Bula do Lanexat produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Lanexat®
(flumazenil)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Solução injetável
0,1mg/mL
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Lanexat
Roche
flumazenil
Antagonista de benzodiazepínicos
APRESENTAÇÃO
Solução injetável de 0,1 mg/mL. Caixa com 5 ampolas de 5 mL.
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 01 ANO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola de 5 mL contém:
Princípio ativo: flumazenil ........................................................................................ 0,5 mg
Excipientes: edetato dissódico, ácido acético glacial, cloreto de sódio, hidróxido de sódio e água para injeção.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Lanexat®
é indicado para promover a reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos centrais dos
benzodiazepínicos. É usado em anestesia e em unidades de terapia intensiva, nas seguintes indicações:
• Em anestesiologia
– Encerramento de anestesia geral induzida e mantida com benzodiazepínicos em pacientes hospitalizados;
– neutralização do efeito sedativo dos benzodiazepínicos usados em procedimentos diagnósticos e terapêuticos
de curta duração em pacientes hospitalizados e de ambulatório.
• Em terapia intensiva e manuseio de inconsciência de origem desconhecida
– Para diagnóstico e tratamento de superdose com benzodiazepínicos;
– para determinar, em casos de inconsciência de causa desconhecida, se o fármaco envolvido é um
benzodiazepínico;
– para neutralizar, especificamente, os efeitos exercidos sobre o sistema nervoso central causados por doses
excessivas de benzodiazepínicos (restabelecimento da respiração espontânea e da consciência a fim de evitar a
entubação e posterior extubação).
Flumazenil foi o primeiro antagonista dos benzodiazepínicos disponível para uso clínico, e ele reverte todos os
efeitos dos benzodiazepínicos sem afetar sua biodisponibilidade. No contexto clínico, flumazenil é usado para
antagonizar os seguintes efeitos dos benzodiazepínicos, em ordem decrescente de ocupação de receptores:
anestesia, hipnose e relaxamento muscular (60% – 90% de ocupação), sedação intensa, amnésia, redução de
atenção e sedação leve (50% de ocupação), anticonvulsivante e ansiolítico (20% – 25% de ocupação).1
Além
disso, flumazenil reverte os efeitos fisiológicos adversos potencialmente perigosos dos benzodiazepínicos,
como a depressão respiratória e cardiovascular e a obstrução das vias aéreas. Em vários estudos clínicos,
benzodiazepínicos foram injetados e mantidos em concentrações plasmáticas constantes por infusão, e, em
seguida, flumazenil foi administrado por via intravenosa. Demonstrou-se que este reverte rapidamente os
efeitos depressores de midazolam, diazepam, lorazepam ou flunitrazepam.1, 2, 3, 4
Em um estudo duplo-cego
controlado com placebo, sobre a duração de ação de várias doses de flumazenil (0,2 mg, 0,6 mg, 1,0 mg e 3,0
mg) em voluntários, foi demonstrado que 3,0 mg de flumazenil produziram reversão da sedação com
midazolam (0,17 mg/kg/h) de maior duração que as demais doses testadas.1
Em outro estudo duplo-cego e
aberto, que incluía 110 pacientes inconscientes com suspeita de superdose de benzodiazepínicos de graus 2 a 4
3
na escala de coma de Matthew e Lawson, flumazenil foi utilizado com o objetivo de avaliar sua eficácia,
utilidade e segurança. Os primeiros 31 pacientes foram tratados de modo duplo-cego, utilizando-se flumazenil
(dose de até 1mg) ou solução salina, enquanto os pacientes restantes foram tratados de modo aberto, utilizando-
se flumazenil até a recuperação da consciência ou até atingir a dose máxima injetada de 2,5 mg. Dos 17
pacientes da fase duplo-cega, 14 despertaram após a média de 0,8 ± 0,3 (EP) mg versus 1 de 14 pacientes
tratados com placebo (p < 0,001). Setenta e cinco por cento dos pacientes, controlados e não controlados
considerados em conjunto, despertaram do coma (cujos escores de 3,1 ± 0,6 passaram para 0,4 ± 0,5 (p < 0,01))
após a injeção de 0,7 ± 0,3 mg de flumazenil. Esses pacientes apresentavam altas concentrações plasmáticas de
benzodiazepínicos. Vinte e cinco por cento (25%) dos pacientes não recuperaram a consciência e apresentavam
concentrações muito elevadas de outras substâncias não benzodiazepínicas. Sessenta e cinco por cento (65%)
dos pacientes que responderam ao tratamento que utilizava flumazenil e que tinham ingerido principalmente
benzodiazepínicos permaneceram despertos por 72 ± 37 min, após a injeção de flumazenil, e 40% voltaram a
entrar em coma após 18 ± 7 min. Várias outras substâncias depressoras do sistema nervoso central foram
detectadas no sangue, além dos benzodiazepínicos, 71% dos pacientes tinham ingerido antidepressivos
tricíclicos. Setenta e oito por cento (78%) dos pacientes que responderam ao tratamento que utilizava
flumazenil continuaram sendo tratados de forma eficaz e contínua durante ≤ 8 dias, 14 (25%) dos pacientes
entubados foram extubados com segurança, enquanto 12 pacientes que haviam apresentado insuficiência
respiratória aumentada recuperaram a função respiratória de modo satisfatório após a injeção de flumazenil. Os
autores concluíram que flumazenil se constitui em um meio diagnóstico válido para distinguir a intoxicação
pura por benzodiazepínico da intoxicação mista ou do coma não induzido por fármacos.2
Em pacientes internados em unidades de terapia intensiva, um estudo preliminar avaliou 7 pacientes (4 com
síndrome do desconforto respiratório agudo e 3 com doença pulmonar obstrutiva crônica) que haviam recebido
suporte ventilatório sob sedação que utilizava benzodiazepínicos durante 2 ̶ 21 dias. Flumazenil na dose total
de 5 mg foi administrado em bolus na dose de 1 mg, sendo o restante em infusão durante uma hora. Seis dos
sete pacientes despertaram dentro de 1 minuto; o paciente que não respondeu permaneceu inconsciente após
uma neurocirurgia. Nos pacientes que responderam, a respiração espontânea retornou dentro de 1 ̶ 7 minutos
após a injeção de flumazenil, e o suporte ventilatório foi substituído por um sistema de pressão positiva de vias
aéreas. Em outro estudo, flumazenil administrado a pacientes submetidos à infusão com midazolam, tanto em
grandes cirurgias quanto como parte de seus cuidados intensivos, permitiu a extubação endotraqueal, e todos os
pacientes permaneceram despertos, exceto um que voltou a apresentar sedação.2
Em uma revisão de 30 estudos
sobre superdose administrada intencionalmente pelos próprios pacientes, que envolvia 760 pacientes, nos quais
flumazenil foi utilizado como antagonista dos benzodiazepínicos, foram observados os seguintes resultados: 10
dos estudos foram duplos-cegos, e os 20 restantes foram abertos. O intervalo de doses de flumazenil usado
nesses estudos foi de 0,3 – 10 mg. Nos estudos duplos-cegos, 94% dos pacientes que receberam flumazenil
recuperaram a consciência em menos de 15 minutos, enquanto o despertar ocorreu em apenas 10% dos
pacientes que receberam placebo. Quando todos os estudos foram agrupados, 84% dos pacientes que não
haviam sofrido intoxicação mista despertaram depois de ter recebido flumazenil. Nesses estudos, a entubação
traqueal foi necessária em 78 pacientes, e a extubação foi possível em 20 deles. A entubação foi evitada em
outros 14 pacientes que despertaram quando flumazenil foi administrado.3
Assim, por sua eficácia, a introdução de flumazenil foi um importante avanço, pois aumentou a segurança da
sedação induzida por benzodiazepínicos, de modo que um dos seus usos mais comuns é o encerramento da
anestesia geral induzida e mantida com benzodiazepínicos e sedação em procedimentos diagnósticos e
terapêuticos de curta duração, juntamente com o uso no tratamento de superdose de benzodizepínicos e na
sedação de pacientes gravemente enfermos mantidos em unidades de terapia intensiva.
Referências bibliográficas
1. Whitwam JG, Amrein R. Pharmacology of flumazenil. Acta Anaesthesiol Scand. 1995; 39 (suppl 108): 3-
14.
2. Weinbroun A, Rudick V, Sorkine P, Nevo Y, Halpern P, Geller E, Niv D. Use of flumazenil in the
treatment of drug overdose: a double-blind and open clinical study. Critical Care Med 1996; 24 (2): 199-206.
3. Park GR, Navapurkar V, Ferenci P. The role of flumazenil in the critically ill. Acta Anaesthesiol Scand.
1995; 39 (suppl 108): 23-34.
4. Whitwam JG. Midazolam – flumazenil: an update. Minimally Invasive Therapy. 1995;4 (suppl 2): 31-38.
4
Farmacodinâmica
Lanexat®
, um derivado da imidazo-benzodiazepina, é um antagonista benzodiazepínico que bloqueia
especificamente, por inibição competitiva, os efeitos centrais das substâncias que agem via receptores
benzodiazepínicos. Em estudos em animais de laboratório, os efeitos de compostos que apresentam afinidade
para os receptores de benzodiazepínicos foram bloqueados. Em voluntários sadios, Lanexat®
administrado por
via intravenosa antagonizou a sedação, amnésia e alterações psicomotoras produzidas pelos agonistas
benzodiazepínicos.
não influenciou, em experimentação animal, os efeitos de substâncias que não apresentam afinidades
pelos receptores benzodiazepínicos, como barbitúricos, etanol, meprobamato, GABA-miméticos e agonistas de
receptores de adenosina. Entretanto, são bloqueados os efeitos de agonistas não benzodiazepínicos dos
receptores benzodiazepínicos, tais como as ciclopirrolonas (zopiclone, por exemplo) e as triazolopiridazinas.
Os efeitos hipnótico, sedativo e de inibição psicomotora dos benzodiazepínicos são rapidamente neutralizados
após administração intravenosa (1 ̶ 2 minutos) de Lanexat®
. Esses efeitos podem reaparecer em poucas horas,
dependendo da meia-vida das substâncias benzodiazepínicas utilizadas e da relação existente entre as doses
administradas de agonista e antagonista. Lanexat®
é bem tolerado mesmo em doses elevadas.
Estudos toxicológicos em animais demonstraram que Lanexat®
apresenta baixa toxicidade, sendo desprovido
de atividade mutagênica, teratogênica ou prejuízo à fertilidade.
pode apresentar fraca atividade agonista intrínseca, por exemplo, atividade anticonvulsivante.
Em animais tratados com elevadas doses de benzodiazepínicos durante várias semanas, Lanexat®
provocou
sintomas de abstinência. Efeito similar foi observado em humanos adultos.
Farmacocinética
A farmacocinética de Lanexat®
é dose dependente até 100 mg.
Distribuição
, base fraca lipofílica, apresenta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, da ordem de 50%. Cerca de
dois terços ligam-se à albumina. Flumazenil é extensivamente distribuído no espaço extravascular. A
concentração plasmática de flumazenil, durante a fase de distribuição, decresce com a meia-vida de 4 – 11
minutos. O volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 0,9 – 1,1 L/kg.
Metabolismo
Flumazenil é extensivamente metabolizado no fígado. O ácido carboxílico é seu principal metabólito no plasma
(forma livre) e na urina (forma livre e seu glucuronato). Esse metabólito não apresenta atividade agonista nem
antagonista de benzodiazepínicos nos testes farmacológicos.
Eliminação
é eliminado quase que completamente (99%) por via extrarrenal. Praticamente não ocorre excreção
de flumazenil inalterado na urina, sugerindo degradação completa do fármaco. A eliminação do fármaco
marcado por radioatividade é essencialmente completa dentro de 72 horas, com 90% – 95% da radioatividade
que aparece na urina e 5% – 10% nas fezes. A eliminação é rápida, como mostra sua baixa meia-vida de 40 –
80 minutos. O clearance plasmático total de flumazenil é 0,8 – 1,0 L/h/kg e pode ser atribuído quase
inteiramente ao clearance hepático.
O baixo índice de clearance renal sugere reabsorção eficaz do fármaco após filtração glomerular.
Administração de alimentos durante uma infusão intravenosa de Lanexat®
resultou em aumento de 50% do
clearance, principalmente devido ao incremento do fluxo sanguíneo hepático que acompanha a refeição.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Em indivíduos com função hepática prejudicada, a meia-vida de eliminação de Lanexat®
é maior (1,3 horas
em insuficiência moderada e 2,4 horas em pacientes com insuficiência grave), e o clearance sanguíneo total é
menor que em indivíduos sadios.
A farmacocinética do fármaco não é significativamente afetada nos idosos, por sexo, em pacientes em
hemodiálise ou insuficiência renal.
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A meia-vida de eliminação em crianças acima de 1 ano de vida é mais variável que em adultos, em média 40
minutos e, geralmente, variando entre 20 – 75 min. O clearance e volume de distribuição, normatizado por
peso corpóreo, são os mesmos que os de adultos.
Lanexat®
é contraindicado a pacientes com reconhecida hipersensibilidade a flumazenil ou a pacientes que
recebem benzodiazepínicos para controle de condições potencialmente fatais (por exemplo, controle de pressão
intracraniana ou controle do estado epiléptico).
Cuidados especiais são necessários quando Lanexat®
for usado em casos de intoxicações mistas, porque os
efeitos tóxicos (como convulsões ou arritmias cardíacas) desses fármacos associados na superdose
(especialmente antidepressivos cíclicos) podem surgir com a reversão dos efeitos do benzodiazepínico por
flumazenil.
O uso de Lanexat®
não é recomendado a pacientes epilépticos que estejam recebendo tratamento
benzodiazepínico por um período prolongado. Apesar de Lanexat®
exercer leve efeito anticonvulsivante
intrínseco, a supressão abrupta dos efeitos protetores de um agonista benzodiazepínico pode levar a quadros de
convulsão em pacientes epilépticos.
Os pacientes que recebem Lanexat®
para reversão dos efeitos de benzodiazepínicos devem ser monitorados
com relação à recorrência da sedação, depressão respiratória ou outro efeito residual do benzodiazepínico,
durante um período apropriado, dependendo da dose e da duração dos efeitos do benzodiazepínico empregado.
Uma vez que pacientes com insuficiência hepática de base podem apresentar efeitos tardios do
benzodiazepínico (conforme descrito acima), um período prolongado de observação pode ser necessário.
Quando Lanexat®
for usado com bloqueadores neuromusculares, ele não deve ser injetado até que os efeitos
destes últimos estejam completamente revertidos.
Atenção: Quando usado em anestesiologia ao final da cirurgia, Lanexat®
não deve ser administrado antes do
desaparecimento do efeito miorrelaxante periférico.
Lanexat®
deve ser usado com precaução em pacientes com traumatismo craniano que estejam utilizando
benzodiazepínicos, pois ele pode desencadear convulsões ou alterar o fluxo sanguíneo cerebral.
Injeções rápidas de Lanexat®
devem ser evitadas em pacientes expostos a altas doses e/ou por longos períodos
aos benzodiazepínicos, até uma semana antes do uso de Lanexat®
, pois podem ser desencadeados sintomas de
abstinência, incluindo agitação, ansiedade, labilidade emocional, leve confusão e distorções sensoriais (vide
item “Posologia e Modo de Usar”).
não é recomendado para o tratamento de dependência de benzodiazepínicos nem para o tratamento
da síndrome de abstinência de benzodiazepínicos.
deve ser usado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática ou doenças importantes do
fígado.
deve ser usado com cuidado para a reversão da sedação consciente em crianças menores que 1 ano,
para o tratamento de superdose em crianças, para a ressuscitação em recém-nascidos e para a reversão dos
efeitos sedativos dos benzodiazepínicos usados para indução de anestesia geral em crianças, uma vez que a
experiência com Lanexat®
para essa faixa etária é limitada.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
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Embora após administração intravenosa de Lanexat®
os pacientes tornem-se despertos e conscientes, eles
devem ser alertados para que não dirijam nem operem máquinas perigosas durante as primeiras 24 horas, pois
efeitos dos benzodiazepínicos podem reaparecer.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Embora estudos em animais tratados com altas doses de Lanexat®
não tenham revelado evidência de
mutagenicidade, teratogenicidade ou prejuízo da fertilidade, a segurança do uso de Lanexat®
durante a
gestação em humanos não foi estabelecida. Portanto, os benefícios do uso de Lanexat®
durante a gestação
devem ser considerados contra os possíveis riscos para o feto. Deve-se observar o princípio médico de não se
administrar medicamentos nos primeiros meses da gravidez, exceto quando absolutamente necessário. A
administração de Lanexat®
em situações de emergência não está contraindicada durante a lactação.
Lanexat®
bloqueia os efeitos centrais dos benzodiazepínicos por interação competitiva no receptor. Os efeitos
de agonistas não benzodiazepínicos, tais como o zopiclone, triazolopiridazinas e outros, são igualmente
bloqueados por Lanexat®
.
Não foram observadas interações com outros depressores do SNC.
A farmacocinética dos agonistas benzodiazepínicos permanece inalterada em presença de Lanexat®
e vice-
versa.
Não há interação farmacocinética entre Lanexat®
e etanol, midazolam ou diazepam.
Lanexat®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 60 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo com soluções de glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9%, manter entre 15 e 30 °C, por 24
horas.
Se Lanexat®
for aspirado para a seringa ou misturado com soluções de glicose a 5%, Ringer lactato ou de
cloreto de sódio a 0,9%, deve ser descartado após 24 horas. Para garantir a esterilidade ideal do produto,
deve ser mantido na respectiva ampola até o momento de ser utilizado.
A solução injetável contida nas ampolas de Lanexat®
é límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Lanexat®
deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa, por anestesiologista ou médico
experiente.
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pode ser administrado por infusão i.v. diluído em solução de glicose a 5%, Ringer lactato ou de
cloreto de sódio a 0,9%, concomitantemente com outros procedimentos de reanimação. Se Lanexat®
for
aspirado para a seringa ou misturado com qualquer uma das soluções acima citadas, deve ser descartado após
24 horas. Para garantir a esterilidade ideal do produto, Lanexat®
deve ser mantido na respectiva ampola até o
momento de ser utilizado.
A dose deve ser titulada até atingir o efeito desejado.
Posologia
Considerando que a duração da ação de alguns benzodiazepínicos pode exceder à de Lanexat®
, poderão ser
necessárias repetições da dose se a sedação ocorrer novamente depois que o paciente acordar.
Em anestesiologia
A dose inicial recomendada é de 0,2 mg, administrada por via i.v., em 15 segundos. Se o grau desejado de
consciência não for obtido em 60 segundos, uma segunda dose (0,1 mg) pode ser administrada. Doses
subsequentes (0,1 mg) podem ser repetidas em intervalos de 60 segundos, se necessário, até a dose total de 1
mg. A dose usual é de 0,3 ̶ 0,6 mg, mas a necessidade individual pode variar, dependendo da dose e duração
dos efeitos do benzodiazepínico administrado e das características do paciente.
A administração de Lanexat®
a pacientes tratados durante várias semanas com benzodiazepínicos deve ser
lenta, pois podem surgir sintomas de abstinência. Em casos de surgimento desses sintomas, deve-se administrar
diazepam ou midazolam por via intravenosa, lentamente, titulando-se a dosagem de acordo com a resposta do
paciente.
Em unidade de terapia intensiva ou abordagem de inconsciência de causa desconhecida
A dose inicial recomendada é de 0,3 mg i.v. Se o grau desejado de consciência não for obtido em 60 segundos,
doses subsequentes de Lanexat®
podem ser aplicadas até o paciente ficar desperto ou até atingir dose total de
2 mg. Se a sonolência retornar, Lanexat®
pode ser administrado sob a forma de injeção i.v. em bolus,
conforme descrito anteriormente, ou sob a forma de infusão de 0,1 ̶ 0,4 mg/hora. A velocidade de infusão
deve ser ajustada individualmente até o desejável nível de despertar.
Caso uma melhora significativa no estado de consciência e na função respiratória não seja obtida após doses
repetidas de Lanexat®
, deve-se pensar em uma etiologia não benzodiazepínica.
Em unidade de tratamento intensivo, não se observaram sintomas de abstinência quando Lanexat®
foi
administrado lentamente a pacientes tratados com elevadas doses de benzodiazepínicos durante várias semanas.
Se ocorrerem sintomas inesperados, deve-se titular cuidadosamente diazepam ou midazolam, de acordo com a
resposta do paciente.
Crianças > 1 ano de idade
Para reversão da sedação consciente induzida por benzodiazepínicos em crianças > 1 ano de idade, a dose
inicial recomendada é de 0,01 mg/kg (até 0,2 mg), com administração intravenosa em 15 segundos. Se o grau
de consciência desejado não for atingido após 45 segundos, nova dose de 0,01 mg/kg (até 0,2 mg) pode ser
administrada e repetida em intervalos de 60 segundos (até no máximo quatro vezes mais) ou até dose total
máxima de 0,05 mg/kg, ou 1 mg, aquela que for menor. A dose deve ser individualizada baseada na resposta do
paciente. Não existem dados disponíveis de segurança e eficácia para a administração repetida de Lanexat®
na ressedação
de crianças.
A meia-vida de eliminação em crianças acima de 1 ano de vida é mais variável que em adultos, em média 40
minutos e geralmente variando entre 20 ̶ 75 minutos. O clearance e volume de distribuição, normatizado por
peso corpóreo, são os mesmos que os de adultos. Entretanto, Lanexat®
deve ser usado com cuidado para a
reversão da sedação consciente em crianças menores que 1 ano, para o tratamento de superdose em crianças,
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para a ressuscitação em recém-nascidos e para a reversão dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos usados
para indução de anestesia geral em crianças.
Insuficiência hepatica
Uma vez que o flumazenil é essencialmente metabolizado pelo fígado, recomenda-se cuidado no ajuste da dose em
pacientes com insuficiência hepática (vide item “5. Advertências e precauções”).
Uso em idosos
A farmacocinética da droga não é significativamente afetada em idosos. Não há necessidade de ajuste das
doses nessa faixa etária.
Uso em pacientes com insuficiência hepática ou renal
Em indivíduos com função hepática prejudicada, a meia-vida de eliminação de Lanexat®
é maior, e o
clearance sanguíneo total é menor que em indivíduos sadios.
A farmacocinética da droga não é significativamente afetada em pacientes em hemodiálise ou insuficiência
renal.
Há experiência limitada de superdose aguda de Lanexat®
em humanos.
Não há um antídoto específico para superdosagem de Lanexat®
. O tratamento deve consistir de medidas gerais
de suporte, incluindo monitoramento dos sinais vitais e observação do estado clínico do paciente.
Mesmo quando administrado em doses superiores às recomendadas, não foram observados sintomas de
superdose.
As orientações para os sintomas de abstinência atribuídos ao agonista estão descritas no item “Posologia e
Modo de Usar”.
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Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS ̶ 1.0100.0148
Farm. Resp.: Tatiana Tsiomis Díaz – CRF nº 6942
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por Cenexi, Fontenay-Sous-Bois, França
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Assunto
N° do
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
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relacionadas
17/04/2014
Não
disponível.
MEDICAMEN
TO NOVO -
Inclusão
Inicial de
Texto de Bula
– RDC 60/12
17/04/2014 Não disponível.
MEDICAMENTO
NOVO - Inclusão
Inicial de Texto
de Bula – RDC
60/12
3. CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS
5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES
8. POSOLOGIA E MODO
DE USAR