Bula do Latanoprosta + Maleato de Timolol produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.01_12/2013
LATANOPROSTA + MALEATO DE
TIMOLOL
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Solução Oftálmica Estéril
50mcg/mL + 5mg/mL
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MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
latanoprosta + maleato de timolol
Medicamento genérico, Lei n° 9.787 de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução Oftálmica Estéril de 50mcg/mL + 5mg/mL: Embalagem contendo 1 frasco gotejador com 2,5mL.
USO OFTÁLMICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL (34 gotas) da solução oftálmica contém:
latanoprosta................................................................................................................................................................50mcg
maleato de timolol......................................................................................................................................................6,8mg*
*equivalente a 5mg de timolol
Excipientes: polissorbato 80, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio e
cloreto de benzalcônio.
O latanoprosta + maleato de timolol solução oftálmica é indicado para a redução da pressão intraocular (PIO) em
pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular, que apresentam resposta insuficiente à monoterapia
com agentes betabloqueadores tópicos redutores da pressão intraocular.
Estudos Clínicos
Em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular, que apresentem pressão intraocular maior ou igual
a 25mmHg, a associação de latanoprosta e maleato de timolol em dose fixa, utilizada uma vez ao dia promove maior
redução da pressão intraocular do que o uso de latanoprosta 0,0005% uma vez ao dia individualmente ou
concomitantemente com outros colírios contendo uma única medicação redutora da pressão dentro dos olhos. (1,2)
Referências Bibliográficas
1. DIESTELHORST M.; ALMEGARD B. Comparison of two fixed combinations of latanoprost and timolol in open-
angle glaucoma. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol, 236(8), p. 577-581, 1998.
2. FELDMAN RM. An evaluation of the fixed-combination of latanoprost and timolol for use in openangle glaucoma
and ocular hypertension. Expert Opin Pharmacother, 5, p. 909-21, 2004
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação:
Este medicamento contém duas substâncias ativas: latanoprosta e maleato de timolol. Esses dois componentes
diminuem a pressão intraocular (PIO) elevada por diferentes mecanismos de ação e o efeito combinado resulta em uma
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redução da PIO maior do que a proporcionada pelas duas substâncias administradas isoladamente, e semelhante quando
as duas drogas são usadas concomitantemente.
A latanoprosta:
A latanoprosta é uma análoga da prostaglandina F2α, uma agonista seletiva do receptor prostanoide FP, que reduz a
pressão intraocular aumentando a drenagem do humor aquoso, principalmente através da via uveoescleral e também da
malha trabecular.
Estudos clínicos mostraram que a latanoprosta não tem efeito significativo sobre a produção de humor aquoso, sobre a
barreira hemato-humoral aquosa ou sobre a circulação sanguínea intraocular. A latanoprosta não induziu
extravasamento de fluoresceína no segmento posterior de olhos humanos pseudofácicos durante o tratamento a curto
prazo.
Não foram observados quaisquer efeitos farmacológicos significativos sobre o sistema cardiovascular e respiratório com
doses clínicas de latanoprosta.
O maleato de timolol:
O maleato de timolol é um agente bloqueador do receptor beta-1 e beta-2 adrenérgicos (não seletivo) que não apresenta
significativa atividade simpatomimética intrínseca, depressora miocárdica direta ou atividade anestésica local
(estabilizadora de membrana).
Os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos reduzem o rendimento cardíaco em ambos os indivíduos saudáveis e
pacientes com doenças cardíacas. Em pacientes com insuficiência da função miocárdica, os bloqueadores dos receptores
beta-adrenérgicos podem inibir o efeito estimulatório do sistema nervoso simpático necessário para manter a função
cardíaca adequada.
Os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos nos brônquios e bronquíolos resultaram em aumento da resistência
das vias aéreas da atividade parassimpática sem contraposição. Este efeito nos pacientes com asma ou outras condições
broncoespásticas é potencialmente perigoso (vide item 4. Contraindicações e item 5. Advertências e Precauções – O
maleato de timolol).
A solução oftálmica de maleato de timolol, quando aplicada topicamente sobre o olho, tem a ação de reduzir a pressão
intraocular elevada e normal, se acompanhada ou não por glaucoma. Pressão intraocular elevada é o principal fator de
risco na patogênese de perda do campo visual do glaucomatoso. Quanto maior o nível de pressão intraocular, maior a
probabilidade de perda do campo visual do glaucomatoso e danos no nervo óptico.
O mecanismo preciso da ação hipotensiva ocular do maleato de timolol não está totalmente estabelecido até o momento.
Estudos de tonografia e fluorofotometria em homens sugerem que sua ação predominante pode estar relacionada à
redução da formação do humor aquoso. Contudo, em alguns estudos, um aumento leve no escoamento do humor aquoso
foi observado.
Efeitos Clínicos:
Em estudos de dose, a latanoprosta-maleato de timolol produziu uma redução significativa maior na média diurna de
PIO comparado a latanoprosta e maleato de timolol administrado uma vez ao dia como monoterapia.
Em dois estudos controlados, de 6 meses, duplo-mascarados, o efeito da redução da PIO da latanoprosta-maleato de
timolol foi comparado com monoterapia de latanoprosta e maleato de timolol em pacientes com PIO de pelo menos
25mmHg ou mais. Após 2 a 4 semanas de tratamento com maleato de timolol (diminuição média na PIO de 5mmHg, a
partir da inclusão do paciente no estudo), reduções adicionais na média diurna de PIO de 3,1; 2,0 e 0,6mmHg foram
observadas após 6 meses de tratamento com latanoprosta-maleato de timolol , latanoprosta e maleato de timolol (duas
vezes ao dia), respectivamente. O efeito da redução da PIO de latanoprosta-maleato de timolol foi mantido em um
período de extensão aberta de 6 meses, destes estudos.
O início da ação de latanoprosta-maleato de timolol ocorre dentro de 1 hora e o efeito máximo ocorre dentro de 6 a 8
horas. O efeito adequado da redução de PIO foi observado estar presente até 24 horas após dose depois de tratamentos
múltiplos.
Propriedades Farmacocinéticas
A latanoprosta-maleato de timolol:
Não foram observadas interações farmacocinéticas entre a latanoprosta e o timolol, embora houvesse uma tendência
para o aumento em aproximadamente 2 vezes das concentrações do ácido de latanoprosta no humor aquoso de 1 a 4
horas após a administração de latanoprosta-maleato de timolol quando comparado com a monoterapia.
Absorção: a latanoprosta é absorvida pela córnea onde o pró-fármaco do éster isopropílico é hidrolisado a forma ácida
e torna-se biologicamente ativo. Estudos em humanos indicam que a concentração máxima no humor aquoso é
alcançada cerca de 2 horas após administração tópica.
Distribuição: o volume de distribuição em humanos é 0,16 ± 0,02L/kg. O ácido de latanoprosta pode ser medido no
humor aquoso durante as primeiras quatro horas após administração tópica e no plasma somente durante a primeira
hora.
Metabolismo: a latanoprosta, um pró-fármaco do éster isopropílico, é hidrolisado por estearases presentes na córnea ao
ácido biologicamente ativo. O ácido ativo de latanoprosta alcança a circulação sistêmica e é principalmente
metabolizado pelo fígado para os metabólitos 1,2-dinor e 1,2,3,4-tetranor via β-oxidação dos ácidos graxos.
Excreção: a eliminação do ácido de latanoprosta do plasma humano é rápida (t1/2 = 17 min) após administração
intravenosa e tópica. O clearance sistêmico é de aproximadamente 7mL/min/kg. Após β-oxidação hepática, os
metabólitos são eliminados principalmente por via renal. Aproximadamente 88% e 98% da dose administrada é
recuperada na urina após administração tópica e intravenosa, respectivamente.
O maleato de timolol
A concentração máxima do maleato de timolol no humor aquoso é alcançada em cerca de 1 hora após a administração
tópica do colírio. Uma parte dessa dose é absorvida sistemicamente e se obtém uma concentração plasmática máxima
de 1ng/mL em 10-20 minutos após a aplicação de uma gota do colírio em cada olho, uma vez ao dia (300mcg/dia). A
meia-vida do maleato de timolol no plasma é de cerca de 6 horas. O maleato de timolol é extensivamente metabolizado
no fígado. Os metabólitos são excretados na urina juntamente com o maleato de timolol inalterado.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
O perfil de segurança sistêmico e ocular dos componentes individuais é bem estabelecido. Não foi observado efeito
adverso sistêmico ou ocular em coelhos tratados topicamente com a combinação fixa ou com a administração
concomitante de soluções oftálmicas de latanoprosta e timolol. Os estudos farmacológicos de segurança, de
genotoxicidade e de carcinogenicidade de cada substância não demonstraram risco especial para os humanos. A
latanoprosta não afetou a cicatrização da ferida corneal do olho do coelho, enquanto que o timolol inibiu o processo do
olho do coelho e do macaco quando administrado com frequência maior que uma vez ao dia.
Efeitos Sistêmicos/Oculares:
A toxicidade ocular assim como a sistêmica de latanoprosta foi investigada em várias espécies animais.
Geralmente, a latanoprosta é bem tolerada com uma margem de segurança entre a dose clínica oftálmica e a toxicidade
sistêmica de no mínimo 1.000 vezes. Altas doses de latanoprosta, aproximadamente 100 vezes a dose clínica/kg de peso
corporal, administrada intravenosamente a macacos não anestesiados aumentaram a frequência respiratória, refletindo
provavelmente uma broncoconstrição de curta duração. Nos macacos, a latanoprosta foi infundida intravenosamente em
doses de até 500mcg/kg sem maiores efeitos sobre o sistema cardiovascular. Em estudos animais, a latanoprosta não
demonstrou propriedades sensibilizantes.
Não foram detectados efeitos tóxicos nos olhos com doses de até 100mcg/olho/dia em coelhos ou macacos (a dose
clínica é de aproximadamente 1,5mcg/olho/dia). A latanoprosta não produziu efeitos, ou os produziu de modo
desprezível, sobre a circulação sanguínea intraocular quando utilizada com doses clínicas e estudada em macacos.
Em estudos de toxicidade ocular crônica, a administração de latanoprosta na dose de 6mcg/olho/dia também mostrou
induzir aumento de fissura palpebral. Este efeito é reversível e ocorre nas doses acima do nível de dose clínica. O efeito
não foi observado em humanos.
Carcinogenicidade:
Estudos de carcinogenicidade em camundongos e ratos foram negativos.
Mutagenicidade:
A latanoprosta foi negativa em testes de mutação reversa em bactérias, mutação genética em linfoma de camundongo e
testes de micronúcleo de camundongo. Foram observadas aberrações cromossômicas in vitro com linfócitos humanos.
Foram observados efeitos similares com prostaglandinas F2α, uma prostaglandina que ocorre naturalmente e indica que
este é um efeito de classe.
Estudos adicionais de mutagenicidade sobre a síntese de DNA não esquematizada in vitro/in vivo em ratos foram
negativos e indicam que a latanoprosta não tem potencial mutagênico.
Alterações na fertilidade:
Não foi observado qualquer efeito sobre a fertilidade de machos e fêmeas em estudos com animais. No estudo de
embriotoxicidade em ratos, não foi observado embriotoxicidade em doses intravenosas (5, 50 e 250mcg/kg/dia) de
latanoprosta. Contudo, a latanoprosta induziu efeitos letais em embriões de coelhos em doses iguais ou superiores a
5mcg/kg/dia. Foi observado que a latanoprosta pode causar toxicidade embrio-fetal em coelhos caracterizada pelo
aumento de incidências de aborto, reabsorção tardia e peso fetal reduzido quando administrado em doses intravenosas
de aproximadamente 100 vezes a dose humana.
Teratogenicidade:
Não foi detectado potencial teratogênico.
Em um estudo de dois anos de maleato de timolol administrado oralmente a ratos, houve um aumento estatisticamente
significativo na incidência de feocromocitomas adrenais em ratos machos recebendo 300mg/kg/dia (aproximadamente
42.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica humana máxima recomendada). Diferenças similares não
foram observadas em ratos recebendo doses orais equivalentes a aproximadamente 14.000 vezes a dose oftálmica
humana máxima recomendada.
Em um estudo oral com camundongos vivos, houve um aumento estatisticamente significativo na incidência de tumores
pulmonares malignos e benignos, pólipos uterinos benignos e adenocarcinomas mamários em camundongos fêmeas na
dose de 500mg/kg/dia (aproximadamente 71.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica humana máxima
recomendada), mas não nas doses de 5 ou 50mg/kg/dia (aproximadamente 700 ou 7.000 vezes a exposição sistêmica
após a dose oftálmica humana máxima recomendada). Em um estudo subsequente com camundongos fêmeas, cujos
exames pós-morte foram limitados ao útero e pulmões, um aumento estatisticamente significativo na incidência de
tumores pulmonares foi novamente observado com doses de 500mg/kg/dia.
O aumento da ocorrência de adenocarcinomas mamários foi associado com elevações de prolactina sérica que
ocorreram em camundongos fêmeas administrados com doses de 500mg/kg/dia de maleato de timolol oral, mas não nas
doses de 5 ou 50mg/kg/dia. Um aumento na incidência de adenocarcinomas mamários em roedores foi associado com a
administração de vários outros agentes terapêuticos que elevam a prolactina sérica, mas não foi estabelecida correlação
entre níveis de prolactina sérica e tumores mamários em humanos.
O maleato de timolol foi desprovido de potencial mutagênico quando testado in vivo (camundongo) no teste de
micronúcleos e ensaios citogenéticos (doses de até 800mg/kg) e in vitro em ensaios de transformação de células
neoplásicas (até 100mcg/mL). Nos testes de Ames, as concentrações mais altas de maleato de timolol empregados,
5.000 ou 10.000mcg/placa, foram associadas a elevações estatisticamente significativas de revertentes observados com
cepas de testes TA100 (em sete ensaios replicados), mas não nas três cepas remanescentes. No ensaio com a cepa de
teste TA100, não foi observada uma relação de resposta consistente com a dose e a taxa de testes para controlar os
revertentes não alcançou a taxa 2. A taxa igual a 2 é geralmente considerada o critério para um teste de Ames positivo.
Estudos de reprodução e fertilidade em ratos não demonstraram efeitos adversos na fertilidade de machos ou fêmeas nas
doses de até 21.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica humana máxima recomendada.
Estudos de teratogenicidade com maleato de timolol em camundongos, ratos e coelhos com doses orais de até
50mg/kg/dia (7.000 vezes a exposição sistêmica que se segue após a dose oftálmica humana máxima recomendada) não
demonstraram evidências de malformações fetais. Embora a ossificação fetal tardia tenha sido observada com essa dose
em ratos, não houve efeitos adversos no desenvolvimento pós-natal da prole. Doses de 1.000mg/kg/dia (142.000 vezes
a exposição sistêmica que se segue após a dose oftálmica humana máxima recomendada) foram doses maternas
tóxicas em camundongos e resultou em um aumento do número de reabsorção fetal. Foi observado também
aumento da reabsorção fetal em coelhos nas doses de 14.000 vezes a exposição sistêmica em relação a dose oftálmica
humana máxima recomendada, neste caso, sem toxicidade materna aparente.
O latanoprosta + maleato de timolol é contraindicado a pacientes com:
• distúrbio da reatividade da via aérea, incluindo asma brônquica ou histórico de asma brônquica e doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave;
• bradicardia sinusal, síndrome do nó sinusal, bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular de segundo ou
terceiro grau não controlado por marcapasso, insuficiência cardíaca sintomática, choque cardiogênico;
• pacientes com hipersensibilidade conhecida a latanoprosta, maleato de timolol ou a qualquer componente da
fórmula.
Gerais
O latanoprosta + maleato de timolol contém cloreto de benzalcônio, que pode ser absorvido pelas lentes de contato
(vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
A latanoprosta
A latanoprosta pode gradualmente aumentar o pigmento castanho da íris. A alteração da cor do olho é devido ao
conteúdo aumentado de melanina no melanócito estromal da íris, ao invés do aumento do número de melanócitos.
Tipicamente, a pigmentação castanha ao redor da pupila se difunde concentricamente em direção à periferia da íris e
toda a íris, ou parte dela, pode ficar mais acastanhada. A alteração na cor da íris é leve na maioria dos casos e pode não
ser clinicamente detectada. O aumento na pigmentação da íris em um ou ambos os olhos foi documentado
predominantemente em paciente que tem íris de cores mistas que contenham a cor castanha como base. Nevos e
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lentigens da íris não foram afetados pelo tratamento. Não se observou acúmulo de pigmento na malha trabecular ou em
outras partes da câmara anterior em estudos clínicos.
Em um estudo clínico destinado a avaliar a pigmentação da íris por mais de cinco anos, não houve evidências de
consequências adversas devido ao aumento de pigmentação, mesmo quando a administração da latanoprosta continuou.
Esses resultados são consistentes com experiência clínica pós-comercialização desde 1996. Além disso, redução da PIO
foi similar em pacientes independente do aumento da pigmentação da íris. Portanto, o tratamento com latanoprosta pode
continuar em pacientes que desenvolveram aumento da pigmentação da íris.
Esses pacientes devem ser examinados regularmente e, dependendo da situação clínica, o tratamento pode ser
interrompido.
O início do aumento da pigmentação da íris ocorre tipicamente dentro do primeiro ano de tratamento, raramente durante
o segundo ou terceiro ano e não foi observado após o quarto ano de tratamento. A taxa de progressão da pigmentação da
íris diminui com o tempo e é estável por cinco anos. Os efeitos do aumento da pigmentação além dos cinco anos não
foram avaliados. Durante os estudos clínicos, aumento no pigmento castanho da íris não foi observado após
descontinuação do tratamento, mas a alteração da cor resultante pode ser permanente.
O escurecimento da pele da pálpebra, que pode ser reversível, foi relatado com o uso de latanoprosta.
A latanoprosta pode gradualmente alterar os cílios e a lanugem da pálpebra no olho tratado; essas alterações incluem
aumento do comprimento, grossura, pigmentação e número de cílios ou lanugem e crescimento irregular dos cílios.
Alterações dos cílios são reversíveis após a descontinuação do tratamento.
O potencial para heterocromia existe para pacientes recebendo tratamento unilateral.
Durante o tratamento com latanoprosta foi relatada a ocorrência de edema macular, incluindo edema macular cistoide.
Esses relatos ocorreram, principalmente em pacientes afácicos, pseudofácicos com ruptura da cápsula posterior do
cristalino, ou em pacientes com fatores de risco conhecidos para edema macular. A latanoprosta deve ser utilizada com
cautela nesses pacientes.
Não há experiência documentada com latanoprosta-timolol em glaucoma inflamatório, neovascular, crônico de ângulo
fechado, glaucoma de ângulo aberto de pacientes pseudofácicos e em glaucoma pigmentar. Portanto, recomenda-se que
o latanoprosta + maleato de timolol seja utilizado com cuidado nessas condições até que se disponha de maiores
dados nesse aspecto.
A latanoprosta deve ser utilizada com cuidado em pacientes com histórico de ceratite herpética e deve ser evitada em
casos de ceratite em atividade causada pelo vírus da herpes simples e em pacientes com histórico de ceratite herpética
recorrente especificamente associada com análogos da prostaglandina.
O maleato de timolol
As mesmas reações adversas observadas com a administração sistêmica de agentes bloqueadores beta-adrenérgicos
podem ocorrer com a administração tópica. Pacientes com histórico de distúrbios cardíacos graves devem ser
cuidadosamente monitorados para sinais de insuficiência cardíaca. As seguintes reações cardíacas e respiratórias podem
ocorrer após aplicação tópica de maleato de timolol:
• agravamento da angina de Prinzmetal
• agravamento de distúrbios circulatórios periférico e central
• hipotensão
• insuficiência cardíaca resultando em morte
• reações respiratórias graves, incluindo broncoespasmo fatal em pacientes com asma
• bradicardia
Devido ao seu efeito negativo sobre o tempo de condução, betabloqueadores deveriam apenas ser administrados com
cautela a pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.
Pacientes com distúrbios ou doenças circulatórias periféricas graves (ex.:, formas graves da doença de Raynaud ou
síndrome de Raynaud) devem ser tratados com cautela.
O maleato de timolol deve ser utilizado com precaução em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
leve ou moderada e somente se o benefício potencial superar o risco potencial.
Uma retirada gradual dos agentes bloqueadores beta-adrenérgicos antes da cirurgia principal deve ser considerada.
Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos prejudicam a capacidade do coração de responder a estímulos reflexos
mediados beta-adrenergicamente, que podem aumentar o risco da anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Foram
relatadas hipotensão grave prolongada durante a anestesia e dificuldade de reiniciar e manter a pulsação. Durante a
cirurgia, os efeitos dos agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem ser revertidos por doses adequadas de agonistas
adrenérgicos.
Preparações oftalmológicas betabloqueadoras podem bloquear efeitos sistêmicos beta-agonistas, por exemplo de
adrenalina. O anestesista deveria ser informado quando o paciente está recebendo timolol.
Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem aumentar os efeitos hipoglicêmicos de agentes usados para tratar o
diabetes e podem mascarar sinais e sintomas de hipoglicemia. Eles devem ser usados com cautela em pacientes com
hipoglicemia espontânea ou diabetes (especialmente naqueles com diabetes lábil) que estão recebendo insulina ou
agentes hipoglicêmicos orais.
Tratamento com agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem mascarar certos sinais e sintomas de hipertiroidismo.
Retirada brusca do tratamento pode precipitar uma piora da condição.
Pacientes tratados com agentes bloqueadores beta-adrenérgicos com histórico de atopia ou reações anafiláticas graves a
uma variedade de alérgenos podem ser mais reativos quando em contato com os mesmos repetidamente.
Esses pacientes podem não responder a doses usuais de adrenalina utilizadas para tratar reações anafiláticas.
Foi raramente relatado aumento de fraqueza muscular em alguns pacientes com miastenia grave ou sintomas de
miastenia com maleato de timolol (ex.: diplopia, ptose, fraqueza generalizada).
Foi relatado descolamento de coroide após procedimentos de filtração com a administração de agentes hipotensivos
oculares.
Betabloqueadores oftálmicos podem induzir secura nos olhos. Pacientes com doenças da córnea deveriam ser tratados
com cautela.
Uso em Crianças e Adolescentes
A segurança e a eficácia do latanoprosta + maleato de timolol em crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Fertilidade
Não foi observado qualquer efeito sobre a fertilidade de machos ou fêmeas em estudos animais. Estudos de reprodução
e fertilidade de maleato de timolol em ratos não demonstraram efeitos adversos sobre a fertilidade de machos ou fêmeas
em doses de até 21.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica humana máxima recomendada (vide “Dados
de Segurança Pré-Clínicos – Alterações na fertilidade”).
Uso durante a Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. O latanoprosta + maleato de timolol deve ser
usado durante a gravidez somente se o benefício previsto justificar o risco potencial para o feto (vide item 3.
Características Farmacológicas – Dados de Segurança Pré-Clínicos – A latanoprosta e O maleato de timolol”).
O latanoprosta + maleato de timolol é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Uso durante a Lactação
A latanoprosta e seus metabólitos podem passar para o leite materno. O maleato de timolol foi detectado no leite
humano após administração oral e oftálmica do fármaco. Por causa do potencial para reações adversas graves em
lactentes, uma decisão deve ser tomada em relação a descontinuar a amamentação ou descontinuar o tratamento com o
fármaco, levando em consideração a importância do fármaco para a mãe.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
A instilação de latanoprosta + maleato de timolol pode embaçar transitoriamente a visão. Até que isto seja resolvido,
o paciente não deve dirigir ou operar máquinas.
Estudos específicos de interação medicamentosa não foram realizados com o latanoprosta + maleato de timolol.
O efeito sobre a pressão intraocular ou os efeitos conhecidos dos betabloqueadores sistêmicos podem ser
potencializados quando o latanoprosta + maleato de timolol é administrado a pacientes que já estão recebendo um
agente bloqueador beta-adrenérgico oral e o uso de dois ou mais agentes bloqueadores beta-adrenérgicos tópicos não é
recomendado.
Houve relatos de elevações paradoxais na PIO após administrações oftálmicas concomitantes de duas prostaglandinas
análogas. Portanto, o uso de duas ou mais prostaglandinas, análogas ou derivadas não é recomendado.
Relatou-se ocasionalmente midríase quando se administrou timolol e adrenalina.
Há um potencial para efeitos aditivos que resultam em hipotensão sistêmica e/ou bradicardia marcada quando maleato
de timolol é administrado concomitantemente a:
• bloqueadores do canal de cálcio
• fármacos depletores de catecolaminas ou agentes bloqueadores beta-adrenérgicos
• antiarrítmicos (incluindo amiodarona)
• glicosídeos digitálicos
• parassimpatomiméticos
• narcóticos
• inibidores da monoaminoxidase
• guanetidina
Efeitos betabloqueadores sistêmicos potencializados (ex.: diminuição frequência cardíaca, depressão) foram reportados
durante tratamento combinado com inibidores da CYP2D6 (ex.: quinidina, fluoxetina, paroxetina) e timolol.
A ação hipertensiva devido à interrupção repentina do tratamento com clonidina pode ser potencializada quando se está
usando um betabloqueador.
Os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem aumentar o efeito hipoglicemiante de agentes antidiabéticos (vide
item 5. Advertências e Precauções – O maleato de timolol).
O latanoprosta + maleato de timolol deve ser mantido sob refrigeração (2ºC a 8ºC) e protegido da luz.
Após a abertura do frasco, o produto pode ser conservado em temperatura ambiente (até 25ºC) por até 10 semanas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
O latanoprosta + maleato de timolol apresenta-se na forma de solução límpida, incolor e isenta de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
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Cada 1mL da solução oftálmica do latanoprosta + maleato de timolol corresponde a aproximadamente 34 gotas.
Dose recomendada para adultos (incluindo idosos)
A dose recomendada é uma gota de latanoprosta + maleato de timolol no(s) olho(s) afetado(s), uma vez ao dia.
Não se deve exceder a dose de uma gota de latanoprosta + maleato de timolol no olho afetado por dia uma vez
que foi demonstrado que administrações mais frequentes de latanoprosta diminuem os efeitos da redução da
pressão intraocular.
Se uma dose for esquecida, o tratamento deve continuar com a próxima dose programada.
Se mais de um medicamento oftálmico tópico é utilizado, eles devem ser administrados com um intervalo de pelo
menos 5 minutos.
As lentes de contato devem ser removidas antes da instilação da solução oftálmica e podem ser recolocados após 15
minutos (vide item 5. Advertências e Precauções – Geral).
Ao utilizar oclusão nasolacrimal ou fechar as pálpebras por 2 minutos, a absorção sistêmica é reduzida.
Isto pode ocasionar em uma redução de efeitos adversos sistêmicos e um aumento na atividade local.
Uso em crianças
A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.
Dose Atrasada ou Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar o latanoprosta + maleato de timolol no horário estabelecido, deve fazê-lo
assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a
próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento
da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
O latanoprosta + maleato de timolol
Estudos clínicos:
Eventos adversos observados em ≥ 1% dos pacientes tratados com o latanoprosta + maleato de timolol em 3 estudos
clínicos, fase 3, controlados (6 meses, 6 meses e 12 meses, respectivamente) foram:
Ocular:
Olhos: visão anormal, blefarite, catarata, distúrbios da conjuntiva, conjuntivite, distúrbios da córnea, defeitos na
refração, hiperemia do olho, irritação do olho, dor no olho, aumento da pigmentação da íris, ceratite, fotofobia e defeito
no campo visual.
Sistêmico:
Infecções e infestações: infecção, sinusite e infecção do trato respiratório superior.
Metabolismo e nutrição: diabetes mellitus e hipercolesterolemia.
Psiquiátrico: depressão.
Sistema nervoso: dor de cabeça.
Vascular: hipertensão.
Pele e tecido subcutâneo: hipertricose, rash e distúrbios da pele.
Musculoesquelético e tecido conjuntivo: artrite.
Outros eventos adversos significativos que foram relatados com os componentes isolados de latanoprosta + maleato de
timolol estão listados a seguir (se não estiverem previamente listados sob o latanoprosta + maleato de timolol):
A latanoprosta
V.01_12/2013
Os seguintes eventos foram considerados relacionados ao fármaco:
Olhos: irritação ocular (sensação de queimação, areia, prurido, picada e corpo estranho), erosões epiteliais pontuais
transitórias e edema de pálpebra.
Pele e tecido subcutâneo: rash cutâneo.
Experiência pós-comercialização:
Os seguintes eventos adicionais foram relatados:
Sistema nervoso: tontura.
Olhos: edema e erosões da córnea; alterações nos cílios e lanugem da pálpebra (aumento do comprimento, espessura,
pigmentação e quantidade); irite/uveíte; edema macular, incluindo edema macular cistoide; cílios irregulares que podem
causar irritação ocular; visão embaçada, fotofobia, alterações periorbitais e na pálpebra que resultam em
aprofundamento do sulco da pálpebra (vide item 5. Advertências e Precauções – A latanoprosta).
Sistema respiratório: asma, agravamento da asma, ataque agudo da asma e dispneia.
Pele e tecido subcutâneo: escurecimento da pele da pálpebra e reação cutânea local na pálpebra.
Musculoesquelético e tecido conjuntivo: dor muscular/articulação.
Geral: dor torácica não específica.
Infecções e infestações: ceratites herpéticas (frequência desconhecida).
O maleato de timolol (administração oftálmica):
Sistema imunológico: sinais e sintomas de reações alérgicas sistêmicas incluindo anafilaxia, angioedema, urticária,
prurido e rash generalizado e localizado.
Metabolismo e nutrição: anorexia, sintomas mascarados de hipoglicemia em pacientes diabéticos (vide item 5.
Advertências e Precauções – O maleato de timolol).
Psiquiátrico: alterações de comportamento e distúrbios psíquicos incluindo confusão, alucinações, ansiedade,
desorientação, nervosismo e perda de memória; diminuição da libido; insônia; depressão e pesadelos.
Sistema nervoso: isquemia cerebral, acidente vascular cerebral, tontura, aumento dos sinais e sintomas de miastenia
grave (vide item 5. Advertências e Precauções – O maleato de timolol), parestesia, sonolência, dor de cabeça e síncope.
Olhos: edema macular cistoide; diminuição da sensibilidade da córnea; sinais e sintomas de irritação ocular (ex:
sensação de queimação, picada, prurido, lacrimejamento, vermelhidão), blefarite, ceratite, visão embaçada, olhos secos,
erosão da córnea, descolamento coroidal após cirurgia de filtração (vide item 5. Advertências e Precauções – O maleato
de timolol), ptose e distúrbios visuais incluindo alterações refrativas e diplopia.
Ouvido e labirinto: tinido.
Cardíaco: arritmia, bradicardia, bloqueio atrioventricular, insuficiência cardíaca congestiva, parada cardíaca,
insuficiência cardíaca, bloqueio cardíaco, palpitação e piora da angina pectoris (vide item 5. Advertências e Precauções
– O maleato de timolol).
Vascular: claudicação, mãos e pés frios, hipotensão e fenômeno de Raynaud.
Respiratório: broncoespasmo (predominantemente em pacientes com doença broncoespasmódica preexistente) (vide
item 5.Advertências e Precauções – O maleato de timolol), tosse, dispneia, congestão nasal, edema pulmonar e
insuficiência respiratória.
Gastrintestinal: diarreia, boca seca, disgeusia, dispneia, náusea, vômito, dor abdominal e fibrose retroperitoneal.
Pele e tecido subcutâneo: alopecia, pseudopenfigoide, rash cutâneo e rash psoriasiforme ou exacerbação da psoríase.
Musculoesquelético e tecido conjuntivo: lúpus eritematoso sistêmico e mialgia.
Sistema reprodutivo: diminuição da libido, impotência, disfunção sexual e doença de Peyronie.
Geral: astenia/fadiga, dor torácica e edema.
Casos de calcificação da córnea foram registrados muito raramente em associação com o uso de colírios contendo
fosfato em alguns pacientes com córneas significativamente danificadas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.