Bula do Ipsilon produzido pelo laboratorio Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Ácido épsilon
Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda
Bula do
Ípsilon
Ácido épsilon-aminocapróico
50 mg/ mL
200 mg/ mL
Injetável
Bula do Profissional de Saúde
aminocapróico
Ipsilon injetável- Versão 01 – 10/2013- profissional Página 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
IPSILON®
ácido épsilon-aminocapróico
APRESENTAÇÕES
Solução Injetável de 50 mg/mL e de 200 mg/mL.
Embalagem contendo frasco-ampola com 20 mL.
VIA ENDOVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Ipsilon 1g:
Cada mL da solução injetável contém:
ácido épsilon-aminocapróico ....................................................... 50 mg
veículo (*) q.s.p. ............................................................................. 1 mL
Ipsilon 4g:
ácido épsilon-aminocapróico ..................................................... 200 mg
(*) veículo: água para injeção.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SÁUDE:
Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) está indicado para o tratamento das hemorragias em geral,
principalmente aquelas induzidas por hiperfibrinólise e por agentes trombolíticos; no pós-cirúrgico; nas
hemorragias causadas por discrasias sanguíneas, como anemia aplástica, púrpuras, hemofilias A e B,
leucopenias, leucoses; nas hemoptises; nefrorragias e metrorragias. Está indicado, também, na profilaxia de
hemorragias subaracnóideas recorrentes e no pré-operatório de cirurgias que, sabidamente, causem grandes
perdas sanguíneas (boca, pulmões, útero, pâncreas, bexiga e próstata).
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Hematúria: O ácido épsilon-aminocapróico (150 mg/kg/dia) foi administrado, pela via oral, a pacientes (n = 9)
apresentando hematúria macroscópica de etiologias variadas (tumor renal, trauma, ressecção transuretral da
próstata, infecção do trato urinário e cistite asséptica), porém sem evidência de coagulação intravascular
disseminada, por 21 dias. O quadro hemorrágico foi efetivamente controlado, não tendo sido observadas
reações adversas clínicas. Em três destes pacientes, foram avaliados, após o tratamento, os parâmetros
hematológicos; as funções hepática e renal e a creatinofosfoquinase (CPK). Não foram observadas diferenças
significativas nos resultados dos exames laboratoriais, entre os grupos tratado e controle.1
Trombocitopenia: Pacientes (n = 11) portadores de trombocitopenia (contagem de plaquetas < 20.000/dL),
apresentando epistaxe, petéquias, equimoses, gengivorragia e/ou hemorragia digestiva – isolada ou
concomitantemente – e refratários à transfusão de plaquetas, receberam, pelas vias oral e/ou endovenosa,
ácido épsilon aminocapróico, em doses que variaram de 4 a 24 g/dia, conforme a intensidade do sangramento.
O único evento adverso observado foram náuseas, que cessaram com a redução das doses. Todos os pacientes
evoluíram com redução/remissão do sangramento.2
Referências Bibliográficas:
1) Stefanini, M., English, H.A. e Taylor, A.E. – Safe and effective, prolonged administration of epsilon-
aminocaproic acid in bleeding from urinary tract. The Journal of Urology; 143(3): 559-561, 1990.
2) Garewal, H.S. e Durie, B.G.M. – Anti-fibrinolytic therapy with aminocaproic acid for the control of
bleeding in thrombocytopenic patients. Scand. J. Haematol.; 35: 497-500, 1985.
Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) contém em sua fórmula o ácido epsilon-aminocapróico, que é um
ácido monoaminocarboxílico sintético, análogo da lisina.
Farmacodinâmica
A ação antifibrinolítica do ácido epsilon-aminocapróico ocorre, principalmente, por inibição de ativadores do
plasminogênio e, em menor grau, também por bloqueio competitivo da plasmina, impedindo a ligação desta
com a fibrina. Assim, retarda a fibrinólise e prolonga a eficiência hemostática dos coágulos sanguíneos,
controlando o sangramento. Pelo exposto, observa-se que o ácido épsilon-aminocapróico atua em etapa
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posterior àquelas envolvidas na cascata de coagulação, não interferindo na mesma ou nos demais parâmetros
da coagulação, tais como contagem de plaquetas, tempo de protrombina e tempo parcial de tromboplastina.
Farmacocinética
Em adultos, a absorção oral do ácido épsilon-aminocapróico é rápida, com um índice de absorção de 5,2 g/h e
um período de latência de 10 minutos. Após a administração de uma dose oral única de 5 g, a absorção é
completa, atingindo a concentração máxima (164 ± 28 mcg/mL) em 1,2 ± 0,45 horas. Após a administração
oral, é estimado que o volume de distribuição seja de 23.1 ± 6.6 L. O ácido épsilon-aminocapróico é
amplamente distribuído no organismo e, após tratamentos prolongados, é encontrado nos compartimentos
intra e extravasculares, penetrando nas hemácias e em células de outros tecidos. A eliminação é
predominantemente por excreção renal: 65% da dose são eliminados in natura e 11% na forma do seu
metabólito ácido adípico, na urina. A depuração renal é aproximadamente semelhante à da creatinina
creatinina endógena (116 mL/min) e a meia-vida de eliminação é de, aproximadamente, 2 horas.
Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) é contraindicado para pacientes com coagulação intravascular ativa,
vasculopatia oclusiva aguda e em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
5. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Gerais: Este produto só deve ser administrado à pacientes com história pregressa ou familiar de
tromboembolismo ou comorbidades predisponentes, em situações nas quais os benefícios superem os riscos e
sob supervisão médica. Os mesmos cuidados também são necessários nos casos de hematúria, devido à
possibilidade de oclusão vascular renal ou renal, por coágulos. Há relatos, na literatura, de casos de miopatias
causadas pelo ácido épsilon-aminocapróico. Portanto, em pacientes que apresentarem mialgia e/ou redução
da força muscular, a CPK sérica deve ser avaliada e, em caso da elevação desta, o medicamento deve ser
descontinuado. Aqueles que necessitarem de tratamentos de longo prazo também devem ser avaliados
periodicamente através da dosagem da CPK. A administração concomitante deste medicamento com a
reposição de fatores da coagulação deve ser sob supervisão médica, pelo aumento do risco de eventos
tromboembólicos. Pelo antagonismo farmacodinâmico, não é recomendada a administração concomitante
deste medicamento com anticoagulantes.
Uso durante a gravidez e lactação: Embora seja citado na literatura o uso do ácido épsilon-aminocapróico
por gestantes, não foram realizados estudos específicos para o estabelecimento da segurança do uso deste
produto por gestantes e lactantes e não há informações sobre sua excreção no leite materno. Portanto,
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Ipsilon® só deve ser administrado a gestantes e lactantes em situações nas quais os benefícios superem os
riscos e sob supervisão médica. Categoria de Risco na Gravidez: C
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.”
Idosos: Em pacientes idosos, deverá ser considerada a possibilidade de uma redução da depuração renal do
ácido épsilon-aminocapróico e maior probabilidade de incidência de fenômenos tromboembólicos, em função
da idade. Portanto, Ipsilon® só deve ser administrado a pacientes idosos sob supervisão médica.
Renais Crônicos: A eliminação do ácido épsilon-aminocapróico é por excreção renal. Portanto, Ipsilon® só
deve ser administrado à pacientes renais crônicos sob supervisão médica. E, nestes pacientes, é recomendada
a redução das doses.
Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: Ipsilon® não afeta a capacidade de
A administração concomitante de Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) com a reposição de fatores da
coagulação promove aumento do risco de eventos tromboembólicos. A administração concomitante deste
medicamento com anticoagulantes promove antagonismo farmacodinâmico e ineficácia de ambos.
Não foram observadas alterações nos resultados de exames laboratoriais com a utilização do ácido épsilon-
aminocapróico.
A farmacocinética de Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) não se modifica na presença de alimentos e,
até o momento, não foram descritos casos de interação com estes.
Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) deve ser guardado na sua embalagem original, ao abrigo do calor
(temperatura 15º e 30ºC), umidade e luz solar direta. Nestas condições, este medicamento possui prazo de
validade de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data de fabricação.
“Número do lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com prazo de validade vencido.”
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“Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.”
Características físicas e organolépticas
Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) é um comprimido circular de superfícies planas, de cor branca, com
linha de fratura em um dos lados .
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
A dose de Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) deve ser ajustada individualmente por paciente. As doses
recomendadas devem ser interpretadas como uma diretriz inicial.
Adultos:
Sangramentos - 2 a 4 comprimidos, três a quatro vezes ao dia, a critério médico.
Crianças:
De acordo com o peso corporal - 100 a 200 mg/kg/dia, divididos em três a quatro vezes, a critério médico.
Insuficiência Renal:
Nestes pacientes, é recomendada a redução das doses. (Ver precauções e advertências)
Idosos:
A posologia para pacientes idosos pode ser a mesma preconizada para adultos mais jovens. Entretanto, sob
supervisão médica. (Ver precauções e advertências)
De modo geral, Ipsilon® (ácido épsilon-aminocapróico) é bem tolerado. Entretanto, as reações adversas
observadas com a utilização do ácido épsilon-aminocapróico, por ordem de incidência, foram:
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Reações comuns (>1/100 e <1/10): náuseas, vômitos, dor epigástrica e diarréia. Estas reações adversas
ocorreram com a utilização de doses elevadas do ácido épsilon-aminocapróico e apresentaram remissão com a
redução das mesmas.
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): reações cutâneas de hipersensibilidade, congestão nasal e ocular,
vertigem, cefaléia e, com doses elevadas, hipotensão arterial.
Reações raras (>1/10.000 e <1/1000): eventos tromboembólicos, miopatias** e, em hemofílicos, ejaculação
espontânea.
(**) Em caso de mialgia, redução da força muscular e elevação da CPK, o medicamento deve ser
descontinuado.
“Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA , disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”