
Distribuição: a taxa de ligação do ertapeném às proteínas plasmáticas humanas é elevada. Em adultos
jovens saudáveis, a taxa de ligação do ertapeném às proteínas diminui à medida que as concentrações
plasmáticas aumentam – de cerca de 95% em concentrações plasmáticas aproximadas de <100
mcg/mL a cerca de 85% em concentrações plasmáticas aproximadas de 300 mcg/mL.
A tabela 6 apresenta as concentrações plasmáticas médias (mcg/mL) do ertapeném após infusão IV de
dose única de 1 g ou 2 g durante 30 minutos e após administração IM de dose única de 1 g a adultos
jovens saudáveis.
Tabela 6. Concentrações plasmáticas de ertapeném após administração de dose única
Dose/via Concentrações plasmáticas médias (mcg/mL)
0,5 h 1 h 2 h 4 h 6 h 8 h 12 h 18 h 24 h
1 g IV+
155 115 83 48 31 20 9 3 1
1 g IM 33 53 67 57 40 27 13 4 2
2 g IV+
283 202 145 86 58 36 16 5 2
+
As doses IV foram infundidas com velocidade de infusão constante durante 30 minutos.
A área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de ertapeném em adultos aumenta quase
proporcionalmente à dose na faixa posológica de 0,5 g a 2 g.
Não há acúmulo de ertapeném em adultos após doses múltiplas IV de 0,5 g a 2 g/dia ou doses IM de 1
g/dia.
As concentrações plasmáticas médias (mcg/mL) de ertapeném em pacientes pediátricos são
apresentadas na tabela 7.
Tabela 7. Concentrações plasmáticas de ertapeném após administração de dose
única IV * em pacientes pediátricos
Faixa etária
(dose)
Concentrações plasmáticas médias (mcg/mL)
0,5 h 1 h 2 h 4 h 6 h 8 h 12 h 24h
3 a 23 meses
(15 mg/kg) †
(20 mg/kg) †
(40 mg/kg) ‡
103,8
126,8
199,1
57,3
87,6
144,1
43,6
58,7
95,7
23,7
28,4
58,0
13,5
-
8,2
12,0
20,2
2,5
3,4
7,7
0,4
0,6
2 a 12 anos
113,2
147,6
241,7
63,9
97,6
152,7
42,1
63,2
96,3
21,9
34,5
55,6
12,8
7,6
12,3
18,8
3,0
4,9
7,2
0,5
13 a 17 anos
(1 g) §
170,4
155,9
255,0
98,3
110,9
188,7
67,8
74,8
127,9
40,4
76,2
24,0
16,0
31,0
7,0
6,2
15,3
1,1
2,1
*
†
Até a dose máxima de 1 g/dia.
‡
Até a dose máxima de 2 g/dia.
§
Baseado em 3 pacientes que receberam 1 g de ertapeném e voluntariamente foram submetidos a
avaliação farmacocinética em um dos dois estudos de segurança e eficácia.
O volume de distribuição (Vdss) de ertapeném em adultos é de cerca de 8 litros (0,11 litros/kg),
aproximadamente 0,2 litros/kg em pacientes pediátricos de 3 meses a 12 anos de idade e
aproximadamente 0,16 litros/kg em pacientes pediátricos de 13 a 17 anos de idade.
O ertapeném penetra as vesículas cutâneas induzidas por sucção. A tabela 8 apresenta as
concentrações de ertapeném obtidas no fluido de vesículas cutâneas a cada ponto de amostragem no
terceiro dia de administração IV de 1 g em dose única. A proporção da AUC no fluido da vesícula
cutânea para a AUC no plasma é de 0,61.
Tabela 8. Concentrações (mcg/mL) de ertapeném no fluido de vesícula cutânea de adultos em
cada ponto de amostragem no 3º dia de administração IV de dose única de 1 g
0,5 h 1 h 2 h 4 h 8 h 12 h 24 h
7 12 17 24 24 21 8
O nível de ertapeném no leite de 5 nutrizes foi determinado aleatoriamente ao longo das 24 horas,
durante 5 dias consecutivos, após a administração IV da última dose de 1 g. A concentração de
ertapeném no leite materno determinada no último dia de tratamento (5 a 14 dias após o parto) nas 5
mulheres foi <0,38 mcg/mL; as concentrações máximas não foram avaliadas. No quinto dia após a
descontinuação do tratamento, o nível de ertapeném não foi detectado no leite de 4 mulheres e foram
detectados níveis mínimos (<0,13 mcg/mL) em uma delas.
Estudos in vitro indicam que o ertapeném não inibe o transporte de digoxina ou vimblastina mediado
pela glicoproteína P e que ele também não é substrato para esse transporte (veja 6. INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
Metabolismo: após infusão IV de 1 g de ertapeném marcado com substância radioativa, a
radioatividade plasmática consiste principalmente de ertapeném (94%) em adultos jovens saudáveis. O
principal metabólito do ertapeném é o derivado de anel aberto, formado pela hidrólise do anel
betalactâmico.
Estudos in vitro em microssomos hepáticos humanos indicam que o ertapeném não inibe o
Eliminação: o ertapeném é eliminado principalmente pelos rins. A meia-vida plasmática média em
adultos jovens saudáveis e pacientes de 13 a 17 anos de idade é de cerca de 4 horas e
aproximadamente 2,5 horas em pacientes pediátricos de 3 meses a 12 anos de idade.
Após a administração IV de 1 g de ertapeném marcado com substância radioativa a adultos jovens
saudáveis, cerca de 80% da dose é recuperada na urina (aproximadamente 38% na forma inalterada e
37% como o metabólito de anel aberto) e 10% nas fezes.
Em adultos jovens saudáveis que receberam 1 g IV, as concentrações urinárias médias de ertapeném
excederam 984 mcg/mL até 2 horas após a dose e 52 mcg/mL 12 a 24 horas após a dose.
Características dos Pacientes
Sexo: as concentrações plasmáticas de ertapeném são comparáveis em homens e mulheres.
Crianças: após uma dose IV de 1 g ao dia, as concentrações plasmáticas de ertapeném são
comparáveis em pacientes pediátricos de 13 a 17 anos de idade e adultos.
Após uma dose de 20 mg/kg (até a dose máxima de 1 g), os valores do parâmetro farmacocinético em
pacientes de 13 a 17 anos de idade foram geralmente comparáveis àqueles de pacientes adultos jovens
saudáveis. Três de seis pacientes entre 13 a 17 anos de idade receberam uma dose menor do que 1 g.
Para fornecer uma estimativa dos dados farmacocinéticos como se todos os pacientes dessa faixa etária
tivessem recebido uma dose de 1 g, os dados farmacocinéticos foram calculados com ajuste para uma
dose de 1 g , assumindo linearidade. A comparação dos resultados mostra que uma dose de 1 g de
ertapeném diariamente apresenta perfil farmacocinético em pacientes de 13 a 17 anos de idade
comparável ao de adultos.
As taxas para AUC (13 a 17 anos de idade/adultos), a concentração no final da infusão e a
concentração no ponto médio do intervalo da dose foram, respectivamente, 0,99, 1,20, e 0,84.
As concentrações plasmáticas no ponto médio do intervalo da dose após uma dose única IV de 15
mg/kg de ertapeném em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade são comparáveis às concentrações
plasmáticas do ponto médio do intervalo da dose após uma dose diária IV de 1g em adulto (veja 3.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Distribuição). A depuração plasmática
(mL/min/kg) de ertapeném em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade é aproximadamente 2 vezes
maior quando comparada à de adultos . O valor da AUC (duplicado para o modelo de um esquema de
duas doses ao dia, ou seja, exposição a 30 mg/kg/dia) de uma dose de 15 mg/kg em pacientes de 3
meses a 12 anos de idade foi comparável ao valor da AUC em pacientes adultos jovens saudáveis
recebendo uma dose IV de 1 g de ertapeném.
Idosos: após administração IV de 1 g e 2 g de ertapeném, as concentrações plasmáticas são um pouco
mais altas (aproximadamente 39% e 22%, respectivamente) em adultos idosos (65 anos de idade) do
que em adultos jovens (65 anos de idade). Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes
idosos.
Insuficiência Hepática: a farmacocinética de ertapeném em pacientes com insuficiência hepática
ainda não foi estabelecida. Como o ertapeném é pouco metabolizado no fígado, não é esperado que
sua farmacocinética seja alterada pela insuficiência hepática, portanto não há necessidade de ajuste
posológico para pacientes com insuficiência hepática.
Insuficiência Renal: em comparação com a AUC em indivíduos saudáveis (25 a 82 anos de idade), a
AUC após uma dose única IV de 1 g de ertapeném é semelhante em pacientes adultos com
insuficiência renal leve (Clcr 60-90 mL/min/1,73 m2
), é cerca de 1,5 vez maior em pacientes adultos
com insuficiência renal moderada (Clcr 31-59 mL/min/1,73 m2
), é aproximadamente 2,6 vezes maior
em pacientes adultos com insuficiência renal avançada (Clcr 5-30 mL/min/1,73 m2
) e é cerca de 2,9
vezes maior em pacientes com insuficiência renal terminal (Clcr 10 mL/min/1,73 m2
). Após
administração IV de uma dose única de 1 g imediatamente antes da sessão de hemodiálise,
aproximadamente 30% da dose é recuperada no dialisado. Não há dados em pacientes pediátricos com
insuficiência renal.
Recomenda-se ajuste posológico para pacientes adultos com insuficiência renal em estágio avançado
ou terminal (veja 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Microbiologia: demonstrou-se que INVANZ®
é ativo in vitro e em infecções clínicas contra a maioria
das cepas dos seguintes micro-organismos (veja 1. INDICAÇÕES):
GRAM-POSITIVOS AERÓBIOS E ANAERÓBIOS FACULTATIVOS:
Staphylococcus aureus (inclusive cepas produtoras de penicilinase);
Streptococcus agalactiae;
Streptococcus pneumoniae;
Streptococcus pyogenes.
Obs.: estafilococos resistentes à meticilina são resistentes a INVANZ®
. Muitas cepas de Enterococcus
faecalis e a maioria das cepas de Enterococcus faecium são resistentes.
GRAM-NEGATIVOS AERÓBIOS E ANAERÓBIOS FACULTATIVOS:
Escherichia coli;
Haemophilus influenzae (inclusive cepas produtoras de betalactamase);
Klebsiella pneumoniae;
Moraxella catarrhalis;
Proteus mirabilis.
ANAERÓBIOS:
Bacteroides fragilis e outras espécies do grupo do B. fragilis;
Clostridium spp. (excluindo C. difficile);
Eubacterium spp.;
Peptostreptococcus spp.;
Porphyromonas asaccharolytica;
Prevotella spp.
Os seguintes dados in vitro estão disponíveis, porém não se sabe qual sua significância clínica.
In vitro, as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) de INVANZ®
são 1 mcg/mL contra a maioria
(90%) das cepas de Streptococcus spp. (inclusive Streptococcus pneumoniae), 0,5 mcg/mL contra a
maioria (90%) das cepas de Haemophilus spp., 2 mcg/mL contra a maioria (90%) das cepas de
outros micro-organismos anaeróbios facultativos e aeróbios e 4 mcg/mL contra a maioria (90%) das
cepas dos micro-organismos estritamente anaeróbios relacionados a seguir (a segurança e a eficácia de
INVANZ®
para o tratamento das infecções clínicas causadas por esses micro-organismos, entretanto,
não foram estabelecidas em estudos clínicos adequados e bem controlados):
Staphylococcus spp., coagulase-negativa, sensível à meticilina;
Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina;
Streptococcus viridans.
Citrobacter freundii;
Enterobacter aerogenes;
Enterobacter cloacae;
Escherichia coli produtora de ESBLs;
Haemophilus parainfluenzae;
Klebsiella oxytoca;
Klebsiella pneumoniae produtora de ESBLs;
Morganella morganii;
Proteus vulgaris;
Serratia marcescens;
Obs.: muitas cepas dos micro-organismos mencionados acima, resistentes a vários outros antibióticos
(por exemplo, penicilinas, cefalosporinas [inclusive as de terceira geração] e aminoglicosídeos), são
sensíveis a INVANZ®
.
Fusobacterium spp.
INVANZ®
é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer um de seus
componentes ou a outros medicamentos da mesma classe ou para pacientes que já tenham apresentado
reações anafiláticas a betalactâmicos.
Em razão do cloridrato de lidocaína ser utilizado como diluente para a administração intramuscular,
é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a anestésicos locais do
tipo amida e para pacientes com choque ou bloqueio cardíaco grave (consulte a bula do cloridrato de
lidocaína).
Há relatos de reações de hipersensibilidade anafiláticas graves e eventualmente fatais em pacientes
tratados com betalactâmicos; essas reações são mais prováveis em indivíduos com histórico de
sensibilidade a múltiplos alérgenos. Há relatos de indivíduos com histórico de hipersensibilidade à
penicilina que apresentaram reações graves de hipersensibilidade quando tratados com outro
betalactâmico. Antes de iniciar o tratamento com INVANZ®
, deve-se fazer um levantamento
minucioso das reações de hipersensibilidade a penicilinas, cefalosporinas, outros betalactâmicos e
outros alérgenos. Se ocorrer reação alérgica a INVANZ®
, este deve ser descontinuado imediatamente.
Reações anafiláticas graves exigem tratamento de emergência.
A exemplo do que ocorre com outros antibióticos, o uso prolongado de INVANZ®
pode resultar em
supercrescimento de micro-organismos não sensíveis. A avaliação contínua da condição do paciente é
fundamental. Na ocorrência de superinfecção durante o tratamento, deve-se adotar as condutas
adequadas.
Há relatos de colite pseudomembranosa com praticamente todos os agentes antibacterianos, incluindo
o ertapeném, cuja gravidade pode variar de leve a potencialmente fatal, portanto é importante
considerar esse diagnóstico em pacientes que apresentarem diarreia posterior à administração de
agentes antibacterianos. Os estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é uma
das principais causas de colite associada a antibiótico.
Deve-se ter cautela ao administrar INVANZ®
por via IM para evitar a injeção inadvertida do
medicamento em um vaso sanguíneo (veja 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
O cloridrato de lidocaína é utilizado como diluente da formulação IM de INVANZ®
(consulte a bula
do cloridrato de lidocaína).
Gravidez: categoria de risco B. Não há estudos adequados e bem controlados em grávidas. INVANZ®
só deve ser utilizado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o possível risco para a mãe e
para o feto. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Nutrizes: o ertapeném é excretado no leite materno (veja 3. CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS, Distribuição), portanto deve-se ter cautela ao administrar INVANZ®
a
nutrizes.
Crianças: a segurança e a eficácia de INVANZ®
em pacientes pediátricos entre 3 meses e 17 anos de
idade são sustentadas pela evidência de estudos adequados e bem controlados em adultos, dados
farmacocinéticos em pacientes pediátricos e dados adicionais de estudos de comparação controlados
em pacientes pediátricos entre 3 meses e 17 anos de idade com as seguintes infecções (veja 1.
INDICAÇÕES e 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA, Pacientes Pediátricos):
infecções intra-abdominais complicadas,
infecções complicadas de pele e anexos,
pneumonia adquirida na comunidade,
infecções complicadas do trato urinário,
infecções pélvicas agudas,
septicemia bacteriana.
Como não há dados disponíveis em crianças com menos de 3 meses de idade, INVANZ®
não é
recomendado nessa faixa etária.
Idosos: em estudos clínicos, a eficácia e a segurança de INVANZ®
em idosos ( 65 anos de idade)
foram comparáveis às observadas em pacientes mais jovens (< 65 anos de idade). Após administração
IV de 1 e 2 g de ertapeném, as concentrações plasmáticas são um pouco maiores (aproximadamente
39% e 22%, respectivamente) em adultos idosos (65 anos de idade) do que em adultos jovens (65
anos de idade). Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes idosos.
Dirigir ou Operar Máquinas: não existem informações sugestivas de que INVANZ®
afete a
Quando o ertapeném é administrado com a probenecida, esta compete pela secreção tubular ativa e,
desse modo, inibe a excreção renal do ertapeném. Essa competição resulta em aumento pequeno,
porém estatisticamente significativo, da meia-vida de eliminação (19%) e do grau de exposição
sistêmica (25%). Não há necessidade de ajuste posológico quando o ertapeném for administrado com a
probenecida. Uma vez que o efeito sobre a meia-vida é pequeno, não se recomenda a administração
concomitante com a probenecida com o objetivo de aumentar a meia-vida do ertapeném.
Estudos in vitro indicam que o ertapeném não inibe o transporte de digoxina ou vimblastina mediado
pela glicoproteína P e que o ertapeném não é substrato desse transporte. Estudos in vitro em
microssomos hepáticos humanos indicam que o ertapeném não inibe o metabolismo mediado por
nenhuma das seis principais isoenzimas do citocromo P450 (CYP): 1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4.
É improvável que ocorram interações medicamentosas por inibição da depuração mediada pela
glicoproteína P ou pelo CYP (veja 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Distribuição e
Metabolismo).
Com exceção do estudo com a probenecida, não foram conduzidos estudos específicos de interação
medicamentosa clínica.
O pó liofilizado não deve ser armazenado em temperatura acima de 25°C. Prazo de validade: 24 meses
após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo, manter em temperatura ambiente (25ºC) por 6 horas ou sob refrigeração (5ºC)
por 24 horas.
A solução reconstituída, imediatamente diluída em cloreto de sódio a 0,9% injetável (veja 8.
POSOLOGIA E MODO DE USAR), pode ser armazenada em temperatura ambiente (25°C) e
utilizada em até 6 horas ou armazenada durante 24 horas sob refrigeração (5°C) e utilizada em até 4
horas depois de retirada da refrigeração. As soluções de INVANZ®
não devem ser congeladas.
Aparência: INVANZ®
é um pó branco a quase branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Posologia
A dose usual de INVANZ®
para pacientes acima de 13 anos de idade é de 1 grama (g), 1 vez ao dia
(1x/dia). A dose usual de INVANZ®
para pacientes entre 3 meses e 12 anos de idade é de 15 mg/kg
duas vezes ao dia (não exceder 1g/dia).
INVANZ®
pode ser administrado por infusão intravenosa (IV) com duração superior a 30 minutos ou
por injeção intramuscular (IM).
A administração IM de INVANZ®
pode ser utilizada como alternativa à administração intravenosa
para o tratamento de infecções para as quais a terapia IM é adequada.
A duração usual do tratamento com INVANZ®
é de 3 a 14 dias, entretanto varia com o tipo de
infecção e patógeno(s) causador(es) (veja 1. INDICAÇÕES). Quando houver indicação clínica e for
observada melhora clínica, o paciente pode passar a receber um antimicrobiano adequado por via oral.
Em estudos clínicos controlados, os pacientes foram tratados durante 3 a 14 dias. A duração total do
tratamento foi determinada pelo médico responsável, com base no local e na gravidade da infecção e
na resposta clínica do paciente. Em alguns estudos, o tratamento passou a ser feito por via oral, a
critério do médico responsável, após demonstração de melhora clínica.
Pacientes com Insuficiência Renal: INVANZ®
pode ser utilizado para o tratamento de infecções em
pacientes adultos com insuficiência renal. Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes com
depuração de creatinina 30 mL/min/1,73 m2
. Pacientes adultos com insuficiência renal avançada
(depuração de creatinina 30 mL/min/1,73 m2
), inclusive aqueles em hemodiálise, devem receber 500
mg/dia. Não há dados clínicos em pacientes pediátricos com insuficiência renal.
Pacientes em Hemodiálise: em um estudo clínico, após a administração de uma dose única IV de 1 g
de ertapeném imediatamente antes da sessão de hemodiálise, aproximadamente 30% da dose foi
recuperada no dialisado. Quando pacientes adultos em hemodiálise recebem a dose diária
recomendada de 500 mg de INVANZ®
no período de 6 horas antes da hemodiálise, recomenda-se a
administração de uma dose suplementar de 150 mg após a sessão de hemodiálise. Se INVANZ®
for
administrado no mínimo 6 horas antes da hemodiálise, não há necessidade de dose suplementar. Não
há dados de pacientes submetidos a diálise peritoneal ou hemofiltração. Não há dados clínicos em
pacientes pediátricos em hemodiálise.
Quando apenas a creatinina sérica estiver disponível, pode-se utilizar a fórmula descrita a seguir para
estimar o depuração de creatinina. A creatinina sérica deve representar um estado de equilíbrio da
função renal.
Homens: (peso em kg) x (140-idade em anos)
(72) x creatinina sérica (mg/100 mL)
Mulheres: (0,85) x (valor calculado para homens)
Não se recomenda ajuste posológico para pacientes com insuficiência hepática (veja 3.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Características dos Pacientes, Insuficiência
Hepática).
A dose recomendada de INVANZ®
pode ser administrada independentemente de idade (acima de 13
anos de idade) ou do sexo.
Modo de usar
Pacientes a partir de 13 anos de idade
Preparo para administração intravenosa:
NÃO DEVE SER MISTURADO OU INFUNDIDO COM OUTROS MEDICAMENTOS.
NÃO UTILIZE DILUENTES QUE CONTENHAM DEXTROSE (-D-GLUCOSE).
DEVE SER RECONSTITUÍDO E DILUÍDO ANTES DA ADMINISTRAÇÃO.
1. Reconstitua o conteúdo de um frasco-ampola de 1 g de INVANZ®
com 10 mL de um dos
seguintes diluentes: água para injeção, cloreto de sódio a 0,9% injetável ou água bacteriostática
para injeção.
2. Agite bem para dissolver.
3. Retire 10 mL de um frasco de 50 mL de cloreto de sódio a 0,9% injetável e descarte.
4. Transfira imediatamente o conteúdo do frasco-ampola de 1 g de INVANZ®
reconstituído para o
frasco de 50 mL de cloreto de sódio a 0,9% injetável.
5. Finalize a infusão até 6 horas após a reconstituição.
Preparo para administração intramuscular:
DEVE SER RECONSTITUÍDO ANTES DA ADMINISTRAÇÃO.
com 3,2 mL de cloridrato de
lidocaína a 1,0% ou 2,0% injetável+++
(sem epinefrina).
2. Agite o frasco-ampola energicamente até formar uma solução.
3. Aspire imediatamente o conteúdo do frasco-ampola e administre por injeção intramuscular
profunda em massa muscular grande (como os músculos glúteos ou a parte lateral da coxa).
4. A solução reconstituída IM deve ser utilizada em até 1 hora após o preparo.
Obs.: a solução reconstituída com cloridrato de lidocaína não deve ser administrada por via IV.
Pacientes pediátricos de 3 meses a 12 anos de idade
3. Retire imediatamente um volume igual a 15 mg/kg do peso corporal (não exceder 1g/dia) e dilua
em cloreto de sódio a 0,9% injetável para que a concentração final seja equivalente a 20 mg/mL ou
menos.
3. Complete a infusão em até 6 horas após a reconstituição.
3. Retire imediatamente um volume igual a 15 mg/kg do peso corporal (não exceder 1g/dia) e
administre por injeção intramuscular profunda em massa muscular grande (como os músculos
glúteos ou a parte lateral da coxa).
Os medicamentos destinados a uso parenteral devem ser inspecionados visualmente antes de serem
utilizados, sempre que a solução e o frasco permitirem, para verificar a existência de materiais
particulados e alteração de cor. As soluções de INVANZ®
variam do incolor ao amarelo-claro. As
variações de cor nessa faixa não afetam a potência do produto.
+++
Consulte a bula do cloridrato de lidocaína
Pacientes Adultos: o número total de pacientes tratados com ertapeném em estudos clínicos foi
superior a 1.900, dos quais mais de 1.850 receberam uma dose de 1 g de INVANZ®
. A gravidade das
experiências adversas relatadas nesses estudos clínicos foi, na maior parte das vezes, descrita como
leve a moderada. Foram relatadas experiências adversas relacionadas ao medicamento em
aproximadamente 20% dos pacientes tratados com ertapeném e 1,3% dos pacientes descontinuaram o
tratamento em razão desses efeitos.
As experiências adversas relacionadas ao medicamento mais comumente relatadas durante o
tratamento parenteral com ertapeném foram diarreia (4,3%), complicação na veia de infusão (3,9%),
náuseas (2,9%) e cefaleia (2,1%).
As seguintes experiências adversas relacionadas ao medicamento foram relatadas durante o tratamento
parenteral com ertapeném em adultos:
Comum
(1/100, 1/10)
Distúrbios do sistema nervoso Cefaleia
Distúrbios vasculares Complicação na veia de infusão,
flebite/tromboflebite
Distúrbios gastrintestinais Diarreia, náuseas, vômitos
Incomum
(1/1000, 1/100)
Distúrbios do sistema nervoso Tontura, sonolência, insônia,
convulsões, confusão
Distúrbios cardíacos e vasculares Extravasamento, hipotensão
Distúrbios respiratórios, torácicos
e do mediastino
Dispneia
Distúrbios gastrintestinais Candidíase oral, constipação,
regurgitação ácida, diarreia associada a
C. difficile, boca seca, dispepsia,
anorexia
Distúrbios da pele e tecido Eritema, prurido
subcutâneo
Distúrbios gerais e reações no
local da aplicação
Dor abdominal, alteração do paladar,
astenia/fadiga, candidíase,
edema/inchaço, febre, dor, dor torácica
Distúrbios mamários e do
sistema reprodutor
Prurido vaginal
Em estudos clínicos, foram relatadas convulsões durante o tratamento parenteral em 0,2% dos
pacientes tratados com ertapeném, em 0,3% dos pacientes tratados com a associação
piperacilina/tazobactam e em 0% dos pacientes tratados com ceftriaxona.
Na maioria dos estudos clínicos, o tratamento parenteral foi seguido de um antimicrobiano adequado
por via oral (veja 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA). Durante todo o período de tratamento e de
acompanhamento de 14 dias após o tratamento, as experiências adversas relacionadas ao medicamento
em pacientes tratados com INVANZ®
incluíram aquelas citadas na tabela acima mais erupção cutânea
e vaginite a uma incidência 1,0% (comum) e reações alérgicas, mal-estar e infecções fúngicas com
incidência 0,1%, porém 1,0% (incomum).
Pacientes Pediátricos: o número total de pacientes pediátricos tratados com ertapeném em estudos
clínicos foi de 384. O perfil geral de segurança é comparável ao de pacientes adultos. Em estudos
clínicos, as experiências adversas relacionadas ao medicamento mais comumente relatadas durante o
tratamento parenteral com ertapeném foram diarreia (5,5%), dor no local da infusão (5,5%) e eritema
no local da infusão (2,6%).
parenteral com ertapeném em pacientes pediátricos:
Distúrbios gastrintestinais Diarreia, vômito
Eritema no local da infusão,
dor no local da infusão, flebite
no local da infusão, inchaço no
local da infusão
Distúrbios da pele e tecido
Erupção cutânea
Experiências adversas adicionais relacionadas ao medicamento que foram relatadas durante o
tratamento parenteral em > 0,5%, porém < 1,0 % dos pacientes tratados com INVANZ®
em estudos
clínicos incluíram: endurecimento no local da infusão, prurido no local da infusão, calor no local da
infusão e flebite.
Na maioria dos estudos clínicos pediátricos, o tratamento parenteral foi seguido de um antimicrobiano
adequado por via oral. Durante todo o período de tratamento e de acompanhamento de 14 dias após o
tratamento, as experiências adversas relacionadas ao medicamento em pacientes tratados com
INVANZ®
não foram diferentes das citadas anteriormente.
Experiências pós-comercialização: as seguintes experiências adversas pós-comercialização foram
relatadas:
Sistema imunológico: anafilaxia, incluindo reações anafilactoides (muito raro [<1/10,000]);
Distúrbios do sistema nervoso: alucinações (muito raro [<1/10,000]).
Achados de Exames Laboratoriais
Pacientes Adultos: as anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento observadas com
maior frequência durante o tratamento parenteral com INVANZ®
foram aumentos de ALT, AST,
fosfatase alcalina e plaquetas.
acompanhamento de 14 dias após o tratamento, as anormalidades laboratoriais relacionadas ao
medicamento em pacientes tratados com INVANZ®
não foram diferentes das citadas no parágrafo
anterior.
Outras anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento incluíram: aumento dos valores de
bilirrubina sérica direta, indireta e total; eosinofilia; aumento de TTP; bacteriúria; aumento de ureia
sanguínea e creatinina sérica; hiperglicemia; monocitose; aumento de células epiteliais na urina;
hematúria; leucopenia; redução do número de neutrófilos segmentados, hematócrito e hemoglobina;
plaquetopenia.
Pacientes Pediátricos: a anormalidade laboratorial relacionada ao medicamento observada com maior
frequência durante o tratamento parenteral com INVANZ®
foi redução da contagem de neutrófilos.
Outras anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento durante todo o período de tratamento
e de acompanhamento de 14 dias após o tratamento incluíram: aumentos de ALT e AST; redução dos
leucócitos; aumento de eosinófilos.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Não existem informações específicas sobre o tratamento da superdose com INVANZ®
. É improvável
que ocorra superdose intencional com INVANZ®
. A administração IV de 3 g ao dia de INVANZ®
durante 8 dias a voluntários adultos saudáveis não provocou toxicidade significativa. Em estudos
clínicos em adultos, a administração inadvertida de até 3 g em um dia não causou experiências
adversas clinicamente importantes. Em estudos clínicos pediátricos, uma dose única de 40 mg/kg até
um máximo de 2g não resultou em toxicidade.
No caso de superdose, INVANZ®
deve ser descontinuado e deve-se administrar tratamento geral de
suporte até que ocorra a eliminação renal.
INVANZ®
é removido por hemodiálise, no entanto não há informações disponíveis sobre o emprego
de hemodiálise para tratar superdose.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.