Bula do Lisinopril produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
lisinopril
Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999.
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Comprimidos 10 mg e 20 mg
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
lisinopril de 10 mg ou 20 mg em embalagens com 30 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
lisinopril.......................................................................10 mg................................................................20 mg
excipientes q.s.p ....................................................1 comprimido.............................................1 comprimido
(Excipientes: manitol, fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, amido de milho pré-gelatinizado,
estearato de magnésio, corante FD&C Nº 6 amarelo crepúsculo).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hipertensão
O lisinopril é indicado para o tratamento da hipertensão essencial e renovascular. Pode ser usado como
monoterapia ou associado a outras classes de agentes anti-hipertensivos.
Insuficiência Cardíaca Congestiva
O lisionopril é indicado para o controle da insuficiência cardíaca congestiva, como tratamento adjuvante
com diuréticos e, quando apropriado, digitálicos. Doses elevadas reduzem o risco de mortalidade e
hospitalização.
Infarto Agudo do Miocárdio
O lisinopril indicado para o tratamento de pacientes hemodinamicamente estáveis que sofreram infarto
agudo do miocárdio nas últimas 24 horas, para prevenir o desenvolvimento subsequente de disfunção do
ventrículo esquerdo ou insuficiência cardíaca, além de melhorar a sobrevida. Os pacientes devem receber,
apropriadamente, o tratamento padrão recomendado tal como: trombolíticos, ácido acetilsalicílico e beta-
bloqueadores.
Complicações Renais e Retinianas de Diabetes Mellitus
O lisinopril reduz a taxa de excreção urinária de albumina em pacientes diabéticos normotensos
insulinodependentes e em pacientes diabéticos hipertensos não insulino-dependentes que apresentam
nefropatia incipiente caracterizada por microalbuminúria. O lisinopril reduz o risco de progressão de
retinopatia em pacientes diabéticos normotensos insulino-dependentes.
Hipertensão
Em dois estudos de dose-resposta, 438 pacientes portadores de hipertensão leve a moderada receberam
lisinopril uma vez ao dia. A pressão foi verificada após 24 horas. Apesar de já haver resposta com
5 mg/dia em alguns pacientes, a eficácia foi maior nas doses de 10, 20 e 80 mg/dia. Em estudos
controlados, 20 a 80 mg de lisinopril foram comparados com 12,5 a 50 mg/dia de hidroclorotiazida e 50 a
200 mg/dia de atenolol em pacientes com hipertensão leve a moderada e com metoprolol 100 a 200
mg/dia em pacientes portadores de hipertensão, moderada a grave. O lisinopril foi superior à
hidroclorotiazida e semelhante ao atenolol e metoprolol na redução da pressão diastólica e foi superior às
três medicações na redução da pressão sistólica (Herpin D, Conte D. J Hum Hypertens. 1989; 3: 11;
Bethesda, Md: National Heart, Lung, and Blood Institute. NIH Publication 03-5233. May 2003).
Insuficiência Cardíaca Congestiva
O efeito de lisinopril na mortalidade e morbidade em insuficiência cardíaca congestiva foi estudado,
comparando-se uma dose alta (32,5 mg ou 35 mg uma vez ao dia) com uma dose baixa (2,5 mg ou 5 mg
uma vez ao dia). Em um estudo realizado com 3164 pacientes, durante período médio de 46 meses de
acompanhamento, a dose alta de lisinopril produziu, no tempo final combinado, uma redução de 12% do
risco de mortalidade e hospitalização de todas as possíveis causas (p = 0,002), e uma redução de 8% do
risco de mortalidade de todas as possíveis causas e de hospitalização cardiovascular (p = 0,036) em
comparação com a dose baixa. Foram observadas reduções no risco de mortalidade de todas as causas
(8%; p = 0,128) e de mortalidade cardiovascular (10%; p = 0,073). Em uma análise post-hoc, o número de
hospitalizações por insuficiência cardíaca foi reduzido em 24% (p = 0,002) em pacientes tratados com a
dose alta de lisinopril em comparação com a dose baixa. Os benefícios sintomáticos foram similares em
pacientes tratados com doses altas e baixas de lisinopril.
Os resultados do estudo mostraram que os perfis globais de eventos adversos para pacientes tratados com
dose alta ou baixa de lisinopril foram similares quanto à natureza e ao número. Eventos previsíveis
resultantes da inibição da ECA, tais como, hipotensão ou função renal alterada, foram controláveis e
raramente levaram a descontinuação do tratamento. Tosse foi menos frequente em pacientes tratados com
dose elevada de lisinopril em comparação com dose baixa. (Packer M et al. Eur Heart J 1998; 19; 142
Abstract 905; Packer M et al. Circulation 1999; 100; 2312).
Infarto Agudo do Miocárdio
No estudo GISSI-3, o qual foi usado um desenho fatorial 2 x 2 para comparar os efeitos de lisinopril e
gliceril trinitrato usados sozinhos ou em combinação por 6 semanas comparados com controle em 19.394
pacientes nos quais foi administrado tratamento dentro de 24 horas após um infarto agudo do miocárdio,
lisinopril produziu uma redução estatisticamente significativa do risco da mortalidade de 11% versus
controle (2p = 0,03). A redução do risco com uso de gliceril trinitrato não foi significativa, mas a
combinação de lisinopril e gliceril trinitrato produziu uma significativa redução do risco de mortalidade
de 17% versus controle (2p = 0,02). Em um subgrupo de idosos (idade > 70 anos) e mulheres, pré-
definidos como pacientes de alto risco de mortalidade, um benefício significativo foi observado para
combinação dos desfechos de mortalidade e função cardíaca. A combinação dos desfechos para todos os
pacientes, como também os subgrupos de alto risco, também demonstrou benefício significativo para os
tratamentos com lisinopril aos 6 meses ou lisinopril mais gliceril trinitrato por 6 semanas, indicando os
efeitos preventivos para lisinopril. Como esperado para qualquer tratamento com vasodilatadores, o
aumento das incidências de hipotensão e disfunção renal estão associados ao tratamento com lisinopril,
mas não estão associados a um aumento proporcional da mortalidade (Gissi-3 study Investigators. Lancet
1994; 343: 115; Gissi-3 study Investigators. Am J Coll Cardiol 1996; 27: 337).
Complicações Renais e Retinianas de Diabetes Mellitus
Pode-se prevenir praticamente todas as complicações do diabetes com os inibidores da ECA. Em
pacientes portadores de diabetes do tipo I e microalbuminúria, que receberam lisinopril apresentaram um
risco menor de progressão para macroalbuminúria e esse efeito se manteve quando ajustado para as
variações na pressão arterial. Houve também a diminuição do risco para progressão em pacientes já com
macroalbuminúria.
O tratamento com inibidores da ECA está associado a menores níveis de fator de crescimento endotelial
vascular (VEGF) em pacientes portadores de retinopatia proliferativa diabética e estudos sugerem um
forte potencial de uso dos inibidores da ECA no tratamento da retinopatia diabética. (Bell DSH Endocr
Prac 2001; 7: 59; Chaturvedi-N et al. Lancet 1997; 351 (9095): 28; Hogeboom van Buggenum IM et al.
Diabetologia 2002; 45: 203; Moravski C J et al. Am J Pathol. 2003; 162: 151).Em um estudo clínico
duplo-cego, randomizado, multicêntrico o qual comparou lisinopril com um bloqueador dos canais de
cálcio em 335 pacientes hipertensos e com diabetes tipo 2 com nefropatia incipiente caracterizada pela
microalbuminúria, lisinopril 10 a 20 mg administrado uma vez ao dia por 12 semanas, reduziu a pressão
sistólica/diastólica em 13/10 mmHg e o valor de excreção urinária de albumina em 40%. Quando
comparado com bloqueadores dos canais de cálcio, os quais produzem uma redução similar da pressão
sanguínea, todos os pacientes tratados com lisinopril mostraram uma redução significativamente maior
nos níveis de excreção urinária de albumina, demonstrando que a ação inibitória da ECA de lisinopril
reduziu a microalbuminúria por um mecanismo direto nos tecidos renais além do seu efeito hipotensor
(Agardh CD et al. J Hum Hypertens 1996; 10: 185).
O lisinopril é um inibidor da peptidil dipeptidase. Ele inibe a enzima conversora da angiotensina (ECA)
que catalisa a conversão da angiotensina I ao peptídeo vasoconstritor, angiotensina II. A angiotensina II
estimula também a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal. A inibição da ECA resulta em
concentrações diminuídas de angiotensina II, as quais resultam em diminuição da atividade vasopressora
e redução da secreção de aldosterona. A diminuição tardia da aldosterona pode resultar em um aumento
da concentração sérica de potássio.
Acredita-se que o mecanismo pelo qual o lisinopril diminui a pressão arterial é principalmente a
supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Entretanto, o lisinopril é eficaz na redução da
pressão arterial mesmo em pacientes hipertensos com baixa renina. A ECA é idêntica à cininase II,
enzima que degrada a bradicinina. Ainda não está elucidado se níveis aumentados de bradicinina, um
potente peptídeo vasodilatador, exercem papel importante sobre os efeitos terapêuticos do lisinopril. É
sabido que a ECA está presente no endotélio e que a atividade aumentada da ECA em pacientes
diabéticos, que resulta na formação de angiotensina II e destruição de bradicinina, potencializa os danos
ao endotélio causados por hiperglicemia. Os inibidores da ECA, incluindo lisinopril, inibem a formação
de angiotensina II e a degradação da bradicinina, melhorando consequentemente a disfunção endotelial.
Os efeitos de lisinopril na taxa de excreção urinária de albumina e na progressão de retinopatia em
pacientes diabéticos são mediados pela redução na pressão sanguínea, bem como pelo mecanismo direto
nos tecidos retinal e renal.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral de lisinopril, o pico de concentração sérica ocorre em cerca de 7 horas, apesar de
haver uma tendência a um pequeno retardo no tempo para alcançar o pico de concentração sérica em
pacientes com infarto agudo do miocárdio. Baseado na recuperação urinária, a extensão média de
absorção de lisinopril é de aproximadamente 25%, com variações entre os pacientes (6-60%) em todas as
doses testadas (5-80 mg). A biodisponibilidade absoluta é reduzida em aproximadamente 16% em
pacientes com insuficiência cardíaca. A absorção de lisinopril não é afetada pela presença de alimentos.
Distribuição
O lisinopril parece não ligar-se às outras proteínas séricas, diferentemente da enzima conversora de
angiotensina circulante (ECA). Estudos em ratos indicam que o lisinopril pouco atravessa a barreira
hematoencefálica.
Eliminação
O lisinopril não é metabolizado e o fármaco absorvido é inteiramente excretado inalterado na urina. Em
doses múltiplas, o lisinopril possui uma meia-vida efetiva de acúmulo de 12,6 horas. A depuração
plasmática de lisinopril em pacientes sadios é de aproximadamente 50 mL/min. O declínio das
concentrações séricas exibe uma fase terminal prolongada que não contribui para o acúmulo do fármaco.
Essa fase terminal provavelmente representa ligações saturadas à ECA e não é proporcional à dose.
Insuficiência hepática
O comprometimento da função hepática em pacientes com cirrose resultou na diminuição da absorção de
lisinopril (cerca de 30% determinado pela recuperação urinária) e um aumento na exposição
(aproximadamente 50%) comparada a voluntários sadios devido à diminuição da depuração plasmática.
Insuficiência renal
O comprometimento da função renal diminui a eliminação de lisinopril, que é excretado via renal, mas
essa diminuição torna-se clinicamente importante somente quando a velocidade de filtração glomerular é
menor que 30 mL/min.
Tabela 1: Parâmetros farmacocinéticos de lisinopril para diferentes grupos de pacientes renais após
administração de múltiplas doses de 5 mg
Função renal avaliada pelo
clearance de creatinina
N
Cmax
(ng/L)
tmax
(h)
ASC0-24h
(ng.h/mL)
T ½ (h)
> 80 mL/min 6 40,3 6 492 +/- 172 6,0 +/- 1,1
30-80 mL/min 6 36,6 8 555 +/- 364 11,8 +/- 1,9
5-30 mL/min 6 106,7 8 2228 +/- 938 19,5 +/- 5,2
Com um clearance de creatinina de 30-80 mL/min, o valor da ASC média aumentou apenas 13%,
enquanto que o valor médio da ASC aumentou 4-5 vezes com o clearance de creatinina de 5-30 mL/min.
O lisinopril pode ser removido por diálise. Durante 4 horas de hemodiálise, a concentração plasmática
média de lisinopril diminuiu em 60%, com uma depuração da diálise entre 40 e 55 mL/min.
Insuficiência cardíaca
Pacientes com insuficiência cardíaca têm uma maior exposição de lisinopril comparado com voluntários
sadios (um aumento da média ASC de 125%), mas baseado na recuperação urinária de lisinopril, há uma
redução da absorção de aproximadamente 16% comparada com voluntários sadios.
Idosos
Pacientes idosos apresentam níveis sanguíneos mais elevados e valores da ASC mais elevados (aumento
de aproximadamente 60%) em comparação com pacientes mais jovens.
O lisinopril é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade ao lisinopril ou aos outros
componentes da fórmula, pacientes com histórico de angioedema relacionado ao tratamento prévio com
inibidor da ECA, pacientes com angioedema hereditário ou idiopático, no segundo e terceiro trimestres de
gestação, em combinação com medicamentos contendo alisquireno para pacientes com diabetes mellitus
(tipo I e II) ou com insuficiência renal moderada a grave (TGF < 60mL/min/1,73m2).
Neutropenia/agranulocitose
O captopril, outro inibidor da ECA, tem mostrado causar agranulocitose e depressão da medula óssea,
raramente em pacientes não complicados, porém com maior frequência em pacientes com prejuízo da
função renal, especialmente se estes possuírem também uma desordem vascular do colágeno. A avaliação
de dados clínicos experimentais com lisinopril são insuficientes para demonstrar que este não cause
agranulocitose em níveis semelhantes. Experiência pós-lançamento do lisinopril tem revelado raros casos
de neutropenia e depressão da medula óssea na qual uma relação causal com o lisinopril não pode ser
excluída. Em pacientes com distúrbios vascular do colágeno e renal, deve-se considerar a monitoração
periódica da contagem de glóbulos brancos no sangue.
Hipotensão sintomática
Tem ocorrido raramente em pacientes com hipertensão não complicada. Em pacientes hipertensos que
estejam recebendo lisinopril, há maior probabilidade de ocorrer hipotensão se o paciente estiver depletado
de volume, por exemplo, devido à terapia diurética, restrição dietética de sal, diálise, diarreia ou vômitos.
Foi observada hipotensão sintomática em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, com ou sem
insuficiência renal associada. É mais provável que isto ocorra em pacientes com graus mais graves de
insuficiência cardíaca (uso de altas doses de diuréticos de alça, hiponatremia ou comprometimento da
função renal). Em pacientes com risco elevado de hipotensão sintomática, o início da terapia e o ajuste da
dose de lisinopril e/ou diurético devem ser monitorados sob cuidadosa supervisão médica. Considerações
semelhantes aplicam-se aos pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença vascular cerebral, nos quais a
redução excessiva da pressão arterial poderia resultar em infarto do miocárdio ou acidente vascular
cerebral. Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, deve
receber infusão intravenosa de soro fisiológico. Uma resposta hipotensiva transitória não é uma
contraindicação ao tratamento, que pode continuar normalmente, uma vez que a pressão arterial aumentou
após a expansão de volume. Assim como outros vasodilatadores, o lisinopril deve ser administrado com
cautela em pacientes com estenose aórtica ou com cardiomiopatia hipertrófica. Com o uso de lisinopril
podem ocorrer decréscimos adicionais da pressão arterial sistêmica em alguns pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva que tenham pressão arterial normal ou baixa. Este efeito é previsto e, geralmente, não
é razão para a interrupção do tratamento. Se a hipotensão se tornar sintomática, pode ser necessária a
redução da dose ou a suspensão de lisinopril.
Hipotensão em infarto agudo do miocárdio
Tratamento com lisinopril não deve ser iniciado no infarto agudo do miocárdio em pacientes sob risco de
grave deterioração hemodinâmica após tratamento com um vasodilatador. Isto é em pacientes com
pressão sistólica menor ou igual a 100 mmHg ou choque cardiogênico. Durante os 3 primeiros dias após o
infarto, a dose deve ser reduzida caso a pressão sistólica seja menor ou igual a 120 mmHg. Doses de
manutenção devem ser reduzidas a 5 mg ou temporariamente a 2,5 mg caso a pressão sistólica seja menor
ou igual a 100 mmHg. Se a hipotensão persistir (pressão sistólica inferior a 90 mmHg por mais de uma
hora) então lisinopril deve ser descontinuado. Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
(SRAA) com medicamentos contendo alisquireno. O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-
aldosterona pela combinação de lisinopril com alisquireno não é recomendado devido ao aumentado risco
de hipotenção, hipercalaemia e alterações na função renal.
Cirurgia/anestesia
Em pacientes submetidos a grandes cirurgias ou sob anestesia com agentes que produzem hipotensão,
lisinopril pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina.
Se ocorrer hipotensão e for considerada como decorrente deste mecanismo, pode-se corrigi-la através de
expansão de volume.
Comprometimento da função renal
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, a hipotensão que segue após o início da terapia com
inibidores da ECA pode levar a algum comprometimento da função renal. Insuficiência renal aguda,
normalmente reversível, foi observada nessa situação. Em alguns pacientes com estenose da artéria renal
bilateral ou estenose da artéria de rim único, que foram tratados com inibidores da ECA, foram
observados aumentos da ureia sanguínea e da creatinina sérica, geralmente reversíveis com a interrupção
da terapia. Isto é especialmente provável em pacientes com insuficiência renal. Se hipertensão
renovascular também estiver presente, há um risco maior de ocorrer hipotensão grave e insuficiência
renal. Nestes pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão médica, com baixas
doses e com uma cuidadosa titulação de dose. Uma vez que o tratamento com diuréticos pode ser um
fator contribuinte para o caso acima, o mesmo deve ser descontinuado e a função renal deve ser
monitorada durante as primeiras semanas de tratamento com lisinopril. Alguns pacientes hipertensos sem
doença vascular renal pré-existente aparente desenvolveram aumentos de ureia sanguínea e creatinina
sérica, geralmente pequenos e transitórios, especialmente quando lisinopril foi administrado
concomitantemente a um diurético. Esta ocorrência é mais provável em pacientes com disfunção renal
pré-existente. Pode ser necessária a redução da dose e/ou interrupção do diurético e/ou de lisinopril.
No infarto agudo do miocárdio, o tratamento com lisinopril não deve ser iniciado em pacientes com
evidência de disfunção renal, definida como concentrações de creatinina sérica excedendo 177
micromol/L e/ou proteinúria excedendo 500 mg/24 h. Se a disfunção renal se desenvolver durante o
tratamento com lisinopril (concentrações de creatinina sérica excedendo 265 micromol/L ou o dobro do
valor do pré-tratamento), então o médico deve considerar a descontinuação de lisinopril.
Hipersensibilidade/edema angioneurótico
Edemas angioneuróticos de face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe foram raramente
relatados em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive lisinopril. Isto pode ocorrer a qualquer
momento durante o tratamento. Nesses casos, lisinopril deve ser descontinuado imediatamente e
tratamento e monitoração adequados devem ser instituídos para assegurar o completo desaparecimento
dos sintomas antes de liberar o paciente. Até mesmo nos casos sem dispneia respiratória, nos quais
somente o inchaço da língua está presente, os pacientes podem necessitar de observação prolongada, uma
vez que o tratamento com anti-histamínicos e corticosteroides pode não ser suficiente. Muito raramente,
foram relatadas fatalidades com edema angioneurótico associado a edema de laringe e da língua.
Pacientes com comprometimento de língua, glote ou laringe, que podem apresentar obstrução das vias
aéreas, especialmente aqueles com um histórico de cirurgia das vias aéreas. Nestes casos, deve-se
administrar imediatamente terapia de emergência, que pode incluir administração de adrenalina e/ou
manutenção das vias desobstruídas. O paciente deve estar sob constante supervisão médica até a completa
resolução dos sintomas ocorridos. Pacientes com história de edema angioneurótico não relacionado a
tratamento com inibidores da ECA podem estar sob risco maior de desenvolver edema angioneurótico
enquanto estiverem recebendo um inibidor da ECA.
Pacientes diabéticos
Em pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais ou insulina, o controle da glicemia deve
ser cuidadosamente monitorado durante o primeiro mês de tratamento com lisinopril (ver item Interações
Medicamentosas).
Pacientes em hemodiálise
Reações anafilactóides foram relatadas em pacientes que sofreram certos procedimentos de hemodiálise
(por exemplo: com a membrana de alto fluxo AN 69 e durante aférese de lipoproteínas de baixa
densidade (LDL) com sulfato de dextrana) e tratados concomitantemente com um inibidor da ECA.
Nesses pacientes deve ser considerado o uso de uma membrana de diálise diferente ou uma diferente
classe de agentes anti-hipertensivos.
Dessensibilização: Pacientes recebendo inibidores da ECA durante tratamento de dessensibilização (por
exemplo: veneno de hymenoptera) apresentaram reações anafilactoides. Nos mesmos pacientes, essas
reações foram evitadas com a descontinuação temporária dos inibidores da ECA, mas reapareceram com
o reinício inadvertido da terapia.
Etnias: Há uma maior incidência de angioedema em pacientes negros do que nos demais pacientes
recebendo inibidores da ECA Inibidores da ECA podem ter um menor efeito na pressão arterial em
pacientes negros hipertensos que nos demais pacientes hipertensos.
Tosse: Foi relatada tosse com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, a tosse é não produtiva,
persistente e se resolve após a descontinuação do tratamento. Tosse induzida por inibidores da ECA deve
ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
O lisinopril é contraindicado no segundo e terceiro trimestres de gestação. O uso de lisinopril durante o
primeiro trimestre de gravidez não é recomendado. Quando a gravidez é detectada, lisinopril deve ser
descontinuado o mais rápido possível.
Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados à
gestantes durante o segundo e terceiro trimestres. O uso de inibidores da ECA durante esse período foi
associado com dano fetal e neonatal, incluindo hipotensão, disfunção renal, hipercalemia e/ou hipoplasia
do crânio no recém-nascido. Oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando diminuição da
função renal fetal, ocorreu e pode resultar em contratura dos membros, deformações craniofaciais e
desenvolvimento de pulmão hipoplástico. Se houver exposição à lisinopril durante o segundo e terceiro
trimestres de gravidez exames de ultrassonografia consecutivos devem ser realizados para avaliar o
ambiente intra-amniótico. Entretanto, as pacientes e os médicos devem estar cientes de que o
oligoidrâmnio pode não aparecer até que o dano causado ao feto seja irreversível. Recém-nascidos cujas
mães receberam lisinopril devem ser observados atentamente quanto à hipotensão, oligúria e
hipercalemia. O lisinopril, que atravessa a barreira placentária, tem sido removido da circulação neonatal
por diálise peritoneal com algum benefício clínico e teoricamente pode ser removido por transfusão
exsanguínea. Estes efeitos adversos ao embrião e ao feto aparentemente não resultam da exposição
intrauterina ao inibidor da ECA limitada ao primeiro trimestre de gravidez. Um estudo epidemiológico
retrospectivo sugere que a exposição materna ao inibidor da ECA durante o primeiro trimestre de
gravidez, pode levar a um aumento do risco de má-formações, particularmente cardiovascular e do SNC.
Caso o lisinopril seja usado durante o primeiro trimestre de gravidez, a paciente deve ser informada sobre
o risco potencial para o feto.
Uso durante a lactação
Não se sabe se o lisinopril é excretado no leite materno. Como muitos medicamentos são excretados no
leite materno, deve-se ter cuidado se lisinopril for prescrito a lactantes.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Quando dirigir veículos ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que pode ocorrer
ocasionalmente tontura ou fadiga durante o tratamento de hipertensão.
Atenção diabéticos: este medicamento contém manitol
Uso pediátrico
Anti-hipertensivos
Quando combinado com outros medicamentos anti-hipertensivos, pode ocorrer queda aditiva da pressão
arterial. A combinação de lisinopril com medicamentos contendo alisquireno deve ser evitada.
Diuréticos
Quando um diurético é acrescentado à terapia com lisinopril o efeito anti-hipertensivo é geralmente
potencializado. Pacientes que já utilizam diuréticos e especialmente aqueles nos quais a terapia diurética
tenha sido recentemente instituída podem ocasionalmente apresentar excessiva redução da pressão arterial
quando lisinopril é acrescentado. A possibilidade de hipotensão sintomática com lisinopril pode ser
minimizada com a interrupção do diurético antes da introdução do tratamento com lisinopril.
Antidiabéticos
Estudos epidemiológicos têm sugerido que a administração concomitante de inibidores da ECA e
medicamentos antidiabéticos (insulina, hipoglicemiantes orais) pode causar um aumento do efeito
hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. Este fenômeno aparece com mais frequência durante as
primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com insuficiência renal. Suplementos de
potássio, agentes poupadores de potássio ou substitutos do sal de cozinha contendo potássio. Embora
estudos clínicos demonstrem que o potássio sérico geralmente se mantém dentro dos limites normais,
hipercalemia ocorreu em alguns pacientes. Os fatores de risco para o desenvolvimento da hipercalemia
incluem insuficiência renal, diabetes mellitus e uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio
(por ex.: espironolactona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal de
cozinha contendo potássio. O uso destes agentes, especialmente em pacientes com comprometimento da
função renal, pode levar a um aumento significativo do potássio sérico.
Se o uso concomitante de lisinopril com qualquer um dos agentes acima mencionados é julgado
apropriado, eles devem ser feitos com cautela, e com monitoração frequente do potássio sérico. Se
lisinopril é administrado com um diurético depletor de potássio a hipocalemia induzida pelo diurético
pode ser amenizada.
Lítio
Assim como ocorre com outros fármacos que eliminam sódio, a eliminação de lítio pode ser diminuída.
Portanto, os níveis séricos de lítio devem ser cuidadosamente monitorados se sais de lítio são
administrados.
Ouro (por ex.: aurotiomalato de sódio)
Reações nitritoides (sintomas de vasodilatação incluindo rubor, náuseas, tontura e hipotensão que podem
ser muito graves) foram relatadas com maior frequência em pacientes tratados com inibidores da ECA
após aplicações de injeções de ouro (por exemplo, aurotiomalato de sódio).
Outros medicamentos
A indometacina pode diminuir a eficácia anti-hipertensiva de lisinopril quando administrados
concomitantemente. Em alguns pacientes com comprometimento da função renal, que estão sendo
tratados com anti-inflamatórios não-esteroidais, a coadministração de lisinopril pode resultar em uma
deterioração adicional da função renal. O lisinopril foi usado concomitantemente com nitratos sem
evidências de interações adversas clinicamente significativas.
O lisinopril deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30°C). Protegido da luz e umidade.
O lisinopril tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
O lisinopril 10 mg são apresentados como comprimidos planos, sulcados e de cor salmão.
O lisinopril 20 mg é apresentado como comprimidos planos, apresentam logotipo, são sulcados e de cor
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O lisinopril deve ser administrado por via oral, como uma dose única diária, no mesmo horário todos os
dias. A absorção dos comprimidos de lisinopril não é afetada por alimentos e os comprimidos podem ser
administrados antes, durante ou após as refeições. A dose pode ser ajustada de acordo com a resposta
hipotensora.
O lisinopril 20 mg deve ser administrado inteiro. Este medicamento não deve ser partido.
O lisinopril 10 mg são comprimidos sulcados e podem ser divididos.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Hipertensão Essencial
Em pacientes com hipertensão essencial, a dose inicial recomendada é de 10 mg uma vez ao dia. A dose
diária usual de manutenção efetiva é de 20 mg. Em geral, se o efeito terapêutico desejado não puder ser
alcançado em um período de 2 a 4 semanas em um certo nível de dosagem, a dose pode ser aumentada. A
dose máxima usada por longo prazo em estudos clínicos controlados foi de 80 mg por dia. Doses iniciais
menores são necessárias na presença de comprometimento da função renal, em pacientes nos quais a
terapêutica diurética não possa ser descontinuada, em pacientes depletados de volume e/ou sal e em
pacientes com hipertensão renovascular.
Pacientes Tratados com Diuréticos
Pode ocorrer hipotensão sintomática após o início da terapia com lisinopril. Isto é mais provável em
pacientes que estejam sendo tratados concomitantemente com diuréticos. Recomenda-se precaução, pois
estes pacientes podem estar depletados de volume e/ou sal. A terapêutica diurética deve ser descontinuada
dois a três dias antes de iniciar a administração de lisinopril. Em pacientes hipertensos nos quais os
diuréticos não possam ser descontinuados, a terapia com lisinopril deve ser iniciada com a dose de 5 mg.
A dose subsequente de lisinopril deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial. Se
necessário, a terapêutica diurética pode recomeçar.
Pacientes com Insuficiência Renal
A posologia em pacientes com insuficiência renal deve ser baseada no clearance de creatinina.
Tabela 2: Ajuste de dose na insuficiência renal
Clearance de Creatinina (mL/min) Dose inicial (mg/dia)
< 10 (incluindo pacientes em diálise) 2,5*
10-30 2,5-5
31-80 5-10
* A posologia e/ou a frequência de administração devem ser ajustadas de acordo com a resposta da
pressão arterial.
A dose pode ser titulada gradativamente até que seja obtido controle da pressão arterial, com o máximo
de 40 mg/dia.
Hipertensão Renovascular
Alguns pacientes com hipertensão renovascular, especialmente aqueles com estenose bilateral da artéria
renal ou estenose da artéria renal em rim único, podem desenvolver resposta exagerada à primeira dose de
lisinopril. Portanto, recomenda-se uma dose inicial de 2,5 mg ou 5 mg. A partir daí, a dose pode ser
ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial.
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Como tratamento adjuvante com diuréticos e, quando apropriado, com digitálicos, lisinopril pode ser
iniciado com dose diária inicial de 2,5 mg. Para reduzir o risco de mortalidade e hospitalização, a dose de
lisinopril deve ser aumentada por incrementos de no máximo 10 mg, em intervalos de no mínimo 2
semanas, para a dose mais alta tolerada pelo paciente, no máximo de 35 mg uma vez ao dia. O ajuste da
dose deve ser baseado na resposta clínica individual do paciente. Pacientes com alto risco de apresentar
hipotensão sintomática como, por exemplo, pacientes com depleção de sal, com ou sem hiponatremia,
pacientes com hipovolemia ou que tenham recebido rigorosa terapêutica diurética, devem ter estas
condições corrigidas, se possível, antes de iniciar a terapia com lisinopril. O efeito da dose inicial de
lisinopril sobre a pressão arterial deve ser monitorado cuidadosamente.
Infarto Agudo do Miocárdio
O tratamento com lisinopril pode ser iniciado dentro de 24 horas após o início dos sintomas. A primeira
dose de lisinopril é de 5 mg, seguido de 5 mg após 24 horas, 10 mg após 48 horas e então 10 mg uma vez
ao dia. Pacientes com baixa pressão sistólica (120 mmHg ou menos) devem receber uma dose menor - 2,5
mg - quando o tratamento é iniciado ou durante os 3 primeiros dias após o infarto. Se ocorrer hipotensão
(pressão sistólica menor ou igual a 100 mmHg), uma dose diária de manutenção de 5 mg pode ser
administrada com reduções temporárias a 2,5 mg, se necessário. Se ocorrer hipotensão prolongada
(pressão sistólica menor que 90 mmHg por mais de uma hora), lisinopril deve ser descontinuado. A
administração deve continuar por 6 semanas. Pacientes que desenvolverem sintomas de insuficiência
cardíaca devem continuar com lisinopril (ver “Insuficiência Cardíaca Congestiva”). O lisinopril é
compatível com trinitrato de gliceril transdérmico ou intravenoso.
Complicações Renais e Retinianas de Diabetes Mellitus
Em pacientes diabéticos normotensos insulino-dependentes, a dose diária de lisinopril é de 10 mg. Essa
dose pode ser aumentada para 20 mg, se necessário, para atingir a pressão diastólica, na posição sentada,
inferior a 75 mmHg. Em pacientes diabéticos hipertensos não insulino-dependentes, a dose é a mesma
descrita acima para atingir uma pressão diastólica, na posição sentada, inferior a 90 mmHg. Se o paciente
esquecer de tomar uma dose de lisinopril, não é necessário tomar a dose esquecida, deve-se apenas tomar
a próxima dose, no horário habitual.
Uso em crianças
A segurança e a eficácia de lisinopril em crianças não foram estabelecidas.
Uso em idosos
Os estudos clínicos não demonstraram alterações na eficácia ou perfil de segurança relacionados à idade.
Entretanto, quando a idade avançada está associada à diminuição da função renal, devem ser utilizadas as
orientações enunciadas na Tabela 2 para determinar a dose inicial de lisinopril. A partir daí, a posologia
deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial.
Em estudos clínicos controlados, lisinopril demonstrou ser geralmente bem tolerado. Na maioria dos
casos, as reações adversas foram leves e transitórias. As reações adversas clínicas mais frequentes
observadas com lisinopril em estudos clínicos controlados foram: tonturas, cefaleia, diarreia, fadiga, tosse
e náuseas. Outras reações adversas menos frequentes incluem efeitos ortostáticos, inclusive hipotensão,
erupções cutâneas e astenia. Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, doses elevadas de
lisinopril podem predispor a sintomas relacionados à hipotensão (vertigem, síncope) e a alterações
bioquímicas relacionadas à função renal comprometida (hipercalemia e creatinina sérica aumentada)
como seria esperado com terapia com inibidor da ECA.
Pós-comercialização
As seguintes definições de frequência são usadas: muito comum (≥ 10%), comum (≥ 1%, < 10%),
incomum (≥ 0,1, < 1%), rara (≥ 0,01, < 0,1%) e muito rara (< 0,01%), incluindo relatos isolados.
Alterações do sistema linfático e sangue
Muito rara: depressão da medula óssea, anemia, trombocitopenia, leucopenia, agranulocitose e anemia
hemolítica.
Alterações endócrinas
Rara: secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
Alterações do Metabolismo e nutrição
Incomum: hipercalemia.
Rara: hiponatremia.
Muito rara: hipoglicemia.
Alterações psiquiátricas e do sistema nervoso
Comum: tontura e cefaleia.
Incomum: alterações do humor (incluindo sintomas de depressão), parestesia, vertigem, distúrbios do
paladar, distúrbios do sono, alucinações.
Rara: confusão mental e distúrbios do olfato.
Alterações cardíacas e vasculares
Comum: efeitos ortostáticos (incluindo hipotensão).
Incomum: infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, possivelmente secundária à hipotensão
grave em pacientes de alto risco, palpitações, taquicardia e síncope1
.
1
A frequência se refere a população de pacientes hipertensos. A frequência na população de pacientes
com insuficiência cardíaca congestiva é comum.
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino
Comum: tosse.
Incomum: rinite.
Muito rara: broncoespasmo e sinusite.
Alterações gastrointesinais
Comum: diarreia e vômito.
Incomum: náusea, dor abdominal e indigestão.
Rara: boca seca.
Muito rara: pancreatite e angioedema intestinal.
Alterações hepato-biliares
Muito rara: hepatite (colestática ou hepatocelular), icterícia e insuficiência hepática. Muito raramente,
foram relatados que em alguns pacientes o desenvolvimento indesejável de hepatites tem progredido para
insuficiência hepática. Pacientes recebendo lisinopril que desenvolveram icterícia ou elevação acentuada
das enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento com lisinopril e receber acompanhamento
médico apropriado.
Alterações da pele e tecido subcutâneo
Incomum: erupção cutânea, prurido, hipersensibilidade/edema angioneurótico (edema angioneurótico da
face, extremidades, lábios, língua, glote, e/ou laringe).
Rara: urticária, alopécia e psoríase.
Muito rara: diaforese, pênfigo, necrólise epidermal tóxica, síndrome de Stevens-Johnson, eritema
multiforme e pseudolinfoma cutâneo. Um complexo de sintomas tem sido relatado os quais podem incluir
um ou mais dos sintomas a seguir: febre, vasculite, mialgia, artralgia/artrites, um exame positivo para
anticorpos antinucleares (ANA), aumento da velocidade de hemossedimentação (VHS), eosinofilia,
leucocitose, erupções cutâneas, fotossensibilidade e outras manifestações dermatológicas.
Alterações renais e urinárias
Comum: disfunção renal.
Rara: uremia e insuficiência renal aguda.
Muito rara: oligúria/anúria.
Alterações do sistema reprodutivo e mamas
Incomum: impotência.
Alterações gerais e condições do local de aplicação
Incomum: fadiga e astenia.
Avaliações laboratoriais
Incomum: aumento de uréia no sangue, aumento de creatinina sérica e aumento das enzimas hepáticas.
Rara: diminuição de hemoglobina, diminuição de hematócrito e aumento de bilirrubina sérica.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Os sintomas de superdosagem podem incluir hipotensão grave, distúrbio eletrolítico e insuficiência renal.
Depois da ingestão de uma superdosagem, o paciente deve ser cuidadosamente supervisionado. As
medidas terapêuticas dependem da natureza e da gravidade dos sintomas. Medidas para prevenir a
absorção e métodos para acelerar a eliminação devem ser empregados. Se ocorrer hipotensão grave, o
paciente deve ser colocado em posição de choque e uma infusão intravenosa salina normal deve ser
administrada rapidamente. O tratamento com angiotensina II (se disponível) pode ser considerado. Os
inibidores da ECA podem ser removidos da circulação por hemodiálise. O uso de membranas de diálise
de poliacrilonitrila de alto fluxo deve ser evitado. Os eletrólitos séricos e a creatinina devem ser
monitorados frequentemente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.