Bula do Levodopa+Cloridrato de Benserazida produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
levodopa + cloridrato de benserazida
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Comprimidos
200 mg + 50 mg
levodopa + cloridrato de benserazida _BU 01_VP 1
BULA PARA PACIENTE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
USO ORAL
USO ADULTO A PARTIR DE 25 ANOS
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
Comprimidos 200/ 50 mg: frasco com 30 comprimidos.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida contém:
levodopa................................................................200 mg
cloridrato de benserazida.......................................57 mg (equivalente a 50 mg de benserazida)
Excipientes: manitol, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, crospovidona,
povidona, dióxido de silício, docusato de sódio, estearato de magnésio e óxido de ferro vermelho.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro
a respeito de determinado item, por favor, informe ao seu médico.
Este medicamento é uma associação das substâncias levodopa e cloridrato de benserazida,
indicado para o tratamento de pacientes com doença de Parkinson.
Os sintomas da Doença de Parkinson são decorrentes da falta de dopamina no sistema nervoso
central (SNC). A dopamina é uma substância que ajuda a comunicação entre as células. O
tratamento da doença se baseia na reposição da dopamina, feita pela administração deste
medicamento, que é a associação de duas substâncias, a levodopa, um precursor da
dopamina, e o cloridrato de benserazida, uma enzima que tem como função não deixar a
levodopa ser transformada em dopamina antes de entrar no SNC, reduzindo os efeitos
colaterais da levodopa.
Assim, ao administrar levodopa + cloridrato de benserazida, administra-se um precursor da
dopamina que se transforma em dopamina no cérebro, melhorando os sintomas provocados
pela falta de dopamina, mecanismo esse responsável pela sintomatologia na doença de
Parkinson.
O tempo médio estimado para o início da ação terapêutica deste medicamento é de
aproximadamente 25 minutos, quando o medicamento for ingerido em jejum.
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à
levodopa, à benserazida ou a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento não deve ser associado a medicamentos antidepressivos da classe dos
inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos. Entretanto, inibidores seletivos da MAO-B,
como a selegilina e rasagilina, ou inibidores seletivos da MAO-A, como a moclobemida, não são
contraindicados. A combinação de inibidores da MAO -A e MAO- B é equivalente a IMAOs não-
seletivos e, portanto, não deve ser administrada concomitantemente com levodopa + cloridrato de
benserazida. Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com doenças não
controladas nas glândulas endócrinas (produtoras de hormônios), nos rins, no fígado e no
coração, assim como pacientes com glaucoma de ângulo fechado (aumento da pressão
intraocular) ou com história de doenças psiquiátricas com componente psicótico.
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Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na
ausência de método contraceptivo adequado. Se ocorrer gravidez durante o tratamento com
levodopa + cloridrato de benserazida, o uso do medicamento deve ser descontinuado, conforme
orientação de seu médico.
Mães em tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida não devem amamentar.
Este medicamento é contraindicado para menores de 25 anos de idade (o desenvolvimento
ósseo deve estar completo).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Não faça uso deste medicamento sem prescrição e acompanhamento médico. Pode ser que
levodopa + cloridrato de benserazida não seja indicado para seu caso, o que só seu médico poderá
avaliar. Pela mesma razão, não ceda nem recomende este medicamento para outras pessoas.
Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em indivíduos suscetíveis.
Antes de tomar este medicamento, informe ao seu médico: se apresentar glaucoma de
ângulo aberto (aumento da pressão intraocular, geralmente assintomático); caso tenha que
se submeter a uma cirurgia e necessite de anestesia geral.
O uso de levodopa + cloridrato de benserazida não deve ser interrompido abruptamente. A
interrupção abrupta pode produzir quadro semelhante à síndrome neuroléptica maligna, que
se caracteriza por febre muito alta (acima de 40°), instabilidade autonômica (flutuações
nas funções orgânicas controladas pelo sistema nervoso, tais como frequência cardíaca,
pressão arterial, produção de suor, etc.), rigidez muscular acentuada e distúrbios
psíquicos (como delirium), com possíveis alterações laboratoriais, incluindo
aumento de creatinofosfoquinase (CPK, enzima indicadora de dano muscular), e pode ser
fatal.
Seu médico o informará caso seja necessária a realização de algum teste laboratorial para
monitoramento.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
A levodopa tem sido associada com sonolência e episódios de sono de início repentino, que
muito raramente, ocorrem durante as atividades diárias, em alguns casos, sem sinal de aviso ou
percepção pelo paciente. Pacientes tratados com levodopa e que apresentam sonolência e/ou
episódios de sono de início repentino devem ser advertidos para evitar dirigir veículos ou
se comprometer em atividades nas quais a desatenção pode colocá-los ou outros em risco
de ferimento grave ou morte (ex. operar máquinas) até que esses episódios recorrentes e
sonolência sejam resolvidos.
Medicamentos dopaminérgicos (que interferem com a atividade do neurotransmissor
dopamina)
Vício em jogos de azar, libido aumentada e hipersexualidade têm sido relatados em pacientes
com doença de Parkinson tratados com agonistas da dopamina (medicamentos que agem
no receptor de dopamina no cérebro). Não há relação causal estabelecida entre este
medicamento, o qual não é um agonista da dopamina, e estes eventos. Entretanto, recomenda-
se precaução, pois levodopa + cloridrato de benserazida é um medicamento dopaminérgico.
Potencial para dependência da droga ou abuso
Um pequeno subgrupo de pacientes com doença de Parkinson apresentou distúrbio cognitivo
(caracterizado por exemplo pela perda de memória) e alterações de comportamento que
puderam ser diretamente atribuídos ao aumento da quantidade de ingestão da medicação
sem prescrição médica e ao aumento das doses requeridas para tratar suas inabilidades
motoras.
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Até o momento, não há informações de que a associação de levodopa e cloridrato de benserazida possa
causar doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.
Gravidez e lactação
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na
ausência de método contraceptivo adequado.
Como a passagem de benserazida para o leite materno é desconhecida, mães em tratamento
com este medicamento não devem amamentar, pois a ocorrência de alterações no
desenvolvimento ósseo da criança, não pode ser excluída.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes com insuficiência renal e hepática
Dados de farmacocinética da levodopa em pacientes com insuficiência renal ou hepática não estão
disponíveis.
O levodopa + cloridrato de benserazida é bem tolerado em pacientes urêmicos (com excesso de ureia
no sangue, devido a insuficiência renal) em esquema de hemodiálise.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
- Interações alimentares: observa-se redução do efeito, quando levodopa + cloridrato de
benserazida é ingerido com uma refeição rica em proteínas.
- Interações farmacocinéticas: antes de tomar levodopa + cloridrato de benserazida, informe ao
seu médico caso esteja tomando: o anticolinérgico triexifenidil (antiparkinsoniano), sulfato
ferroso, metoclopramida (usada no tratamento de distúrbios na motilidade gastrointestinal).
- Interações farmacodinâmicas: antes de tomar levodopa + cloridrato de benserazida, informe
ao seu médico caso esteja tomando: neurolépticos (substâncias utilizadas no tratamento de
sintomas positivos da psicoses, como alucinações e delírios), opioides (substâncias com ação
analgésica) e medicamentos anti-hipertensivos contendo reserpina, medicamentos
antidepressivos da classe dos inibidores não-seletivos da enzima MAO (IMAO), compostos
simpatomiméticos (que estimulam o sistema nervoso simpático, relacionado com ações
que permitem ao organismo responder a situações de estresse), como adrenalina,
noradrenalina, isoproterenol ou anfetamina, outros medicamentos antiparkinsonianos e caso
tenha que se submeter a cirurgia e necessite de anestesia geral com halotano.
A levodopa pode afetar os resultados de testes laboratoriais para catecolaminas (compostos
químicos como a adrenalina, noradrenalina e dopamina), creatinina (indicativo de função renal),
ácido úrico e glicose (açúcar).
O resultado para o teste de Coombs (usado no diagnóstico de doenças auto-imunes e doença
hemolítica do recém- nascido) pode dar falso-positivo nos pacientes em tratamento com levodopa
+ cloridrato de benserazida.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser
perigoso para a sua saúde.
MEDICAMENTO?
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida é rosa, circular, monossectado em cruz.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e
você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-
lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento deve ser administrado por via oral. Sempre que possível levodopa + cloridrato de
benserazida deve ser tomado no mínimo 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições. Efeitos
adversos gastrointestinais podem ocorrer principalmente nos estágios iniciais do tratamento, e
podem ser controlados, em grande parte, com a ingestão deste medicamento com um pequeno
lanche (por exemplo, biscoitos) ou líquido, ou com o aumento gradativo da dose.
Os comprimidos do levodopa + cloridrato de benserazida devem ser engolidos sem mastigar. Eles
podem ser partidos para facilitar a deglutição.
Posologia
Dose usual: o tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida deve ser iniciado gradualmente e
a dose deve ser aumentada gradativamente até otimização do efeito.
Tratamento inicial: nos estágios iniciais da doença de Parkinson, é recomendável iniciar o
tratamento com ¼ de comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida de 250 mg (62,5 mg),
três a quatro vezes ao dia.
A otimização do efeito em geral é obtida com uma dose diária de levodopa + cloridrato de benserazida,
correspondente a faixa de 300 - 800 mg de levodopa + 75 - 200 mg de benserazida, dividida em três
ou mais administrações. Podem ser necessárias quatro a seis semanas para se atingir o efeito ideal.
Tratamento de manutenção: a dose média de manutenção é de ½ comprimido de levodopa
+ cloridrato de benserazida de 250 mg (125 mg), três a seis vezes ao dia, ou seja, de 300 mg
a 600 mg de levodopa ao dia.
Instruções posológicas especiais: seu médico o instruirá sobre a necessidade de ajuste de dose
de levodopa + cloridrato de benserazida ou mesmo de outros medicamentos utilizados
concomitantemente.
Os pacientes devem ser cuidadosamente observados quanto a possíveis sintomas
psiquiátricos indesejáveis.
Uso em pacientes com insuficiência renal: no caso de insuficiência renal leve ou
moderada não é necessária a redução de dose.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as do ses e a duração
do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
MEDICAMENTO?
Se você esquecer de tomar uma dose deste medicamento, tome-a assim que se lembrar e retorne ao
esquema de tratamento habitual. Entretanto, se estiver quase no horário da próxima dose, pule a dose
que você esqueceu e tome a próxima dose no horário habitual. Não tome dose dobrada para compensar
a que você esqueceu.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-
dentista.
Este medicamento em geral é bem tolerado, mas eventualmente podem ocorrer efeitos
indesejados, tais como movimentos involuntários, episódios psicóticos, angina pectoris
(dor no peito de origem cardíaca), constipação, perda de peso e falta de ar.
- Pós-comercialização
Distúrbios nos sistemas sanguíneo e linfático: anemia hemolítica (hemoglobina insuficiente
para manter oxigenação das células, decorrente de destruição de glóbulos vermelhos), leucopenia
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transitória (redução de glóbulos brancos do sangue) e trombocitopenia (redução das plaquetas , que
são elementos do sangue importantes para a coagulação) têm sido relatados em casos raros.
Distúrbios nutricionais e do metabolismo: anorexia (diminuição ou perda do apetite)
foi relatada. Distúrbios psiquiátricos: depressão pode fazer parte do quadro clínico em
pacientes com doença de Parkinson e podem também ocorrer em pacientes tratados com
levodopa + cloridrato de benserazida. Agitação, ansiedade, insônia, alucinações, delírios e
desorientação temporal podem ocorrer particularmente em pacientes idosos e em pacientes com
antecedentes psiquiátricos. Distúrbios do sistema nervoso: casos isolados de ageusia ou
disgeusia (alterações do paladar) foram relatados. Em estágios tardios do tratamento, podem
ocorrer discinesias (movimentos involuntários coreiformes, distônicos ou atetóticos). Com
tratamento prolongado, podem ocorrer variações da resposta terapêutica, incluindo
episódios de acinesia (redução da mobilidade), episódios de congelamento da marcha,
deterioração de final da dose e efeito “liga-desliga” (fenômeno on-off). O uso de levodopa +
cloridrato de benserazida pode ocasionar sonolência e pode estar associado muito raramente a
sonolência excessiva durante o dia e episódios de sono de início repentino. Distúrbios
cardíacos: arritmias cardíacas (alteração do ritmo do batimento cardíaco) podem ocorrer
ocasionalmente. Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática (queda de pressão sanguinea ao
se levantar) pode ocorrer ocasionalmente. Distúrbios gastrointestinais: náusea, vômito e
diarreia foram relatados com levodopa e cloridrato de benserazida. Distúrbios do tecido
subcutâneo e da pele: reações alérgicas como coceira, erupção cutânea e rubor
(vermelhidão) podem ocorrer em casos raros. Investigações: aumento temporário de
transaminases e fosfatase alcalina (indicadores de acometimento do fígado) pode ocorrer.
Aumento de gama- glutamiltransferase (outro indicador de acometimento do fígado) e dos
níveis sanguíneos de ureia (indicador de acometimento dos rins) foram observados com o uso
da associação de levodopa e cloridrato de benserazida.
Pode ocorrer alteração da cor da urina, passando, em geral, a avermelhada, e tornando-se mais
escura, após um tempo em repouso.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de superdose são de natureza similar aos efeitos adversos de
levodopa + cloridrato de benserazida em doses terapêuticas, mas é provável que sejam
mais graves. Superdose pode levar a: efeitos adversos cardiovasculares (como arritmia
cardíaca - alteração da frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos), distúrbios
psiquiátricos (como confusão e insônia), efeitos gastrointestinais (como náusea e
vômitos) e movimentos involuntários anormais.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e
leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar
de mais orientações.