Bula do Irnocam produzido pelo laboratorio Dr. Reddys Farmacêutica do Brasil Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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IRNOCAM
Dr. Reddy’s Farmacêutica do Brasil Ltda
Solução Injetável
40mg e 100mg
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Irnocam®
cloridrato de irinotecano tri-hidratado
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Irnocam®
Nome genérico: cloridrato de irinotecano tri-hidratado
APRESENTAÇÕES
Irnocam® solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de plástico âmbar com
2 ou 5 mL de solução.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução injetável de Irnocam® contém 20 mg de cloridrato de irinotecano tri-hidratado
equivalente a 17,33 mg de irinotecano.
Excipientes: sorbitol, ácido láctico, solução de hidróxido de sódio e água para injetáveis.
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados e deve ser manipulado
apenas por pessoal treinado.
Irnocam® (cloridrato de irinotecano tri-hidratado) solução injetável é indicado como agente único ou
combinado no tratamento de pacientes com:
• Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente;
• Carcinoma metastático do cólon ou reto que tenha recorrido (voltado) ou progredido (piorado) após
terapia anterior com 5-fluoruracila;
• Neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas;
• Neoplasia de colo de útero;
• Neoplasia de ovário;
• Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável.
Irnocam® está indicado para tratamento como agente único de pacientes com:
• Neoplasia de mama inoperável ou recorrente;
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• Carcinoma de células escamosas da pele;
• Linfoma maligno.
Irnocam® é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de neoplasia) que age
interagindo com a enzima topoisomerase I, uma enzima importante no processo de multiplicação das
células. O bloqueio desta enzima causa um erro no funcionamento das células tumorais, levando-as a
morte. As concentrações máximas do metabólito ativo (da substância ativa) de Irinotecano são atingidas,
geralmente, dentro de 1 hora após o término de uma infusão de 90 minutos do produto.
Irnocam® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao fármaco ou a
qualquer componente da fórmula.
Administração: Irnocam® deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico com
experiência no uso de agentes quimioterápicos (medicamentos) para neoplasia.
O uso de Irnocam® nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos benefícios e riscos
esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos:
• Em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2
OMS)
(índice que reflete o estado geral do paciente).
• Em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de
eventos adversos (necessidade de tratamento imediato e prolongado contra diarreia combinado a
alto consumo de líquido no início da diarreia tardia). Recomenda-se supervisão hospitalar a tais
pacientes.
Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos (sintomas desencadeados
devido à liberação de substâncias chamadas neurotransmissores que controlam várias funções do
organismo) como rinite, salivação aumentada, miose (fechamento da pupila), lacrimejamento, diaforese
(aumento da produção de suor), rubor (vasodilatação), bradicardia (diminuição na frequência cardíaca) e
aumento do peristaltismo (movimento) intestinal que pode causar cólicas abdominais e diarreia em fase
inicial da administração (por ex.: diarreia ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração
de Irnocam®). Esses sintomas podem ser observados durante, ou logo após, a infusão de irinotecano,
devendo ocorrer mais frequentemente com doses mais altas. Em pacientes com sintomas colinérgicos a
administração terapêutica, ou profilática, de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa ou subcutânea deve
ser considerada (a não ser que contraindicada clinicamente). A definição do uso dessa medicação cabe ao
médico que está acompanhando o paciente.
Extravasamento: embora o irinotecano não seja, sabidamente, vesicante (irritante da veia onde o produto
está sendo infundido), deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento (infusão da medicação fora da
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veia) e observar o local da infusão quanto a sinais inflamatórios (aumento de calor local,
avermelhamento, dor). Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para “lavar” o local de acesso
e aplicação de gelo.
Hepático: em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) foram observadas, em
menos de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas (testes que avaliam a função do
fígado). Esses eventos ocorrem tipicamente em pacientes com metástases hepáticas conhecidas e não
estão claramente relacionados ao Irnocam®.
Hematológico: o irinotecano, frequentemente, causa diminuição do número de células do sistema de
defesa do organismo e anemia, inclusive graves, devendo ser evitado em pacientes com insuficiência
aguda (mau funcionamento agudo) grave da medula óssea (órgão responsável pela produção das células
sanguíneas). A trombocitopenia (queda na contagem de plaquetas, (células sanguíneas responsáveis pela
coagulação)) grave é incomum. Nos estudos clínicos, a frequência de neutropenia (diminuição de um tipo
de células de defesa no sangue: neutrófilos) foi significativamente maior em pacientes que haviam
recebido previamente irradiação (radioterapia) pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam
recebido tal irradiação.
Neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que evoluíram com febre)
ocorreu em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse após neutropenia
grave foram relatadas em pacientes tratados com irinotecano. A terapia com Irnocam® deve ser
temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos
cair abaixo de 1000/mm3
. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia não
febril clinicamente significativa.
Pacientes com atividade de UGT1A1 reduzida: dados de uma revisão de estudos indicaram que
indivíduos com síndrome Crigler-Najjar (tipos 1 e 2) ou aqueles considerados homozigóticos (que têm
genes iguais para uma certa característica) para o par de genes UGT1A1*28 (síndrome de Gilbert) correm
um risco elevado de toxicidade no sangue após a administração de doses moderada a altas de irinotecano.
A relação entre o genótipo (o que está definido nos genes de cada pessoa) UGT1A1 e a indução de
diarreia pelo irinotecano não foi estabelecida.
Em pacientes homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para UGT1A1*28 deve
ser administrada a dose inicial normal indicada para irinotecano. Entretanto, estes pacientes devem ser
monitorados quanto à toxicidade no sangue. Uma dose inicial reduzida de irinotecano deve ser
considerada em pacientes que já tenham sofrido toxicidade no sangue com tratamento anterior. A redução
exata da dose inicial nesses pacientes não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente,
devem ser baseadas na tolerância individual do paciente ao tratamento.
Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações
anafilática/anafilactoide graves (reação alérgica grave).
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Efeitos imunossupressores/ Aumento da suscetibilidade a infecções: a administração de vacinas com
microrganismos vivos ou atenuados (mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por
agentes quimioterápicos, incluindo irinotecano, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação
com vacinas contendo microrganismos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo irinotecano. As
vacinas com microrganismos mortos ou inativados podem ser administradas, no entanto, a resposta a esta
vacina pode ser diminuída.
Diarreia tardia: a diarreia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto)
pode ser prolongada e pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico (dos eletrólitos – substâncias
como sódio e potássio- presentes no sangue) ou sepse (infecção grave com comprometimento de vários
órgãos), constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema
posológico a cada 3 semanas, a diarreia tardia surgiu, em média, após 5 dias da infusão de irinotecano.
Nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio foi de 11 dias. Nos pacientes que
começaram o tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer Grau
de diarreia tardia foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram
diarreia mais intensa, o tempo médio de duração de todo o episódio de diarreia foi de 7 dias. Resultados
de um estudo de um esquema semanal de tratamento não demonstraram diferença na taxa de diarreia
tardia em pacientes com 65 anos ou mais em relação a pacientes com menos de 65 anos. Entretanto,
pacientes com 65 anos ou mais, devem ser monitorados de perto devido ao risco aumentado de diarreia
precoce observada nesta população. Ulceração (formação de feridas) do cólon (do intestino grosso),
algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarreia induzida pelo irinotecano.
Se ocorrer diarreia, o médico responsável deve ser avisado e ele tomará as medidas necessárias. A
diarreia tardia deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de
fezes amolecidas, ou malformadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a
esperada. Em caso de desidratação, devem ser realizadas reposições hídrica (de água) e eletrolítica (de
eletrólitos, substâncias como sódio e potássio), através de soro caseiro ou preparações semelhantes. Se os
pacientes apresentarem íleo paralítico (parada dos movimentos intestinais), febre ou neutropenia
(diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) grave, tratamento de suporte com
antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para
o tratamento de diarreia, nos seguintes casos:
- diarreia com febre;
- diarreia grave (requerendo hidratação intravenosa);
- pacientes com vômito associado à diarreia tardia;
- diarreia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida.
Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser
iniciados quando a função intestinal (número e quantidade de evacuações) do paciente retornar ao padrão
pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarreica. Se ocorrer
diarreia grave a administração de Irnocam® deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim
que o paciente se recuperar.
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Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não
devem ser tratados com Irnocam®.
Náuseas e vômitos: o irinotecano é emetogênico (provoca vômito), como os quadros de náuseas e
vômitos podem ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do Irnocam®,
recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos (medicamentos que combatem náusea e vômitos)
pelo menos 30 minutos antes da infusão de Irnocam®. O médico também deve considerar a utilização
subsequente de esquema de tratamento antiemético se necessário. Pacientes com vômito associado à
diarreia tardia devem ser hospitalizados assim que possível para tratamento.
Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de
hipotensão ortostática (queda da pressão arterial relacionada a posição em pé) em pacientes com
desidratação.
Renal: elevações dos níveis séricos (no sangue) de creatinina ou ureia (substâncias que indicam a função
renal) foram observadas. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda (prejuízo na função dos rins).
Esses eventos foram atribuídos a complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea,
vômitos ou diarreia. Há raros relatos de disfunção renal (mau funcionamento dos rins) decorrente de
síndrome de lise tumoral (série de alterações do organismo decorrentes da morte e destruição das células
tumorais).
Respiratório: observou-se um tipo de dispneia (falta de ar); mas é desconhecido o quanto doenças pré-
existentes e/ou envolvimento pulmonar maligno (presença de tumor no pulmão) contribuem para o
quadro. Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome
pulmonar, com potencial de morte, que se apresenta através de dispneia, febre e de um padrão
reticulonodular na radiografia de tórax (padrão de radiografia de tórax). Porém, o quanto o irinotecano
contribuiu para estes eventos é desconhecido, pois os pacientes também apresentavam tumores
pulmonares e, alguns, doença pulmonar não maligna preexistente.
Doença pulmonar intersticial (tipo de comprometimento pulmonar), manifestada através de infiltrado
pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecano. São fatores de risco para o desenvolvimento desta
complicação: doenças pulmonares pré-existentes, uso de medicamentos pneumotóxicos (tóxicos para os
pulmões), radioterapia e uso de fatores de estimulação de colônias (substâncias que agem na medula
óssea estimulando a produção de células sanguíneas). Na presença de um ou mais destes fatores o
paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas respiratórios antes e durante a terapia
com Irnocam®.
Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com
intolerância hereditária à frutose.
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Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
diabetes.
Uso em Populações Especiais
Pediátrico: a eficácia do irinotecano em pacientes pediátricos não foi estabelecida.
Geriátrico: recomendações específicas de dosagem podem se aplicar a essa população e dependem do
esquema utilizado.
Insuficiência Hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina no
sangue) o risco de hematotoxicidade (toxicidade das células sanguíneas) é aumentado. A função hepática
(do fígado) basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas
coletas se clinicamente indicado.
Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco de
mielossupressão (diminuição da função da medula óssea, órgão responsável pela produção das células
sanguíneas) após a administração de irinotecano. Estes casos exigem cautela e, dependendo do esquema
preconizado, doses específicas podem ser necessárias.
Performance Status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de
“performance status” (estado geral do paciente) possuem risco aumentado de desenvolverem eventos
adversos relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG
performance status de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado. Pacientes
com performance status de 3 ou 4 não devem receber Irnocam®. Em estudos clínicos (estudos realizados
para avaliar o medicamento) que compararam pacientes recebendo irinotecano /5-fluoruracila/folinato de
cálcio ou 5- fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização,
neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que evoluíram com febre),
tromboembolismo (formação de coagulo dentro de vaso sanguíneo), descontinuação do tratamento no
primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a
pacientes com performance status basal de 0 ou 1.
Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais
importante e outras toxicidades quando o irinotecano é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve
ser considerada nesses pacientes.
Uso durante a Gravidez
Irnocam® pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Estudos mostram que o
irinotecano é teratogênico (causa malformação) em ratos e coelhos. Não foram conduzidos estudos
adequados e bem controlados em mulheres grávidas. As mulheres em idade fértil devem ser orientadas a
evitar a gravidez enquanto estiverem sendo tratadas com este medicamento. Caso o Irnocam® seja
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utilizado durante a gravidez ou a paciente fique grávida enquanto estiver recebendo esse medicamento,
ela deve ser informada dos riscos potenciais ao feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso durante a Lactação
Cinco minutos após a administração IV de irinotecano marcado (medicamento marcado com
radioatividade) em atas, detectou-se radioatividade no leite, com concentrações até 65 vezes maiores do
que as obtidas no plasma (no sangue) 4 horas após a administração. Assim, devido ao potencial para
reações adversas graves em lactentes, recomenda-se que a amamentação seja descontinuada durante o
tratamento com o produto.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de irinotecano sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto,
pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios visuais, que podem ocorrer
dentro de 24 horas após a administração de Irnocam®, e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se
estes sintomas ocorrerem.
Interações Medicamentosas
A coadministração de Irnocam® com inibidores de suas enzimas metabolizadoras pode resultar em maior
exposição ao Irnocam® e seu metabólito ativo. Médicos devem levar isso em consideração ao administrar
Irnocam® com estes medicamentos.
- cetoconazol: o clearance (eliminação) do Irnocam® é reduzido significativamente em pacientes
recebendo concomitantemente cetoconazol. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana
antes de iniciar o tratamento com Irnocam® e não deve ser administrado durante a terapia com
Irnocam®.
- sulfato de atazanavir: tem o potencial de aumentar o metabólito ativo (substância ativa) do Irnocam®.
Médicos devem levar isso em consideração ao coadministrarem estes medicamentos.
- anticonvulsivantes: a coadministração (ao mesmo tempo) de anticonvulsivantes indutores enzimáticos
do CYP3A (medicamentos que previnem a ocorrência de convulsões, e que são metabolizados pelo
fígado) (p. ex., carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) reduzem a exposição ao metabólito ativo SN-
38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos pelo menos 1
semana antes do início da terapia com Irnocam®.
- erva de São João (Hypericum perforatum): deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do
primeiro ciclo de Irnocam®, e não deve ser administrada durante a quimioterapia com Irnocam®.
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- bloqueadores neuromusculares: a interação entre Irnocam® e bloqueadores neuromusculares (uma
classe de medicamentos que bloqueia a interação entre nervos e músculos) não pode ser descartada, uma
vez que ele pode prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio (um tipo de bloqueador
neuromuscular) e antagonizar (bloquear o efeito) de outros bloqueadores neuromusculares.
- agentes antineoplásicos: eventos de Irnocam®, como a mielossupressão (diminuição da função da
medula óssea, órgão responsável pela produção das células sanguíneas) e a diarreia, podem ser
exacerbados (aumentados) pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos
adversos semelhantes.
- dexametasona: foi relatada linfocitopenia (redução do número de linfócitos, células sanguíneas de
defesa) em pacientes em tratamento com Irnocam®, sendo possível que a administração de dexametasona
como profilaxia (ação preventiva) antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência desse efeito.
Contudo, não foram observadas infecções graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à
linfocitopenia.
Foi também relatada hiperglicemia (concentração elevada de glicose no sangue) em pacientes com um
histórico de diabetes mellitus ou evidência de intolerância à glicose previamente à administração de
Irnocam®. É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia (prevenção) antiemética, possa ter
contribuído para o surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes.
- proclorperazina: a incidência de acatisia (condição em que o paciente sente uma grande dificuldade em
permanecer parado, sentado ou imóvel) nos estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o
medicamento), em esquema de doses semanais, foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se
administrou proclorperazina no mesmo dia que irinotecano, do que quando esses medicamentos foram
administrados em dias separados (1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência de 8,5% de acatisia
encontra-se dentro da faixa relatada para o uso de proclorperazina, quando administrada como um pré-
medicamento para outras terapias quimioterápicas.
- laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência ou
gravidade da diarreia.
- diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarreia pode ser induzida pelo irinotecano. O
médico pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com o irinotecano e durante
períodos de vômitos diarreia ativos.
- bevacizumabe: resultados de um estudo específico de interação medicamentosa demonstraram nenhum
efeito significativo do bevacizumabe na farmacocinética de irinotecano e seu metabólito ativo SN-38.
- vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas (microrganismos mortos ou inativados) em
pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo irinotecano, pode resultar em
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infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo
Irnocam®. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas
pode ser diminuída.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Irnocam® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC). Protegido da luz. Os
frascos contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a
utilização. O medicamento não deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente
qualquer solução não utilizada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: Irnocam® apresenta-se na forma de solução límpida, coloração amarelo-
pálido a levemente amarelada, livre de partículas visíveis. O produto apresenta odor característico.
Precauções no Preparo e Administração
Irnocam® deve ser preparado exclusivamente por um profissional habilitado.
Posologia
Todas as doses de Irnocam® devem ser administradas em infusão intravenosa (dentro da veia) ao longo
de 30 a 90 minutos.
Irnocam® é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento
deverão ser determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo de neoplasia e a
resposta ao tratamento. Para maiores informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu
médico ou a bula específica para o profissional de saúde.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
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Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo
médico que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse
medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
As seguintes reações adversas foram observadas durante os estudos clínicos (estudos realizados para
avaliar o medicamento) realizados com irinotecano, para as diversas indicações e posologias:
Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2
em esquema de dose semanal
Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI (National Cancer Institute - Instituto Nacional do Câncer)
Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Gastrintestinal
diarreia tardia (que ocorre depois de mais de 8 horas após administração do
produto, náusea (enjoo), vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas abdominais,
anorexia (falta de apetite), estomatite (inflamação da mucosa da boca)
Hematológico
leucopenia (redução de células de defesa no sangue), anemia, neutropenia
(diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos)
Geral astenia (fraqueza), febre
Metabólico e
Nutricional
perda de peso, desidratação
Dermatológico alopecia (perda de cabelo)
Cardiovascular eventos tromboembólicos (formação de coágulos nos vasos sanguíneos)*
*Incluem angina pectoris (dor no peito por doença do coração), trombose arterial (trombo ou coágulo
nas artérias), infarto cerebral (interrupção do fornecimento de sangue para alguma região do cérebro),
acidente vascular cerebral (derrame), tromboflebite profunda (presença de coágulo com inflamação do
vaso sanguíneo), embolia de extremidade inferior (trombo ou coágulo proveniente dos membros
inferiores), parada cardíaca, infarto do miocárdio (interrupção do fornecimento de sangue para o coração),
isquemia miocárdica (infarto), distúrbio vascular periférico (dos vasos sanguíneos dos membros), embolia
pulmonar (presença de êmbolo – trombo, coágulo- no pulmão), morte súbita, tromboflebite, trombose
(presença de coágulo nos vasos sanguíneos), distúrbio vascular (do vaso).
Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2
em esquema de dose a cada 3 semanas
Estão listados nas Tabelas a seguir, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos Graus 3 ou
4 NCI relatados nos estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (N=620).
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos
Pacientes nos Estudos Clínicos:
Gastrintestinal Diarréia tardia, náusea, dor/cólicas abdominais
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Hematológico Leucopenia, neutropenia
Dermatolígico Alopécia
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em 1% a 10% dos
Infecções e infestações Infecção
Gastrintestinal vômitos, diarreia precoce, constipação (prisão de
ventre), anorexia, mucosite (úlceras na mucosa dor
órgãos do aparelho digestivo)
Hematológico anemia, trombocitopenia
Geral astenia, febre, dor
Metabólico e Nutricional desidratação, hipovolemia (desidratação)
Hepatobiliar bilirrubinemia (aumento das bilirrubinas no
sangue)
Respiratório dispneia (falta de ar)
Laboratorial (investigativo) aumento da creatinina
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Menos de 1% dos
Infecções e infestações sepse (infecção generalizada)
Gastrintestinal distúrbio retal, monilíase GI (infecção causada pelo fungo Cândida)
calafrios, mal-estar, dor lombar
Geral
Metabólico e Nutricional
perda de peso, hipocalemia (diminuição de potássio no sangue),
hipomagnesemia (diminuição de magnésio no sangue)
Dermatológico eritema – rash (vermelhidão), sinais cutâneos
Nervoso marcha anormal (alteração do andar), confusão, cefaleia (dor de cabeça)
Cardiovascular hipotensão (queda da pressão), síncope (desmaio), distúrbios
cardiovasculares
Urogenital infecção do trato urinário
Reprodutivo dor nas mamas
Laboratorial (investigativo) aumento da fosfatase alcalina (enzima do fígado), aumento da gama-GT
(enzima do fígado)
Os seguintes eventos adicionais relacionados ao medicamento foram relatados nos estudos clínicos com
irinotecano, mas não preencheram os critérios acima definidos (ocorrência > 10% de eventos relacionados
ao medicamento (NCI Graus 1 - 4 ou de NCI Graus 3 ou 4): rinite, salivação aumentada, miose (pupila
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pequena), lacrimejamento, diaforese (suor excessivo), rubor facial (vermelhidão), bradicardia (diminuição
dos batimentos cardíacos), tonturas, extravasamento (escape acidental de medicamento para fora do vaso
sanguíneo), síndrome da lise tumoral (sintomas provocados pela destruição das células do câncer) e
ulceração do cólon (formação de feridas no intestino grosso).
Experiência Pós-Comercialização
Cardíaco: foram observados casos de isquemia miocárdica (infarto) após terapia com irinotecano
predominantemente em pacientes com doença cardíaca de base (prévia), outros fatores de risco
conhecidos para doença cardíaca ou quimioterapia citotóxica (que destrói as células do câncer).
Gastrintestinal: foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal (interrupção do trânsito
intestinal), íleo paralítico (diminuição dos movimentos do intestino), megacólon (alargamento do
intestino grosso) ou hemorragia (sangramento) gastrintestinal, e raros casos de colite (inflamação do
intestino grosso, cólon), incluindo tifilite (inflamação do ceco, uma região do intestino grosso) e colite
isquêmica (inflamação do intestino grosso devido à falta de irrigação sanguínea) ou ulcerativa (com
formação de feridas). Em alguns casos, a colite foi complicada por ulceração (formação de feridas),
sangramento, íleo (parada da eliminação de gazes e fezes) ou infecção. Casos de íleo sem colite anterior
também foram relatados. Casos raros de perfuração intestinal foram relatados.
Foram observados raros casos de pancreatite (inflamação no pâncreas) sintomática ou elevação
assintomática das enzimas pancreáticas.
Hipovolemia: foram relatados casos raros de distúrbio renal e insuficiência renal aguda (diminuição
aguda da função dos rins), geralmente em pacientes que contraíram infecções ou evoluíram com
desidratação por toxicidade gastrintestinal grave (desidratação por diarreia).
Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal (prejuízo na função dos rins), hipotensão
(queda de pressão) ou distúrbios circulatórios em pacientes que apresentaram episódios de desidratação
associadas a diarreia e/ou vômito, ou sepse (infecção generalizada).
Sistema Imune: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações graves
anafiláticas ou anafilactoides (reações alérgicas graves).
Músculoesquelético: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia (sensação de
formigamento) foram relatados.
Sistema nervoso: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados
com irinotecano. Em alguns casos, são observados durante ou logo após a infusão de irinotecano.
Respiratório, torácico e mediastinal: doença pulmonar intersticial (comprometimento pulmonar) presente
como infiltrados pulmonares são incomuns durante terapia com irinotecano. Efeitos precoces tais como
dispneia (falta de ar) foram relatados. Soluços também foram relatados.
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Investigações: raros casos de hiponatremia (diminuição da quantidade de sódio no sangue) geralmente
relacionada com diarreia e vômito foram relatados. Aumentos dos níveis séricos das transaminases (por
ex: TGO e TGP, enzimas hepáticas – refletem a função do fígado) na ausência de metástase progressiva
do fígado foram muito raramente relatados.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.