Bula do Kefadim produzido pelo laboratorio Antibióticos do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
KEFADIM®
ceftazidima pentaidratada
Pó para solução injetável 1g
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(ceftazidima pentaidratada)
LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: ceftazidima pentaidratada
APRESENTAÇÕES
1 g: cada frasco-ampola contém ceftazidima pentaidratada equivalente a 1 g de ceftazidima na forma
de pó para solução injetável. Embalagem com 50 frascos-ampola.
USO INTRAMUSCULAR E INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
1 g: cada frasco-ampola contém 1,165 g de ceftazidima pentaidratada equivalente a 1 g de ceftazidima.
Excipiente: carbonato de sódio 118 mg.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
KEFADIM®
está indicado no tratamento de infecções simples ou múltiplas causadas por bactérias suscetíveis ou
nas circunstâncias que justifiquem seu uso antes da identificação do agente causal.
pode ser usado em monoterapia, como droga de primeira escolha, antes de os resultados dos testes de
suscetibilidade estarem disponíveis.
pode ser administrado com um antibiótico anaerobicida, quando se suspeita da presença de
Bacterioides fragilis.
Em virtude de seu amplo espectro de ação, especialmente contra agentes Gram-negativos, está também indicado
nas infecções resistentes a outros antibióticos, incluindo aminoglicosídeos e cefalosporinas diversas. Contudo,
quando necessário (como, por exemplo, diante de neutropenia grave), pode ser administrado em combinação com
aminoglicosídeos ou outros antibióticos betalactâmicos.
Ceftazidima demonstrou eficácia clínica de 94% e bacteriológica, de 68%, quando utilizada em pacientes com
sepse bacteriana.
FANG, CT. et al. Safety and efficacy of cefpirome in comparison with ceftazidime in Chinese patients with sepsis
due to bacterial infections. Chemotherapy, 46(5): 371-378, 2000.
Propriedades farmacodinâmicas
KEFADIM®
é um antibiótico cefalosporínico bactericida, inibidor da síntese da parede celular bacteriana
e resistente à maioria das betalactamases produzidas por organismos Gram-positivos e Gram-negativos e,
portanto, ativo contra muitas cepas resistentes à ampicilina e à cefalotina. A ceftazidima é dotada de elevada
atividade intrínseca in vitro, com estreita faixa de concentração inibitória mínima (CIM) para a maioria dos
gêneros e mudanças mínimas na CIM em níveis variados de inóculos. In vitro, a atividade da ceftazidima e dos
aminoglicosídeos em combinação são aditivas. Há evidências de sinergismo em algumas cepas.
A atividade in vitro da ceftazidima estende-se aos seguintes microrganismos:
Gram-negativos:
Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas sp. (incluindo P. pseudomallei), Klebsiella sp. (incluindo Klebsiella
pneumoniae), Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Morganella morganii (Proteus morganii), Proteus rettgeri,
Providencia sp., Escherichia coli, Enterobacter sp., Citrobacter sp., Serratia sp., Salmonella sp., Shigella sp.,
Yersinia enterocolitica, Pasteurella multocida, Acinetobacter sp., Neisseria gonorrhoeae, N. meningitidis,
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Haemophilus influenzae (incluindo cepas resistentes à ampicilina) e H. parainfluenzae (incluindo cepas resistentes
à ampicilina).
Gram-positivos:
Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis (cepas suscetíveis à meticilina), Micrococcus sp.,
Streptococcus pyogenes (Grupo A, beta-hemolíticos), Streptococcus do Grupo B (Streptococcus agalactiae),
Streptococcus pneumoniae, Streptococcus mitis, Streptococcus sp., excetuando-se o Enterococcus (Streptococcus)
faecalis.
Cepas anaeróbicas:
Peptococcus sp., Peptostreptococcus sp., Streptococcus sp., Propionibacterium sp., Clostridium perfringens,
Fusobacterium sp., Bacteroides sp. (muitas cepas de Bacteroides fragilis são resistentes).
não é ativo in vitro contra estafilococos resistentes à meticilina, Enterococcus (Streptococcus)
faecalis e muitos outros enterococos, Listeria monocytogenes, Campylobacter sp. e Clostridium difficile.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após injeção intramuscular de 500 mg e 1 g, prontamente são atingidos níveis máximos de 18 e 37 mg/L,
respectivamente; e cinco minutos após injeção intravenosa direta de 500 mg, 1 g e 2 g, são alcançados níveis
séricos de 46, 87 e 170 mg/L, respectivamente.
Distribuição
Concentrações terapeuticamente ativas são detectadas no soro, mesmo 8 a 12 horas após a administração
intramuscular ou intravenosa. A ligação da ceftazidima às proteínas do soro é baixa, situando-se em torno de 10%.
Concentrações excedentes aos níveis inibitórios mínimos para patógenos comuns são detectadas nos ossos,
coração, bile, saliva, humor aquoso e líquidos sinovial, pleural e peritoneal. A ceftazidima atravessa a placenta
rapidamente e é excretada no leite materno. Na ausência de inflamação, a ceftazidima não atravessa com facilidade
a barreira hematoencefálica, resultando em baixos níveis de ceftazidima no líquido cefalorraquidiano. Todavia,
na vigência de inflamação das meninges, são atingidos níveis terapêuticos de 4 a 20 mg/L ou mais no líquido
cefalorraquidiano.
Metabolismo
A ceftazidima não é metabolizada no organismo.
Eliminação
Os níveis séricos obtidos após a administração parenteral são elevados e prolongados, diminuindo com meia-
vida de aproximadamente duas horas. A ceftazidima é excretada pela urina sob forma ativa, através de filtração
glomerular. Cerca de 80 a 90% da dose são recuperados na urina em 24 horas.
Em pacientes com insuficiência renal, a eliminação de ceftazidima é diminuída, devendo por isso ser reduzida a
dose (ver POSOLOGIA - Insuficiência renal).
Tendo em vista que a quantidade excretada pela bile é inferior a 1%, o teor de droga que chega ao intestino é
mínimo.
KEFADIM®
é contraindicado para uso em pacientes comprovadamente hipersensíveis a antibióticos
cefalosporínicos ou a qualquer componente da fórmula.
Como para os demais antibióticos betalactâmicos, antes de instituída terapia com KEFADIM®
deve ser pesquisada
história de reações de hipersensibilidade à ceftazidima, às cefalosporinas, às penicilinas ou outras drogas.
KEFADIM®
deve ser administrado com cautela especial a pacientes com história de reação alérgica a penicilinas
ou outros betalactâmicos. Na eventualidade da ocorrência de reação alérgica ao KEFADIM®
interromper o
tratamento. Reações mais graves de hipersensibilidade podem requerer o uso de adrenalina, hidrocortisona, anti-
histamínicos ou a adoção de outras medidas de emergência.
Tratamento simultâneo com altas doses de cefalosporinas e drogas nefrotóxicas como, por exemplo,
aminoglicosídeos e diuréticos potentes (por exemplo, furosemida) pode afetar, adversamente, a função renal. A
experiência clínica demonstrou ser pouco provável a ocorrência de problemas associados à ceftazidima quando
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utilizada na dose terapêutica normal. Não existem evidências de que a ceftazidima afeta a função renal quando é
utilizada em doses habituais.
A ceftazidima é excretada pelos rins e, portanto, a dosagem deve ser reduzida de acordo com o grau de
insuficiência renal (ver POSOLOGIA – Insuficiência renal). Ocasionalmente, sequelas neurológicas têm sido
relatadas em casos nos quais a dosagem não foi reduzida apropriadamente em pacientes com insuficiência renal
(ver POSOLOGIA - Insuficiência renal e REAÇÕES ADVERSAS).
Como com outras cefalosporinas e penicilinas de largo espectro, algumas cepas de Enterobacter sp. e Serratia sp.,
inicialmente suscetíveis, podem desenvolver resistência durante o tratamento com ceftazidima. Testes periódicos
de suscetibilidade devem ser considerados quando clinicamente apropriado, durante o tratamento de infecções por
esses microrganismos.
Como com os demais antibióticos de largo espectro, o uso prolongado de KEFADIM®
pode resultar no
aparecimento de microrganismos não-suscetíveis (por exemplo, cândida, enterococos), o que pode requerer
interrupção do tratamento ou adoção de medidas apropriadas. A reavaliação da condição do paciente é essencial.
Foram reportados casos de colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, cuja gravidade pode variar de
leve à fatal. Entretanto, é importante considerar este diagnóstico em pacientes que desenvolverem diarreia durante
ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia prolongada ou significativa ou o paciente apresentar cólicas
abdominais, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser posteriormente examinado.
Incompatibilidades
é menos estável na solução de bicarbonato de sódio (que não é recomendada como diluente) do que
em outras soluções intravenosas. KEFADIM®
e aminoglicosídeos não devem ser misturados no mesmo circuito
de infusão ou seringa. Tem-se relatado precipitação quando a vancomicina é adicionada à ceftazidima em solução.
Portanto, é prudente lavar os circuitos de infusão e as linhas intravenosas entre a administração desses dois
agentes.
Populações especiais
- Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doença aguda, a dose diária de ceftazidima
não deve, normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram reportados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez e lactação
Ainda que não haja evidência experimental de efeitos embriopáticos ou teratogênicos, a administração de
ceftazidima – como de qualquer droga - deve ser feita com cuidado nos primeiros meses de gestação (bem como
logo após o nascimento).
A ceftazidima é excretada em pequenas proporções pelo leite humano e, por isso, aconselha-se precaução quando
de sua administração a lactantes.
Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Precauções farmacotécnicas
A ceftazidima em concentrações entre 0,05 mg/mL e 0,25 mg/mL é compatível com o fluido de diálise
intraperitoneal (lactato).
A solução de KEFADIM®
para uso intramuscular pode ser reconstituída com água para injetáveis ou cloreto de
lidocaína a 0,5-1%.
A ceftazidima mostra compatibilidade quando misturada a 4 mg/mL com: fosfato sódico de hidrocortisona (1 mg/mL
em solução de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%), cefuroxima sódica (3 mg/mL em solução de
cloreto de sódio a 0,9%), cloxaciclina sódica (4 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), heparina
(10 UI/mL ou 50 UI/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloreto de potássio (10 ou 40 mEq/L em
solução de cloreto de sódio a 0,9%).
O produto, logo que é reconstituído ou diluído, tem coloração amarelo-claro. Se for armazenado, vai se tornando
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amarelo mais forte, chegando a âmbar (condição normal desde que respeitados os parâmetros de estabilidade).
é compatível com a grande maioria das soluções parenterais comumente utilizadas (ver
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Incompatibilidades). As soluções de KEFADIM®
, em concentrações de
1 mg/mL a 40 mg/mL, são compatíveis com os líquidos de infusão a seguir relacionados:
• Cloreto de sódio a 0,9%
• Lactato de sódio M/6
• Solução de Hartmann
• Glicose a 5% e a 10%
• Cloreto de sódio a 0,225% + glicose a 5%
• Cloreto de sódio a 0,45% + glicose a 5%
• Cloreto de sódio a 0,18% + glicose a 4%
Interações com medicamentos
A administração de antibióticos cefalosporínicos com drogas nefrotóxicas pode afetar a função renal (ver
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Demonstrou-se que o cloranfenicol antagoniza a ação de cefalosporinas in vitro. Se houver necessidade de
administração concomitante de cloranfenicol, deve ser considerada a possibilidade de antagonismo.
Assim como com outros antibióticos, a ceftazidima pode afetar a flora intestinal, levando à baixa reabsorção de
estrogênio e à redução da eficácia de contraceptivos orais combinados.
Interações com exames laboratoriais
A ceftazidima não interfere na dosagem de creatinina pelo ensaio do picrato alcalino, bem como nos testes
enzimáticos para glicosúria.
Por outro lado, pode ocorrer uma fraca interferência nos métodos de redução do cobre (métodos de Benedict,
Fehling e Clinitest) para glicosúria.
Cuidados de armazenamento
O produto deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) e protegido da
luz. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original
Após o preparo, manter por 24 horas em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) ou por sete dias quando
guardado sob refrigeração (entre 2°C e 8°C), protegidos da luz.
Aspectos físicos / Características organolépticas
KEFADIM®
é uma mistura estéril de ceftazidima pentaidratada e carbonato de sódio, sob a forma de pó cristalino
branco a creme.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de uso
KEFADIM®
é compatível com os fluidos intravenosos mais comumente utilizados, excetuando-se o bicarbonato
de sódio (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Incompatibilidades).
Quando o produto é dissolvido, ocorre liberação de dióxido de carbono, o que acarreta pressão positiva. Pequenas
bolhas de dióxido de carbono podem se formar na solução reconstituída e se aspiradas para dentro da seringa
devem ser eliminadas antes da administração.
1 g pode ser administrado por via intravenosa e intramuscular.
ATENÇÃO: frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulha 40 x 12. Pequenos
fragmentos de rolha podem ser levados para dentro do frasco durante o procedimento. Deve-se portanto,
inspecionar cuidadosamente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas. Agulhas
25 x 8 ou 30 x 8, embora dificultem o processo de reconstituição, têm menos probabilidade de carregarem
partículas para dentro dos frascos.
1 g – Via Intramuscular (IM)
Reconstituição: reconstituir com 3 mL de água para injetáveis ou Lidocaína 0,5% ou 1%.
Estabilidade após Reconstituição: 24 horas em temperatura ambiente (15°C a 30°C) ou 7 dias sob refrigeração
(2°C a 8°C), protegidos da luz.
Aparência da solução reconstituída: o produto, logo que é reconstituído, tem coloração amarelo-claro. Se for
armazenado, vai se tornando amarelo mais forte, chegando a âmbar (condição normal desde que respeitados os
parâmetros de estabilidade).
Administração: em adultos, nas nádegas (quadrante superior externo); em crianças, na face lateral da coxa.
ATENÇÃO: o produto reconstituído com Solução de Lidocaína 0,5 ou 1% não pode ser administrado por via
intravenosa.
1 g – Via Intravenosa (IV)
IV DIRETA
Reconstituição: reconstituir com 10 mL de água para injetáveis.
Aparência da Solução Reconstituída: o produto, logo que é reconstituído, tem coloração amarelo-claro. Se for
Administração: injetar direto na veia durante 3 a 5 minutos.
IV INFUSÃO
Diluição: diluir o produto previamente reconstituído com 50 a 100 mL de Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%.
Ver outros diluentes compatíveis em ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Precauções farmacotécnicas).
Estabilidade após Diluição: 24 horas em temperatura ambiente (15°C a 30°C); ou 7 dias sob refrigeração (2°C a
8°C), protegidos da luz.
Aparência após Reconstituição ou Diluição: o produto, logo que é reconstituído ou diluído, tem coloração
amarelo-claro. Se for armazenado, vai se tornando amarelo mais forte, chegando a âmbar (condição normal desde
que respeitados os parâmetros de estabilidade).
Administração: infundir durante 15 a 30 minutos.
A solução deve ser preparada como especificado a seguir:
Frasco Via de administração
Conteúdo do diluente a
ser adicionado (mL)
Concentração
aproximada (mg/mL)
1 g Intramuscular 3 mL 260
1 g Intravenoso 10 mL 90
1 g Infusão intravenosa 50 mL # 20
# A adição deve ser realizada em duas etapas (reconstituição e diluição).
Posologia
deve ser usado exclusivamente por via parenteral, variando a dose em função da gravidade,
suscetibilidade, local e tipo de infecção, bem como da idade e da função renal dos pacientes.
Adultos
A dose varia de 1 g a 6 g diários subdivididos em duas ou três doses, administradas através de injeção intravenosa
ou intramuscular.
Para as infecções do trato urinário e naquelas de menor gravidade, a dose de 500 mg ou 1 g de 12/12 horas é
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geralmente satisfatória.
Para a maioria das infecções, as doses ideais são de 1 g de 8/8 horas ou 2 g de 12/12 horas.
Nas infecções mais graves, especialmente em pacientes imunossuprimidos, incluindo os neutropênicos, deve ser
administrada a dose de 2 g de 8/8 ou 12/12 horas.
Nos adultos com mucoviscidose e portadores de infecção pulmonar por Pseudomonas, serão necessárias
posologias elevadas, ou seja, de 100 a 150 mg/kg/dia, subdivididas em três doses.
Em adultos com função renal normal, até 9 g/dia têm sido administrados com segurança.
Recém-nascidos e lactentes até 2 meses de idade
25 a 60 mg/kg/dia divididos em duas aplicações. No recém-nascido, a meia-vida sérica da ceftazidima pode ser
três a quatro vezes maior que no adulto.
Lactentes e crianças maiores de 2 meses
A posologia usual para crianças com mais de 2 meses é de 30 a 100 mg/kg/dia, divididos em duas ou três doses.
Doses maiores que 150 mg/kg/dia, até um máximo de 6 g/dia, divididas em três doses, podem ser administradas a
crianças imunocomprometidas, com mucoviscidose ou, ainda, com meningite.
Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doenças agudas, a dose diária de
ceftazidima não deve, normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Pacientes com insuficiência renal
é excretado inalterado pelos rins. Assim sendo, nos pacientes com função renal comprometida,
recomenda-se que a dose seja reduzida. Nos pacientes com suspeita de insuficiência renal pode ser instituída dose
inicial de 1 g de KEFADIM®
. Nestes casos, recomenda-se estimar a velocidade de filtração glomerular (VFG) a
fim de determinar a dose de manutenção, como mostrado na tabela abaixo:
Doses de manutenção recomendadas na insuficiência renal:
Clearance de
creatinina (mL/min)
Creatinina sérica aproximada
mcmol/L (mg/dL)
Dose unitária recomendada
(g)
Frequência das doses
(horas)
> 50 < 150 (<1,7) Dose normal Dose normal
50 a 31 150 a 200 (1,7 a 2,3) 1 12
30 a 16 200 a 350 (2,3 a 4) 1 24
15 a 6 350 a 500 (4 a 5,6) 0,5 24
< 5 > 500 (> 5,6) 0,5 48
Nos pacientes com infecção grave, as doses unitárias podem ser aumentadas em 50%, ou a frequência de
administração pode ser aumentada apropriadamente.
Em tais pacientes recomenda-se monitorar os níveis séricos de ceftazidima de modo que não excedam 40 mg/L.
Nas crianças, o clearance de creatinina deve ser ajustado em função da área de superfície corporal ou da massa
muscular.
Uso na hemodiálise
A meia-vida sérica da ceftazidima durante hemodiálise varia de três a cinco horas. A dose de manutenção
apropriada, dada na tabela anterior, deverá ser repetida após cada sessão.
Uso na diálise peritoneal
pode também ser usado na diálise peritoneal e na diálise peritoneal ambulatorial contínua, tanto
por via intravenosa como incorporado ao líquido de diálise (geralmente 125 mg a 250 mg/2 litros da solução de
diálise).
Para pacientes com insuficiência renal em hemodiálise arteriovenosa contínua ou com elevado fluxo de
hemofiltração em unidades de terapia intensiva, deve-se administrar 1 g/dia em dose única ou em doses
fracionadas. Para um baixo fluxo de hemofiltração, deve-se adotar a dosagem recomendada para os
pacientes com insuficiência renal.
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Siga as recomendações de dosagem das tabelas abaixo, para pacientes em hemofiltração venovenosa e hemodiálise
venovenosa:
Orientação de dosagem de ceftazidima em hemofiltração venovenosa continua
Função renal residual
(clearance de creatina
em mL/min)
Dose da manutenção (mg) para uma taxa de ultrafiltração (mL/min) de a
:
5 16,7 33,3 50
0 250 250 500 500
5 250 250 500 500
10 250 500 500 750
15 250 500 500 750
20 500 500 500 750
a
Dose de manutenção a ser administrada a cada 12 horas
Orientação de dosagem de ceftazidima durante hemodiálise venovenosa:
Dose da manutenção (mg) para taxa a
1 litro/h 2 litros/h
Taxa de ultrafiltração (litro/h) Taxa de ultrafiltração (litro/h)
0,5 1 2 0,5 1 2
0 500 500 500 500 500 750
5 500 500 750 500 500 750
10 500 500 750 500 750 1000
15 500 750 750 750 750 1000
20 750 750 1000 750 750 1000
Os dados de amplos estudos clínicos (internos e publicados) foram usados para determinar a frequência das
reações adversas desde muito comum até muito rara.
As frequências atribuídas para todas as reações adversas foram principalmente determinadas usando dados pós-
comercialização e se referem mais a uma taxa de relatos do que a uma frequência verdadeira.
Reações comuns (>1/100 a <1/10): eosinofilia e trombocitose; flebite ou tromboflebite com administração
IV; diarreia; elevação discreta de uma ou mais enzimas hepáticas, ALT (TGP), AST (TGO), LDH, GAMA
GT e fosfatase alcalina; erupção máculo-papular ou urticariforme; dor e/ou inflamação após administração
intramuscular; teste de Coombs positivo (o teste de Coombs positivo é observado em cerca de 5% dos pacientes e
pode interferir nos testes de compatibilidade sanguínea).
Reações incomuns (>1/1000 a <1/100): candidíase (incluindo vaginite e candidíase na boca); leucopenia,
neutropenia e trombocitopenia; dor de cabeça e vertigem; náusea, vômito, dor abdominal e colite. Como ocorre
com outras cefalosporinas, a colite pode estar associada ao Clostridium difficile e apresentar-se como colite
pseudomembranosa (Ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES); prurido; febre; como ocorre com algumas
outras cefalosporinas, foram observadas elevações de ureia e de nitrogênio ureico e/ou creatinina no sangue.
Reações muito raras (<1/10.000): linfocitose, anemia hemolítica e agranulocitose; anafilaxia (incluindo
broncoespasmo e/ou hipotensão); parestesia; gosto ruim na boca; icterícia; angiodema, eritema multiforme,
Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
* Há relatos de sequelas neurológicas, incluindo tremor, mioclonia, convulsões, encefalopatia e coma em pacientes
com disfunção renal, nos quais as doses de ceftazidima não tenham sido apropriadamente reduzidas.
Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
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