Bula do Levotiroxina Sódica produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
levotiroxina sódica
Merck S/A
Comprimidos
25, 50, 75, 88, 100, 112,
125, 150, 175 e 200 mcg
Medicamento genérico Lei nº 9.797, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos 25 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 50 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 75 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 88 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 100 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 112 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 125 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 150 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 175 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos 200 mcg - Embalagem contendo 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO e PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Levotiroxina sódica 25 mcg: cada comprimido contém 25 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 50 mcg: cada comprimido contém 50 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 75 mcg: cada comprimido contém 75 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 88 mcg: cada comprimido contém 88 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 100 mcg: cada comprimido contém 100 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 112 mcg: cada comprimido contém 112 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 125 mcg: cada comprimido contém 125 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 150 mcg: cada comprimido contém 150 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 175 mcg: cada comprimido contém 175 mcg de levotiroxina sódica.
Levotiroxina sódica 200 mcg: cada comprimido contém 200 mcg de levotiroxina sódica.
Excipientes: amido de milho, croscamelose sódica, estearato de magnésio, gelatina, lactose
monoidratada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado à:
− Terapia de reposição ou suplementação hormonal em pacientes com hipotireoidismo de
qualquer etiologia (exceto no hipotireoidismo transitório, durante a fase de recuperação de
tireoidite subaguda). Nesta categoria incluem-se: cretinismo, mixedema e hipotireoidismo
comum em pacientes de qualquer idade (crianças, adultos e idosos) ou fase (por exemplo,
gravidez); hipotireoidismo primário resultante de déficit funcional; atrofia primária da
tireoide; ablação total ou parcial da glândula tireoide, com ou sem bócio; hipotireoidismo
secundário (hipofisário) ou terciário (hipotalâmico).
− Supressão do TSH hipofisário no tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócios
eutireoidianos, inclusive nódulos tireoidianos, tireoidite linfocítica subaguda ou crônica
(tireoidite de Hashimoto) e carcinomas foliculares e papilares, tireotropino-dependentes
da tireoide.
− Ao diagnóstico nos testes de supressão, auxiliando no diagnóstico da suspeita de
hipertireoidismo leve ou de glândula tireoide autônoma.
− Hipotireoidismo
Pediátrico
A terapia de reposição com T4 (levotiroxina) é a escolha mais adequada para a maioria dos
pacientes com hipotireoidismo.
Um estudo de coorte retrospectivo (n = 69) em pacientes pediátricos de até 2 anos de idade
revelou que a administração inicial variável de levotiroxina, com base na etiologia para
hipotireoidismo congênito, rapidamente normalizou os níveis de T4 livre sem a produção de
hipertireoidismo iatrogênico persistente (Mathai et al, 2009).
Adulto
Levotiroxina é indicada para reposição ou suplementação em pacientes com hipotireoidismo,
incluindo hipotireoidismo congênito, mixedema e hipotireoidismo primário resultante de
deficiência funcional, atrofia primária, ausência da glândula tireoide (total ou parcial) ou de
efeitos de radiação ou cirurgia com ou sem a presença de bócio; ou com hipotireoidismo
secundário (pituitário) e hipotireoidismo terciário (hipotalâmico). Hipotireoidismo
medicamentoso, como o subsequente de terapia com iodeto de potássio (SSKI) ou de terapia
com carbonato de lítio, tem respondido adequadamente à descontinuação do agente causador
e instituição da terapia com levotiroxina. Levotiroxina é eficaz na substituição da tireoide
devido ao seu padrão de pureza, meia-vida longa, pool corpóreo grande, e simulação próxima
dos níveis hormonais fisiológicos (Refetoff, 1975b; Stock et al., 1974; Surks et al., 1973b).
A administração diária de levotiroxina 0,05 mg foi eficaz na melhora dos sintomas do
hipotireoidismo subclínico em um estudo controlado. O hipotireoidismo subclínico foi
definido como níveis normais de tiroxina sérica e tiroxina livre, com níveis elevados de
tireotropina sérica. Em pacientes tratados com tiroxina, o intervalo sistólico médio não
mudou. No entanto, os intervalos sistólicos se normalizaram em 5 pacientes com os valores
basais mais anormais. Os sintomas melhoraram em 8 de 14 pacientes recebendo tiroxina, em
comparação a 3 de 12 pacientes recebendo placebo (Cooper et al, 1984).
− Hipotireoidismo congênito
hipotireoidismo congênito, rapidamente normalizou os níveis de levotiroxina livre (T4) sem a
produção de hipertireoidismo iatrogênico persistente. Levotiroxina suspensão 15 mcg/mL foi
administrada a pacientes com atireose (n = 17) que receberam dose de 15 mcg/kg/dia, a
pacientes com ectopia (n = 35) que receberam dose de 12 mcg/kg/dia, e a pacientes com
disormonogênese (n = 17) que receberam dose de 10 mcg/kg/dia. Testes frequentes de função
da tireoide foram conduzidos semanalmente por 4 semanas, em seguida em 6 semanas, e
mensalmente até 24 meses de idade e, por conseguinte, a cada 3 meses. Foram feitos ajustes
da dose de levotiroxina para manter o T4 livre dentro da metade superior dos valores normais.
Após o controle da etiologia e do nível inicial de T4 livre, uma dose inicial mais alta foi
significativamente associada ao aumento da média do nível de T4 livre nas semanas 1 e 2
(p = 0,009). Uma correlação entre os níveis de T4 livre e dose entre as etiologias não foi
significativamente diferente inicialmente (p = 0,6). Após 2 anos, no entanto, a dose foi
significativamente associada à etiologia (p = 0,006) com atireose requerendo doses iniciais
maiores, as quais rapidamente foram diminuídas ao longo do tempo. Duas semanas após o
início da terapia, uma maioria de pacientes apresentou normalização do TSH (menos ou igual
a 8 milhões de unidades internacionais/litro): 26% ao final da primeira semana, 72% ao final
da segunda semana, 92% na terceira semana, e 96% na quarta semana. O tempo de
normalização do TSH não foi correlacionado à etiologia. Nas primeiras 6 semanas de terapia,
foram necessários 77 ajustes de dose, com a maioria sendo reduções (n = 63) e ocorrendo
entre as 2 primeiras semanas; 49% dos pacientes precisaram de um, 24% precisaram de dois,
e 6% precisaram de três ajustes de dose. O número de mudança de doses não estava
correlacionado à etiologia. Dados de dois anos mostraram que, exceto por 2 pacientes
nãoaderentes, todos apresentaram níveis normais de T4 livre. Em 65% dos pacientes, os
níveis transitórios de TSH foram maiores de 8 milhões de unidades internacionais/litro
(mUI/L) e 84% apresentaram níveis de THS maiores de 5 mUI/L ocasionalmente durante os
primeiros dois anos. Durantes as primeiras 4 semanas de terapia, foi observado
hipertireoidismo em 28% dos pacientes (disormonogênese em 12% e atireose em 35%). Em
duas semanas, os níveis elevados de T4 voltaram ao normal em todos os pacientes, e em uma
semana em 58% dos pacientes (Mathai et al, 2008).
− Supressão do TSH hipofisário
Indicado para tratamento ou prevenção de bócios eutireoides, nódulos da tireoide subagudos
ou tireoidite linfocítica crônica (tireoidite de Hashimoto), bócio multinodular, adjuvante à
cirurgia e radioiodoterapia no tratamento de câncer de tireóide bem diferenciado tireotropina-
dependente.
Existe evidência conflitante no uso de levotiroxina no tratamento de nódulos únicos da
tireoide.
A supressão da tireoide com levotiroxina (L-tiroxina) e imagem com pertecnetato de tecnécio
99-m (99mTc) foi eficaz para o reconhecimento do tecido tireoidiano autônomo, apresentando
vantagens de conveniência para o paciente e uma imagem melhor em comparação ao primeiro
teste de supressão de tri-iodotironina (T3) usando 131l-iodeto para a imagem. Em sujeitos de
pesquisa controlados (n = 15), a captação de pertecnetato 99mTc (10 mCi) foi reduzida para
uma média de 76% após 10 dias da administração de L-tiroxina 2 mcg/kg/dia. Entre 20
sujeitos de pesquisa com doença tireoidiana, aqueles com tecido tireoidiano autônomo
(pacientes com doença de Graves, bócio difuso tóxico não autoimune, ou nódulos autônomos
funcionais) não mostraram redução significante na captação. Efeitos colaterais não foram
relatados pelos pacientes. Pacientes recebendo medicamentos antitireoide não precisaram
descontinuá-los para esse teste. A meia-vida física curta de 99mTc (6 horas) e a curta
permanência de 99mTc na glândula tireoide fornecem uma dose baixa de radiação para a
tireoide e permite estudos em curtos intervalos de tempo (Ramos et al., 2000).
Em um estudo randomizado, cruzado, e controlado por placebo, a levotiroxina diminuiu
significantemente o volume de nódulos de tireoide. Foram randomizados em 4 braços de
tratamento 49 pacientes com um único nódulo palpável. O grupo 1 recebeu placebo por 1 ano,
trocando em seguida para tratamento de um ano com levotiroxina para supressão de grau
elevado de hormônio estimulante da tireoide (TSH). O TSH foi suprimido para menos ou
igual a 0,1 miliunidades por mililitro (mL), com doses médias de 3,2 mcg/kg/dia de
levotiroxina. O grupo 2 inicialmente recebeu levotiroxina para supressão de nível elevado de
TSH e foi cruzado com placebo no segundo ano. O grupo 3 iniciou o estudo recebendo
placebo e alterou para levotiroxina para supressão de nível baixo de TSH, e o grupo 4 iniciou
com levotiroxina para supressão de nível baixo de TSH e alterou para placebo. Grupos de
supressão de nível baixo de TSH foram suprimidos com 0,4 a 0,6 miliunidades/mL com doses
médias de 1,4 mcg/kg/dia de levotiroxina. Nove pacientes foram excluídos da análise de
dados devido a não-aderência ou inadequação à supressão do TSH. No grupo 1 (n = 9) e
grupo 2 (n = 11), 12 meses de supressão de nível alto com levotiroxina resultaram em uma
diminuição significativa do volume de nódulo, de 1,79 mL (p abaixo de 0,01) e 1,67 (p abaixo
de 0,001) respectivamente. Nos grupos 3 (n = 10) e 4 (n = 10), 12 meses de supressão de nível
baixo com levotiroxina resultaram em uma diminuição do volume de nódulo de 1,39 mL (p
abaixo de 0,05) e de 1,37 (p abaixo de 0,01). No seguimento do tratamento com levotiroxina,
foi observada uma redução de mais de 50% do nódulo em 37,5% dos pacientes com supressão
de nível alto de TSH e em 41,6% dos pacientes com supressão de nível baixo de TSH. As
diferenças entre os grupos não foram significativas (p = NS). Levotiroxina foi bem tolerada.
No entanto, 4 pacientes dos grupos de supressão de nível alto de TSH desenvolveram
sintomas e sinais de hipertireoidismo durante a metade do tratamento de estudo. Os autores
recomendam o uso de dose baixa de levotiroxina para diminuir a possibilidade de
desenvolvimento de toxicidade da levotiroxina (Koc et al, 2002).
A levotiroxina reduziu o volume dos nódulos únicos da tireoide em um estudo multicêntrico,
randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Os pacientes foram seguidos por 18 meses
e receberam prescrição de levotiroxina para manter os níveis de hormônio estimulante da
tireoide (TSH) abaixo de 0,3 mUI/litro (n = 64) ou placebo (n = 59). Ao final de 18 meses, o
volume do nódulo diminuiu uma média de 0,36 mililitros (mL) +/- 1,71 mL no grupo,
enquanto o grupo de placebo mostrou um aumento médio de 0,62 mL +/- 3,67 mL (p = 0,01).
Pacientes que apresentaram uma diminuição de mais de 50% do volume do nódulo, foram
classificados como "responsivos”. Dezessete dos 64 pacientes no braço de tratamento e 10 dos
59 pacientes recebendo placebo foram considerados “responsivos” (p = 0,04) (Wémeau et al,
2002).
A levotiroxina isolada ou em combinação com iodato foi tão eficaz quanto iodato isolado para
o tratamento de bócio endêmico. Em um modo randomizado, 166 pacientes receberam
levotiroxina 150 mcg/dia e iodo 400 mcg/dia, ou uma combinação de levotiroxina 75 mcg/dia
e iodo 200 mcg/dia, por 8 meses. Uma diminuição comparável e significativa no tamanho do
bócio aconteceu em todos os grupos (Hintze et al, 1989).
Os hormônios tireoidianos maiores são a levotiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3). As
quantidades de levotiroxina liberadas na circulação por uma glândula tireoide funcionante são
reguladas pela quantidade de tireotropina (TSH) secretada pela parte anterior da glândula
hipófise. A síntese de TSH é por sua vez regulada tanto pelos níveis de levotiroxina e tri-
iodotironina circulantes como pelo hormônio de liberação da tireotropina (TRH), secretado
pelo hipotálamo. O reconhecimento desse sistema complexo de resposta (feedback) é muito
importante para o diagnóstico e o tratamento da disfunção tireoidiana.
A absorção da levotiroxina é variável, girando em torno de 50% a 80% das doses
administradas. Esta variação de absorção é dependente de vários fatores, tais como: veículos
utilizados em sua preparação, conteúdo intestinal, flora intestinal e fatores dietéticos.
Mais de 99% dos hormônios circulantes estão ligados às proteínas séricas, incluindo a
globulina (TBg), pré-albumina (TBPA) e albumina (TBa), cuja capacidade e afinidade variam
de acordo com os hormônios. A levotiroxina apresenta uma afinidade maior de ligação que a
tri-iodotironina, tanto ao nível da circulação, como a nível celular, o que explica o seu maior
tempo de ação. A meia-vida da levotiroxina (T4) no plasma normal é de 6 a 7 dias. Essa meia-
vida diminui no hipertireoidismo e aumenta no hipotireoidismo. A deiodinação da
levotiroxina ocorre em vários locais como o fígado, rins e outros tecidos. O hormônio
conjugado sob a forma de glucuronatos ou sulfatos é encontrado na bile e intestino, onde se
completa o ciclo entero-hepático. Diariamente, cerca de 70% de levotiroxina (T4)
metabolizada é deiodinada.
O principal efeito dos hormônios tireoidianos exógenos é o aumento do índice metabólico dos
tecidos. Os hormônios tireoidianos também estão relacionados com o crescimento e
diferenciação dos tecidos. Nos jovens em estado de deficiência, existe um atraso de
crescimento e uma imaturação esquelética, e em outros sistemas ocorre principalmente uma
falha de ossificação das epífises e do desenvolvimento do sistema nervoso central.
Assim, a administração da levotiroxina produz:
− aumento do consumo tissular de oxigênio;
− aumento do metabolismo basal;
− aumento do ritmo cardíaco.
Levotiroxina está contraindicada em casos de: hipersensibilidade aos componentes da
fórmula, infarto do miocárdio recente, tireotoxicose não tratada, insuficiência suprarrenal
descompensada e hipertireoidismo não tratado.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
ADVERTÊNCIAS
A levotiroxina deve ser usada com extremo cuidado em pacientes com distúrbios
cardiovasculares, incluindo angina pectoris, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e
hipertensão; se necessário, devem ser utilizadas doses iniciais menores, aumentos pequenos
de dose e intervalos maiores entre os aumentos de dose.
A terapia de reposição da tireoide pode precipitar uma crise suprarrenal aguda em pacientes
com insuficiência suprarrenal ou insuficiência pituitária sem o adequado amparo de
corticosteroides.
Em neonatos prematuros com peso extremamente baixo, o início da terapia com levotiroxina
deve ser realizado com extrema cautela em decorrência da imaturidade da função suprarrenal.
PRECAUÇÕES
Hormônios da tireoide não devem ser usados para a redução de peso. Em pacientes
eutireoideos, as dosagens normais não são eficazes para a perda de peso; dosagens maiores
podem produzir manifestações graves ou até mesmo ameaçadoras, especialmente se
administradas com outros cuidados específicos para redução de peso.
Precauções especiais
São necessários cuidados adicionais quando a levotiroxina é administrada a pacientes com
Diabetes mellitus ou com Diabetes insipidus.
A posologia deve ser adaptada de acordo com os testes da função tireoidiana (TSH +/- L-T4).
A monitoração dos pacientes deve ser realizada de acordo com sintomas clínicos, assim como
com os testes da função da tireoide. É necessário monitorar os pacientes recebendo
administração concomitante de levotiroxina e medicamentos que podem afetar a função da
tiroide (tais como amiodarona, inibidores da tirosina quinase) (vide “Interações
medicamentosas”).
Gravidez e lactação
A levotiroxina atravessa a barreira placentária em quantidade limitada, mas seu uso na prática
médica não mostrou efeitos adversos ao feto. A manutenção dos níveis dos hormônios
tireoidianos dentro da faixa normal é vital para as gestantes assegurarem a saúde materna e do
feto. Assim, o tratamento com levotiroxina sódica não precisa ser modificado durante a
gravidez. Tanto os níveis de TSH quanto os do hormônio tireoidiano devem ser monitorados
periodicamente e, se necessário, o tratamento deve ser ajustado.
Durante a gestação, a levotiroxina sódica é contraindicada como tratamento adjuvante do
hipertireoidismo tratado com drogas antitireoide. A ingestão adicional de levotiroxina pode
aumentar nas dosagens requeridas das drogas antitireoide. As drogas antitireoide,
diferentemente da levotiroxina, atravessam a barreira placentária nas dosagens eficazes, o que
pode resultar em hipotireoidismo no feto. Assim, o hipertireoidismo durante a gravidez deve
ser tratado com baixas dosagens de um único agente antitireoidiano.
A amamentação pode continuar durante o tratamento com levotiroxina. A quantidade de
levotiroxina excretada pelo leite materno é mínima e não está associada a nenhum efeito
colateral ou potencial tumorogênico. Quantidades adequadas de levotiroxina são necessárias
para manter a lactação normal.
Categoria de risco na gravidez: A. Este medicamento pode ser utilizado durante a
gravidez desde que sob prescrição médica.
Populações especiais
Cuidados especiais devem ser tomados em pacientes idosos com bócio com função tireoidiana
normal, que já sofreram infarto do miocárdio ou que apresentam angina pectoris, insuficiência
cardíaca ou arritmia com taquicardia.
A levotiroxina deve ser introduzida muito gradualmente em pacientes idosos e naqueles com
hipotireoidismo de longa data a fim de evitar qualquer aumento repentino das necessidades
metabólicas.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não há indicação de que a levotiroxina possa prejudicar a habilidade de dirigir ou conduzir
Medicamento-medicamento
Efeitos de levotiroxina sobre outros medicamentos:
− Anticoagulantes orais: os hormônios tireoidianos aumentam os efeitos dos anticoagulantes
orais. Pacientes em terapia com anticoagulantes ainda requerem monitoração cuidadosa
quando o tratamento com agentes tireoidianos inicia-se ou é alterado conforme a
necessidade de ajuste da dosagem do anticoagulante oral (redução da dose).
Efeitos de outros medicamentos sobre a levotiroxina:
− Medicamentos indutores enzimáticos (ex: rifampicina, carbamazepina ou fenitoína,
barbitúricos): aumentos no metabolismo tireoidiano resultando em redução das
concentrações séricas plasmáticas dos hormônios tireoidianos. Assim, os pacientes em
terapia de reposição dos hormônios da tireoide devem necessitar de aumento nas dosagens
se essas drogas forem administradas concomitantemente.
− A amiodarona inibe a conversão periférica da levotiroxina T4 para T3 resultando em
redução da concentração sérica de T3 e aumento do nível de TSH sérico.
− Glicocorticoides, propiltiouracil e beta-simpatolíticos (especialmente propranolol) inibem
a conversão periférica de levotiroxina (T4) para T3 e pode levar à redução da
concentração sérica de T3.
− Inibidores da protease: Houve relatos de perda de efeito terapêutico do levotiroxina
quando usado concomitantemente com lopinavir/ritonavir. Portanto, os sintomas clínicos,
bem como testes de função da tireoide deverão ser cuidadosamente monitorados em
pacientes em tratamento com levotiroxina e lopinavir/ritonavir concomitantemente.
− Inibidores da tirosina quinase tais como imatinibe, sunitinibe ou sorafenibe podem reduzir
a eficácia da levotiroxina. Portanto, os sintomas clínicos assim como a função da tireoide
devem ser cuidadosamente monitorados em pacientes recebendo levotiroxina e inibidores
da tirosina quinase concomitantemente. Pode ser necessário ajustar a dose da levotiroxina.
− Estrógenos (ex: contraceptivos orais): aumentam a ligação da tiroxina, levando a erros de
diagnósticos e tratamentos.
Medicamentos administrados por via oral que podem reduzir a absorção da levotiroxina (T4):
− Resinas de troca iônica (ex: colestiramina, sevelamer ou sulfato cálcico de poliestireno e
sais de sódio): há redução da absorção da levotiroxina ingerida devido à ligação aos
hormônios tireoidianos no trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de
resinas de troca iônica da administração da levotiroxina tanto quanto possível.
− Sequestrante de ácido biliar: colesevelam liga-se à levotiroxina e reduz a sua absorção no
trato gastrointestinal. Não foi observada interação quando a levotiroxina foi administrada
por pelo menos 4 horas antes de colesevelam. Desta forma, a levotiroxina deve ser
administrada por no mínimo 4 horas antes de colesevelam.
− Medicamentos para o trato gastrintestinal (ex: sucralfato, antiácidos e carbonato de
cálcio): ocorre redução da absorção de levotiroxina no trato gastrintestinal. Assim, deve-
se separar a administração de medicamentos para o trato gastrintestinal da administração
da levotiroxina tanto quanto possível.
− Sais de ferro: o sulfato ferroso reduz a absorção da levotiroxina do trato gastrintestinal.
Assim, deve-se separar a administração de sais de ferro da administração da levotiroxina
tanto quanto possível.
Medicamento-alimento
Soja: em recém-nascidos sob dieta com soja e tratados com levotiroxina para hipotireoidismo
congênito, foi relatado um aumento no nível de TSH. Doses excessivas de levotiroxina podem
ser necessárias para atingir níveis séricos normais de T4 e TSH. Durante e após a dieta com
soja, é necessário uma monitorização dos níveis de T4 e TSH no sangue, com possível ajuste
de dose.
Os alimentos podem interferir com a absorção da levotiroxina. Assim recomenda-se a
administração da levotiroxina com estômago vazio (1 hora antes ou 2 horas após o café da
manhã ou ingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.
Levotiroxina deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da
luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características do medicamento:
Os comprimidos de levotiroxina são redondos, quase brancos, planos em ambas as faces, com
um sulco em ambas as faces, e com a inscrição correspondente à cada concentração (EM25;
EM50; EM75; EM88; EM100; EM112; EM125; EM150; EM175; EM200) em uma das faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
As doses administradas de levotiroxina variam de acordo com o grau de hipotireoidismo, a
idade do paciente e a tolerabilidade individual. A fim de se adaptar a posologia, é
recomendável antes de iniciar o tratamento efetuar as dosagens radioimunológicas do (T3),
(T4) e do TSH.
Os comprimidos devem ser administrados com líquido, por via oral.
Uso adulto
− Hipotireoidismo: levotiroxina deve ser administrada em doses baixas (50 mcg/dia) que
serão aumentadas de acordo com as condições cardiovasculares do paciente.
Dose inicial: 50 mcg/dia, aumentando-se 25 mcg a cada 2 ou 3 semanas até que o efeito
desejado seja alcançado. Em pacientes com hipotireoidismo de longa data,
particularmente com suspeita de alterações cardiovasculares, a dose inicial deverá ser
ainda mais baixa (25 mcg/dia).
Manutenção: recomenda-se 75 a 125 mcg diários sendo que alguns pacientes, com má
absorção, podem necessitar de até 200 mcg/dia. A maioria dos pacientes não exige doses
superiores a 150mcg/dia. A falta de resposta às doses de 200 mcg/dia sugere má absorção,
não obediência ao tratamento ou erro diagnóstico.
− Supressão do TSH (câncer de tireoide) / nódulos / bócios eutireoidianos em adultos:
dose supressiva média de levotiroxina (T4): 2,6 mcg/kg/dia, durante 7 a 10 dias. Essa dose
geralmente é suficiente para obter normalização dos níveis séricos de T3 e T4 e falta de
resposta à ação do TSH. A levotiroxina sódica deve ser empregada com cautela em
pacientes com suspeita de glândula tireoide autônoma, considerando que a ação dos
hormônios exógenos pode somar-se aos hormônios de fonte endógena.
Uso pediátrico
No recém-nascido, a posologia inicial deverá ser de 5 a 6 mcg/kg/dia em função da dosagem
dos hormônios circulantes. Na criança a posologia deve ser estabelecida em função dos
resultados das dosagens hormonais e em geral é de 3 mcg/kg/dia.
Os comprimidos de levotiroxina devem ser ingeridos com estômago vazio (1 hora antes ou 2
horas após o café da manhã ouingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.
Para as crianças com dificuldades de ingerir os comprimidos, estes devem ser triturados e
dissolvidos em pequena quantidade de água. Esta suspensão pode ser administrada em colher
ou conta-gotas. Os comprimidos triturados podem também ser administrados com pequenas
quantidades de alimentos (cereais, sucos, etc.). Esta suspensão preparada não pode ser
guardada para uso posterior.
Não há estudos dos efeitos da levotiroxina administrada por vias não recomendadas. Portanto,
por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente
por via oral.
Pacientes idosos
No idoso, a integridade do sistema cardiovascular pode estar comprometida. Por isso, neste
paciente a terapia com levotiroxina deve ser iniciada com doses baixas, como por exemplo:
25-50 mcg/dia.
Em geral, as reações adversas da levotiroxina estão associadas a uma dosagem excessiva e
correspondem aos sintomas do hipertireoidismo.
Podem ocorrer: taquicardia, palpitações, arritmias cardíacas, dor de angina, dor de cabeça,
nervosismo, excitabilidade, insônia, tremores, fraqueza muscular, cãibras, intolerância ao
calor, sudorese, fogachos, febre, perda de peso, irregularidades menstruais, diarreia e vômito.
Tais efeitos geralmente desaparecem com a redução da dosagem ou suspensão temporária do
tratamento.
Podem ocorrer também reações alérgicas, tais como rash e urticária.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sinais e sintomas:
Foi relatada tempestade tireoidiana após a intoxicação massiva ou crônica, pode ocorrer
também convulsões, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, coma e morte.
Conduta:
Em superdoses agudas, a absorção gastrintestinal pode ser reduzida por carvão ativo. O
tratamento frequentemente é sintomático e suporte: betabloqueadores podem ser úteis no
controle dos sintomas de hiperatividade simpatomimética. Em casos de superdosagem com
altas quantidades, a plasmaferesia deve ser considerada.
A superdose com levotiroxina requer um acompanhamento por um período mais extenso, uma
vez que os sintomas podem ser prorrogados por até 6 dias, devido a conversão periférica
gradual da levotiroxina em tri-iodotironina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.