Bula do Lipovenos para o Profissional

Bula do Lipovenos produzido pelo laboratorio Fresenius Kabi Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Lipovenos
Fresenius Kabi Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO LIPOVENOS PARA O PROFISSIONAL

Lipovenos_10_20_PLR_BU_02

Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

Lipovenos®

Emulsão injetável

10% e 20%

MODELO DE BULA

óleo de soja + glicerol + lecitina de ovo

Forma farmacêutica e apresentações:

Emulsão injetável 10 mg/mL

10% - Frasco de vidro com 100mL ou 500 mL

Emulsão injetável 20 mg/mL

20% - Frasco de vidro com 100mL, 500 mL ou 1000 mL.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada 1000 mL contém:

Lipovenos®®®®

10% Lipovenos®®®®

20%

óleo de soja purificado 100 g (10%) 200 g (20%)

glicerol 25 g (2,5%) 25 g (2,5%)

lecitina de ovo (g/L) 12 g (1,2%) 12 g (1,2%)

Excipientes q.s.p 1000 mL 1000 mL

Excipientes: oleato de sódio e água para injeção.

Conteúdo energético 4600 kJ/L (1100 kcal/L) 8400kJ/L (2000 kcal/L)

pH 7 – 8,5 7 - 8,5

Osmolaridade (mOsm/l) 273 273

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado para fornecer as necessidades calóricas e de ácidos

graxos essenciais aos pacientes com deficiência em manter ou restabelecer, por

ingestão oral, um padrão normal desses ácidos graxos, tais como em estados pré e

pós-operatórios, queimaduras graves, politraumatizados, distúrbios de má absorção

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Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

gastrointestinal, caquexia, insuficiência renal, estados urêmicos, prematuros e recém-

nascidos de baixo peso.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Nutrição para pacientes com falha respiratória: glicose versus emulsão lipídica

Foram estudados dois grupos de pacientes, um grupo com depleções nutricionais

crônicas e outro com doença aguda secundária a uma lesão ou infecção.

Grupo 1: grupo de cinco pacientes com depleção nutricional que tinham sofrido

patologia antecedente com perda de peso, e que necessitavam de nutrição parenteral

total. Pacientes deste grupo não tinham evidência de sepse e passaram por uma

cirurgia a mais de 3 semanas.

Grupo 2: grupo de vinte pacientes com doença aguda. Seis pacientes apresentavam

febre (temperatura > 38,6ºC) com resultado positivo para cultura de sangue e/ou

evidência de infecção na região infra-abdominal. Seis pacientes estavam com doença

aguda secundária à lesão. No caso de pacientes com sepse, muitos apresentaram

depleções nutricionais antes do desenvolvimento da sepse. Todos os estudos foram

conduzidos dentro da primeira semana pós-lesão.

Foram estudadas as alterações na produção de CO2 e indução do consumo de O2,

usando glicose como única fonte calórica não protéica, ou com emulsões lipídicas.

Em ambos os grupos, o uso de emulsões lipídicas em quantidades moderadas

resultam em uma significante redução na produção de CO2 e consequentemente nos

requisitos ventilatórios. Adicionalmente, nos pacientes do Grupo 2, o aumento do

consumo de O2 causado pelo alto consumo de carboidratos poderia ser

significantemente minimizado pelo uso de emulsões lipídicas. Clinicamente, o aumento

da produção de CO2, causado pela administração de grandes quantidades de

carboidratos, poderia ser um fator crítico no paciente com reserva pulmonar marginal.

As emulsões lipídicas podem servir como uma fonte de calorias não-protéicas e são

associadas com menores índices de produção de CO2 quando comparados com

quantidades isocalóricas de carboidratos (1)

.

Efeito da emulsão lipídica na função pulmonar em pacientes queimados

O efeito da infusão de emulsão lipídica na função pulmonar foi determinado em 18

pacientes com queimaduras graves e lesões por inalação de fumaça.

Um suporte nutricional intensivo é essencial para pacientes que sofreram uma

queimadura grave, a fim de minimizar a morbidade e a mortalidade. Recentemente,

emulsões lipídicas tem se tornado o principal componente para a nutrição intravenosa.

A alta densidade calórica de emulsões lipídicas e a diminuição do coeficiente

respiratório, quando comparado com carboidratos, são claramente vantajosos, em

particular para o paciente com lesão inalatória.

Embora a nutrição enteral seja preferível em pacientes queimados, a nutrição total ou

parcial via intravenosa é frequentemente necessária para o suporte calórico ideal de

proteínas e calorias.

Emulsões lipídicas tem maiores vantagens como fonte de caloria para o paciente

queimado. A alta densidade calórica permite a administração de até 40% do total

especificado de caloria não-proteica em uma pequena quantidade de fluido. A baixa

osmolaridade, 260 mOsmol/L para a solução 10%, permite que a solução seja

administrada pela veia periférica.

A emulsão lipídica demonstrou ser uma forma segura para o suporte nutricional de

pacientes queimados quando usado em combinação com carboidrato e proteína (2)

Deficiência de ácidos graxos essenciais em prematuros

Para a melhor caracterização da deficiência de ácidos graxos em neonatos, foram

avaliados 63 prematuros por determinação de ácidos graxos no plasma para o nível de

ácido linoléico, a presença de um ácido trienóico anormal (5,8,11-eicosatrienoic acid

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[20:3 omega 9]), e a relação deste composto (trieno) ao ácido araquidônico (tetraeno).

Os dados indicaram que com 7 dias de vida, 67% dos prematuros apresentavam

baixos níveis de ácido linoléico, 62% apresentavam 20:3 ômega 9 facilmente

detectável, e 44% estavam com alta proporção de trieno/tetraeno. Lactentes

alimentados com emulsão lipídica por 2 dias apresentavam um nível médio normal de

linoleato com 7 dias de vida e nenhum deles apresentou 20:3 ômega 9 detectável em

10 dias. Em contrapartida, lactentes com até 7 dias de vida que não foram alimentados

com emulsão lipídica, apresentaram uma incidência anormal muito alta no nível de

ácidos graxos (3)

Referências Bibliográficas

1. Askanazi J; Nordenström J; Rosenbaum SH; Elwyn DH; Hyman AI; Carpentier YA;

Kinney JM. Nutrition for the patient with respiratory failure: glucose vs. fat.

Anesthesiology 1981; 54:373-377.

2. Demling RH; Tortella B. The effect of lipid infusion on pulmonary function in burn

patients with inhalation injury. J Burn Care Rehabil 1985; 6:222-225.

3. Farrell PM; Gutcher GR; Palta M; DeMets D. Essential fatty acid deficiency in

premature infants. Am J Clin Nutr 1988; 48:220-229.

4. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas

Lipovenos®

é uma emulsão lipídica homogênea, estéril e apirogênica utilizada como

fonte de energia e de ácidos graxos essenciais em pacientes que necessitam de

terapia nutricional parenteral. O tamanho de partículas e as propriedades biológicas de

são similares aos dos quilomícrons endógenos. Ao contrário dos

quilomícrons, Lipovenos®

não contém ésteres de colesterol ou apolipoproteínas e seu

conteúdo fosfolipídio é significativamente maior. Quando administrado juntamente com

aminoácidos, carboidratos, eletrólitos e vitaminas, compõe a nutrição parenteral. As

partículas lipídicas de Lipovenos®

são distribuídas e eliminadas da mesma maneira

que os quilomícrons naturais.

5. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para pacientes com: hipersensibilidade conhecida

à proteína do ovo ou soja; estados de colapso e choque agudo, hiperlipemia grave,

insuficiência hepática grave, síndrome hemofagocítica, desordens no metabolismo de

lipídios, diátese hemorrágica grave (tendência anormal ao sangramento), diabetes

mellitus desbalanceada com metabolismo instável, no primeiro trimestre da gravidez.

É também contraindicado para doenças agudas e com risco de morte. Estas

condições clínicas incluem: infarto recente do miocárdio, acidente vascular cerebral

(derrame), embolismo (bloqueio de um vaso sanguíneo por um coágulo de sangue ou

material estranho) e coma de causa inexplicada.

As contraindicações gerais para nutrição parenteral são: hipocalemia (deficiência de

potássio), condições de hiperidratação e desidratação hipotônica (deficiência de

eletrólitos e água).

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

6. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O nível sérico de triglicerídios deve ser checado diariamente. A concentração sérica de

triglicerídios durante a infusão não deve exceder 3 mmol/L para adultos. Somente

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iniciar nova infusão quando a concentração sérica de triglicerídios estiver no nível

basal.

O nível de glicose sanguínea (açúcar no sangue), balanço de eletrólitos e fluidos,

testes de função hepática e metabolismo ácido-base também precisam ser verificados

em intervalos regulares.

Deve-se interromper imediatamente a infusão do medicamento quando ocorrer

qualquer sinal ou sintoma de reação anafilática (como febre, tremores, erupção

cutânea ou dispnéia).

Lipovenos®

deve ser administrado cuidadosamente em pacientes que apresentam

metabolismo lipídico prejudicado como na insuficiência renal, diabetes melittus

descontrolada, pancreatite, função hepática comprometida, hipotireoidismo (se

hipertrigliceridêmico) e sepse.

Cuidados e advertências para populações especiais

- Neonatos e crianças

O monitoramento seguro para este tipo de paciente é o da concentração sérica de

triglicerídios. Através deste método é possível monitorar a eliminação de lipídio.

deve ser administrado cuidadosamente em neonatos e prematuros com

hiperbilirrubinemia (aumento anormal na quantidade de bilirrubina no sangue) e em

casos de suspeita de hipertensão pulmonar (elevação da pressão no pulmão). Em

neonatos prematuros submetidos a tratamentos com nutrição parenteral, por longo

tempo recomenda-se o monitoramento diário através da contagem de plaquetas,

testes hepáticos e concentração sérica de triglicerídeos.

- Gravidez e lactação

Não são conhecidos os efeitos de Lipovenos®

em mulheres grávidas ou lactantes.

só deve ser administrado às mulheres grávidas quando os benefícios

7. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Algumas substâncias, como insulina, podem interferir na função da lipase no

organismo. Entretanto, este tipo de interação parece não ter muita significância clínica.

Heparina administrada em doses clínicas pode causar uma liberação temporária da

lipase lipoprotéica na circulação sanguínea. Isso pode ocasionar em aumento da

lipólise no plasma seguido por uma diminuição transitória na eliminação de

triglicerídios.

Pode haver interação entre a vitamina K1, contida naturalmente no óleo de soja, e

derivados cumarínicos.

- Interações medicamento-exame laboratorial e não laboratorial

Lipovenos®

pode interferir em alguns exames laboratoriais como bilirrubina, lactato

desidrogenase, saturação de oxigênio, hemoglobina, caso o sangue tenha sido

coletado antes da eliminação dos lipídios administrados. Na maioria dos pacientes, a

eliminação lipídica do sangue se dá após 5 a 6 horas da sua administração.

8. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente não superior a 25°C. Não congelar. Proteger da

luz. Desde que armazenado sob condições adequadas, o medicamento tem prazo de

validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

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Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

Após aberto, deve ser utilizado imediatamente devido ao risco de contaminação

microbiológica.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

9. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A medicação deve ser administrada exclusivamente pela via intravenosa, sob o risco

de danos de eficácia terapêutica.

Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto

Agite antes de usar. Use apenas se a emulsão estiver homogênea e o frasco intacto.

Deve ser usado imediatamente depois de aberto. O conteúdo não utilizado deve ser

descartado e não deve ser estocado para uso posterior.

Lipovenos®

deve apenas ser misturado a outras soluções de infusão, concentrados

eletrolíticos ou outras drogas com compatibilidade comprovada. Quando o Lipovenos®

é misturado a outros nutrientes como eletrólitos, vitaminas ou oligoelementos para

complementar a nutrição parenteral, deve-se tomar cuidado com as técnicas

assépticas durante a etapa de mistura e em particular, com a compatibilidade. Sob

nenhuma circunstância Lipovenos®

deve ser armazenado após a adição de outros

componentes. A menos que algum outro dado de estabilidade esteja disponível, tal

mistura deverá ser consumida dentro de 24 horas.

Posologia:

é uma emulsão lipídica e pode ser administrada junto a soluções de

aminoácidos e carboidratos durante a nutrição parenteral, mas através de acessos e

sistemas separados. Se a infusão simultânea de duas soluções através de um sistema

com um final comum para ambas as soluções (bypass, tubo y) for considerada

clinicamente necessária, a compatibilidade entre as soluções deve ser

comprovadamente assegurada.

pode ser administrado pelo tempo em que for necessária a nutrição

parenteral.

pode ser administrado por veia periférica.

Salvo prescrito de outra forma e em função da necessidade energética do paciente,

não se deve administrar mais que 2 g de lipídios/ Kg / dia, o que corresponde a 20

mL de Lipovenos®

10%/Kg/dia (1000 mlL/paciente com 50 kg) e 10 mL de Lipovenos®

20%/Kg/dia (500 mL/paciente com 50 kg). Não exceder a taxa de infusão máxima de

0,1 g de lipídios/Kg /hora (equivalente a 1,25 mL de Lipovenos®

10% e 0,625 mL de

20%). No início da terapia nutricional parenteral com Lipovenos®

recomenda-se uma taxa de administração inicial lenta de 0,05 g/Kg /hora. Iniciar com

aproximadamente 5 gotas/minuto, aumentando após 30 minutos, até atingir uma taxa

máxima de 15 gotas/minuto.

10. REAÇÕES ADVERSAS

As seguintes reações adversas podem ocorrer com o uso de Lipovenos®

:

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Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): febre, náusea e vômito, calafrios e rubor.

Reações muito raras (< 1/10.000): reações anafilácticas, dor de cabeça, dor

gastrointestinal, fadiga, hemólises, reticulocitose, trombocitopenia (tratamento a longo

prazo em lactentes), hiper/hipotensão, erupções cutâneas, urticária, aumento

transitório nos resultados dos testes de função hepática, taquipnéia, priaprismo.

Pode ocorrer a síndrome da sobrecarga lipídica durante hipertrigliceridemia grave,

mesmo utilizando a posologia recomendada, causando mudança repentina no estado

clínico do paciente, tais como o comprometimento da função renal ou infecção. A

síndrome da sobrecarga lipídica é caracterizada pela hiperlipidemia, febre,

hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado), esplenomegalia (aumento do

tamanho do baço), anemia, leucopenia (redução de células brancas), trombocitopenia

(redução de plaquetas), alterações nos parâmetros de coagulação e coma.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em

Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/

notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

11. SUPERDOSE

A superdose grave de Lipovenos®

, sem a administração simultânea de uma solução

de carboidratos, pode levar a acidose metabólica.

A superdose (aumento do nível de TG > 3 mmol/L em adultos e TG > 1,7 mmol/L em

crianças) pode levar ao aparecimento de reações adversas (ver reações adversas

supracitadas). Se sintomas de superdose ocorrerem, a infusão deve ser diminuída ou

descontinuada. Caso ocorra um aumento acentuado nos níveis de glicose no sangue,

com a administração de Lipovenos®

, o mesmo deve ser suspenso.

A possibilidade de uma síndrome de sobrecarga lipídica deve sempre ser considerada.

Isso pode ser causado por metabolismos geneticamente diferentes, em casos

individuais e ocorre com velocidades variáveis, após diferentes doses e dependendo

das doenças anteriores.

A síndrome da sobrecarga lipídica é caracterizada pelos seguintes sintomas:

hiperlipidemia, febre, hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado), esplenomegalia

(aumento do tamanho do baço), anemia, leucopenia (redução de células brancas),

trombocitopenia (redução de plaquetas), alterações nos parâmetros de coagulação e

coma.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

DIZERES LEGAIS

M.S. 1.0041.0048

Farmacêutica Responsável: Cíntia M. P. Garcia CRF-SP 34871

Fabricado por:

Fresenius Kabi Áustria GmbH

Graz / Áustria

Importado por:

Fresenius Kabi Brasil Ltda.

Av. Marginal Projetada, 1652 – Barueri – SP

C.N.P.J. 49.324.221/0001-04 – Indústria Brasileira

SAC 0800 7073855

Uso restrito a hospitais

Venda sob prescrição médica

12. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado para fornecer as necessidades calóricas e de ácidos

graxos essenciais aos pacientes com deficiência em manter ou restabelecer, por

ingestão oral, um padrão normal desses ácidos graxos, tais como: estados pré e pós-

operatórios, queimaduras graves, politraumatizados, distúrbios de má absorção

gastrointestinal, caquexia, insuficiência renal, estados urêmicos, prematuros e recém-

nascidos de baixo peso.

13. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Nutrição para pacientes com falha respiratória: glicose versus emulsão lipídica

Foram estudados dois grupos de pacientes, um grupo com depleções nutricionais

crônicas e outro com doença aguda secundária a uma lesão ou infecção.

Grupo 1: grupo de cinco pacientes com depleção nutricional que tinham sofrido

patologia antecedente com perda de peso, e que necessitavam de nutrição parenteral

total. Pacientes deste grupo não tinham evidência de sepse e passaram por uma

cirurgia a mais de 3 semanas.

Grupo 2: grupo de vinte pacientes com doença aguda. Seis pacientes apresentavam

febre (temperatura > 38,6ºC) com resultado positivo para cultura de sangue e/ou

evidência de infecção na região infra-abdominal. Seis pacientes estavam com doença

aguda secundária à lesão. No caso de pacientes com sepse, muitos apresentaram

depleções nutricionais antes do desenvolvimento da sepse. Todos os estudos foram

conduzidos dentro da primeira semana pós-lesão.

Lipovenos_10_20_PLR_BU_02

Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

Foram estudadas as alterações na produção de CO2 e indução do consumo de O2,

usando glicose como única fonte calórica não protéica, ou com emulsões lipídicas.

Em ambos os grupos, o uso de emulsões lipídicas em quantidades moderadas

resultam em uma significante redução na produção de CO2 e consequentemente nos

requisitos ventilatórios. Adicionalmente, nos pacientes do Grupo 2, o aumento do

consumo de O2 causado pelo alto consumo de carboidratos poderia ser

significantemente minimizado pelo uso de emulsões lipídicas. Clinicamente, o aumento

da produção de CO2, causado pela administração de grandes quantidades de

carboidratos, poderia ser um fator crítico no paciente com reserva pulmonar marginal.

As emulsões lipídicas podem servir como uma fonte de calorias não-protéicas e são

associadas com menores índices de produção de CO2 quando comparados com

quantidades isocalóricas de carboidratos (1)

.

Efeito da emulsão lipídica na função pulmonar em pacientes queimados

O efeito da infusão de emulsão lipídica na função pulmonar foi determinado em 18

pacientes com queimaduras graves e lesões por inalação de fumaça.

Um suporte nutricional intensivo é essencial para pacientes que sofreram uma

queimadura grave, a fim de minimizar a morbidade e a mortalidade. Recentemente,

emulsões lipídicas tem se tornado o principal componente para a nutrição intravenosa.

A alta densidade calórica de emulsões lipídicas e a diminuição do coeficiente

respiratório, quando comparado com carboidratos, são claramente vantajosos, em

particular para o paciente com lesão inalatória.

Embora a nutrição enteral seja preferível em pacientes queimados, a nutrição total ou

parcial via intravenosa é frequentemente necessária para o suporte calórico ideal de

proteínas e calorias.

Emulsões lipídicas tem maiores vantagens como fonte de caloria para o paciente

queimado. A alta densidade calórica permite a administração de até 40% do total

especificado de caloria não-proteica em uma pequena quantidade de fluido. A baixa

osmolaridade, 260 mOsmol/L para a solução 10%, permite que a solução seja

administrada pela veia periférica.

A emulsão lipídica demonstrou ser uma forma segura para o suporte nutricional de

pacientes queimados quando usado em combinação com carboidrato e proteína (2)

Deficiência de ácidos graxos essenciais em prematuros

Para a melhor caracterização da deficiência de ácidos graxos em neonatos, foram

avaliados 63 prematuros por determinação de ácidos graxos no plasma para o nível de

ácido linoléico, a presença de um ácido trienóico anormal (5,8,11-eicosatrienoic acid

[20:3 omega 9]), e a relação deste composto (trieno) ao ácido araquidônico (tetraeno).

Os dados indicaram que com 7 dias de vida, 67% dos prematuros apresentavam

baixos níveis de ácido linoléico, 62% apresentavam 20:3 ômega 9 facilmente

detectável, e 44% estavam com alta proporção de trieno/tetraeno. Lactentes

alimentados com emulsão lipídica por 2 dias apresentavam um nível médio normal de

linoleato com 7 dias de vida e nenhum deles apresentou 20:3 ômega 9 detectável em

10 dias. Em contrapartida, lactentes com até 7 dias de vida que não foram alimentados

com emulsão lipídica, apresentaram uma incidência anormal muito alta no nível de

ácidos graxos (3)

Referência Bibliográficas

1. Askanazi J; Nordenström J; Rosenbaum SH; Elwyn DH; Hyman AI; Carpentier YA;

Kinney JM. Nutrition for the patient with respiratory failure: glucose vs. fat.

Anesthesiology 1981; 54:373-377.

2. Demling RH; Tortella B. The effect of lipid infusion on pulmonary function in burn

patients with inhalation injury. J Burn Care Rehabil 1985; 6:222-225.

14. Farrell PM; Gutcher GR; Palta M; DeMets D. Essential fatty acid deficiency in

premature infants. Am J Clin Nutr 1988; 48:220-229.

15. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas

Este medicamento tem propriedades biológicas e é metabolizado de maneira

semelhante a dos quilomícrons endógenos.

Lipovenos®

PLR fornece energia, componentes essenciais para a estrutura celular e

para a síntese de eicosanóides.

PLR é eliminado da circulação pela mesma via que os quilomícrons

endógenos, pelo menos no início do catabolismo.

16. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para pacientes com: desordens no metabolismo

de lipídios, diátese hemorrágica grave (tendência anormal ao sangramento), diabetes

mellitus desbalanceada com metabolismo instável, no primeiro trimestre da gravidez e

para pacientes alérgicos à proteína de ave.

É também contraindicado para todos os tipos de doenças agudas e com risco de

morte. Estas condições clínicas incluem: estados de colapso e choque, infarto recente

do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame), embolismo (bloqueio de um vaso

sanguíneo por um coágulo de sangue ou material estranho) e coma de causa

inexplicada.

As contraindicações gerais para nutrição parenteral são: hipocalemia (deficiência de

potássio), condições de hiper-hidratação e desidratação hipotônica (deficiência de

eletrólitos e água).

17. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O nível sérico de triglicerídeos deve ser checado diariamente. O nível de glicose

sanguínea (açúcar no sangue), metabolismo ácido-base, balanço de eletrólitos e água

também precisam ser verificados em intervalos regulares.

A concentração sérica de triglicerídeos durante a infusão de lipídios não deve exceder

3 mmol/L para adultos e 1,7 mmol/L para crianças.

A administração de Lipovenos®

PLR em pacientes pediátricos com hiperbilirrubinemia

(aumento anormal na quantidade de bilirrubina no sangue) deve ser monitorada

cuidadosamente (relação risco/ benefício). A bilirrubina (pigmento amarelo que é

produto da degradação do sangue) deve ser rigorosamente checada quando se

administra uma emulsão lipídica. Há risco de ocorrer Kernicterus, uma doença que se

caracteriza pelo aumento de bilirrubina nos gânglios da base; tronco cerebral e

cerebelo.

Cuidados e advertências para populações especiais

- Neonatos e crianças

Para este tipo de paciente, deve-se monitorar os níveis da concentração sérica de

triglicerídeos. Através deste método é possível monitorar a eliminação de lipídios.

Lipovenos®

PLR deve ser administrado cuidadosamente em neonatos e prematuros

com hiperbilirrubinemia (aumento anormal na quantidade de bilirrubina no sangue) e

em casos de suspeita de hipertensão pulmonar (elevação da pressão no pulmão). Em

neonatos prematuros submetidos a tratamentos com nutrição parenteral, por longo

tempo recomenda-se o monitoramento através da contagem de plaquetas, testes

hepáticos e concentração sérica de triglicerídeos.

- Gravidez e lactação

Não são conhecidos os efeitos de Lipovenos®

10% PLR em mulheres grávidas ou

lactentes.

Categoria de risco na gravidez: C.

Lipovenos_10_20_PLR_BU_02

Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

18. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Algumas substâncias, como insulina, podem interferir na função da lipase no

organismo. Entretanto, este tipo de interação parece não ter muita significância clínica.

Heparina administrada em doses clínicas pode causar uma liberação temporária da

lipase lipoprotéica na circulação sanguínea. Isso pode ocasionar em aumento da

lipólise no plasma seguido por uma diminuição transitória na eliminação de

triglicerídios.

Pode haver interação entre a vitamina K1, contida naturalmente no óleo de soja, e

derivados cumarínicos

19. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura não superior a 25°C e proteger da luz. Desde que

armazenado sob condições adequadas, o medicamento tem prazo de validade de 24

meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

Após aberto, deve ser utilizado imediatamente devido ao risco de contaminação

microbiológica.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

20. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A medicação deve ser administrada exclusivamente pela via intravenosa, sob o risco

de danos de eficácia terapêutica.

Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto

Use apenas se a emulsão estiver homogênea e o frasco intacto.

Deve ser usado imediatamente depois de aberto. O conteúdo não utilizado deve ser

descartado e não deve ser estocado para uso posterior.

Emulsões lipídicas não devem ser misturadas com outros medicamentos, exceto com

produtos para nutrição parenteral com compatibilidade documentada. Quando o

Lipovenos®

PLR é misturado a outros nutrientes como eletrólitos, vitaminas ou

oligoelementos para complementar a nutrição parenteral, deve-se tomar cuidado com

as técnicas assépticas durante a etapa de mistura e em particular, com a

compatibilidade. Sob nenhuma circunstância Lipovenos®

PLR deve ser armazenado

após a adição de outros componentes. A menos que algum outro dado de estabilidade

esteja disponível, tal mistura deverá ser consumida dentro de 24 horas.

Incompatibilidades podem ocorrer através da adição de cátions polivalentes (por

exemplo, cálcio) especialmente quando combinados com heparina. Lipovenos®

PLR

deve apenas ser misturado a outras soluções de infusão, concentrados eletrolíticos ou

outras drogas com compatibilidade comprovada.

Posologia:

Lipovenos_10_20_PLR_BU_02

Adequação à RDC 47/09_14/07/2010

PLR é uma emulsão lipídica, e pode ser administrada junto a soluções de

aminoácidos e carboidratos durante a nutrição parenteral, mas através de acessos e

sistemas separados. Se a infusão simultânea de duas soluções através de um sistema

com um final comum para ambas as soluções (bypass, tubo y) for considerada

clinicamente necessária, a compatibilidade entre as soluções deve ser

comprovadamente assegurada.

PLR pode ser administrado pelo tempo em que for necessária a nutrição

parenteral.

Neonatos e crianças:

A menos que esteja prescrito de outra forma, administrar:

1 a 2 g lipídio/kg/dia = 10 – 20 mL Lipovenos®

PLR/kg/dia

Em casos de um aumento das necessidades energéticas, aumentar a dose para até

um máximo de 3 g lipídio/kg/dia, isto é, 30 mL de Lipovenos®

PLR/kg/dia.

Para Adultos:

1 a 2 g lipídio/kg/dia = 10 – 20 ml Lipovenos®

Taxa de infusão:

Um máximo de 0,125 g lipídio/kg/hora = 1,25 mL/Kg/h. Entretanto, no início da terapia

nutricional parenteral com Lipovenos®

PLR, recomenda-se uma taxa de administração

inicial lenta de 0,05 g lipídio/kg/hora.

Para um paciente de 70 kg, a infusão deve ser iniciada com aproximadamente 10

gotas/minuto e aumentada gradualmente para no máximo 26 gotas/minuto após 30

minutos.

21. REAÇÕES ADVERSAS

Possíveis reações logo após a administração de emulsões lipídicas são: ligeiro

aumento da temperatura, sensação de calor/ sensação de frio, calafrios, sensação

anormal de rubor ou cianose, perda de apetite, náusea, vômito, falta de ar, dor na

cabeça, nos ossos, no peito ou costas, e priaprismo (em casos muito raros).

Se esses efeitos ocorrerem, ou se o nível de triglicerídeos aumentar durante a infusão

de lipídios para valores acima de 3 mmol/L em adultos e 1,7 mmol/L em crianças, a

infusão de lipídios deve ser interrompida ou, se necessário, reduzir a dose.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em

Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/

notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.