Bula do Levodopa+Cloridrato de Benserazida produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
levodopa + cloridrato de benserazida
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Comprimidos
200 mg + 50 mg
levodopa + cloridrato de benserazida _BU 01_VPS
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
USO ORAL
USO ADULTO A PARTIR DE 25 ANOS
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
Comprimidos 200/ 50 mg: frasco com 30 comprimidos.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida contém:
levodopa................................................................200 mg
cloridrato de benserazida.......................................57 mg (equivalente a 50 mg de benserazida)
Excipientes: manitol, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, crospovidona,
povidona, dióxido de silício, docusato de sódio, estearato de magnésio e óxido de ferro vermelho.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é uma associação das substâncias levodopa e cloridrato de benserazida,
indicado para o tratamento de pacientes com doença de Parkinson.
A levodopa é o tratamento estabelecido para todos os estágios da doença de Parkinson,
promovendo melhora significativa dos sintomas motores e da qualidade de vida dos pacientes.
Este medicamento é uma associação de duas substâncias (levodopa e benserazida), na proporção
de 4:1, uma relação que foi demonstrada ideal em ensaios clínicos e confirmada por experiências
subsequentes.
A associação de levodopa e cloridrato de benserazida foi introduzida em 1970 para compensar a
depleção da dopamina no estriado como observado na doença de Parkinson. Um número
considerável de estudos clínicos foi conduzido nesses anos para apenas confirmar e
estabelecer a combinação levodopa + cloridrato de benserazida como um tratamento de
referência da doença, embora um número de terapias adjuvantes tenha sido introduzido desde
então. Uma revisão recente de Cochrane coletou resultados de 29 estudos totalizando mais de
5.200 pacientes incluídos nos estudos com levodopa, sendo a maioria deles se referindo à
combinação levodopa + cloridrato de benserazida.
Nos últimos anos, Katzenschlager et al. conduziram um estudo clínico multicêntrico,
comparativo de 3 braços, aberto pragmático, no grupo de Pesquisa da Doença de Parkinson
no Reino Unido. Entre 1985 e
1990, 782 pacientes foram randomizados para levodopa/inibidor da descarboxilase, levodopa/
inibidor da descarboxilase mais selegilina, ou bromocriptina. O desfecho final foi
mortalidade, incapacidade e complicações motoras. A qualidade de vida relacionada à saúde e
função mental foram também avaliadas.
A duração média do acompanhamento na avaliação final foi 14 anos em 166 (21%) dos
pacientes sobreviventes que puderam ser contatados. Após ajustes para as características basais, as
pontuações de incapacidade foram melhores no grupo com levodopa que no grupo da
bromocriptina (Webster: 16,6 vs 19,8; p = 0,03; Northwestern University Disability: 34,3 vs 30,0,
p = 0,05). Função física (diferença 20,8; IC 95%
10,0, 31,6; p < 0,001) e pontuação física resumida (diferença 5,2; IC 95% 0,7, 9,7; p = 0,03) nos
36 itens da pesquisa de qualidade de vida em saúde, avaliada pelo formulário resumido, foi
também superior para levodopa. Diferenças nas taxas de mortalidade, prevalência de
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discinesias, flutuações motoras e demência não foram significativamente diferentes entre os
grupos.
Os autores concluíram que o tratamento inicial com o agonista dopaminérgico, bromocriptina,
não reduz a mortalidade ou a incapacidade motora e a redução inicial da frequência das
complicações motoras não foi sustentada ao longo do tempo. Eles não encontraram evidências de
benefício em longo prazo e de efeitos modificadores da doença clinicamente relevantes com o
tratamento inicial com agonista dopaminérgico e concluíram que a associação de levodopa à
benserazida permanece como o tratamento de primeira escolha para a Doença de Parkinson.
Referências bibliográficas
1. Agid Y. Levodopa: is toxicity a myth? Neurology 1999, 50:858-63.
2. Parkinson Study Group. JAMA 2000; 284:231
3. Gourdreau J., Ahlskog JE. Symptomatic Treatment of Parkinson´s Disease:Levodopa. Pág
713 -28.
In Parkinson´s Disease. Ebadi M e Pfeiffer RF eds., CRC Press, Estados Uni dos, 2005.
4. Fahn, Oakes, Shoulson et al and The Parkinson Study Group. Levodopa and the
progression of
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5. Stowe RL, Ives NJ, Clarke C et al. Dopamine agonist therapy in early Parkinson's disease.
Cochrane
Database Syst Rev. 2008; (2): CD006564
6. Katzenschlager R, Head J, Schrag A et al. Fourteen-year final report of the randomized
PDRG-UK
trial comparing three initial treatments in PD. Neurology. 2008; 71 (7): 474-80
Propriedades Farmacodinâmicas
A dopamina, que age como neurotransmissor no cérebro, não está presente em quantidades
suficientes nos
gânglios da base, em pacientes parkinsonianos. A levodopa ou L-dopa (3,4-diidroxi L-fenilalanina)
é um intermediário na biossíntese da dopamina. A levodopa (precursora da dopamina) é usada
como uma pró- droga para aumentar os níveis de dopamina, visto que ela pode atravessar a
barreira hematoencefálica, enquanto que a dopamina não consegue. Uma vez dentro do Sistema
Nervosos Central (SNC), a levodopa é
metabolizada em dopamina pela L-aminoácido aromático descarboxilase.
Após sua administração, a levodopa é rapidamente descarboxilada à dopamina, tanto
em tecidos extracerebrais como cerebrais. Deste modo, a maior parte da levodopa administrada
não fica disponível aos gânglios da base e a dopamina produzida perifericamente frequentemente
causa efeitos adversos. É, portanto, particularmente desejável inibir a descarboxilação extracerebral
da levodopa. Isso pode ser obtido com a administração simultânea de levodopa e benserazida, um
inibidor da descarboxilase periférica.
O tempo médio estimado para o início da ação terapêutica deste medicamento é de
aproximadamente 25 minutos, quando o medicamento for ingerido em jejum.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A levodopa é absorvida principalmente na região superior do intestino delgado e a absorção é
independente do local. Concentrações plasmáticas máximas são atingidas aproximadamente uma
hora após a ingestão deste medicamento.
A concentração plasmática máxima (Cmáx) e a extensão de absorção (área sob a curva)
da levodopa aumentam proporcionalmente com a dose (50 - 200 mg de levodopa).
A ingestão de alimentos reduz a velocidade e a extensão de absorção da levodopa. A
concentração
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plasmática máxima é 30% menor e demora mais para ser atingida, quando os comprimidos de
levodopa + cloridrato de benserazida são administrados após uma refeição padrão. A extensão de
absorção de levodopa é reduzida em 15%.
Distribuição
A levodopa atravessa a barreira hematoencefálica por um sistema de transporte saturável. Não
se liga às proteínas plasmáticas e seu volume de distribuição é de 57 litros. A área sob a curva de
levodopa no líquor é
12% da do plasma.
Ao contrário da levodopa, a benserazida em doses terapêuticas não atravessa a barreira
hematoencefálica e concentra-se principalmente em rins, pulmões, intestino delgado e fígado.
Biotransformação
A levodopa é biotransformada por duas vias metabólicas principais (descarboxilação e O -
metilação) e duas vias acessórias (transaminação e oxidação).
A descarboxilase de aminoácidos aromáticos converte a levodopa em dopamina. Os
principais produtos finais desta via são o ácido homovanílico e o ácido dihidroxifenilacético.
A catecol-O-metiltransferase metila a levodopa, transformando-a em 3-O-metildopa. Este
principal metabólito plasmático tem uma meia-vida de eliminação de 15 horas e se acumula em
pacientes que recebem doses terapêuticas ods comprimidos de levodopa + cloridrato de
benserazida.
A redução da descarboxilação periférica da levodopa, quando administrada em associação à
benserazida, se reflete em níveis plasmáticos mais elevados de levodopa e 3-O-metildopa
e níveis mais baixos de catecolaminas (dopamina e noradrenalina) e ácidos fenolcarboxílicos
(ácido homovanílico, ácido dihidroxifenilacético).
A benserazida é hidroxilada a trihidroxibenzilhidrazina na mucosa intestinal e no fígado. Este
metabólito é um potente inibidor da descarboxilase de aminoácidos aromáticos.
Eliminação
Na presença de levodopa-descarboxilase perifericamente inibida, a meia-vida de eliminação da
levodopa é de aproximadamente 1,5 horas. A meia-vida de eliminação é discretamente mais
longa (cerca de 25%) em pacientes idosos (65 a 78 anos de idade) com doença de
Parkinson (vide item “Farmacocinética em populações especiais”).
A depuração plasmática da levodopa é de cerca de 430 mL/min.
A benserazida é quase completamente eliminada por biotransformação. Os metabólitos são
principalmente excretados na urina (64%) e, em menor extensão nas fezes (24%).
Farmacocinética em populações especiais
Dados de farmacocinética em pacientes urêmicos e portadores de insuficiência hepática
não estão disponíveis.
Uso em casos de insuficiência renal
Este medicamento é extensamente metabolizado e menos que 10% da levodopa é excretado sem
alteração pelos rins. Dados de farmacocinética com levodopa em pacientes com insuficiência
renal não estão disponíveis. Este medicamento é bem tolerado por pacientes urêmicos em
esquema de hemodiálise.
Uso em casos de insuficiência hepática
A levodopa é metabolizada principalmente pela descarboxilase (aminoácido aromático) que está
presente em abundância no trato intestinal, nos rins, no coração e também no fígado.
Dados da farmacocinética da levodopa em pacientes com insuficiência hepática não estão disponíveis.
Efeito da idade na farmacocinética da levodopa
Em pacientes parkinsonianos idosos (65 - 78 anos de idade) tanto a meia-vida de eliminação
da levodopa como a área sob a curva (ASC) são aproximadamente 25% superiores do que as
observadas nos pacientes jovens (34 - 64 anos de idade).
O efeito da idade, embora estatisticamente significante, é clinicamente desprezível e é de menor
relevância para a programação das doses.
Estudos Pré-Clínicos
Carcinogenicidade
Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos com a associação de levodopa + cloridrato de
Mutagenicidade
Não foi observada mutagenicidade da associação de levodopa e cloridrato de benserazida pelo teste
de Ames. Não há dados adicionais disponíveis.
Fertilidade
Não foram realizados estudos do efeito da associação de levodopa + cloridrato de benserazida sobre a
fertilidade em animais.
Teratogenicidade
Nenhum efeito teratogênico foi demonstrado sobre o desenvolvimento do esqueleto em
camundongos (400 mg/kg), ratos (600 mg/kg e 250 mg/kg) e coelhos (120 mg/kg e 150 mg/kg).
Na aplicação de doses tóxicas maternas, observou-se o aumento de mortes intrauterinas nos
coelhos e a redução do peso fetal nos ratos.
Outros
Estudos toxicológicos gerais em ratos demonstraram a possibilidade de distúrbios no
desenvolvimento do esqueleto.
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à
levodopa, à benserazida ou a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-
seletivos. Entretanto, inibidores seletivos da MAO-B, como a selegilina e rasagilina, ou
inibidores seletivos da MAO -A, como a moclobemida, não são contraindicados. A combinação
de inibidores da MAO -A e MAO-B é equivalente a IMAOs não-seletivos e, portanto, não deve
ser administrada concomitantemente com levodopa + cloridrato de benserazida (vide item
“Interações medicamentosas”).
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com doenças não controladas nas
glândulas endócrinas, nos rins, no fígado e no coração, assim como pacientes com glaucoma
de ângulo fechado ou com história anterior de doenças psiquiátricas graves com componente
psicótico.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência
de método contraceptivo adequado (vide item “Gravidez e lactação”). Se ocorrer gravidez
durante o tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida, o uso do medicamento deve
ser descontinuado, conforme orientação de seu médico.
Mães em tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida não devem amamentar (vide
item “Gravidez e lactação”).
Este medicamento é contraindicado para menores de 25 anos de idade (o desenvolvimento
ósseo deve estar completo).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em indivíduos predispostos.
Em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, recomenda-se medir regularmente a pressão
intraocular, pois a levodopa teoricamente pode aumentar a pressão intraocular.
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Se o paciente em tratamento com levodopa necessitar de anestesia geral, a administração do
levodopa + cloridrato de benserazida deve ser continuada até a cirurgia, exceto no caso do
halotano (vide item “Interações medicamentosas”).
Este medicamento não deve ser interrompido abruptamente. A interrupção abrupta pode produzir
quadro semelhante à síndrome neuroléptica maligna, que se caracteriza por hiperpirexia,
instabilidade autonômica, rigidez muscular acentuada e distúrbios psíquicos (como delirium),
com possíveis alterações laboratoriais, incluindo aumento de creatinofosfoquinase (CPK), e pode
ser fatal. Caso ocorram tais sinais ou sintomas, o paciente deverá ser mantido em observação
médica, se necessário, hospitalizado, e receber tratamento sintomático rápido e adequado, que
pode incluir a reintrodução de levodopa, após avaliação apropriada.
O uso de levodopa tem sido associado com sonolência e episódios de sono de início repentino ,
que tem sido raramente relatados durante as atividades diárias, sem sinais de aviso ou percepção
pelo paciente (vide item “Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas”).
Testes laboratoriais
Recomenda-se controle hematológico e de função hepática durante o tratamento.
Em pacientes diabéticos, monitorar com regularidade a glicemia e fazer os ajustes necessários na dose
de hipoglicemiantes.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Pacientes tratados com levodopa e que apresentam sonolência e/ou episódios de sono de início
repentino devem ser advertidos para evitar dirigir veículos ou se engajar em atividades onde a
desatenção pode colocá- los ou outros em risco de ferimento grave ou morte (por exemplo,
operar máquinas) até que os episódios recorrentes e sonolência sejam resolvidos. Além disso,
uma redução da dosagem ou término da terapia deve ser considerada.
Medicamentos dopaminérgicos
Vício em jogos de azar, libido aumentada e hipersexualidade têm sido relatados em pacientes com
doença de Parkinson tratados com agonistas da dopamina. Não há relação causal estabelecida
entre levodopa + cloridrato de benserazida, o qual não é um agonista da dopamina, e estes
eventos. Entretanto, recomenda-se precaução, pois este medicamento é um dopaminérgico.
Potencial para dependência da droga ou abuso
Um pequeno subgrupo de pacientes com doença de Parkinson sofre de distúrbio cognitivo e
comportamental que pode ser diretamente atribuído ao aumento da ingestão da medicação
sem prescrição médica e ao aumento das doses requeridas para tratar os seus distúrbios motores.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência
de método contraceptivo adequado (vide item “Contraindicações”).
Como a passagem de benserazida para o leite materno é desconhecida, mães em tratamento com
levodopa + cloridrato de benserazida não devem amamentar, pois a ocorrência de má-
formações do sistema esquelético da criança, não pode ser excluída.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes com insuficiência renal e hepática
Vide item “Características Farmacológicas”.
A associação do anticolinérgico triexifenidil com comprimidos de levodopa + cloridrato de
benserazida reduz a taxa, mas não a extensão de absorção de levodopa.
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Sulfato ferroso reduz a concentração plasmática máxima e a área sob a curva de levodopa em 30
a 50%. As alterações farmacocinéticas observadas durante a coadministração de sulfato
ferroso parecem ser clinicamente significantes em alguns, mas não em todos os pacientes.
A metoclopramida aumenta a taxa de absorção de levodopa.
Não há interações farmacocinéticas entre a levodopa e os seguintes compostos: bromocriptina,
amantadina, selegilina e domperidona.
Interações farmacodinâmicas
Neurolépticos, opioides e medicamentos anti-hipertensivos contendo reserpina inibem a ação do
levodopa + cloridrato de benserazida.
Este medicamento não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos.
Se o levodopa + cloridrato de benserazida for administrado a pacientes em uso de IMAOs
não-seletivos irreversíveis, deve-se aguardar um intervalo mínimo de 2 semanas entre a
interrupção do IMAO e o início do tratamento com levodopa. Caso contrário,
podem ocorrer efeitos adversos como crise hipertensiva (vide item “Contraindicações”). IMAOs-
B seletivos, como a selegilina e rasagilina, e IMAOs-A seletivos, como a moclobemida, podem
ser prescritos a pacientes em tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida; recomenda-se
reajustar as doses de levodopa, conforme as necessidades individuais dos pacientes, em
termos de tolerabilidade e eficácia. A combinação de inibidores seletivos de MAO-A e MAO-B
é equivalente ao uso de IMAOs não-seletivos, e não deverá ser administrada juntamente ao
Este medicamento não deve ser administrado concomitantemente com simpatomiméticos (como
epinefrina, norepinefrina, isoproterenol ou anfetamina os quais estimulam o sistema nervoso
simpático), pois a levodopa pode potencializar seus efeitos. Se houver necessidade de
administração concomitante, é essencial monitoração rigorosa do sistema cardiovascular e pode
ser necessária redução da dose do simpatomimético.
A associação com outros produtos como anticolinérgicos, amantadina e agonistas
dopaminérgicos é permitida; entretanto, tanto os efeitos desejados como os efeitos adversos
podem ser intensificados. Pode ser necessária redução da dose de levodopa ou do outro
antiparkinsoniano.
Quando iniciado o tratamento adjuvante com inibidor da COMT, pode ser necessária redução
da dose de levodopa + cloridrato de benserazida. Anticolinérgicos não devem ser retirados
abruptamente quando se iniciar tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida, pois
o efeito da levodopa não é imediato.
A levodopa pode alterar os resultados de testes laboratoriais para catecolaminas, creatinina,
ácido úrico e glicose.
O resultado para o teste de Coombs pode dar falso-positivo nos pacientes em tratamento com
Em anestesia geral com halotano, deve-se descontinuar o uso de levodopa + cloridrato de
benserazida 12 a 48 horas antes da intervenção cirúrgica, pois variações da pressão arterial e/ou
arritmias podem ocorrer. O tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida pode ser
retomado após a cirurgia, com reintrodução gradual e elevação da dose até o nível posológico
anterior. Observa-se redução do efeito, quando levodopa + cloridrato de benserazida é ingerido
com uma refeição rica em proteínas.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que
respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses
a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida é rosa, circular, monossectado em cruz.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
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Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento deve ser administrado por via oral. Sempre que possível levodopa + cloridrato de
benserazida deve ser tomado no mínimo 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições.
Efeitos adversos gastrointestinais, que podem ocorrer principalmente nos estágios iniciais do
tratamento, podem ser controlados, em grande parte, com a ingestão de levodopa + cloridrato de
benserazida com um pequeno lanche (por exemplo, biscoitos) ou líquido, ou com o aumento
gradativo da dose.
Modo de administração
Os comprimidos de levodopa + cloridrato de benserazida 250 mg devem ser engolidos sem
mastigar. Eles podem ser partidos para facilitar a deglutição e o ajuste posológico.
Posologia
Dose usual
O tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida deve ser iniciado gradualmente; a dose deve ser
estabelecida individualmente e aumentada gradativamente até otimização do efeito. Portanto, as
recomendações posológicas a seguir devem ser consideradas como sugestões.
Tratamento inicial
Nos estágios iniciais da doença de Parkinson, é recomendável iniciar o tratamento com ¼ de
comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida de 250 mg (62,5 mg), três a quatro vezes ao dia.
Assim que se confirmar a tolerabilidade ao esquema inicial, a dose pode ser aumentada
lentamente, de acordo com a resposta do paciente.
A otimização do efeito em geral é obtida com uma dose diária de levodopa + cloridrato de benserazida
correspondente a faixa de 300 - 800 mg de levodopa + 75 - 200 mg de benserazida, dividida em três ou
mais administrações. Podem ser necessárias quatro a seis semanas para se atingir o efeito ideal. Se
forem necessários incrementos adicionais, estes devem ser realizados em intervalos mensais.
Tratamento de manutenção
A dose média de manutenção é de ½ comprimido de levodopa + cloridrato de benserazida de 250 mg
(125 mg), três a seis vezes ao dia, ou seja, de 300 mg a 600 mg de levodopa ao dia. O
número ideal de administrações (não inferior a três) e sua distribuição ao longo do dia devem
ser titulados para um efeito ideal.
Instruções posológicas especiais
As doses devem ser aumentadas com cuidado em todos os pacientes. Pacientes em uso de outros
agentes antiparkinsonianos podem receber levodopa + cloridrato de benserazida. Entretanto, com a
evolução do tratamento com levodopa + cloridrato de benserazida e os efeitos terapêuticos tornando-
se aparentes, pode ser necessário reduzir ou retirar gradualmente os outros medicamentos.
Os pacientes devem ser cuidadosamente observados quanto a possíveis sintomas psiquiátricos
indesejáveis.
Uso em pacientes com insuficiência renal
No caso de insuficiência renal leve ou moderada não é necessária a redução de dose.
Este medicamento em geral é bem tolerado, mas eventualmente podem ocorrer efeitos
indesejados, tais como movimentos involuntários, episódios psicóticos, angina pectoris,
constipação, perda de peso e falta de ar.
- Pós-comercialização
Distúrbios nos sistemas sanguíneo e linfático: anemia hemolítica, leucopenia transitória e
trombocitopenia têm sido relatados em casos raros. Portanto, como em todo tratamento de
longo prazo com levodopa, recomenda-se monitoração periódica hematológica e de função
hepática e renal.
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Distúrbios nutricionais e do metabolismo: anorexia foi relatada.
Distúrbios psiquiátricos: depressão pode fazer parte do quadro clínico em pacientes com
doença de Parkinson e podem também ocorrer em pacientes tratados com levodopa + cloridrato
de benserazida. Agitação, ansiedade, insônia, alucinações, delírios e desorientação temporal
podem ocorrer particularmente em pacientes idosos e em pacientes com antecedentes
psiquiátricos.
Distúrbios do sistema nervoso: casos isolados de ageusia ou disgeusia foram relatados. Em
estágios tardios do tratamento, podem ocorrer discinesia (movimentos involuntários coreiformes,
distônicos ou atetóticos). Esses, em geral, podem ser eliminados ou tornam-se suportáveis com a
redução da dose. Com tratamento prolongado, podem ocorrer variações da resposta terapêutica,
incluindo episódios de acinesia, episódios de congelamento da marcha, deterioração de final da
dose e efeito “liga-desliga”. Esses podem ser eliminados ou são suportáveis, com ajuste da dose
e administração de doses individuais menores mais frequentemente. Posteriormente, pode-se
tentar aumentar a dose novamente, para intensificar o efeito terapêutico.
O uso deste medicamento pode ocasionar sonolência e tem sido associado muito raramente a
sonolência excessiva durante o dia e episódios de sono de início repentino.
Distúrbios cardíacos: arritmias cardíacas podem ocorrer ocasionalmente.
Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática pode ocorrer ocasionalmente. Distúrbios
ortostáticos, em geral, melhoram com redução da dose de levodopa + cloridrato de benserazida.
Distúrbios gastrointestinais: náusea, vômito e diarreia foram relatados com o uso da associação
levodopa + cloridrato de benserazida. Efeitos adversos gastrointestinais podem ocorrer
predominantemente em estágios iniciais do tratamento, e são em grande parte controláveis
com a ingestão de levodopa + cloridrato de benserazida com alimentos ou líquidos, ou com aumento
gradual da dose.
Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele: reações alérgicas como prurido, rash e
hiperemia podem ocorrer em casos raros.
Investigações: aumento temporário de transaminases e fosfatase alcalina pode ocorrer. Aumento
de gama - glutamiltransferase foi reportado. Elevação dos níveis sanguíneos de ureia foi
observada com o uso de levodopa + cloridrato de benserazida.
Pode ocorrer alteração da cor da urina, passando, em geral, a avermelhada, e tornando-se mais
escura, após um tempo em repouso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
- NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de superdose são qualitativamente similares aos efeitos adversos de levodopa
+ cloridrato de benserazida em doses terapêuticas, mas é provável que sejam mais graves.
Superdose pode levar a: efeitos adversos cardiovasculares (por exemplo, arritmia cardíaca),
distúrbios psiquiátricos (por exemplo, confusão e insônia), efeitos gastrointestinais (por exemplo,
náusea e vômitos) e movimentos involuntários anormais.
Tratamento
Monitorar os sinais vitais do paciente e instituir medidas de suporte de acordo com o estado
clínico do paciente. Determinados pacientes podem necessitar de tratamento sintomático para
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efeitos cardiovasculares (por exemplo, antiarrítmicos) ou efeitos no sistema nervoso central (por
exemplo, estimulantes respiratórios e neurolépticos).
Além disso, para formulações de liberação controlada, uma maior absorção deve ser evitada
utilizando método adequado.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.