Bula do Irbeless para o Profissional

Bula do Irbeless produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Irbeless
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO IRBELESS PARA O PROFISSIONAL

IRBELESS

(irbesartana)

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Comprimidos Simples

150mg e 300mg

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

irbesartana

APRESENTAÇÕES

Comprimidos simples de 150mg e 300mg

Embalagens contendo 07, 14, 15, 28, 30, 60*, 90* ou 500* comprimidos de 150mg ou 300mg

*embalagem hospitalar

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

irbesartana.......................................................................................................................................... 150mg

excipientes – q.s.p. - .................................................................................................................1 comprimido

(lactose monoidratada, amido, croscarmelose sódica, celulose microcristalina, poloxâmer, dióxido de

silício e estearato de magnésio).

irbesartana............................................................................................................................................ 300mg

excipientes – q.s.p. - ..................................................................................................................1 comprimido

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE:

1. INDICAÇÕES

Irbeless é indicado para o tratamento da hipertensão. Pode ser usado isoladamente ou em associação com

outros agentes anti-hipertensivos (ex.: diuréticos tiazídicos, agentes bloqueadores beta-adrenérgicos e

agentes bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração).

Irbeless é indicado para o tratamento da doença renal em pacientes com hipertensão e diabetes tipo 2.

Nessa população, Irbeless reduz a taxa de progressão da nefropatia conforme medida pela ocorrência da

duplicação de creatinina sérica e doença renal em estágio final (necessidade de diálise ou transplante

renal).

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

Hipertensão

Estudos para avaliação de dose em 560 pacientes demonstraram que uma dose diária de 100 a 300mg de

irbesartana produziu reduções clinicamente significativas na pressão arterial sistólica (PAS) e na pressão

arterial diastólica (PAD), com variações corrigidas para o placebo da ordem de 3,1 a 6,1mmHg.

Normalização da PAD para 90mmHg ou menos foi observada em 40% daqueles com 100 a 200mg

diários e 60% daqueles tratados com 300mg diários.

Doses iniciais de 150mg de irbesartana com titulação para 300mg foram consideradas como apresentando

eficácia e segurança ótimas durante estudos de titulação de doses controlados com placebo envolvendo

mais de 300 pacientes. A fase de inclusão com placebo estabeleceu uma PAD sentado entre 95 e

110mmHg. Os pacientes foram randomizados para placebo, irbesartana 75 ou 150mg inicialmente. Após

6 semanas, pacientes com PAD sentado maior que 90mmHg tiveram as doses dobradas até o final das 12

semanas do estudo. Foi usado um esfigmomanômetro com manguito padrão. Os resultados sumarizados

abaixo (Guthrie et al, 1998):

Parâmetro

2

semanas

6

12

Normalização (PAD ≥ 90mmHg)

Placebo --- 10% 24%

Grupo 75/150mg --- 36% 38%

Grupo 150/300mg --- 43% 53%

Variação do basal PAD (-mmHg)

Placebo -3,4 -2,4 -4,2

Grupo 75/150mg -7,0 -7,4 -8,3

Grupo 150/300mg -7,6 -8,3 -10,5

Hipertensão e Doença Renal Diabética Tipo 2

O Estudo com irbesartana na Nefropatia Diabética (IDNT) foi um estudo de morbidade e mortalidade

comparando irbesartana, anlodipino e placebo, multicêntrico, randomizado, controlado e duplo-cego. Em

1715 pacientes hipertensos com Diabetes tipo 2 (proteinúria ≥ 900mg/dia e creatinina sérica 1,0 –

3,0mg/dL) foram avaliados os efeitos em longo prazo (média de 2,6 anos) de irbesartana na progressão da

doença renal e mortalidade por qualquer causa. Além disso, como desfecho secundário, o efeito de

irbesartana no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais foi avaliado. Os pacientes foram

randomizados para receber irbesartana 75mg, anlodipino 2,5mg ou placebo uma vez por dia. Os

medicamentos foram titulados para uma dose de manutenção de 300mg de irbesartana, 10mg de

anlodipino ou placebo, conforme tolerado pelo paciente. A irbesartana demonstrou uma redução no risco

relativo de 20% no desfecho primário composto (primeira ocorrência de qualquer uma das seguintes:

duplicação da creatinina sérica, doença renal em estágio final de mortalidade por qualquer causa)

comparado ao placebo (p=0,024) e uma redução no risco relativo de 23% comparado ao anlodipino

(p=0,006). Pressões arteriais semelhantes foram alcançadas nos grupos irbesartana e anlodipino. Não

houve diferença significativa na avaliação dos eventos cardiovasculares fatais e não fatais (morte

cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal, hospitalização por insuficiência cardíaca, sequela

neurológica permanente atribuída a AVE ou amputação acima do tornozelo) entre os três grupos de

tratamento (Lewis JE, et al, 2001).

Os efeitos de irbesartana sobre eventos renais não foram uniformes em todos os subgrupos: eles

pareceram menos favoráveis em mulheres e indivíduos de raças não brancas. As análises de subgrupos

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 3

são difíceis de interpretar e não se sabe se estas informações representam diferenças verdadeiras ou se são

apenas efeitos do acaso.

O Estudo dos Efeitos de irbesartana na Microalbuminúria em Pacientes Hipertensos com Diabetes

Melitus tipo 2 (effects of Irbesartan on MicroAlbuminuria in Hypertensive Patients with Type 2 Diabetes

Mellitus – IRMA 2) foi multicêntrico, randomizado, controlado por placebo, duplo-cego, avaliou

morbidade e foi conduzido em 590 pacientes hipertensos com Diabetes tipo 2, microalbuminúria (20 –

200mcg/min; 30 – 300mg/dia) e função renal normal (creatinina sérica ≤ 1,5mg/dL em homens e ≤

1,1mg/dL em mulheres). O estudo examinou como desfecho primário os efeitos em longo prazo (2 anos)

de irbesartana na progressão para proteinúria clínica aberta (taxa de excreção da albumina urinária [TEA]

> 200mcg/min [> 300mg/dia] e um aumento na TEA de no mínimo 30% do basal). Além disso, após um

e dois anos de tratamento, o efeito de irbesartana foi avaliado na variação da TEA após uma noite e na

variação do clearance de creatinina de 24 horas. A irbesartana 300mg demonstrou uma redução de risco

relativa de 70% no desenvolvimento de proteinúria clínica (franca) comparado ao placebo (p=0,0004). A

irbesartana 150mg demonstrou uma redução de risco relativa de 39% no desenvolvimento de proteinúria

comparado ao placebo (p=0,085). O retardo na progressão para proteinúria clínica (franca) foi evidente

precocemente aos três meses de tratamento e continuou ao longo do período de 2 anos. O declínio do

clearance da creatinina de 24 horas não diferiu significativamente entre os três grupos. Regressão para

normoalbuminúria (˂20mcg/min); ˂30mcg/dia) foi mais frequente no grupo irbesartana 300mg (34%)

que no grupo placebo (21%) (Parving HH, et al, 2001).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição

A irbesartana é um antagonista não-peptídico dos receptores da angiotensina II (subtipo AT1).

Mecanismo de ação

A irbesartana é um antagonista específico irreversível dos receptores da angiotensina II (subtipo AT1). A

angiotensina II é um componente importante do sistema renina-angiotensina e está envolvida na

fisiopatologia da hipertensão e na homeostase do sódio. A irbesartana não necessita ser ativada

metabolicamente.

A irbesartana bloqueia os potentes efeitos da angiotensina II da vasoconstrição e secreção de aldosterona

pelo antagonismo seletivo dos receptores da angiotensina II (subtipo AT1) localizados nas células da

musculatura lisa vascular e no córtex adrenal. Não possui atividade agonista no receptor AT1 e apresenta

afinidade muito maior (mais de 8.500 vezes) pelo receptor AT1 do pelo receptor AT2 (um receptor que

não demonstrou estar associado com a homeostase cardiovascular).

A irbesartana não inibe enzimas envolvidas no sistema renina-angiotensina (isto é, renina, enzima

conversora da angiotensina [ECA] ou afeta outros receptores hormonais ou canais iônicos envolvidos na

regulação cardiovascular da pressão arterial e homeostase do sódio.

O bloqueio da irbesartana nos receptores AT1 interrompe a retroalimentação do sistema renina-

angiotensina, resultando na elevação dos níveis da renina plasmática e da angiotensina II. A concentração

plasmática da aldosterona decresce com a administração da irbesartana; no entanto, os níveis de potássio

sérico não são significativamente afetados (aumento médio ˂ 0,1mEq/L) nas doses recomendadas. A

irbesartana não tem nenhum efeito relevante sobre triglicérides séricos, colesterol ou glicemia. Também

não possui efeito sobre o ácido úrico sérico ou a excreção do ácido urinário.

Tempo médio de início de ação

O efeito anti-hipertensivo da irbesartana é perceptível após a primeira dose, evidenciando-se

substancialmente em 1-2 semanas, e o efeito máximo ocorre após 4-6 semanas.

Propriedades farmacodinâmicas

substancialmente em 1-2 semanas, e o efeito máximo ocorre após 4-6 semanas. Em estudos de longa

duração, o efeito da irbesartana foi mantido durante até um ano.

Doses únicas diárias de até 900mg proporcionam decréscimos da pressão arterial relacionados à dose.

Doses únicas diárias de 150-300mg reduziram a pressão arterial nas posições supina e sentada (24 horas

após a administração) em uma média de 8-13/5-8mmHg (sistólica/diastólica) acima daquela associada ao

placebo. Os efeitos no vale são 60%-70% das respostas nos picos diastólico e sistólico correspondentes. O

efeito ótimo sobre a pressão arterial em 24 horas é alcançado com dose única diária.

A extensão da redução da pressão arterial é a mesma tanto na posição supina como em pé. Não são

frequentes os efeitos ortostáticos, mas, assim como os inibidores da ECA, estes efeitos podem ocorrer em

pacientes com sódio e/ou volume depletados.

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 4

Os efeitos anti-hipertensivos da irbesartana e dos diuréticos tiazídicos são aditivos. Em pacientes que não

forem adequadamente controlados somente com a irbesartana, a adição de baixa dose de hidroclorotiazida

(12,5mg) à irbesartana em dose única diária resulta em redução adicional da pressão arterial ajustada pelo

placebo de 7-10/3-6mmHg (sistólica/diastólica).

A eficácia da irbesartana não é influenciada pela idade ou sexo. Assim como com outros fármacos que

afetam o sistema renina-angiotensina, pacientes de raça negra têm resposta notavelmente menor à

monoterapia com a irbesartana. Quando a irbesartana for administrada concomitantemente com baixa

dose de hidroclorotiazida (12,5mg diários), a resposta anti-hipertensiva dos pacientes de raça negra se

aproximará da dos pacientes de raça branca.

Após a retirada da irbesartana, a pressão arterial retorna gradualmente ao valor basal. Não se observou

hipertensão rebote.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A irbesartana é um agente ativo de administração oral e não requer biotransformação para a sua forma

ativa. Após a administração oral, a irbesartana é rápida e completamente absorvida. A biodisponibilidade

oral da irbesartana é de 60%-80%. A alimentação não afeta a biodisponibilidade. A concentração

plasmática máxima ocorre 1,5 horas a 2 horas após a administração oral.

Distribuição

A irbesartana liga-se às proteínas plasmáticas a uma taxa de aproximadamente 96% e não se liga

consideravelmente aos componentes celulares do sangue. O volume de distribuição é de 53-93 litros.

Metabolismo

Após a administração oral ou intravenosa da irbesartana marcada com 14

C, 80%-85% da radioatividade

circulante no plasma corresponde ao composto inalterado. A irbesartana é metabolizada pelo fígado via

conjugação glicurônica e oxidação. O principal metabólito circulante é o conjugado irbesartana –

glucuronida (aproximadamente 6%). A irbesartana é oxidada principalmente pelo citocromo P450,

isoenzima CYP2C9; a isoenzima CYP3A4 tem efeito desprezível. A irbesartana não é metabolizada pela

maior parte das isoenzimas comumente associadas com o metabolismo de fármacos (isto é, CYP1A1,

CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2D6 ou CYP2E1), nem induziu ou inibiu substancialmente estas

enzimas. A irbesartana também não induz, nem inibe a isoenzima CYP3A4.

Eliminação

A irbesartana e seus metabólitos são excretados tanto pela via biliar como renal. Cerca de 20% da

radioatividade administrada após uma dose oral ou intravenosa de irbesartana marcada com 14

C é

recuperada na urina e o restante é recuperado nas fezes. Menos de 2% da dose é excretada na urina como

irbesartana inalterada.

A meia-vida de eliminação final (t1/2) da irbesartana é de 11-15 horas. O clearance corpóreo total da

irbesartana administrada por via intravenosa é de 157-176mL/min, dos quais 3,0-3,5mL/min é clearance

renal. A irbesartana possui farmacocinética linear dentro da faixa terapêutica. As concentrações

plasmáticas de equilíbrio são obtidas dentro de 3 dias após o início do regime de dose única diária.

Observou-se um acúmulo limitado (˂20%) no plasma após a repetição de doses únicas diárias.

Propriedades Farmacocinéticas em populações especiais

Insuficiência Renal: a farmacocinética da irbesartana não se altera significativamente nos pacientes com

insuficiência renal (independente do grau) ou sob hemodiálise. A irbesartana não é removida por

hemodiálise.

Insuficiência Hepática: a farmacocinética da irbesartana não foi significativamente afetada em pacientes

com insuficiência hepática devido à cirrose leve a moderada.

Pacientes Idosos: em idosos (homens e mulheres) de 65 a 80 anos, normotensos e com funções renal e

hepática clinicamente normais, a ASC (área sob a curva) e o pico das concentrações plasmáticas (Cmáx) da

irbesartana foram aproximadamente 20% a 50% maiores que as observadas nos indivíduos jovens (18 a

40 anos). Independentemente da idade, a meia-vida de eliminação é comparável. Não se observaram

diferenças significativas nos efeitos clínicos relacionados à idade.

Sexo: em homens e mulheres com hipertensa observaram-se concentrações plasmáticas mais altas (11%-

44%) de irbesartana em mulheres do que em homens, ainda que, após dosagens múltiplas, homens e

mulheres não demonstrassem diferenças, tanto em relação à meia-vida como ao acúmulo de fármaco. Não

se observaram diferenças clínicas relacionadas ao sexo.

Raça: em indivíduos normotensos de raça negra e branca, os valores da ASC e da meia-vida de

eliminação final da irbesartana foram aproximadamente 20%-25% maiores nos indivíduos de raça negra

do que nos de raça branca; o pico das concentrações plasmáticas (Cmáx) da irbesartana são essencialmente

equivalentes.

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 5

Carcinogênese, Mutagênese, Comprometimento da Fertilidade

Não se observou evidência de carcinogenicidade quando a irbesartana foi administrada em ratos tratados

com doses de até 500/1.000mg/Kg/dia (machos/fêmeas, respectivamente) e em camundongos que

receberam 1.000mg/Kg/dia durante 2 anos. Estas doses forneceram uma exposição sistêmica de até 4-25

vezes (ratos) e 4-6 vezes (camundongos) em relação à exposição em humanos recebendo 300mg/dia.

A irbesartana não foi mutagênica em uma série de testes in vitro (teste microbiano AMES, teste de reparo

de DNA em hepatócito de rato, ensaio de mutação do gene em células de mamíferos V79). Vários testes

de indução de aberrrações cromossômicas (in vitro – ensaio de linfócitos humanos; in vivo – estudo de

micronúcleo de camundongo) tiveram resultados negativos com a irbesartana.

A fertilidade e o desempenho reprodutivo não foram afetados em estudos com ratos machos e fêmeas

mesmo em doses orais de irbesartana que causam alguma toxicidade parenteral (até 650mg/Kg/dia). Não

se observaram efeitos significativos no número de corpos lúteos, implantes ou fetos sobreviventes. A

irbesartana não afeta a sobrevivência, desenvolvimento ou reprodução da prole.

Com doses de 50mg/Kg/dia ou maiores, observaram-se efeitos transitórios em fetos de ratos (aumento da

cavitação pélvia renal, hidroureter ou edema subcutâneo) que se resolveram após o nascimento. Com

doses de 30mg/Kg/dia observaram-se mortalidade materna, aborto e reabsorção fetal prematura em

coelhos. Não se observaram efeitos teratogênicos em ratos e coelhos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Irbeless é contraindicado em pacientes que são hipersensíveis à irbesartana ou a qualquer outro

componente da formulação do produto.

Irbeless não deve ser coadministrado com medicamentos que contenham alisquireno em pacientes com

diabetes ou que apresentem insuficiência renal moderada a severa (taxa de filtração glomerular ˂

60mL/min/1,73m2

).

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

ADVERTÊNCIAS

Hipertensão – Pacientes com Volume Depletado

A irbesartana foi raramente associada com hipotensão em pacientes hipertensos sem outras condições

comórbidas. Pode ocorrer hipotensão sintomática, assim como com os inibidores da ECA, em pacientes

com depleção de volume/sódio, como por exemplo, em pacientes tratados vigorosamente com diuréticos

e/ou restrição de sal ou submetidos à hemodiálise. A depleção de volume e/ou sódio deve ser corrigida

antes de se iniciar a terapia com irbesartana, ou o uso de uma dose inicial inferior deve ser considerado.

Morbidade e Mortalidade Fetal/Neonatal

Embora não haja experiência com o uso de irbesartana por mulheres grávidas, foi reportado que a

exposição “in utero” aos inibidores da ECA durante o segundo e o terceiro trimestres de gravidez causa

danos e morte no feto em desenvolvimento. Então, como para qualquer fármaco que age diretamente no

sistema renina-angiotensina-aldosterona, Irbeless não deve ser usado durante a gravidez. Se for detectada

gravidez durante a terapia, Irbeless deverá ser descontinuado assim que possível. Nos raros casos em que

não há alternativa adequada para a terapia com medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina

para uma paciente em particular, deve-se informar a mãe sobre o potencial para o feto e realizar

periódicas para avaliar o ambiente intra-amniótico.

Bloqueio duplo do sistema renian-angiotensina-aldosterona com medicamento contendo alisquireno

O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona através da combinação de Irbeless com

alisquireno não é recomendado uma vez que existe um aumento do risco de hipotensão, hipercalemia e

alterações na função renal. O uso de Irbeless em combinação com alisquireno é contraindicado em

pacientes com diabetes mellitus ou insuficiência renal (taxa de filtração glomerular ˂ 60mL/min/1,73m2

).

PRECAUÇÕES

Gerais

Como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, podem ser antecipadas as

alterações da função renal em indivíduos predispostos. O uso de medicamentos que afetam esse sistema

em pacientes cuja função renal depende da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (p. ex.,

pacientes com insuficiência cardíaca congestiva severa ou pacientes hipertensos com estenose unilateral

ou bilateral da artéria renal), foi associado à oligúria e/ou azotemia progressiva e (raramente) à

insuficiência renal aguda e/ou morte. A possibilidade da ocorrência de um efeito similar com o uso de um

antagonista dos receptores da angiotensina II, incluindo a irbesartana, não pode ser excluída.

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 6

Em pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2 com proteinúria (≥ 900mg/dia), população esta que tem um

alto risco de estenose da artéria renal, nenhum paciente tratado com irbesartana no IDNT (Estudo com

irbesartana na Nefropatia Diabética), apresentou uma elevação aguda precoce da creatinina sérica

atribuída à estenose da artéria renal (vide resultados de Eficácia: Hipertensão de doença renal diabética

tipo 2).

Gravidez e Lactação

Quando for detectada gravidez, Irbeless deverá ser descontinuada tão logo quanto possível. (vide

“Advertências: morbidade e mortalidade fetal/neonatal”).

A irbesartana é excretada no leite de ratas latantes. Não se sabe se a irbesartana ou seus metabólitos são

excretados no leite humano. Deve-se tomar a decisão sobre a descontinuação da amamentação ou do

tratamento, levando-se em conta a importância de Irbeless no tratamento da mãe e o risco potencial para o

lactente.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Populações especiais

Pacientes Idosos

Entre os pacientes que receberam irbesartana nos estudos clínicos não se observaram diferenças globais

em termos de eficácia ou segurança entre os pacientes idosos (acima de 65 anos) e os pacientes mais

jovens.

Pacientes Pediátricos

A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Os efeitos de irbesartana na habilidade de dirigir e operar máquinas não foram estudados, mas, com base

nas propriedades farmacodinâmicas, é improvável que a irbesartana afete esta habilidade. Quando o

paciente dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que, durante o tratamento da

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Com base em estudos in vitro, não se espera que ocorram interações com fármacos cujo metabolismo é

dependente das isoenzimas CYP1A1, CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP3A4 do

citocromo P450. A irbesartana é primariamente metabolizada pela CYP2C9, no entanto, durante estudos

clínicos de interação medicamentosa, não se observaram interações farmacodinâmicas significativas

quando a irbesartana foi coadministrada com a varfarina (fármaco metabolizado pela CYP2C9).

A irbesartana não afeta a farmacocinética da digoxina ou da sinvastatina. Os parâmetros farmacocinéticos

da irbesartana não são afetados pela coadministração com a nifedipina ou a hidroclorotiazida.

A combinação de Irbeless com medicamentos que contenham alisquireno é contraindicada em pacientes

com diabetes mellitus ou com insuficiência renal moderada a grave (taxa de filtração glomerular ˂

60mL/min/1,73m2

) e não é recomendada em outros pacientes.

Com base na experiência com a utilização de outros fármacos que afetam o sitema renina-angiotensina, o

uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal

contendo potássio podem levar a aumentos do potássio sérico.

Em pacientes idosos, com depleção de volume (incluindo aqueles em tratamento com diuréticos) ou com

comprometimento da função renal, a coadministração com AINE’s, incluindo os inibidores seletivos da

COX-2, com os antagonistas dos receptores da angiotensina II, incluindo a irbesartana, pode resultar na

deterioração da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Estes efeitos são geralmente

reversíveis. Monitorar a função renal periodicamente em pacientes recebendo irbesartana e tratamento

com AINE’s. O efeito anti-hipertensivo dos antagonistas dos receptores de angiotensina II, incluindo a

irbesartana, pode ser atenuado pelos AINE’s, incluindo os inibidores seletivos da COX-2.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO

Irbeless deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do produto: comprimidos oblongos de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 7

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos de Irbeless podem ser administrados com ou sem presença de alimentos, com líquido,

por via oral.

Posologia

A dose inicial habitual de Irbeless é de 150mg uma vez ao dia. Pacientes que necessitam de redução

adicional da pressão arterial deverão ter a dose aumentada para 300mg uma vez por dia. Caso a pressão

arterial não seja adequadamente controlada com Irbeless isoladamente, pode-se adicionar um diurético

(ex.: hidroclorotiazida 12,5mg por dia) ou outro fármaco anti-hipertensivo (ex.: agente bloqueador beta-

adrenérgico ou agente bloqueador do canal de cálcio de longa duração).

Pacientes com hipertensão e doença renal diabética tipo 2: 300mg de Irbeless uma vez ao dia é a dose

de manutenção preferida.

Não há estudos dos efeitos de Irbeless administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e

para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Populações especiais

Pacientes com Depleção Intravascular de Volume: em pacientes com hiponatremia e/ou hipovolemia

graves (por exemplo, pacientes tratados vigorosamente com diuréticos ou submetidos à hemodiálise), esta

condição deve ser corrigida antes da administração de Irbeless, ou deve-se considerar uma dose inicial

mais baixa. Se a pressão arterial não for adequadamente controlada, a dose poderá ser aumentada.

Pacientes Idosos e Pacientes com Insuficiência Renal ou Hepática: geralmente não é necessária

redução de dose em pacientes idosos ou com insuficiência leve a moderada ou renal (independentemente

do grau de disfunção).

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (>1/10)

Reação comum (>1/100 e ˂1/10)

Reação incomum (>1/1.000 e ˂1/100)

Reação rara (>1/10.000 e ˂1/1.000)

Reação muito rara (˂1/10.000)

A segurança de irbesartana foi avaliada em aproximadamente 5.000 pacientes em estudos clínicos,

incluindo 1.300 pacientes hipertensos tratados durante mais de 6 meses, e mais de 400 pacientes tratados

durante 1 ano ou mais. Eventos adversos em pacientes recebendo irbesartana foram geralmente leves e

transitórios e não relacionados à dose. A incidência de eventos adversos não foi relacionada à idade, sexo

ou raça.

Em estudos clínicos controlados por placebo, incluindo 1.965 pacientes tratados com a irbesartana

(duração média do tratamento de 1 a 3 meses), descontinuações provocadas por eventos adversos clínicos

ou laboratoriais ocorreram em 3,3% dos pacientes tratados com a irbesartana e em 4,5% dos pacientes

tratados com o placebo (p=0,029).

Os eventos adversos clínicos de relação provável, possível ou incerta com a terapia, que ocorreram em

pelo menos 1% dos pacientes tratados com a irbesartana ou com placebo nos estudos clínicos controlados,

são mostrados na tabela abaixo.

Experiências Clínicas Adversas*em Estudos de Hipertensão Placebo-Controlados

Evento

Incidência atribuída à terapia

Porcentagem (%) de pacientes*

irbesartana Placebo

N=1.965 N=641

Fadiga 2,4 2

edema 0,9 1,4

Náuseas/Vômitos 1,1 0,3

Tontura 3,8 3,6

Dor de cabeça 6,1 7,8

*Sem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de tratamento com irbesartana e o

placebo.

Outros eventos clínicos de relação provável, possível ou incerta com a terapia que ocorreram com a

frequência de 0,5% a ˂1% e com incidência similar ou ligeiramente maior nos pacientes tratados com a

irbesartana do que no tratamento com o placebo, incluem: dor no peito, tosse, diarreia, dispepsia/azia,

Irbeless – Comprimido Simples - Bula para o profissional da saúde 8

tontura (ortostática), disfunção sexual e taquicardia. Nenhum dos eventos apresentou diferença

estatisticamente significativa entre os pacientes tratados com a irbesartana e com o placebo.

Estudos Clínicos em Hipertensão e Doença Renal Diabética Tipo 2

Em estudos clínicos com pacientes com hipertensão e doença renal diabética tipo 2 (ver: resultados de

Eficácia: hipertensão e doença renal diabética tipo 2), as experiências adversas com o fármaco foram

similares àquelas em estudos clínicos para pacientes hipertensos, com exceção dos sintomas ortostáticas

(tontura, tontura ortostática e hipotensão ortostática) observados no Estudo com irbesartana na Nefropatia

Diabética (proteinúria ≥ 900mg/dia, e creatinina sérica de 1,0-3,0mg/dL).

Os sintomas ortostáticos que ocorreram mais frequentemente no grupo com irbesartana neste estudo

foram: tontura 10,2%, tontura ortostática 5,4%, hipotensão ortostática 5,4%. No grupo placebo foram:

tontura 6,0%, tontura ortostática 2,7%, hipotensão ortostática 3,2%. As taxas em porcentagem de

descontinuação devido a sintomas ortostáticos de irbesartana versus placebo foram: tontura 0,3 vs 0,5;

tontura ortostática 0,2 vs 0,0; e hipotensão ortostática 0,0 vs 0,0.

Experiência de Pós-comercialização na hipertensão

Assim como com outros antagonistas de receptores da angiotensina II, casos muito raros de reações de

hipersensibilidade (angioedema, urticária) foram relatados a partir do início da comercialização da

monoterapia com a irbesartana.

Os seguintes eventos adversos foram relatados durante a farmacovigilância, sem, entretanto, ser

estabelecida, necessariamente, uma relação causal: vertigem, astenia, hipercalemia, mialgia, icteríia,

elevação dos testes de função hepática, hepatite e diminuição da função renal, incluindo casos de falência

renal em pacientes de risco. (Ver Precauções – Gerais)

Alterações nos Testes Laboratoriais

Nos estudos clínicos controlados sobre hipertensão, não ocorreram alterações clinicamente significativas

nos parâmetros laboratoriais. Não é necessária monitoração especial dos parâmetros laboratoriais para

pacientes com hipertensão essencial recebendo terapia com irbesartana.

Em dois estudos clínicos com pacientes com hipertensão e doença renal diabética tipo 2 (IDNT e IRMA

2, vide Resultados de eficácia: Hipertensão e doença renal diabética tipo 2), foi relatado o seguinte:

Hipercalemia: No estudo com irbesartana na nefropatia diabética (IDNT), o percentual de pacientes com

hipercalemia (>6mEq/L) foi 18,6% no grupo com irbesartana comparado a 6,0% no grupo placebo. No

estudo IRMA2, o percentual de pacientes com hipercalemia (>6mEq/L) foi 1,0% no grupo com

irbesartana e nenhum no grupo placebo.

No IDNT a taxa de descontinuação devido à hipercalemia no grupo com irbesartana dói 2,1% comparado

a 0,36% no grupo placebo. No IRMA 2, a taxa de descontinuação devido à hipercalemia em pacientes no

grupo com irbesartana foi 0,5% comparado a nenhum paciente no grupo placebo.

Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.