Bula do Iressa produzido pelo laboratorio Astrazeneca do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
IRESSA®
(gefitinibe)
AstraZeneca do Brasil Ltda.
comprimido revestido
250 mg
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gefitinibe
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 250 mg, em embalagem com 30 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de IRESSA contém 250 mg de gefitinibe.
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, povidona, laurilsulfato de
sódio, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, óxido férrico vermelho, óxido férrico amarelo e dióxido
de titânio.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
IRESSA é indicado para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de não-pequenas
células (CPNPC) localmente avançado ou metastático, que têm mutações de ativação do receptor de fator de
crescimento epidérmico tirosina quinase (EGFR).
IRESSA é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC)
localmente avançado ou metastático, que receberam previamente quimioterapia ou que não são elegíveis para
quimioterapia.
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Estudo IPASS (Mok TS et al. N Eng J Med 2009; 361:947)
Em um estudo clínico fase III conduzido na Ásia com 1217 pacientes com histologia de adenocarcinoma
CPNPC avançado (estágio IIIB ou IV), ex-fumantes leves (pararam de fumar há mais de 15 anos e fumaram
menos que 10 anos) ou que nunca fumaram e que não receberam quimioterapia anteriormente, IRESSA
comprovou ser superior a carboplatina (área sob a curva AUC 5,0 ou 6,0)/paclitaxel (200 mg/m2
) em termos
de Sobrevida Livre de Progressão (SLP) (Razão de Risco [HR] 0,741; intervalo de confiança [IC] 95%: 0,651 a
0,845; p<0,0001), que foi o desfecho primário do estudo. O efeito não foi constante ao longo do tempo,
favorecendo inicialmente carboplatina/paclitaxel e em seguida favorecendo IRESSA, direcionado pelas
diferenças nos resultados SLP pelo status da mutação EGFR. O status da mutação EGFR foi um forte
biomarcador preditivo para o efeito de IRESSA comparado com carboplatina/paclitaxel.
As Taxas de Resposta Objetiva (ORR) foram superiores com IRESSA (43,0%) versus carboplatina/paclitaxel
(32,2%) (Odds Ratio [OR] 1,59; IC 95%: 1,25 a 2,01; p=0,0001). Um número significativamente maior de
pacientes tratados com IRESSA apresentou uma melhora clínica importante na qualidade de vida (QOL) versus
carboplatina/paclitaxel (score total para Avaliação Funcional da Terapia do Câncer de Pulmão FACT-L; 48%
versus 41%, OR 1,34, IC 95% 1,06 a 1,69, p=0,0148; Índice dos Resultados do Estudo TOI 46% versus 33%,
OR 1,78, IC 95% 1,40 a 2,26, p<0,0001). Proporções similares de pacientes em ambos os tratamentos
apresentaram uma melhora nos sintomas de câncer de pulmão (FACT-L Subescala de Câncer de Pulmão
[LCS]) de 52% para IRESSA versus 49% para carboplatina/paclitaxel (OR 1,13; IC 95% 0,90 a 1,42;
p=0,3037).
Análises exploratórias pré-planejadas foram conduzidas nos dados de biomarcadores durante a analise primaria.
Um total de 437 pacientes tiveram os dados avaliados para análise de mutação do EGFR. A Sobrevida Livre de
Progressão (SLP) foi significativamente maior para IRESSA do que para carboplatina/paclitaxel em pacientes
com mutação positiva EGFR (n=261, HR 0,48, IC 95% 0,36 a 0,64, p<0,0001), e significativamente maior para
carboplatina/paclitaxel do que para IRESSA em pacientes com mutação negativa do EGFR (n=176, HR 2,85,
IC 95% 2,05 a 3,98, p<0,0001). Os pacientes foram considerados com mutação positiva do EGFR se uma das
29 mutações do EGFR fossem detectadas pelo Sistema de Amplificação Refratária de Mutação (ARMS)
usando kit de detecção de mutação EGFR 29 DxS. Os pacientes foram considerados com mutação negativa do
EGFR se as amostras fossem analisadas com sucesso e nenhuma das mutações do EGFR 29 fossem detectadas.
Resultados de SLP no subgrupo com status de mutação do EGFR desconhecido (HR com gefitinibe, 0,68, IC
95% 0,58 a 0,81, p˂0,0001) foram similares aos da população geral.
Em pacientes com mutação positiva do EGFR, ORR foi superior para IRESSA (71,2%) versus
carboplatina/paclitaxel (47,3%) (OR 2,751, IC 95% 1,646 a 4,596, p=0,0001). Em pacientes com mutação
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negativa do EGFR, ORR foi superior para carboplatina/paclitaxel (23,5%) versus IRESSA (1,1%) (OR 0,036,
IC 95% 0,005 a 0,273, p=0,0013).
Em pacientes com mutação positiva do EGFR, um número significativamente maior de pacientes tratados com
IRESSA apresentou uma melhora na qualidade de vida e nos sintomas de câncer de pulmão versus
carboplatina/paclitaxel (score total FACT-L; 70,2% versus 44,5%, p<0,0001) (TOI 70,2% versus 38,3%,
p<0,0001) (LCS 75,6% versus 53,9%, p=0,0003). Em pacientes com mutação negativa do EGFR, um número
significativamente maior de pacientes tratados com carboplatina/paclitaxel apresentou uma melhora na
qualidade de vida e nos sintomas de câncer de pulmão versus IRESSA (score total FACT-L; 36,3% versus
14,6%, p=0,0021) (TOI 28,8% versus 12,4%, p=0,0111), (LCS 47,5% versus 20,2%, p=0,0002).
Uma análise da sobrevida global (SG) foi realizada após 954 mortes (maturidade de 78%), que demonstrou não
haver diferença estatisticamente significativa em SG para IRESSA versus carboplatina/paclitaxel na população
total do estudo (HR 0,901, IC 95% 0,793 a 1,023, p=0,1087). SG mediana: IRESSA, 18,8 meses,
carboplatina/paclitaxel, 17,4 meses.
As análises de subgrupo da SG por status de mutação do EGFR não mostraram diferença significativa na SG
para IRESSA versus carboplatina/paclitaxel no subgrupo de pacientes sabidamente com tumores com mutação
positiva (HR 1,002, IC 95% 0,756 a 1,328; SG mediana 21,6 meses vs.21.9 meses) ou negativa (HR 1,181, IC
95% 0,857 a 1,628; SG mediana 11,2 meses versus 12,7 meses). Os resultados SG no subgrupo de pacientes
com status de mutação desconhecido (HR 0,818, IC 95% 0,696 a 0,962; SG mediana 18,9 meses versus 17,2
meses) foi consistente com a população geral.
No estudo IPASS, IRESSA demonstrou SLP, ORR, qualidade de vida e alívio dos sintomas superiores, sem
diferença significativa na sobrevida global em comparação com carboplatina/paclitaxel em pacientes não
tratados previamente, com CPNPC localmente avançado ou metastático, cujos tumores abrigaram mutações
ativadoras da tirosina quinase EGFR.
Estudo INTEREST (Kim E et al. Lancet 2008; 372 1809-18)
Em um estudo clínico fase III com 1466 pacientes com câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC)
localmente avançado ou metastático, que tinham recebido previamente quimioterapia à base de platina e eram
elegíveis para quimioterapia, IRESSA provou ser não-inferior ao docetaxel (75 mg/m2
) em termos de sobrevida
global (Razão de risco [HR]=1,020, intervalo de confiança [IC] 96%: 0,905 a 1,150 [IC completamente abaixo
do limite de não-inferioridade de 1.154], mediana de 7,6 versus 8,0 meses).
IRESSA também comprovou proporcionar taxas de sobrevida livre de progressão semelhantes (HR=1,04, IC
95%: 0,93 a 1,18, p = 0,466, mediana de 2,2 versus 2,7 meses) e taxas de resposta objetiva (9,1% versus 7,6%,
odds ratio [OR]=1,22, IC 95%: 0,82 a 1.84, p=0,3257), comparado ao docetaxel. Um número
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significativamente maior de pacientes tratados com IRESSA apresentou melhora clínica importante na
qualidade de vida, em comparação com o docetaxel (Avaliação Funcional da Terapia do Câncer de Pulmão
[FACT-L] Índice dos Resultados do Estudo [TOI]: 17% versus 10%, p= 0,0026; pontuação total FACT-L: 25%
versus 15%, p<0,0001). Proporções semelhantes de pacientes em ambos os tratamentos apresentaram uma
melhora nos sintomas do câncer de pulmão (Subescala de Câncer de Pulmão [LCS] FACT-L 20% versus 17%,
p= 0,1329).
A análise coprimária, avaliando a sobrevida global em 174 pacientes, com elevado número de cópias do gene
EGFR, não demonstrou superioridade do IRESSA ao docetaxel. Resultados de sobrevida em pacientes com
elevado número de cópias do gene EGFR foram semelhantes para ambos os tratamentos (HR=1,087; IC 95%:
0,782 a 1,510, p=0,6199, mediana de 8,4 versus 7,5 meses).
Estudo ISEL (Thatcher N et al. Lancet 2005; 366:1527-37)
Em um estudo clínico fase III, duplo-cego, com 1692 pacientes, comparando IRESSA mais terapia de suporte
com placebo mais terapia de suporte em pacientes com CPNPC em estágio avançado, que receberam
previamente 1 ou 2 regimes de quimioterapia e não responderam ou foram intolerantes para o regime mais
recente, IRESSA não prolongou significativamente a sobrevida na população total (HR=0,89, IC: 0,77 a 1,02,
p= 0,09, mediana 5,6 versus 5,1 meses para IRESSA e placebo, respectivamente), ou em pacientes com
adenocarcinoma (HR=0,84, IC: 0,68 a 1,03, p= 0.09, mediana 6,3 versus 5,4 meses para IRESSA e placebo,
respectivamente). Análises pré-programadas de subgrupo mostraram um aumento estatisticamente significativo
na sobrevida de pacientes com etnia oriental tratados com IRESSA, em comparação com placebo (HR=0,66,
IC: 0,48 a 0,91, p= 0,01, mediana 9,5 versus 5,5 meses) e para os pacientes que nunca tinham fumado, tratados
com IRESSA, em comparação com placebo (HR=0,67, IC: 0,49 a 0,92, p= 0,01, mediana 8,9 versus 6,1
meses).
A análise exploratória de dados do número de cópias do gene EGFR mostrou que o efeito do tratamento com
IRESSA comparado com placebo na sobrevida, foi maior em pacientes com elevado número de cópias do gene
EGFR comparado com pacientes com baixo número de cópias do gene EGFR (interação valor p=0,0448). A
razão de risco IRESSA para placebo, em pacientes com elevado número de cópias do gene EGFR, foi 0.61
(N=114; IC 95%: 0,36 a 1,04, p= 0,067) e a razão de risco para pacientes com baixo número de cópias do gene
EGFR foi 1.16 (N=256; IC 95%: 0,81 a 1,64, p= 0,42). Para pacientes em que o número de cópias do gene
EGFR não foi testado (N=1322, HR=0,85, IC: 0,73 a 0,99, p= 0,032), o HR foi similar àquele visto para a
população global do estudo, como deveria ser esperado.
Estudo IFUM (J-Y Douillard et al. Br J Cancer (2014) 110, 55–62. doi:10.1038/bjc.2013.721)
O estudo IFUM foi um estudo de braço único, multicêntrico conduzido em pacientes caucasianos (n=106) com
CPNPC com mutação positiva e sensibilizadora do EGFR para confirmar que a atividade de gefitinibe é similar
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em populações caucasiana e asiática. A ORR de acordo com a revisão do investigador foi 70% e a SLP foi 9,7
meses. Estes dados foram similares com aqueles reportados no estudo IPASS.
DNA tumoral circulante (ctDNA)
No estudo IFUM, o status da mutação foi avaliado em amostras do tumor e do ctDNA plasmático, usando-se o
kit Therascreen EGFR RGQ PCR (Qiagen, ver item “Advertências e Precauções”). Ambas as amostras do
ctDNA e do tumor foram avaliáveis para 652 pacientes, entre os 1060 analisados. A sensibilidade do teste para
a mutação do EGFR no ctDNA, usando-se o kit Qiangen Therascreen EGFR RGQ PCR foi 65,7%, com 99,8%
de especificidade. Os valores preditivos positivo e negativo do ctDNA foram 98,6% e 93,8%, respectivamente
(tabela 1). A ORR na população completa analisada foi de 69,8% (IC 95%: 60,5% a 77,7%). A ORR nos
pacientes dentro da população completa analisada e que foram positivos para mutação do ctDNA foi de 77,3%
(IC 95%: 65,8 a 85,7).
Tabela 1
Resumo da linha de base da mutação para as amostras do tumor e do ctDNA em todos os pacientes
analisados avaliáveis para ambas as amostras.
Medição Definição Taxa no IFUM
% (IC)
IFUM
N
Proporção de
Concordância
Número de vezes que os
resultados do ctDNA e do
tumor concordaram
94,3 (92,3, 96,0) 652
Sensibilidade Proporção M+ pelo
tumor que é M+ pelo
ctDNA
65,7 (55,8, 74,7) 105
Especificidade Proporção M- pelo tumor
que é M- pelo ctDNA
99,8 (99,0, 100,0) 547
Valor Preditivo Positivo Proporção M+ pelo
ctDNA que é M+ pelo
tumor
98,6 (92,3, 100,0) 70
Valor Preditivo Negativo Proporção M- pelo
ctDNA que é M- pelo
93,8 (91,5, 95,6) 582
Estes dados são consistentes com a análise exploratória pré-planejada do subgrupo japonês no estudo IPASS
(Goto K et al. J Thorac Oncol. 2012; 7:115-121). Neste estudo, foi utilizado o ctDNA sérico e não o plasmático
para análise da mutação do EGFR, usando–se o kit de detecção de mutação EGRF (DxS) (N=86). Neste estudo,
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a concordância foi 66%, a sensibilidade foi 43,1% e especificidade foi 100%. Os valores preditivos positivo e
negativo foram 100% e 54,7%, respectivamente.
Propriedades Farmacodinâmicas
O gefitinibe é um inibidor seletivo da tirosina-quinase do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR =
epidermal growth factor receptor), comumente expresso em tumores sólidos humanos de origem epitelial. A
inibição da atividade tirosina-quinase do EGFR inibe o crescimento tumoral, metástase e angiogênese e
aumenta a apoptose das células tumorais.
Pacientes que nunca fumaram, com histologia de adenocarcinoma, do sexo feminino ou de etnia asiática, são
mais propensos a se beneficiarem do tratamento com IRESSA. Estas características clínicas também estão
associadas à altas taxas de tumores com mutação positiva do EGFR.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intravenosa, o gefitinibe é rapidamente depurado, extensivamente distribuído e possui
meia-vida de eliminação média de 48 horas. Após dose oral em pacientes com câncer, a absorção é
moderadamente lenta e a meia-vida terminal média é de 41 horas. A administração do gefitinibe uma vez ao dia
resulta em acúmulo de 2 a 8 vezes, alcançando estado de equilíbrio, após 7 a 10 doses. No estado de equilíbrio,
as concentrações plasmáticas circulantes são tipicamente mantidas em 2-3 vezes a concentração basal, durante
as 24 horas de intervalo das doses.
- Absorção
Após administração oral de IRESSA, o pico de concentração plasmática de gefitinibe ocorre tipicamente em 3
a 7 horas. A biodisponibilidade absoluta média é de 59% em pacientes com câncer. A exposição ao gefitinibe
não é significativamente alterada pelos alimentos. Em um estudo com voluntários sadios, cujo pH gástrico foi
mantido acima de 5, a exposição ao gefitinibe foi reduzida em 47%.
- Distribuição
O volume médio de distribuição de gefitinibe no estado de equilíbrio é de 1400 litros, o que indica extensa
distribuição pelos tecidos. A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 90%. O gefitinibe liga-se à
albumina sérica e à alfa1-glicoproteína ácida.
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- Metabolismo
Os dados in vitro indicam que o CYP3A4 é a principal isoenzima do citocromo P450, envolvida no
metabolismo oxidativo do gefitinibe.
Estudos in vitro demonstraram que o gefitinibe tem limitado potencial para inibição da CYP2D6. Em um
estudo clínico com pacientes, gefitinibe foi administrado concomitante ao metoprolol (um substrato do
CYP2D6). Isto resultou em pequeno aumento (35%) da exposição ao metoprolol, não sendo considerado
clinicamente relevante.
O gefitinibe não demonstrou efeito de indução enzimática em estudos com animais nem inibição significativa
(in vitro) de quaisquer outras enzimas do citocromo P450.
Foram identificados 3 sítios de biotransformação no metabolismo do gefitinibe: metabolismo do grupo N-
propilmorfolino, desmetilação do metoxi-substituinte da quinazolina e defluorinação oxidativa do grupo fenil
halogenado. Cinco metabólitos foram encontrados em extratos fecais e o componente principal foi O-
desmetilgefitinibe (representando apenas 14% da dose).
No plasma humano foram identificados 8 metabólitos. O principal metabólito identificado foi o O-
desmetilgefitinibe, que foi 14 vezes menos potente que o gefitinibe para inibir o crescimento celular estimulado por
EGFR e não apresentou efeito inibitório no crescimento de células tumorais em ratos. Assim, foi considerado como
sendo improvável que contribua significativamente para a atividade clínica do gefitinibe.
A formação do metabólito O-desmetilgefitinibe foi demonstrada, in vitro, como sendo via CYP2D6. O papel do
CYP2D6 na depuração metabólica do gefitinibe foi avaliado num ensaio clínico com voluntários sadios,
genotipados para o CYP2D6. Em metabolizadores lentos, níveis não mensuráveis de O-desmetilgefitinibe foram
formados. As faixas de exposição ao gefitinibe alcançadas, tanto no grupo de metabolizadores lentos como naquele
de metabolizadores extensivos, foram amplas e se sobrepuseram, contudo a média da exposição foi duas vezes
maior para o grupo de metabolizadores lentos. A maior média de exposição que poderia ser alcançada para
indivíduos com CYP2D6 não ativo pode ser clinicamente relevante, uma vez que efeitos adversos estão
relacionados à dose e exposição.
- Eliminação
A depuração plasmática total do gefitinibe é de aproximadamente 500 mL/min. A excreção é
predominantemente fecal, com menos de 4% da dose administrada sendo eliminada via renal como gefitinibe e
seus metabólitos.
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- Populações especiais
Baseado na análise de dados referentes a pacientes com câncer, nenhuma relação foi identificada entre a
concentração do estado de equilíbrio esperada e a idade do paciente, peso corpóreo, sexo, raça ou depuração de
creatinina.
Em um estudo aberto de fase I de dose única de gefitinibe 250 mg em pacientes com insuficiência hepática
leve, moderada ou grave, devido à cirrose (de acordo com a classificação Child-Pugh), houve aumento na
exposição em todos os grupos em comparação com controles sadios. Foi observado um aumento de em média
3,1 vezes na exposição do gefitinibe em paciente com insuficiência hepática moderada e grave. Nenhum dos
pacientes tinha câncer, todos tinham cirrose e alguns, hepatite. Este aumento na exposição pode ser
clinicamente relevante uma vez que efeitos adversos estão relacionados à dose e exposição ao gefitinibe.
O gefitinibe foi avaliado em um estudo clínico conduzido em 41 pacientes com tumores sólidos e função
hepática normal ou disfunção hepática moderada ou grave devido a metástases hepáticas. O estudo demonstrou
que após doses diárias de 250 mg de IRESSA, o tempo para o estado de equilíbrio, depuração plasmática total
e exposição no estado de equilíbrio (Cmaxss
, AUC0-24
ss
) foram equivalentes para os grupos de pacientes com
função hepática normal e disfunção hepática moderada. Os dados de 4 pacientes com disfunção hepática grave
devido a metástase hepática sugerem que a exposição no estado de equilíbrio nestes pacientes é também
equivalente àquela dos pacientes com função hepática normal.
Dados de segurança pré-clínica
O gefitinibe não demonstrou potencial genotóxico.
Houve, como esperado da atividade farmacológica do gefitinibe, redução da fertilidade em ratas com dose de
20 mg/kg/dia. Quando administrado durante a organogênese, não houve efeito sobre o desenvolvimento
embriofetal de ratos com a dose mais alta (30 mg/kg/dia). Entretanto, em coelhos, houve redução do peso fetal
com 20 mg/kg/dia ou mais. Não houve indução de malformação em ambas as espécies. Quando administrado a
ratas durante a gestação e parto, houve redução da sobrevida fetal com doses de 20 mg/kg/dia.
Após a administração oral de gefitinibe marcado com carbono-14 em ratas 14 dias após o parto, as
concentrações de radioatividade no leite foram maiores do que no sangue.
Os dados dos estudos pré-clínicos (in vitro) indicam que gefitinibe possui potencial para inibir o processo de
repolarização cardíaca (ex. intervalo QT). A significância clínica destes achados é desconhecida.
Um estudo de carcinogenicidade com ratos durante 2 anos resultou em um pequeno, mas significativo, aumento
na incidência de adenomas hepatocelulares em ratos de ambos os sexos e de hemangiossarcomas nos nódulos
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linfáticos mesentéricos de ratas somente com a dose mais elevada (10 mg/kg/dia). Os adenomas hepatocelulares
também foram verificados em um estudo de carcinogenicidade por 2 anos em camundongos, que demonstrou
um pequeno aumento na incidência deste achado em machos com doses de 50 mg/kg/dia, e em camundongos
de ambos os sexos com a dose mais alta, 90 mg/kg/dia (reduzida de 125 mg/kg/dia da semana 22). Os efeitos
tiveram significância estatística para camundongos fêmeas, mas não para machos. A relevância clínica desses
achados é desconhecida.
IRESSA é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade grave ao gefitinibe ou aos outros
componentes da fórmula.
Ao considerar o uso de IRESSA como tratamento de primeira linha para CPNPC avançado ou metastático, é
recomendado que a avaliação da mutação de EGFR do tecido tumoral seja feita para todos os pacientes. Ao avaliar
o status da mutação de um paciente, é importante que uma metodologia robusta e bem validada seja escolhida para
minimizar a possibilidade de determinações falso-positiva ou falso-negativa. Amostras de tumor, utilizadas para o
diagnóstico de CPNPC avançado, são os tipos de amostras preferenciais para o teste de mutação do EGFR. Se uma
amostra do tumor não estiver disponível ou não for avaliável, então o DNA tumoral circulante (ctDNA) obtido de
uma amostra de sangue (plasma) pode ser utilizado. Apenas testes robustos, confiáveis e sensíveis, com utilidade
demonstrada para o ctDNA, devem ser utilizados para determinação do estado da mutação do EGFR do ctDNA.
Mutações do EGFR identificadas no ctDNA são altamente preditivas de tumores com mutação do EFGR positiva.
No entanto nem sempre é possível detectar mutações do EFGR utilizando este tipo de amostra (0,2% falso-
positivos, 34,3% falso-negativos).
Na indicação de primeira linha, IRESSA não deve ser usado em preferência a quimioterapia combinada em
pacientes com mutação negativa.
Doença intersticial pulmonar (DIP) que pode iniciar-se de forma aguda, foi observada em pacientes em uso de
IRESSA e alguns casos foram fatais. Se o paciente apresentar piora dos sintomas respiratórios como dispneia, tosse
e febre, IRESSA deve ser interrompido e a investigação deve ser iniciada. Se a doença intersticial pulmonar for
confirmada, IRESSA deve ser descontinuado e o paciente deve ser tratado adequadamente.
Em um estudo controle fármaco-epidemiológico japonês (ver item “Reações adversas a medicamentos”) com
3159 pacientes com CPNPC que foram acompanhados durante 12 semanas recebendo IRESSA ou
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quimioterapia, os seguintes fatores de risco para o desenvolvimento de DIP (independentemente se o paciente
recebeu IRESSA ou quimioterapia) foram identificados: tabagismo, performance status pobre (PS ≥ 2),
redução de áreas pulmonares normais (≤ 50%) evidenciada por tomografia computadorizada, diagnóstico
recente para CPNPC (<6 meses), DIP pré-existente, idade avançada (≥ 55 anos) e doença cardíaca
concomitante. O risco de mortalidade entre os pacientes que desenvolveram DIP em ambos os tratamentos foi
maior em pacientes com os seguintes fatores de risco: tabagismo, redução de áreas pulmonares normais (≤
50%) evidenciada por tomografia computadorizada, DIP pré-existente, idade avançada (≥ 65 anos), e extensas
áreas de aderência pleural (≥ 50%).
Foram observadas anormalidades de testes da função hepática (incluindo aumento de alanina aminotrasferase,
aspartato aminotrasferase e bilirrubina), raramente apresentadas como hepatite. Houve relatos isolados de
falência hepática, que em alguns casos, levou a óbito. Portanto, é recomendado teste periódico da função
hepática. IRESSA deve ser usado com cautela na presença de alterações da função hepática leves a moderadas.
Deve ser considerada a descontinuação em casos de alterações graves.
Eventos cerebrovasculares foram relatados nos estudos clínicos de IRESSA. Não foi estabelecida uma relação com
IRESSA.
Substâncias indutoras da atividade do CYP3A4 podem aumentar o metabolismo e diminuir as concentrações
plasmáticas do gefitinibe. Portanto, o uso concomitante com indutores do CYP3A4 (por exemplo, fenitoína,
carbamazepina, rifampicina, barbitúricos ou erva de São João) pode reduzir a eficácia do gefitinibe.
Elevações do INR (International Normalised Ratio) e/ou eventos de sangramento foram relatados em alguns
pacientes em uso de varfarina. Esses pacientes devem ser regularmente monitorados para detecção de alterações
do tempo de protrombina (TP) ou INR.
Substâncias que causam elevações prolongadas significativas do pH gástrico podem reduzir as concentrações
plasmáticas do gefitinibe, podendo, consequentemente, reduzir sua eficácia.
Os pacientes devem ser aconselhados a procurar imediatamente orientação médica caso ocorra:
- diarreia grave ou persistente, náusea, vômito ou anorexia.
Tais sintomas devem ser tratados conforme indicação clínica.
Os pacientes que apresentam sinais e sintomas sugestivos de ceratite aguda ou grave, tais como inflamação
ocular, lacrimejamento, sensibilidade à luz, visão turva, dor e/ou vermelhidão ocular devem ser encaminhados
imediatamente para um oftalmologista.
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Se o diagnóstico de ceratite ulcerativa for confirmado, o tratamento com IRESSA deve ser interrompido, Se os
sintomas não desaparecerem ou se reaparecerem com a reintrodução de IRESSA a interrupção permanente
deve ser considerada.
Em um estudo fase I/II de IRESSA e radiação em pacientes pediátricos, recentemente diagnosticados com
glioma de tronco cerebral ou glioma maligno supratentorial parcialmente ressecado, foram relatados 4 casos (1
fatal) de hemorragia do Sistema Nervoso Central (SNC) em 45 pacientes estudados. Foi relatado, em um estudo
com IRESSA em monoterapia, um caso de hemorragia do SNC em uma criança com ependimoma. Um risco
aumentado de hemorragia cerebral em pacientes adultos com CPNPC em uso de IRESSA não foi estabelecido.
Dados de estudo clínico de fase II, onde IRESSA e vinorelbina foram usados concomitantemente, indicaram
que IRESSA pode exacerbar o efeito neutropênico da vinorelbina.
Perfuração gastrointestinal foi relatada em pacientes tomando IRESSA. Na maioria dos casos está associada a
outros fatores de risco conhecidos, incluindo o aumento da idade, medicações concomitantes, tais como
esteróides ou AINEs, histórico subjacente de ulceração GI, fumar, ou metástases intestinais em locais de
perfuração.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Foi relatada astenia durante o tratamento com IRESSA e os pacientes que apresentam esses sintomas devem ter
cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas.
Este medicamento contém lactose (163,50 mg/comprimidos).
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não existem dados sobre o uso de IRESSA em mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Estudos em
animais mostraram toxicidade reprodutiva. Estudos em animais também indicam que o gefitinibe e alguns dos
seus metabólitos passam através do leite de ratas. Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar a
gravidez e mães que estejam amamentando devem ser orientadas a interromper a amamentação durante o uso
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Estudos in vitro demonstraram que o metabolismo do gefitinibe ocorre predominantemente pela via CYP3A4.
A administração concomitante com rifampicina (potente indutora do CYP3A4) em voluntários sadios reduziu a
ASC média de gefitinibe em 83% em relação a voluntários que não receberam rifampicina.
A coadministração de itraconazol (inibidor do CYP3A4) resultou em aumento de 80% na ASC média de
gefitinibe em voluntários sadios. Este aumento pode ser clinicamente relevante, uma vez que efeitos adversos
estão relacionados à dose e à exposição.
A administração concomitante de ranitidina em doses que causam elevações prolongadas do pH gástrico ( ≥ 5)
resultou na redução da ASC média de gefitinibe em 47% em voluntários sadios.
Elevações do INR (International Normalised Ratio) e/ou eventos de sangramento foram relatados em alguns
pacientes em uso de varfarina.
IRESSA deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
IRESSA tem validade de 48 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Depois de aberto o envelope de IRESSA, o medicamento deve ser utilizado em até 30 dias.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Os comprimidos revestidos de IRESSA são marrons, redondos, biconvexos, com a impressão “IRESSA” e
“250” de um lado e liso do outro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
13
A dose recomendada de IRESSA é de um comprimido de 250 mg uma vez ao dia, por via oral, podendo ser
administrado com ou sem a ingestão de alimentos, de preferência no mesmo horário todos os dias. Se uma dose
de IRESSA for esquecida, o paciente deve tomá-la assim que se lembrar. Se faltar menos de 12 horas para a
próxima dose, o paciente não deve tomar a dose esquecida. O paciente não deve tomar doses dobradas (duas
doses ao mesmo tempo) para compensar uma dose esquecida.
Se a administração de comprimidos inteiros não for possível, como pacientes que só conseguem engolir
líquidos, os comprimidos podem ser administrados como uma dispersão em água. O comprimido deve ser
colocado em meio copo de água potável (sem gás), sem quebrar ou esmagar, e o copo agitado até que o
comprimido seja disperso (aproximadamente 15 minutos) e deve-se tomar o liquido imediatamente. Adicionar
mais meio copo de água, mexer e tomar a água adicionada. O líquido também pode ser administrado por sonda
nasoenteral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Não é recomendado o uso de IRESSA em crianças ou adolescentes, pois segurança e eficácia não foram
estudadas neste grupo de pacientes.
Não é necessário ajuste de dose com base na idade do paciente, peso corpóreo, sexo, raça ou função renal ou
em pacientes com insuficiência hepática moderada a grave devido à metástase no fígado.
Ajuste de dose: pacientes com diarreia de difícil controle ou com reações adversas cutâneas devido ao
medicamento, podem ser controlados com sucesso com a interrupção do tratamento por até 14 dias
consecutivos, reiniciando-se então com a dose de 250 mg.
As reações adversas mais frequentemente relatadas, ocorrendo em mais de 20% dos pacientes, são diarreia e
alterações na pele (incluindo exantema, acne, pele seca e prurido). As reações adversas normalmente ocorrem
nos primeiros meses do tratamento e são, geralmente, reversíveis. Aproximadamente 10% dos pacientes
tiveram reações adversas graves (critérios comuns de toxicidade (CTC) graus 3 ou 4). Aproximadamente 3%
dos pacientes tiveram que interromper o tratamento devido à reação adversa.
As reações adversas foram associadas a categorias de frequência descritas na Tabela 2, quando possível, de
acordo com a incidência de eventos adversos relatados comparáveis em um grupo de dados dos estudos clínicos
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fase III ISEL, INTEREST e IPASS (2462 pacientes tratados com IRESSA). Na atribuição destas frequências,
não se considerou a frequência de relatos dentro dos grupos de tratamento comparativo, ou se foi considerada
pelo investigador como relacionada à medicação de estudo.
A frequência de reações adversas relativa a valores laboratoriais anormais é baseada em pacientes com
alterações CTC grau 2 ou maior, em relação aos parâmetros laboratoriais de referência.
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Tabela 2
Reações adversas por frequência e sistemas/órgãos
Muito comum
(1/10)
Alterações
gastrointestinais
Diarreia (34,9%), principalmente leve ou moderada (CTC grau 1 ou
2) e, menos comumente, grave (CTC graus 3 ou 4).
Náusea (17,8%), principalmente leve (CTC grau 1).
Vômitos (13,8%), principalmente leve ou moderada (CTC graus 1
ou 2).
Estomatite (11,0%), predominantemente leve (CTC grau 1).
Alterações hepatobiliares Elevações na alanina aminotransferase (11,4%), principalmente leve
ou moderada.
Alterações metabólicas e
nutricionais
Anorexia (19,7%) leve ou moderada (CTC graus 1 ou 2).
Alterações cutâneas e
subcutâneas
Reações cutâneas (57,9%), principalmente leve ou moderada (CTC
graus 1 ou 2), exantema pustular, algumas vezes prurido com
ressecamento da pele, incluindo fissuras da pele sobre uma base
eritematosa.
Alterações gerais Astenia (17,7%), predominantemente leve (CTC grau 1).
Comum
(≥1/100 e –
<1/10)
Desidratação (1,8%) secundária a diarreia, náusea, vômito ou
anorexia.
Boca seca* (2,0%), predominantemente leve (CTC grau 1).
Alterações vasculares Hemorragia (4,3%), como epistaxe e hematúria.
Alterações hepatobiliares Elevações na aspartato aminotransferase (7,9%), principalmente leve
a moderada.
Elevações na bilirrubina total (2,7%), principalmente leve a
moderada.
Alterações renais e
urinárias
Elevações laboratoriais assintomáticas na creatinina sanguínea
(1,5%).
Proteinúria (7,7%).
Cistite (1,1%)
Distúrbios das unhas (7,9%).
Alopecia (4,7%).
Alterações gerais Pirexia (8,7%).
Alterações oculares Conjuntivite, blefarite e olhos secos* (6,7%), principalmente leves
(CTC grau 1).
Alterações respiratórias,
torácicas e mediastinais
Doença intersticial pulmonar (1,3%), geralmente grave (CTC graus
3 ou 4). Resultados fatais foram relatados.
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Incomuns
(≥1/1.000 e -
<1/100)
Pancreatite (0,1%).
Perfuração gastrointestinal (0,2%)
Alterações hepatobiliares Hepatite*** (0,2%).
Alterações oculares Ceratite (0,12%), erosão da córnea (0.3%), reversível e algumas
vezes em associação com o crescimento aberrante dos cílios.
Reações alérgicas** (0.9%), incluindo angiodema e urticária.
Rara
(≥1/10.000 e -
<1/1.000)
Condições bolhosas incluindo necrólise epidérmica tóxica, Síndrome
de Stevens Johnson e eritema multiforme (0,04%).
Vasculite cutânea****
Cistite hemorrágica****
*Este evento pode ocorrer em associação com outras condições de ressecamentos (principalmente reações da pele)
observados com IRESSA.
**A incidência total de eventos adversos de reações alérgicas relatados na análise de dados dos estudos ISEL,
INTEREST e IPASS combinados foi de 1,5% (36 pacientes). Quatorze dos 36 pacientes foram excluídos da
frequência relatada, pois seus relatos continham evidência de etiologia não alérgica ou que a reação alérgica fora
resultante de tratamento com outra medicação.
*** Isto inclui relatos isolados de insuficiência hepática, que em alguns casos, levou a óbito.
**** Não foi possível atribuir frequências para vasculite cutânea e cistite hemorrágica com base nos estudos de
Fase III, pois não houve relatos dessas reações em estudos em que poderiam ter sido detectadas, portanto as
frequências são estimadas com base no Guia da Comissão Europeia (setembro 2009), que assume a ocorrência de 3
relatos através dos estudos de monoterapia.
De um estudo clínico duplo-cego fase III (1692 pacientes) comparando IRESSA mais Melhor Terapia de Suporte
(BSC) ao placebo mais BSC em pacientes com CPNPC avançado que receberam 1 ou 2 regimes de quimioterapia
anteriormente e não responderam ou foram intolerantes ao tratamento mais recente, a incidência de eventos do tipo
DIP na população total foi semelhante, e aproximadamente 1% em ambos os braços de tratamento. A maioria dos
eventos do tipo DIP relatados foram de pacientes orientais e a incidência de DIP em pacientes orientais foi similar
em pacientes tratados com IRESSA e placebo, aproximadamente 3% e 4%, respectivamente. Um evento do tipo
DIP foi fatal e ocorreu com um paciente recebendo placebo.
Em um estudo de vigilância pós-comercialização no Japão (3350 pacientes) a incidência de eventos do tipo DIP
relatados em pacientes recebendo IRESSA foi 5,8%.
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Em um estudo de controle fármaco-epidemiológico japonês em pacientes com CPNPC, a incidência bruta
acumulada de DIP (não corrigida para diferenças entre as características dos pacientes) após 12 semanas de
acompanhamento foi 4,0% em pacientes recebendo IRESSA e 2,1% em pacientes recebendo quimioterapia e a OR
ajustada de desenvolver DIP foi 3,2 (IC 95%: 1,9 a 5,4) para IRESSA versus quimioterapia. Foi observado um
risco de DIP aumentado de IRESSA sobre quimioterapia, principalmente durante as 4 primeiras semanas de
tratamento (OR ajustada 3,8; IC 95%: 1,9 a 7,7); assim o risco relativo foi menor (OR ajustada 2,5; IC 95%: 1,1 a
5,8).
Em um estudo clínico fase III aberto (1217 pacientes) comparando IRESSA a quimioterapia combinada
carboplatina/paclitaxel como tratamento de primeira linha em pacientes selecionados com CPNPC avançado na
Ásia, a incidência de eventos tipo DIP foi de 2,6% no braço de tratamento com IRESSA versus 1,4% no braço
de tratamento com carboplatina/paclitaxel.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis
ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não existe tratamento específico para o caso de superdose com IRESSA. As reações adversas associadas a
superdose devem ser tratados sintomaticamente, em particular diarreia grave deve ser tratada como
clinicamente indicado. Nos estudos clínicos de fase I, um número limitado de pacientes foi tratado com doses
diárias de até 1000 mg. Foi observado aumento da frequência e gravidade de algumas reações adversas,
principalmente diarreia e rash cutâneo. Em um estudo, um número limitado de pacientes foi tratado com doses
semanais de 1500 mg a 3500 mg. Neste estudo, a exposição de IRESSA não aumentou com o aumento da dose,
os eventos adversos foram geralmente leves a moderados em gravidade, e foram consistentes com o perfil de
segurança conhecido de IRESSA.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.
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III) DIZERES LEGAIS
MS - 1.1618.0236
Farm. Resp.: Dra. Gisele H. V. C. Teixeira - CRF-SP nº 19.825
Fabricado por: AstraZeneca UK Limited – Macclesfield – Cheshire - Reino Unido
Importado por: AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00
Indústria Brasileira
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Todas as marcas nesta embalagem são propriedade do grupo de empresas AstraZeneca.
IRE006
Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 27/02/2015.
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Número do
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
Apresentações
relacionadas
16/06/2014 0475025140
10458-
MEDICAMENTO
NOVO - Inclusão
Inicial de Texto de
Bula – RDC 60/12
16/06/2014
RESULTADOS DE
EFICÁCIA
COMO DEVO USAR
ESTE
MEDICAMENTO?
VP e VPS
Comprimidos
revestidos de 250
mg
27/02/2015 --
10451 -
NOVO -
Notificação de
Alteração de Texto
de Bula – RDC
60/12
06/02/2015
ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES