Bula do Lfm -Furosemida para o Profissional

Bula do Lfm -Furosemida produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Lfm -Furosemida
Laboratório Farmacêutico da Marinha - Profissional

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BULA COMPLETA DO LFM -FUROSEMIDA PARA O PROFISSIONAL

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LFM-FUROSEMIDA

LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA – LFM

COMPRIMIDOS SIMPLES

40mg

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LFM-FUROSEMIDA 40MG

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

LFM-FUROSEMIDA 40 mg

DCB: FUROSEMIDA

APRESENTAÇÕES:

Formas Farmacêuticas: Comprimido simples de 40 mg. Cada caixa contém 500 comprimidos.

“USO ORAL”.

“USO ADULTO E PEDIÁTRICO.”

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de LFM-Furosemida contém 40 mg de furosemida.

Excipientes: manitol oral, amido de milho, estearato de magnésio, talco R2BL.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de:

• hipertensão arterial leve a moderada;

• edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais.

• edema devido a queimaduras.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O uso da Furosemida tem indicação desde o período neonatal (Benitz et al, 1995) até a idade adulta (Avery,1981) nos casos

de edema das mais variadas formas, insuficiência cardíaca, indução de diurese e crises hipertensivas. O estudo de Magrini F

et al. (1987) confirma a eficácia de furosemida nos casos de insuficiência cardíaca e aumento da resistência vascular

coronariana. O estudo de Paterna S. et al (1999) também mostrou, com muita propriedade, a eficácia e a boa tolerabilidade de

furosemida no tratamento de 30 pacientes adultos, com idades entre 65 e 85 anos portadores de insuficiência cardíaca

congestiva. Este efeito também foi demonstrado no estudo de Gottlieb SS et al. (1998). O benefício e a segurança do uso de

furosemida em 46 crianças que foram submetidas a cirurgias cardíacas e usaram de forma contínua o medicamento

furosemida foram confirmadas no estudo randomizado de Klinge JM et al. (1997). O estudo randomizado de Van der Vorst

MM et al (2006), envolvendo 44 pacientes portadores de insuficiência cardíaca nos graus III e IV, demonstrou que

furosemida via oral também é eficaz, mesmo em quadros graves, como os envolvidos no estudo. Assim como no estudo de

Paterna S et al (1999), Eterno FT et al. (1998) confirmaram que o uso de diuréticos como a furosemida melhora a

compensação cardíaca, reduz edemas e melhora, em curto prazo, a capacidade física e a qualidade de vida dos pacientes.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Mecanismo de ação

A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de curta duração. A

furosemida bloqueia o sistema cotransportador de Na+K+2Cl- localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente

da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da furosemida depende do fármaco alcançar o lúmen tubular via um

mecanismo de transporte aniônico. A ação diurética resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da

alça de Henle. Como resultado, a excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os

efeitos secundários do aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada (devido ao gradiente osmótico) e

aumento da secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada.

A furosemida interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com o resultado de não

atenuação da atividade salurética. A furosemida causa estimulação dose-dependente do sistema renina-angiotensina-

aldosterona.

Na insuficiência cardíaca, a furosemida produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação da capacidade

venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por prostaglandina e pressupõe uma função renal adequada com

ativação do sistema renina-angiotensina e síntese de prostaglandina intacta. Além disso, devido ao seu efeito natriurético, a

furosemida reduz a reatividade vascular das catecolaminas, que é elevada em pacientes hipertensos.

A eficácia anti-hipertensiva da furosemida é atribuída ao aumento da excreção de sódio, redução do volume sanguíneo e

redução da resposta do músculo liso vascular ao estímulo vasoconstritor.

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Propriedades farmacodinâmicas

O efeito diurético da furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e dentro de 1 hora

após a administração da dose oral.

O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios recebendo doses de furosemida de

10 mg até 100 mg. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20 mg e de 3 a 6 horas

após uma dose oral de 40 mg em indivíduos sadios.

O efeito da furosemida é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina intratubular ao

fármaco.

Propriedades farmacocinéticas

A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os comprimidos de 40 mg.

A absorção do fármaco demonstra grande variabilidade intra e interindividual.

A biodisponibilidade da furosemida em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os comprimidos. Em

pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é influenciada por vários fatores incluindo doenças de base, e pode ser reduzida a

30% (por exemplo, na síndrome nefrótica).

A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da furosemida depende da forma farmacêutica.

O volume de distribuição de furosemida é de 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de distribuição pode ser

maior dependendo da doença de base.

A furosemida liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina.

A furosemida é eliminada principalmente na forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção no túbulo proximal.

Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de furosemida é excretada desta forma. O metabólito glucurônico da

furosemida equivale a 10 a 20% das substâncias recuperadas na urina. O restante da dose é excretado nas fezes,

provavelmente após secreção biliar.

A furosemida é excretada no leite materno. A furosemida atravessa a barreira placentária e é transferida ao feto lentamente.

Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as mesmas concentrações de furosemida que na mãe.

Populações especiais

Insuficiência renal: A biodisponibilidade da furosemida não é alterada em pacientes com insuficiência renal terminal. Em

insuficiência renal, a eliminação de furosemida é diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-vida terminal pode ser de até

24 horas em pacientes com insuficiência renal severa.

Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva à concentrações mais altas de furosemida

livre. Por outro lado, a eficácia de furosemida é reduzida nestes pacientes devido à ligação intratubular da albumina e

diminuição da secreção tubular. A furosemida é pouco dialisável em pacientes sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD

(Diálise Peritonial Ambulatorial Contínua)

Insuficiência Hepática: Em insuficiência hepática, a meia-vida de furosemida é aumentada em 30% a 90%, principalmente

devido ao maior volume de distribuição. Além disso, neste grupo de pacientes existe uma ampla variação em todos os

parâmetros farmacocinéticos.

Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão severa.

Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão severa ou em pacientes idosos, a eliminação de furosemida

é diminuída devido à redução na função renal.

Pacientes pediátricos: Em crianças prematuras ou nascidas à termo, dependendo da maturidade dos rins, a eliminação de

furosemida pode estar diminuída. O metabolismo do fármaco também é reduzido caso a capacidade de glucuronização da

criança esteja prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas em crianças com mais de 33 semanas de idade pós-

concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o “clearance” terminal é o mesmo dos adultos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

LFM-Furosemida não deve ser usado em pacientes com:

• insuficiência renal com anúria;

• pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;

• hipopotassemia severa;

• hiponatremia severa;

• hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação;

• hipersensibilidade à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.

“Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.”

“Não há contraindicação relativa a faixas etárias.”

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

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O fluxo urinário deve ser assegurado. Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (por exemplo: em pacientes com

alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra), a produção aumentada de urina pode

provocar ou agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de monitorização cuidadosa, especialmente durante a

fase inicial do tratamento.

O tratamento com furosemida necessita de supervisão médica regular. O monitoramento cuidadoso é particularmente

necessário em pacientes com:

• hipotensão

• indesejável diminuição pronunciada na pressão arterial constituir-se-ia em um risco especial (ex.: estenoses significantes de

artérias coronárias ou de vasos cerebrais);

• diabetes mellitus latente ou manifesta;

• gota ou hiperuricemia (controle regular de ácido úrico);

• síndrome hepatorenal, isto é, comprometimento da função renal associado com doença hepática severa;

• hipoproteinemia, ex.: associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode ser atenuado e sua ototoxicidade

potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses da furosemida.

Durante tratamento com furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e

creatinina séricos; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de

desenvolvimento de alterações eletrolíticas ou em caso de perda adicional significativa de fluidos (por exemplo, devido a

vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou desidratação, bem como qualquer alteração eletrolítica ou ácido – base

significativas devem ser corrigidas. Isto pode requerer a descontinuação temporária da furosemida.

Gravidez e lactação

A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez a menos que

estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer monitorização do crescimento

fetal.

A furosemida passa para o leite e pode inibir a lactação. As mulheres não devem amamentar se estiverem sendo tratadas com

furosemida.

“Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica.”

Populações especiais

Pacientes idosos

A eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função renal.

A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em pacientes idosos.

A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao desenvolvimento de tromboses.

Crianças

O monitoramento cuidadoso é necessário em crianças prematuras devido ao possível desenvolvimento de nefrolitíase e

nefrocalcinose; a função renal deverá ser monitorizada e deverá ser realizada uma ultrassonografia renal. Caso a furosemida

seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode aumentar o risco de persistência de ducto

de Botallo.

Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Alguns efeitos adversos (como queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a capacidade do

paciente em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente

importantes, como dirigir ou operar máquinas.

Sensibilidade cruzada

Pacientes hipersensíveis (alérgicos) a antibióticos do tipo sulfonamidas ou sulfoniluréias podem apresentar sensibilidade

cruzada com o medicamento.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamento – Medicamento

Associações desaconselhadas

• Hidrato de cloral: sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia podem ocorrer

em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro de 24 horas da ingestão de hidrato de cloral.

Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.

• Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos que podem causar ototoxicidade: a furosemida pode potencializar a

ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a

audição podem ser irreversíveis. Esta combinação de fármacos deve ser restrita à indicação médica.

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Precauções de uso

• Cisplatina: existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida. Além disto, a

nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40

mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese forçada

durante o tratamento com cisplatina.

• Sucralfato: a administração concomitante de furosemida por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o sucralfato reduz a

absorção intestinal da furosemida e, consequentemente, seu efeito. Aguardar pelo menos um período de 2 horas entre uma

administração e outra.

• Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de lítio, resultando

em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta

forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta

combinação.

• Medicamentos inibidores da ECA: pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão severa e deterioração

da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da ECA ou antagonista do receptor

de angiotensina II é administrado ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar a interrupção da

administração da furosemida temporariamente ou ao menos reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o

tratamento com, ou antes, de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.

• Risperidona: em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com demência, uma maior incidência de

mortalidade foi observada em pacientes tratados com furosemida mais risperidona (7,3%: idade média de 89 anos, entre 75 –

97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente com risperidona (3,1%: idade média de 84 anos, entre 70 – 96

anos) ou somente furosemida (4,1%, idade média de 80 anos, entre 67-90 anos). O uso concomitante de risperidona com

outros diuréticos (principalmente diuréticos tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados semelhantes.

Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi observado um padrão consistente

para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta combinação ou co-tratamento com

outros diuréticos potentes devem ser considerados antes da decisão de uso. Não houve aumento na incidência de mortalidade

entre pacientes usando outros diuréticos, assim como em tratamento concomitante com risperidona. Independentemente do

tratamento, a desidratação foi um fator de risco geral de mortalidade e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos com

demência.

Associações a considerar

• Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo ácido acetilsalicílico)

podem atenuar a ação da furosemida e sua administração concomitante pode causar insuficiência renal aguda no caso de

hipovolemia ou desidratação pré-existente. Em pacientes com hipovolemia ou desidratação, a administração de AINEs pode

causar uma diminuição aguda da função renal. A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.

• Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.

• Fármacos nefrotóxicos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.

• Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes: o uso concomitante de furosemida com corticosteroides,

carbenoxolona e alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de desenvolvimento

de hipopotassemia.

• Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de prolongamento

do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia, hipomagnesemia) podem aumentar a

toxicidade destes fármacos.

Se agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que potencialmente diminuem a pressão sanguínea são

administrados concomitantemente com a furosemida, uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea pode ser esperada.

• Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a furosemida, são secretados significativamente por via

tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal desses

fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (em particular, de ambos furosemida e outros fármacos), pode haver

aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido à furosemida ou à medicação concomitante.

• Antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex: epinefrina, norepinefrina): Os efeitos destes fármacos

podem ser reduzidos quando administrados com furosemida.

• Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: os efeitos destes fármacos podem aumentar quando administrados com

furosemida.

• Cefalosporinas: insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento com

furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.

• Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de artrite gotosa

subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na excreção renal de urato.

• Radiocontraste: pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com furosemida demonstraram maior

incidência de deteriorização na função renal após receberem radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que

receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.

Medicamento – Alimento

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Pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando administrada com alimentos, portanto, recomenda-se que os

comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.

Medicamento – Exame laboratoriais

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

LFM-Furosemida deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC) e protegido da

luz.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

Características físicas e organolépticas

Comprimido branco-amarelado, circular, plano, sulcado, gravado.

“Antes de usar observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose deve ser a menor possível para atingir o efeito desejado.

Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral e com o estômago vazio.

É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal forma que não fique perturbado o

ritmo normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.

A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:

Adultos:

O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40 mg por dia.

A dose máxima depende da resposta do paciente.

A duração do tratamento é determinada pelo médico.

Crianças:

Se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de idade.

A posologia recomendada é de 2 mg/kg de peso corporal, até um máximo de 40 mg por dia. A duração do

tratamento é determinada pelo médico.

Não há estudos dos efeitos de furosemida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a

eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:

Reação muito comum (> 1/10)

Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)

Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)

Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000)

Reação muito rara (≤ 1/10.000)

Desconhecido: não pode ser estimada por dados disponíveis.

Distúrbios metabólico e nutricional (ver item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)

Muito Comum: distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e hipovolemia, especialmente em pacientes

idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e triglicérides.

Comum: hiponatremia, hipocloremia, hipocalemia, aumento nos níveis séricos de colesterol e ácido úrico, crises de gota e

aumento no volume de urinário.

Incomum: tolerância à glicose diminuída; o diabetes mellitus latente pode se manifestar. (Ver item ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES).

Desconhecido: hipocalcemia, hipomagnesemia, aumento nos níveis séricos de ureia e alcalose metabólica, Síndrome de

Bartter no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da furosemida.

Distúrbios vasculares

Muito comum (para infusão intravenosa): hipotensão incluindo hipotensão ortostática (ver item ADVERTÊNCIAS E

Raro: vasculite.

Desconhecido: trombose

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Distúrbios renal e urinário

Comum: aumento no volume urinário

Raro: nefrite tubulointersticial

Desconhecido: aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina; retenção urinária (em pacientes com obstrução parcial do

fluxo urinário); nefrocalcinose/nefrolitíase em crianças prematuras (ver item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), falência

renal (ver item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Distúrbios gastrintestinais

Incomum: náuseas.

Raro: vômitos, diarreia.

Muito raro: pancreatite aguda.

Distúrbios hepato-biliares

Muito raro: colestase, aumento nas transaminases.

Distúrbios auditivos e labirinto

Incomum: alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente em pacientes com insuficiência

renal, hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica) e/ou quando furosemida intravenosa for administrada rapidamente.

Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados após administração oral ou IV de furosemida.

Muito raro: tinido.

Distúrbios no tecido subcutâneo e pele

Incomum: prurido, urticária, rashes, dermatites bolhosas, eritema multiforme, penfigoide, dermatite esfoliativa, púrpura,

reação de fotossensibilidade.

Desconhecido: síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, PEGA (Pustulose Exantemática Generalizada

Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia e sintomas sistêmicos).

Distúrbios do sistema imune

Raro: reações anafiláticas ou anafilactoides severas (por exemplo, com choque).

Distúrbios do sistema nervoso

Raro: parestesia.

Comum: encefalopatia hepática em pacientes com insuficiência hepatocelular (ver item CONTRAINDICAÇÕES).

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo

Comum: hemoconcentração

Incomum: trombocitopenia.

Raro: leucopenia, eosinofilia.

Muito raro: agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.

Distúrbios congênito e genético/familiar

Desconhecido: risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for administrada a crianças prematuras

durante as primeiras semanas de vida.

Distúrbios gerais

Raro: febre.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível

em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal e entre em

contato com o setor de Farmacovigilância do Laboratório Farmacêutico da Marinha pelo telefone (21) 3860-2859.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.