Bula do Loniten produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
LONITEN®
Laboratórios Pfizer Ltda
Comprimidos
10 mg
LLD_LONCOM_06 1
02/jun/2014
Loniten®
minoxidil
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Loniten®
Nome genérico: minoxidil
APRESENTAÇÕES
Loniten® 10 mg em embalagem contendo 30 comprimidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Loniten® contem o equivalente a 10 mg de minoxidil.
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido de milho, dióxido de silício coloidal e
estearato de magnésio.
LLD_LONCOM_06 2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Loniten® (minoxidil) comprimidos é indicado no tratamento da hipertensão arterial não responsiva às doses
toleradas de diurético mais dois outros agentes anti-hipertensivos. Loniten® deve ser administrado
concomitantemente com um supressor do sistema nervoso simpático e um diurético para início de terapia.
A maioria dos estudos utilizou doses fracionadas de Loniten® de 2,5 a 60mg (Ryan et al, 1975; Makker, 1975;
Nawar et al, 1977; Mitchell & Pettinger, 1978; Campese et al, 1979; Devine et al, 1977). Doses iniciais de 2,5 a
5,0mg, dobradas a cada 6 horas até 20mg e acompanhadas de ajuste após a diminuição da pressão arterial foram
usadas de forma eficaz (O'Malley & McNay, 1975; Dargie & Dollery, 1977). Loniten® produz resposta
favorável em cerca de 80% dos pacientes portadores de hipertensão resistente aos tratamentos inciais
convencionais (Linas & Nies, 1981).
Referências
Ryan JR, Jain AK, McMahon FG. Minoxidil treatment of severe hypertension. Curr Ther Res Clin Exp. 1975
Jan;17(1):55-66
Makker SP. Minoxidil in refractory hypertension. J Pediatr. 1975 Apr;86(4):621-3.
Nawar T, Nolin L, Plante GE, Caron C, Montambault P. Long-term treatment of severe hypertension with
minoxidil. Can Med Assoc J. 1977 Nov 19;117(10):1178-82.
Mitchell HC, Pettinger WA. Long-term treatment of refractory hypertensive patients with minoxidil. JAMA.
1978 May 19;239(20):2131-8.
Campese VM, Stein D, DeQuattro V. Treatment of severe hypertension with minoxidil: advantages and
limitations. J Clin Pharmacol. 1979 Apr;19(4):231-41.
Devine BL, Fife R, Trust PM. Minoxidil for severe hypertension after failure of other hypotensive drugs. Br Med
J. 1977 Sep 10;2(6088):667-9.
O'Malley K, McNay JL. A method for achieving blood pressure control expeditiously with oral minoxidil. Clin
Pharmacol Ther. 1975 Jul;18(1):39-44.
Dargie HJ, Dollery CT, Daniel J. Minoxidil in resistant hypertension. Lancet. 1977 Sep 10;2(8037):515-8.
Linas SL, Nies AS. Minoxidil. Ann Intern Med. 1981 Jan;94(1):61-5.
Farmacologia Clínica
Loniten® é um medicamento de uso oral com efeito prolongado, que reduz as pressões arteriais sistólica e
diastólica elevadas. A redução da pressão sanguínea resulta de um relaxamento seletivo da musculatura lisa
arteriolar periférica.
Loniten® é especialmente indicado no tratamento da hipertensão arterial persistente, que é caracterizada por uma
resistência arteriolar periférica elevada.
Loniten® não estimula o coração ou a reabsorção de eletrólitos diretamente pelos rins. Entretanto, a
administração de Loniten® provoca um aumento reflexo imediato do rendimento cardíaco; retenção salina e
hídrica e aumento da ativação plasmática da renina. Esses efeitos são diminuídos pela administração simultânea
de diuréticos e agentes bloqueadores beta-adrenérgicos.
Farmacodinâmica
Efeito terapêutico e mecanismo de ação: minoxidil reduz a pressão sistólica elevada e pressão arterial diastólica
por diminuição da resistência vascular periférica através de vasodilatação. A musculatura lisa dos vasos de
resistência deve ser considerada como o local de ação para o efeito relaxante do minoxidil. O metabólito ativo do
minoxidil ativa o canal de ATP-modulado por potássio (K+
ATP) causando hiperpolarização efluxo de íons de K +, e relaxamento da musculatura lisa.
Efeitos secundários: reflexos simpáticos mediados por barorreceptores aumentam secundariamente a freqüência
cardíaca e a contratilidade do miocárdio, aumentando o débito cardíaco. Além disso, a atividade da renina
plasmática é aumentada através da estimulação do sistema nervoso simpático, o que resulta em um aumento da
concentração de angiotensina II com subsequente aumento na secreção de aldosterona . Deste modo, a excreção
renal de sódio é reduzida e o volume extracelular aumentado. Ocasionalmente, a pressão da artéria pulmonar
LLD_LONCOM_06 3
02/jun/2014
pode aumentar após a administração de minoxidil isolado, mas diminui com a terapia concomitante recomendada
(beta-bloqueador mais diurético).
Farmacocinética
Absorção: após administração oral em seres humanos, pelo menos 90% de minoxidil é absorvido no trato
gastrointestinal. Minoxidil é detectado no prazo de 30 minutos no plasma. Os níveis máximos no plasma são
alcançados 60 minutos após a administração.
Ligação às proteínas: minoxidil não se liga às proteínas plasmáticas.
Passagem em líquido cefalorraquidiano: minoxidil não atravessa a barreira hemato-encefálica.
Metabolismo: pelo menos 90% do minoxidil administrado é metabolizado no fígado. O metabólito principal em
seres humanos é o minoxidil O-glucoronídio. Alguns metabólitos polares são também produzidos. Os
metabólitos conhecidos tem um menor efeito anti-hipertensivo quando comparado ao ingrediente ativo em si.
Meia-vida biológica e eliminação: em seres humanos, as concentrações plasmáticas do minoxidil diminuem com
uma meia-vida média de cerca de 4 horas. No entanto, a duração da ação perdura por vários dias. O minoxidil e
seus metabólitos são dialisáveis. A depuração renal do minoxidil corresponde à taxa de filtração glomerular.
Nenhuma alteração substancial na taxa de filtração glomerular e no fluxo plasmático renal pode ser detectada
sob o uso de minoxidil.
Biodisponibilidade: estudos comparativos sobre a biodisponibilidade dos comprimidos e soluções orais (cada um
contendo 5 mg de minoxidil) em pacientes hipertensos mostrou comportamento bioequivalente com relação a
área média sob a curva do nível sérico (AUC), das concentrações sanguíneas máximas, do tempo até atingí-los
(aproximadamente 40 minutos), e do tipo de efeito (anti-hipertensivo). A administração oral crônica de
minoxidil não acarreta acúmulo nem alteração do comportamento da disponibilidade quando comparados a
administração de uma dose única.
Insuficiência hepática: a farmacocinética do minoxidil não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática
de moderada a grave. Em um estudo de farmacocinética, pacientes com cirrose comprovada por biópsia e oito
indivíduos saudáveis receberam minoxidil 5 mg. A constante de eliminação do minoxidil foi significativamente
reduzida em aproximadamente 21% em pacientes com cirrose. Apesar de não ser estatisticamente significante, a
AUC aumentou aproximadamente 50% em pacientes com cirrose em relação aos controles saudáveis.
Para pacientes com insuficiência hepática, ajuste na dose deve ser considerado, iniciando a terapia com dose
reduzida, ajustando-a até a menor dose efetiva para obtenção do efeito terapêutico desejado.
Dados de Segurança Pré-clinica
Em estudos não clínicos conduzidos em uma variedade de espécies, o minoxidil induziu vários tipos de lesões
cardíacas, incluindo lesões necróticas e hemorrágicas do miocárdio e dos músculos papilares, hipertrofia
cardíaca e dilatação. Estas alterações ocorrem apenas no contexto da hipotensão profunda e taquicardia e
refletem o estresse hemodinâmico e/ou hipóxico em vez de citotoxicidade direta. Devido a extensa experiência
com esta droga, tornou-se evidente que estas lesões cardíacas não ocorrem em humanos tratados com minoxidil.
Carcinogenicidade: em estudos de carcinogenicidade oral em ratos e camundongos, considerados mais relevantes
para o minoxidil administrado por via oral, nenhum potencial carcinogênico foi identificado em ratos, enquanto
que os tumores observados em camundongos foram considerados acidentais. Um estudo de carcinogenicidade
dérmica em camundongos mostrou um aumento da incidência de tumores hormônio-mediados, que não foram
considerados relevantes para os seres humanos.
Mutagenicidade: o minoxidil não provou ser mutagênico em qualquer um dos vários testes de potencial
mutagênico.
Toxicidade na reprodução: em um estudo de fertilidade de ratos machos e fêmeas, uma redução dose-dependente
da taxa de concepção foi encontrada. O nível sem efeitos adversos observados (NOAEL) para este estudo foi de
1 mg / kg por dia em ratos tratados.
LLD_LONCOM_06 4
Teratogenicidade tem sido demonstrada em ratos com doses superiores a 80mg/kg/dia. A administração oral de
minoxidil tem sido associada com a evidência de aumento da reabsorção fetal em coelhos a doses associadas a
toxicidade materna. Teratogenicidade não foi demonstrada em coelhos.
Loniten® é contraindicado a pacientes com feocromocitoma, a pacientes com porfiria e a pacientes
hipersensíveis ao minoxidil ou a qualquer componente da fórmula.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÔES
Gerais
Se administrado isoladamente, Loniten® pode provocar, em poucos dias, retenção significativa de sal e água,
produzindo edema de declive, turgência da face, olhos e mãos; distensão das veias do pescoço, hepatomegalia e
refluxo hepatojugular positivo. O raio X do tórax pode também revelar engurgitamento vascular pulmonar.
A condição clínica de alguns pacientes com insuficiência cardíaca sintomática pode deteriorar nessas
circunstâncias. O tratamento diurético isolado ou em combinação com ingestão restrita de sal minimizará esta
resposta. Respostas refratárias a essas medidas podem exigir descontinuação temporária da terapia com
Loniten® por 1 ou 2 dias, durante os quais pode haver perda parcial do controle de pressão sanguínea.
Pode haver desenvolvimento de angina pectoris em pacientes com doença não detectada da artéria coronária, a
não ser que se previna a taquicardia induzida por Loniten® com fármacos bloqueadores beta-adrenérgicos ou
outros supressores adequados do sistema nervoso simpático. Pacientes com angina pectoris instável ou de
surgimento recente devem ser protegidos com esses agentes antes do início da terapia com Loniten®, para se
evitar agravamento do quadro. O efeito de redução da pressão sanguínea adiciona-se àquele dos agentes anti-
hipertensivos administrados concomitantemente. A interação de Loniten® com agentes que produzem
hipotensão ortostática pode resultar em redução excessiva da pressão sanguínea.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Loniten® não é recomendado para o tratamento de pacientes com hipertensão lábil, leve ou controlável por
doses toleradas de um diurético associado a um outro agente anti-hipertensivo. Não deve ser usado para terapia
prolongada de hipertensão já melhorada por cirurgia, isto é, coarctação da aorta, aldosteronismo primário ou
estenose unilateral da artéria renal.
Retenção de água e sal
Loniten® deve ser usado em combinação com um diurético para evitar retenção hídrica, edema e, possivelmente,
insuficiência cardíaca congestiva. Hemodiluição pode ocorrer levando a diminuição temporária de contagem de
hematócrito, hemoglobina e eritrócitos (há recuperação de cerca de 7% a níveis de pré-tratamento) Retenção
hídrica e salina levando a aumento de peso de 1 - 1,5 kg pode diminuir a eficácia de Loniten®. O peso do
paciente e o balanço hidroeletrolítico devem ser monitorados e, em caso de evidência de retenção de fluidos,
deve ser instituído um tratamento diurético mais vigoroso exclusivo ou em combinação com ingestão de sal
restrita. Os pacientes devem ser cuidadosamente instruídos acerca da sua necessidade de uso do diurético e à
limitação de sua ingestão de eletrólitos.
Taquicardia
Como o minoxidil é um vasodilatador, pode ocorrer taquicardia reflexa e, possivelmente, angina pectoris;
recomenda-se, portanto, que seja associado ao tratamento um agente beta-bloqueador ou outro supressor do
sistema nervoso simpático para prevenir ou minimizar tal resposta.
Alterações no ECG
Aproximadamente 60% dos pacientes apresentam alterações no eletrocardiograma na direção e magnitude das
ondas T logo após o início da terapia com Loniten®. No caso de alterações maiores, pode ser atingido o
segmento S-T, porém não há alteração independente nesse segmento, e não há evidência de isquemia do
miocárdio. Essas mudanças assintomáticas desaparecem usualmente com a continuidade do tratamento com
Loniten®. O eletrocardiograma reverterá à fase do pré-tratamento se a medicação for descontinuada.
Hipertricose
Na maioria dos pacientes sob tratamento com Loniten®, observa-se alongamento, espessamento e pigmentação
acentuada dos pelos do corpo (hipertricose), não acompanhados de anormalidades endócrinas que expliquem
LLD_LONCOM_06 5
02/jun/2014
esse crescimento anormal de pelos. O crescimento de pelos é especialmente incômodo a crianças e mulheres e
tais pacientes, devem ser adequadamente informados desse efeito antes do início do tratamento. Notada
inicialmente na área facial, no período de 3 - 6 semanas após o início da terapia, pode desaparecer ligeiramente
durante terapia prolongada. Após a descontinuação do tratamento, cessa o crescimento de pelos e, em um
período de 1 - 6 meses, retorna-se à aparência anterior ao início da terapia.
Pericardite, efusão pericárdica e tamponamento
Embora ainda não exista evidência de relação causa-efeito, há vários relatos de pericardite ocorrendo em
associação ao minoxidil. Efusão pericárdica e, ocasionalmente, tamponamento, foram observados em cerca de 3
- 5% dos pacientes tratados e que não estavam em diálise. Em muitos casos, há evidências de outra etiologia
potencial, mas em outros casos nenhuma outra causa estava presente. Os pacientes devem ser observados
atentamente para quaisquer sinais ou sintomas sugestivos de efusão pericárdica e, na suspeita desse evento, deve
ser realizada uma ecocardiografia. Pode ser necessário tratamento diurético mais vigoroso, diálise,
pericardiocentese ou cirurgia. Se houver persistência da efusão, deve-se considerar a retirada do Loniten®
avaliando-se outras maneiras de controlar a hipertensão e o estado clínico do paciente. A maioria das efusões
observadas em pacientes sem diálise foi atribuída a fatores tais como uremia, retenção hídrica acentuada,
insuficiência cardíaca congestiva, shunt aurículo-ventricular aberto ou doença tissular infecciosa, autoimune ou
do tecido conjuntivo.
Infarto do miocárdio
Pacientes que sofreram infarto do miocárdio somente devem ser tratados com Loniten® após o estabelecimento
de uma situação pós-infarto estável.
Insuficiência renal ou pacientes em diálise
Esses pacientes podem requerer doses menores de minoxidil. (ver item 8 – Posologia e Modo de Usar).
Interação com guanetidina
Embora o minoxidil por si só não cause hipotensão ortostática, sua administração a pacientes que já recebem
guanetidina pode levar a profundos efeitos ortostáticos. Se possível, deve-se suspender a administração de
guanetidina bem antes do início da terapia com minoxidil. Caso contrário, o minoxidil deve ser administrado em
ambiente hospitalar e o paciente cuidadosamente monitorado para eventos ortostáticos.
Hipersensibilidade
Rashes cutâneos foram relatados, inclusive relatos raros de erupções bolhosas e síndrome de Stevens-Johnson.
Hematológico
Trombocitopenia e leucopenia foram relatadas raramente.
Uso em Crianças
O uso em crianças é limitado e as recomendações no item “Posologia” podem ser consideradas apenas como
sugestão até este momento. Ajuste cuidadoso da dose é essencial.
Uso durante a Gravidez
Há dados limitados sobre a utilização de minoxidil em mulheres grávidas. Estudos em animais revelaram
toxicidade reprodutiva.
Minoxidil não é recomendado durante a gravidez e em mulheres em idade fértil que não fazem uso de
contraceptivos. Hipertricose neonatal tem sido relatada a exposição a minoxidil durante a gravidez.
Estudos em animais não mostram efeitos teratogênicos, mas Loniten® somente deveria ser usado durante a
gravidez se os benefícios potenciais superarem o risco potencial para o feto.
Loniten® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento
não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
LLD_LONCOM_06 6
A excreção de minoxidil pelo leite materno tem sido relatada, por isso o risco para o lactente não pode ser
excluído. A decisão de se interromper a amamentação ou descontinuar / abster-se da terapia com minoxidil deve
ser avaliada em relação ao benefício da amamentação para a criança e o benefício da terapia para a mulher.
Fertilidade
Num estudo de fertilidade com ratos machos e fêmeas, uma redução dose-dependente da taxa de concepção foi
encontrada. O nível sem efeitos adversos observados (NOAEL) para este estudo foi de 1 mg / kg por dia em
ratos tratados.
Teratogenicidade tem sido demonstrada em ratos a doses superiores a 80mg/kg/dia. A administração oral de
minoxidil tem sido associada com o aumento da reabsorção fetal em coelhos a doses associadas com a toxicidade
materna. Teratogenicidade não foi demonstrado em coelhos.
Efeitos na habilidade de conduzir e operar máquinas
Nenhum estudo sobre o efeito do minoxidil sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas foi realizado. A
capacidade de dirigir ou operar máquinas pode ser influenciada pela resposta individual ao tratamento,
Pacientes em uso de guanetidina devem ser hospitalizados durante o início do tratamento com Loniten®, de
forma a evitar reduções muito rápidas ou intensas na pressão arterial. Embora o Loniten® não cause hipotensão
ortostática diretamente, a utilização em pacientes sob uso de guanetidina pode ocasionar efeitos intensos na
pressão ortostática. Quando possível, a guanetidina deve ser descontinuada muito antes do Loniten® ser
iniciado. Caso contrário, o tratamento com Loniten® deve ser iniciado no hospital e o paciente deve permanecer
hospitalizado até que o risco de efeitos ortostáticos seja minimizado e o paciente seja capaz de evitar atividades
que induzem hipotensão ortostática.
A administração concomitante de Loniten® com diuréticos ou outros anti-hipertensivos pode resultar em efeitos
aditivos graves. Estrógenos podem causar retenção hídrica, elevando a pressão arterial e, portanto,
antagonizando os efeitos do Loniten® (The sixth report of the Joint National Committee on detection,
evaluation, and treatment of high blood pressure. National Institute of Health publication Nº 99-4080. 1997:1-
64).
Os anti-inflamatórios não esteroidais podem alterar a resposta aos anti-hipertensivos devido à inibição das
prostaglandinas (The sixth report of the Joint National Committee on detection, evaluation, and treatment of high
blood pressure. National Institute of Health publication Nº 99-4080. 1997:1-64).
Agentes simpaticomiméticos tais como, cocaína, dobutamina, dopamina, efedra, efedrina, epinefrina,
metaraminol, metoxamina, norepinefrina, fenilefrina e fenilpropanolamina podem antagonizar os efeitos anti-
hipertensivos do Loniten® quando administrados concomitantemente. (Chua SS, Benrimoj SI. Non-prescription
sympathomimetic agents and hypertension. Med Toxicol Adverse Drug Exp 1988;3:387-417; Haller CA,
Benowitz NL. Adverse cardiovascular and central nervous system events associated with dietary supplements
containing ephedra alkaloids. N Engl J Med 2000;343:1833-8; Kernan WN, Viscoli CM, Brass LM, et al.
Phenylpropanolamine and the Risk of Hemorrhagic Stroke. N Engl J Med 2000;343:1826-32; Epinephrine
injection 1:1000 package insert. Shirley, NY: American Regent, Inc.; 2003 Jan; Bradley JG. Nonprescription
drugs and hypertension. Which ones affect blood pressure? Postgrad Med 1991;89:195-7, 201-2; Hoffman BB,
Lefkowitz RJ. Catecholamines and sympathomimetic drugs. Gilman AG, Rall TW, Nies AS, Taylor P, (eds.) In:
Goodman and Gilman's Pharmacological Basis of Therapeutics. 8th ed., New York, Pergamon Press. 1990. 187-
91).
Efeitos hipotensores adicionais podem ser observados quando inibidores da monoamino oxidase (IMAOs) são
associados com anti-hipertensivos (Parnate® (tranylcypromine) package insert. Research Triangle Park, NC:
GlaxoSmithKline; 2001 Aug; Nardil® (phenelzine) package insert. New York, NY: Pfizer; 2003). Monitoramento
cuidadoso da presão arterial é recomendado durante terapia concomitante com IMAOs. Os pacientes devem ser
instruídos a se levantarem devagar quando sentados e a relatar casos de síncope ou alteração na pressão arterial
ou frequência cardíaca ao profissional de saúde durante o uso concomitante de Loniten® com IMAOs.
Loniten® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade e pode
ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.
LLD_LONCOM_06 7
02/jun/2014
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: Comprimido branco, circular, meio oval de vista lateral, marcados com
“10” de um lado e com “U 137” no outro lado
Uso em Pacientes Adultos
5 a 40 mg/dia. Dose máxima recomendada: 100 mg/dia.
A terapia com Loniten® pode ser iniciada com dose única ou dividida (duas vezes ao dia). Se a pressão
diastólica supina deve ser reduzida menos que 30 mmHg, a medicação deve ser administrada apenas uma vez ao
dia; se a pressão diastólica supina necessita ser reduzida mais que 30 mmHg, a dose diária deve ser dividida em
duas partes iguais.
A dose deve ser ajustada cuidadosamente de acordo com a resposta individual. Os intervalos entre os ajustes de
dose normalmente devem ser de pelo menos 3 dias, pois não se obtém resposta integral a uma dada dose em
período mais curto. Quando for necessário um controle mais rápido da hipertensão, os ajustes de dose podem ser
feitos a cada 6 horas, se o paciente for cuidadosamente monitorado.
A dose pode ser menor em pacientes sob diálise crônica (ver item 5 – Advertências e Precauções).
Antes da administração de Loniten®, recomenda-se que a terapia anti-hipertensiva seja ajustada a um regime
consistindo de diurético e bloqueador beta-adrenérgico. Quando outros supressores do sistema nervoso simpático
forem usados, a dose inicial do produto deve ser reduzida.
Uso em Pacientes acima de 12 anos
A dose inicial recomendada é de 5 mg como dose única diária. Se necessário, a dose pode ser aumentada,
gradativamente, com três dias de intervalo, para 10 mg, 20 mg e mais tarde para 40 mg/dia em dose única ou
dividida (2 vezes ao dia), até o ótimo controle da pressão arterial. A dose usual efetiva varia de 10 a 40 mg ao
dia. A dose máxima recomendada é de 100 mg ao dia.
Uso em Pacientes até 12 anos
Deve-se levar em conta que a experiência em crianças ainda é limitada. As recomendações a seguir podem ser
consideradas apenas uma sugestão para o tratamento e é fundamental um cuidadoso ajuste individual da dose.
A dose inicial recomendada é de 0,2 mg/kg de minoxidil em dose única diária. A dose pode ser aumentada de 0,1
a 0,2 mg/kg/dia, com três dias de intervalo, até se atingir o ótimo controle da pressão arterial. A faixa usual de
tratamento é de 0,25 a 1,0 mg/kg/dia. A dose máxima recomendada é de 50 mg/dia.
Insuficiência hepática
Para pacientes com insuficiência hepática, ajuste na dose deve ser considerado, iniciando a terapia com dose
reduzida uma vez por dia, ajustando-se a dose até a menor dose eficaz para obtenção do efeito terapêutico
desejado. Conforme seção 3, Farmacocinética.
Terapia Concomitante
Diurese
Loniten® deve ser administrado em conjunto com um diurético adequado em todos os pacientes que não estejam
sob diálise. Quando houver retenção excessiva de água, resultando em aumento de peso superior a 1,0 - 1,5 kg,
estando o paciente sob tiazida ou clortalidona, deve-se adicionar espironolactona ao esquema terapêutico, ou
mudar a medicação para furosemida.
Supressores do sistema nervoso simpático
É também necessária para muitos pacientes a administração concomitante de um supressor do sistema nervoso
simpático, para limitar o aumento da frequência cardíaca induzido por Loniten®, e o agente preferido é o beta-
bloqueador. A dose do beta-bloqueador deve ser equivalente a 80 - 160 mg de propranolol por dia, para adultos,
em doses divididas. Se forem contraindicados os beta-bloqueadores, pode ser utilizado metildopa na dose de 250
mg a 750 mg duas vezes ao dia, mas deve-se iniciar sua administração pelo menos 24 horas antes do início da
LLD_LONCOM_06 8
02/jun/2014
terapia com Loniten®. Tipicamente, os pacientes que recebem um beta-bloqueador no início da terapia sofrem
bradicardia e pode-se esperar um aumento na frequência cardíaca quando se adiciona o minoxidil ao esquema
terapêutico. É necessário um cuidado especial no ajuste da dose do beta-bloqueador ou de outro supressor do
sistema nervoso simpático para a obtenção do máximo de segurança e eficácia.
Dose Omitida
Caso o paciente se esqueça de tomar Loniten® no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e tomar a
próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O
esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Órgãos e
Sistemas
Muito Comum
≥ 1/10
Comum
≥ 1/100
a < 1/10
Incomum
≥ 1/1 000
a < 1/100
Raro
≥ 1/10 000
a < 1/1 000
Muito Raro
< 1/10 000
Frequência
Desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
Transtornos no
Sangue e Sistema
Linfático
Leucopenia
Trombocito
penia
Transtornos na
Nutrição e
Metabolismo
Retenção de
líquido,
edema
Transtornos
Cardíacos
Taquicardia
Pericardite
Derrame
pericárdico
Tamponamento
cardíaco
Angina
pectoris
Desordem
gastrointestinal
gastrintestinal
Respiratoria,
Torácica e
Mediastinal
Efusão pleural
Pele e Tecido
Subcutâneo
Hipertricose
Alterações na
cor do cabelo
Síndrome
Stevens-
Johnson
Dermatite
bolhosa
Rash
Necrólise
epidérmica
toxica
Desordens nos
sistemas
reprodutivos e
mamários
Sensibilidade
nas mamas
Investigações Eletrocardiogra
ma anormal
A maioria dos pacientes que receberam Loniten® observaram uma diminuição de eventos clínicos adversos pré-
existentes atribuídos à sua doença ou à terapia prévia.
Novos efeitos, ou efeitos com possível aumento, incluem: hipertricose, pericardite, edema periférico associado
ou não ao aumento de peso, efusão pericárdica e tamponamento; aumento da frequência cardíaca, desordem
LLD_LONCOM_06 9
02/jun/2014
gastrointestinal, alterações na cor do cabelo, eletrocardiograma anormal, declínio temporário de hemoglobina e
hematócrito, aumento temporário de creatinina, ureia do sangue, retenção hídrica e edema. Efeitos colaterais
raramente registrados incluem hipotensão, efusão pleural, intolerância gastrintestinal, náuseas e vômitos,
sensibilidade das mamas, trombocitopenia, leucopenia e rash cutâneo, incluindo casos raros de síndrome de
Stevens-Johnson, erupções bolhosas, angina e necrólise epidérmica tóxica.
Hipertricose: na maioria dos pacientes sob tratamento com Loniten®, observa-se alongamento, espessamento e
pigmentação acentuada dos pelos do corpo (hipertricose), não acompanhados de anormalidades endócrinas que
expliquem esse crescimento anormal de pelos. O crescimento de pelos é especialmente incômodo a crianças e
mulheres e tais pacientes, devem ser adequadamente informados desse efeito antes do início do tratamento.
Notada inicialmente na área facial, no período de 3 - 6 semanas após o início da terapia, pode desaparecer
ligeiramente durante terapia prolongada. Após a descontinuação do tratamento, cessa o crescimento de pelos e,
em um período de 1 - 6 meses, retorna-se à aparência anterior ao início da terapia.
Hipersensibilidade: rashes cutâneos foram relatados, inclusive relatos raros de erupções bolhosas e síndrome de
Stevens-Johnson.
Alterações nos exames laboratoriais:
Alterações no ECG: aproximadamente 60% dos pacientes apresentam alterações no eletrocardiograma na
direção e magnitude das ondas T logo após o início da terapia com Loniten®. No caso de alterações maiores,
pode ser atingido o segmento S-T, porém não há alteração independente nesse segmento, e não há evidência de
isquemia do miocárdio. Essas mudanças assintomáticas desaparecem usualmente com a continuidade do
tratamento com Loniten®. O eletrocardiograma reverterá à fase do pré-tratamento se a medicação for
descontinuada.
Hematológico: trombocitopenia e leucopenia foram relatadas raramente.
Retenção de água e sal: veja o item Advertências e Precauções.
Taquicardia: veja o item Advertências e Precauções.
Pericardite, efusão pericárdica e tamponamento: Veja o item Advertências e Precauções.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
Hipotensão resultante da administração de minoxidil tem sido relatada em casos raros. Isso acontece devido à
curva da relação dose-resposta caindo essencialmente a zero nas pressões arteriais normais. Quando há
hipotensão, ela provavelmente ocorre quando Loniten® é utilizado em associação a agentes anti-hipertensivos
que bloqueiam as respostas do sistema nervoso simpático e os mecanismos compensatórios. O tratamento
recomendado é a administração intravenosa de solução salina normal.
Devem ser evitados fármacos simpaticomiméticos, tais como norepinefrina e epinefrina, por estimularem
excessivamente a função cardíaca. A fenilefrina, a angiotensina II e a vasopressina, que revertem os efeitos de
Loniten®, devem somente ser usadas quando for evidente a perfusão inadequada de um órgão vital.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
LLD_LONCOM_06 10
02/jun/2014
III - DIZERES LEGAIS
MS - 1.0216.0171
Farmacêutico Responsável: José Cláudio Bumerad – CRF-SP n° 43746
Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1555
CEP 07112-070 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Fabricado por:
Patheon Inc., Whitby Operations
Ontario – Canadá
Embalado por:
Packaging Coordinators, LLC
Filadélfia – EUA
Importado por:
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Esta bula foi aprovada pela ANVISA em dia/mês/ano.
LONCOM_06
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES DE BULA
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula
Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
N°. do
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
Apresentações
relacionadas
15-set-2014
MEDICAMEN
TO NOVO -
Notificação
de Alteração
de Texto de
Bula - RDC
60/12
IDENTIFICAÇÃO DO
MEDICAMENTO.
O QUE DEVO SABER
ANTES DE USAR ESTE
COMO DEVO USAR
ESTE MEDICAMENTO.
O QUE FAZER SE
ALGUÉM USAR UMA
QUANTIDADE MAIOR
DO QUE A INDICADA
DESTE
MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES