Bula do Loratadina produzido pelo laboratorio Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
loratadina
Multilab Ind. e Com.de Produtos Farmacêuticos Ltda
Xarope
1 mg/mL
“Medicamento genérico Lei nº. 9.787 de 1999”
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Xarope 1 mg/mL – Embalagem contendo 01 frasco de 100 mL + 01 copo-medida.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém:
loratadina ….......................................... 1 mg
excipientes …..........q.s.p...................... 1 mL
(sacarose, metilparabeno, benzoato de sódio, aroma artificial de cereja, ácido cítrico, glicerol,
propilenoglicol e água purificada)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Alívio temporário dos sintomas associados com rinite alérgica (por exemplo: febre do feno), como:
coceira nasal, nariz escorrendo (coriza), espirros, ardor e coceira nos olhos; é também indicado para
o alívio dos sinais e sintomas de urticária e outras alergias da pele.
Estudos clínicos: rinite alérgica sazonal
Perfil de eficácia para o esquema de dosagem de 10 mg:
A eficácia da loratadina em pacientes com rinite alérgica sazonal foi avaliada em um estudo
multicêntrico de determinação de dose e em vários estudos multicêntricos de eficácia/segurança.
No estudo randomizado e duplo-cego de determinação da dose, os pacientes com rinite alérgica
sazonal receberam 10, 20 ou 40 mg de loratadina uma vez por dia (1x/dia) durante 14 dias3
. Embora
os efeitos terapêuticos dos três esquemas de dosagem não tenham sido estatisticamente diferentes
entre si, cada um deles foi significantemente mais eficiente que o placebo na redução dos sinais e
sintomas da rinite alérgica (p < 0,04).
Em outros dois estudos randomizados, duplo-cegos e multicêntricos de grande porte, a eficácia da
loratadina foi comparada com a da clemastina, terfenadina e placebo4, 5
. No primeiro desses estudos,
a loratadina e a clemastina administradas por via oral na dose de 10 mg 1x/dia e 1 mg 2x/dia,
respectivamente, durante 14 dias, foram significantemente mais eficazes que o placebo na redução
dos sintomas de rinite alérgica durante todo o estudo (p < 0,01)4
. Além disso, ao final do período do
estudo, a melhora dos sintomas dos pacientes tratados com a loratadina foi maior que aquela dos
pacientes tratados com a clemastina, e significantemente maior que aquela dos pacientes que
receberam o placebo (p < 0,01).
O segundo estudo multicêntrico de 14 dias comparou a eficácia da loratadina 10 mg 1x/dia com a
terfenadina 60 mg 2x/dia e placebo5
. A análise de endpoint mostrou que a redução média no escore
de sintomas de pacientes tratados com a loratadina foi significantemente maior que aquela dos
pacientes tratados com o placebo (p = 0,03). Isso é especialmente digno de nota já que a redução dos
sintomas não foi significantemente diferente entre os grupos tratados com terfenadina e placebo.
Além do mais, embora a loratadina e a terfenadina tenham sido mais eficazes que o placebo em
melhorar os espirros, o prurido nasal e o prurido/queimação nos olhos, a loratadina, mas não a
terfenadina, foi significantemente mais eficaz que o placebo no alívio da secreção nasal (p ≤ 0,02).
Em outros três estudos comparativos, duplo-cegos e multicêntricos, a eficácia da loratadina 10 mg 1
x/dia foi comparada com a mequitazina 5 mg 2x/dia, astemizol 10 mg 1x/dia e clemastina 1 mg
2x/dia6, 7
. Os resultados desses estudos clínicos corroboraram com os achados anteriores por terem
demonstrado que a loratadina foi tão eficaz quanto os agentes comparativos ativos e mais eficaz que
o placebo no tratamento de pacientes com rinite alérgica sazonal.
Essas investigações clínicas demonstram com clareza que a administração de loratadina uma vez por
dia reduz eficazmente os sintomas da rinite alérgica sazonal e é tão eficaz quanto outros agentes
anti-histamínicos comparativos que exigem uma administração duas vezes por dia.
Perfil de eficácia para o esquema de dosagem de 40mg:
Em oito estudos multicêntricos e duplo-cegos, um esquema de dosagem de 40 mg 1x/dia foi
utilizado para avaliar adicionalmente a eficácia da loratadina em relação à clemastina 1 mg 2x/dia,
terfenadina 60 mg 2x/dia, astemizol 10 mg 1x/dia, mequitazina 5 mg 2x/dia e ao placebo8-12, 28-30
.
Além disso, um desses estudos comparou a eficácia da loratadina em esquemas de dosagem de 20
mg 2x/dia e 40 mg 1x/dia8
. Os resultados desses estudos indicaram que a loratadina na dose de 40
mg 1x/dia foi tão eficaz quanto outros agentes comparativos ativos e foi significantemente mais
eficaz que o placebo na redução dos sintomas da rinite alérgica sazonal (p ≤ 0,01). Além do mais, a
eficácia da loratadina em um esquema de dosagem de 20 mg 2x/dia não foi significantemente
diferente daquela do esquema de 40 mg 1x/dia. De fato, a comparação da melhora alcançada com o
esquema de dosagem de 40 mg 1x/dia e 10 mg 1x/dia sugere que ambas as dosagens devem
produzir efeitos clínicos semelhantes, confirmando, portanto, a ausência de uma dose-resposta
significante observada no estudo de determinação da dose.
O início de ação nos pacientes tratados com a loratadina nas doses de 10 mg e 40 mg 1x/dia foi
comparado com astemizol 10 mg 1x/dia ou placebo4, 12.
Em ambos os esquemas de dosagem, 10 e
40 mg 1x/dia, os pacientes tratados com a loratadina apresentaram um alívio dos sintomas
significantemente mais cedo que aqueles tratados com astemizol ou placebo (p < 0,01). Um alívio
parcial dos sintomas nos pacientes tratados com a loratadina foi observado no prazo de quatro horas
após o primeiro tratamento.
Rinite alérgica perene
A eficácia da loratadina em pacientes com rinite alérgica perene foi avaliada em várias investigações
clínicas duplo-cegas e multicêntricas13-17
Em dois estudos, a eficácia da loratadina 10 mg 1x/dia foi comparada com a terfenadina 60 mg
2x/dia e placebo13, 14
. Os resultados de um dos estudos demonstraram reduções comparáveis nos
escores dos sintomas totais nos grupos da loratadina e terfenadina13
. Os escores dos sintomas nesses
grupos foram significantemente maiores que no grupo do placebo (p ≤ 0,04). Na análise de
endpoint, as reduções nos escores dos sintomas totais foram de 51%, 48% e 19% nos grupos da
loratadina, terfenadina e placebo, respectivamente.
No segundo estudo, as reduções em relação ao período basal nos escores médios dos sintomas totais
para o grupo de tratamento com a loratadina também foram comparáveis àquelas no grupo da
terfenadina e clinicamente significativos, bem como numericamente maiores que aquelas no grupo
do placebo14
. As reduções nos escores médios dos sintomas totais durante todo o estudo variaram de
51% a 65% no grupo da terfenadina e de 44% a 58% no grupo tratado com o placebo.
Em outros três estudos, a eficácia da loratadina 10 mg 1x/dia foi comparada com a terfenadina 60
mg 2x/dia, clemastina 1 mg 2x/dia ou placebo para um curso terapêutico de três a seis meses15-17
Em dois desses estudos, a loratadina e os comparativos ativos não foram significantemente
diferentes nem entre si, nem em relação ao placebo15, 16
. Essa falta de significância foi atribuída a
uma elevada resposta do placebo em relação aos tratamentos ativos. Mesmo sem sazonalidade,
existem alterações frequentes na prevalência de alérgenos que causam a rinite perene e, portanto,
uma alta resposta do placebo poderia ser esperada e representa a remissão dos sintomas por causa da
variabilidade da fonte de alérgenos.
O terceiro estudo foi desenhado com um número maior de pacientes que receberam loratadina, com
a finalidade de obter dados adicionais de segurança por longo prazo17
. A loratadina 10 mg 1x/dia ou
clemastina 1 mg 2x/dia foi administrada em pacientes durante seis meses. Os efeitos do tratamento
foram estatisticamente comparados com os valores basais.
Os resultados demonstraram que tanto a loratadina como a clemastina foram comparáveis e
reduziram significantemente os escores dos sintomas totais em comparação com os escores basais (p
≤ 0,001).
Em termos globais, os resultados dessas investigações indicam que a administração uma vez por dia
de 10 mg de loratadina é geralmente mais eficaz que o placebo e comparável à terfenadina e à
clemastina, administradas duas vezes por dia, no alívio dos sintomas de rinite alérgica perene.
Urticária crônica e outras dermatoses alérgicas
A eficácia da loratadina em pacientes com urticária idiopática crônica e outras afecções
dermatológicas alérgicas foi avaliada durante até 28 dias em estudos clínicos multicêntricos e duplo-
cegos18-21
Em um desses estudos, 10 mg de loratadina 1x/dia foi significantemente mais eficaz que o placebo,
conforme indicado pela melhora nos escores dos sintomas totais, nos pacientes com urticária crônica
(p < 0,01). Esses resultados foram substanciados pela avaliação feita pelos médicos, que também
revelou que os comprimidos de loratadina eram significantemente mais eficazes que o placebo (p <
0,01)18
Em outro estudo, a eficácia da loratadina 10 mg 1x/dia foi comparada com a terfenadina 60 mg
2x/dia e placebo em pacientes com urticária crônica. No 7º dia, a melhora nos escores dos sintomas
foi maior para os grupos de tratamento com a loratadina (50%) e terfenadina (30%) que para o
grupo tratado com placebo (12%). Na análise de endpoint, as reduções médias nos escores dos
sintomas nos pacientes tratados com loratadina e com terfenadina, de 55% e 37% respectivamente,
foram significantemente maiores que nos pacientes tratados com placebo, 18% (p < 0,01)19
Em um terceiro estudo comparativo em pacientes com urticária crônica, as reduções médias nos
escores dos sintomas totais para loratadina e terfenadina variaram aproximadamente de 50% a 55%,
tanto no 7º dia quanto no endpoint20
Em mais um outro estudo clínico, a eficácia da loratadina 10 mg 1x/dia foi comparada com aquela
da terfenadina 60 mg 2x/dia em pacientes com transtornos cutâneos alérgicos crônicos. Ambos os
agentes terapêuticos apresentaram eficácia comparável e reduziram significantemente os escores dos
sintomas em relação aos escores basais (p < 0,01)21
Os resultados desses estudos clínicos demonstram que a administração 1x/dia de loratadina alivia
eficazmente os sinais e sintomas de urticária crônica e outras dermatoses alérgicas crônicas. Além
disso, uma única dose 1x/dia de loratadina é tão eficaz quanto à terfenadina, que exige
administração 2x/dia.
Estudos clínicos pediátricos: rinite alérgica sazonal e transtornos cutâneos alérgicos crônicos:
A eficácia da loratadina em uma formulação xarope foi avaliada em crianças com rinite alérgica
sazonal ou com transtornos cutâneos alérgicos crônicos22-27
Um estudo de rinite alérgica sazonal de 14 dias em pacientes com 3 a 6 anos de idade comparou a
eficácia da loratadina xarope a terfenadina em suspensão. Os pacientes tratados com loratadina
foram designados de acordo com o peso corporal a receber 5 ou 10 mg 1x/dia. Todos os pacientes no
grupo de tratamento com a terfenadina receberam 15 mg 2x/dia22
. Os resultados demonstraram que
tanto a loratadina como a terfenadina reduziram significantemente (p < 0,05) os escores dos
sintomas totais em comparação com os escores basais em todas as visitas de avaliação. Além disso,
no endpoint, não houve diferenças significantes entre os grupos de tratamento comparativo. As
reduções nos escores médios dos sintomas totais para os dois grupos de tratamento foram de 73%.
Com base na avaliação da resposta terapêutica feita pelo médico, os pacientes tratados com
loratadina e terfenadina exibiram uma resposta favorável ao tratamento. Durante o curso do estudo o
número de pacientes com resposta terapêutica boa ou excelente aumentou nos dois grupos de
tratamento. No endpoint, 82% e 60% dos pacientes tratados com loratadina e terfenadina,
respectivamente, apresentaram uma resposta boa ou excelente ao tratamento.
Em outro estudo de 14 dias, a eficácia da loratadina xarope foi comparada com a do maleato de
clorfeniramina xarope ou placebo em crianças de 6 a 12 anos de idade com rinite alérgica sazonal23
Os pacientes foram designados de acordo com o peso corporal a receber loratadina nas doses de 5
ou 10 mg 1x/dia, maleato de clorfeniramina nas doses de 2 ou 4 mg três vezes por dia (3x/dia) ou
placebo. Depois de três dias de tratamento, as reduções nos escores médios dos sintomas em relação
aos valores basais nos grupos de tratamento com loratadina e clorfeniramina foram
significantemente maiores (p ≤ 0,05) que no grupo placebo. As reduções nos escores dos sintomas
totais entre os grupos de tratamento da loratadina e clorfeniramina não foram significantemente
diferentes. No endpoint, as reduções em relação aos valores basais nos grupos de tratamento com
loratadina e clorfeniramina foram numericamente maiores, mas não significantemente diferentes (p
> 0,05) daquelas do grupo do placebo. Novamente, os tratamentos ativos não foram estatisticamente
diferentes entre si. A falta de significância estatística em relação ao placebo não foi atribuída a uma
diminuição na eficácia dos agentes ativos, mas a uma maior resposta do placebo no endpoint. As
diminuições em relação aos valores basais nos escores médios dos sintomas no endpoint foram de
27%, 30% e 24% nos grupos loratadina, clorfeniramina e placebo, respectivamente.
A avaliação feita pelo médico indicou que no 4º dia os pacientes tratados com loratadina e
clorfeniramina apresentaram uma resposta terapêutica mais favorável que os que receberam placebo.
Nesse ponto de avaliação, 21% e 25% dos pacientes tratados com loratadina e clorfeniramina,
respectivamente, demonstraram uma boa ou excelente resposta ao tratamento, em comparação com
11% dos pacientes tratados com placebo. No endpoint, 31% dos pacientes tratados com loratadina,
36% daqueles tratados com maleato de clorfeniramina e 28% dos pacientes que receberam placebo
apresentaram uma boa ou excelente resposta ao tratamento. Uma vez mais, a falta de significância
nos resultados não foi atribuída a uma diminuição na eficácia dos agentes ativos, mas a um aumento
considerável na resposta do placebo.
Um terceiro estudo de rinite alérgica sazonal de 14 dias também comparou a eficácia da loratadina
xarope, maleato de clorfeniramina xarope e placebo nos pacientes com 6 a 12 anos de idade24
. A
dose, calculada de acordo com o peso corporal, foi de 5 ou 10 mg 1x/dia de loratadina, 2 ou 4 mg
3x/dia de clorfeniramina ou placebo. Por causa das diferenças no desenho do estudo, a gravidade
dos sintomas exigida para a inclusão foi menor que aquela exigida para outros estudos clínicos.
Consequentemente, os escores dos sintomas basais para os pacientes neste estudo foram
relativamente baixos em comparação com os de outros estudos clínicos.
De uma maneira geral, os dois tratamentos ativos foram numericamente superiores ao placebo na
redução dos sinais e sintomas de rinite alérgica sazonal. Na maioria dos casos, nem os resultados da
loratadina nem da clorfeniramina foram estatisticamente diferentes daqueles do placebo, nem
diferentes entre si. A falta de significância estatística em relação ao placebo é atribuída a uma alta
resposta ao placebo durante todo o estudo e aos baixos escores dos sintomas no período basal. No
endpoint, as reduções nos escores médios dos sintomas foram de 36%, 41% e 30% nos grupos de
tratamento da loratadina, clorfeniramina e placebo, respectivamente.
Com base na avaliação da resposta terapêutica feita pelo médico, os pacientes tratados com a
loratadina e clorfeniramina revelaram uma resposta mais favorável ao tratamento que aqueles que
receberam placebo. No endpoint, 49% dos pacientes tratados com loratadina e 53% daqueles
tratados com clorfeniramina apresentaram boa ou excelente resposta em comparação com 34% dos
pacientes que receberam o placebo.
Foi realizada uma análise adicional para pacientes que tinham sido incluídos no estudo com
sintomas mais graves (um maior escore de sintomas totais no período basal). Essa análise produziu
resultados mais tipicamente observados com a loratadina e clorfeniramina em adultos. Nesse
subgrupo de pacientes, ambos os tratamentos ativos foram mais eficazes que o placebo. No
endpoint, a redução nos escores dos sintomas foi de 53%, 39% e 34% nos grupos loratadina,
clorfeniramina e placebo, respectivamente.
Três estudos de desenho semelhante compararam a eficácia da loratadina xarope com aquela da
terfenadina em suspensão em pacientes com 2 a 12 anos de idade com sinais e sintomas de
transtornos cutâneos alérgicos25-27
. Aproximadamente 70% dos pacientes avaliáveis quanto à
eficácia apresentaram diagnóstico de dermatite atópica. Os outros 30% apresentaram uma variedade
de transtornos cutâneos, inclusive urticária, prurido, eczema numular, prurido actínico e disidrose.
Em todos os estudos, os pacientes tratados com loratadina receberam 5 ou 10 mg 1x/dia de acordo
com seu peso. Em dois estudos, os pacientes tratados com terfenadina que tinham menos de 6 anos
de idade receberam 15 mg 2x/dia, ao passo que aqueles com seis anos de idade ou mais receberam
30 mg 2x/dia26, 27
. Em um estudo que avaliou pacientes que tinham 2 a 6 anos de idade, a dose de
terfenadina administrada foi de 30 mg 2x/dia25
Os resultados desses três estudos demonstraram que tanto a loratadina como a terfenadina reduziram
significantemente (p < 0,01) os sinais e sintomas de transtornos cutâneos alérgicos quando
comparados com os valores basais. Ambos os tratamentos ativos foram igualmente eficazes. As
análises no endpoint mostraram que as diminuições nos escores médios dos sintomas totais variaram
de 41% a 68% nos grupos de tratamento com loratadina e de 41% a 54% nos grupos da terfenadina.
De acordo com a avaliação da resposta terapêutica feita pelo médico, 44% a 80% dos pacientes
tratados com loratadina e 46% a 78% com terfenadina atingiram um alívio acentuado ou total dos
sinais e sintomas.
Avaliação de segurança:
Os resultados de três estudos de farmacologia clínica de dose única indicam que a loratadina, em
doses variando de 10 a 160 mg, foi segura e bem-tolerada nos voluntários saudáveis1, 2, 31
. Cefaleia
foi a reação adversa mais frequentemente relatada, ocorrendo aproximadamente na mesma
frequência que no grupo do placebo. Sedação foi relatada em 2% a 6% dos indivíduos que
receberam as dosagens maiores de loratadina (40, 80 e 160 mg), em 6% dos indivíduos no grupo do
placebo e em 13% daqueles que receberam o anti-histamínico sedativo maleato de clorfeniramina.
Além do mais, nos estudos de doses múltiplas (10, 20 e 40 mg 2x/dia durante 28 dias), 8% dos
indivíduos em um único grupo de esquema de dosagem de loratadina relataram sedação em
comparação com 8% e 67% nos grupos do placebo e da clorfeniramina, respectivamente2, 32
Em um estudo de segurança de longo prazo com voluntários normais do sexo masculino que
receberam 40 mg de loratadina 1x/dia durante 13 semanas, a tolerância foi boa e não houve
alterações clínicas fora do comum nos valores de testes laboratoriais, eletrocardiograma ou exames
físicos. Ao contrário de outros agentes catiônicos anfifílicos, a loratadina não induziu fosfolipidose e
as únicas reações adversas relacionadas à droga relatadas foram soluços e cefaleia32
Um perfil farmacocinético semelhante foi demonstrado em pacientes de 1 a 2 anos de idade que
receberam dose única de loratadina xarope contendo 2,5 mg, em comparação com crianças mais
velhas e adultos que receberam a dose recomendada apropriada de loratadina xarope.
Perfil de segurança com esquema de dosagem de 10 mg:
Nos estudos clínicos que utilizaram um esquema de dosagem da loratadina 10 mg 1x/dia em
pacientes adultos com rinite alérgica sazonal, as reações adversas mais frequentemente relatadas
foram fadiga (6%), sedação (5%), cefaleia (3%) e boca seca (3%). Essas reações, entretanto,
também ocorreram nos grupos placebo e dos comparativos, aproximadamente na mesma frequência.
Todas as outras reações adversas relatadas ocorreram em 2% ou menos dos pacientes4-7
Referências bibliográficas:
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Volunteers, 1985, Schering-Plough Research Institute, Kenilworth, N.J. (C85-003).
A loratadina é um anti-histamínico tricíclico potente, de ação prolongada, com atividade seletiva e
antagônica nos receptores H1 periféricos.
A loratadina é rapidamente absorvida no tubo digestivo, após a ingestão oral. As concentrações
plasmáticas máximas são atingidas em 1 hora e sua meia-vida é de 17 a 24 horas. A loratadina é
metabolizada no fígado, de forma intensa, em descarboetoxiloratadina, que é o metabólito ativo. Sua
ligação às proteínas plasmáticas é de 97% a 99%, e a do metabólito ativo é de 73% a 76%.
A insuficiência renal não modifica de forma significativa a farmacocinética da loratadina.
Em caso de insuficiência hepática, há modificação dos parâmetros farmacocinéticos; a dose de
loratadina deve ser diminuída. Nos pacientes idosos, não há necessidade de alteração da dose, pois
os parâmetros farmacocinéticos não se modificam de forma significativa.
Estudos de farmacologia clínica
Supressão de pápulas cutâneas induzidas pela histamina:
A atividade anti-histamínica e o perfil de dose-resposta da loratadina foram avaliados em estudos de
farmacologia clínica utilizando um modelo de supressão de pápulas cutâneas induzidas pela
histamina.
Dois estudos randomizados e cegos avaliaram os efeitos de supressão de pápulas da loratadina em
doses orais únicas que variaram de 10 a 160 mg. Nessas doses, a loratadina demonstrou um rápido
início de ação; a supressão das pápulas ocorreu em um prazo de uma hora do tratamento. Além
disso, todas as doses foram significantemente mais eficazes que o placebo na supressão da formação
de pápulas cutâneas induzidas pela histamina (p = 0,001).
Em um terceiro estudo randomizado e duplo-cego, os efeitos supressores da loratadina sobre a
formação de pápulas induzidas pela histamina foram medidos em doses que variaram de 10 a 40 mg
administradas por via oral, duas vezes por dia (2x/dia) durante 28 dias. A supressão de pápulas foi
observada em um prazo de duas horas após a primeira dose de cada tratamento e permaneceu
constante durante todo o período de estudo (28 dias). Além disso, todos os três esquemas de
dosagem foram significantemente mais eficazes que o placebo na supressão da formação de pápulas
(p < 0,05); os efeitos de supressão estavam relacionados à dose.
Um estudo randomizado, cruzado tridirecional em pacientes pediátricos comparou a atividade da
loratadina xarope, terfenadina suspensão e placebo na redução de pápulas e eritemas induzidos pela
histamina. Nesse estudo, doses únicas de 10 mg de loratadina xarope e de 60 mg de terfenadina
suspensão foram comparáveis na redução das pápulas e eritemas induzidos pela histamina e ambos
os tratamentos foram significantemente mais eficazes que o placebo.
Farmacocinética clínica:
No ser humano, a disposição farmacocinética e metabólica da loratadina com 3
H e 14
C foi
investigada em voluntários normais saudáveis, após doses orais únicas. O perfil farmacocinético da
loratadina e do seu metabólito ativo (porém menos relevante), a descarboetoxiloratadina, foram
avaliados após doses únicas e múltiplas administradas em voluntários saudáveis, voluntários
geriátricos saudáveis e em voluntários com comprometimento renal ou hepático. Além disso, foram
determinadas as proporcionalidades de dose, biodisponibilidade, extensão da excreção em leite de
mulheres em lactação, efeito da alimentação sobre a absorção e a ligação da loratadina às proteínas
plasmáticas.
A via metabólica da loratadina no ser humano é qualitativamente semelhante àquela nos animais.
Após uma administração oral, a loratadina é bem absorvida e quase totalmente metabolizada.
Em indivíduos adultos normais, as meias-vidas médias de eliminação foram de 8,4 horas (variando
de 3 a 20 horas) para a loratadina e de 28 horas (variando de 8,8 a 92 horas) para a
descarboetoxiloratadina, o principal metabólito ativo. Em quase todos os pacientes, a exposição
(AUC) ao metabólito foi maior que ao composto original.
Aproximadamente 40% da dose são excretados na urina e 41% nas fezes durante um período de 10
dias. Aproximadamente 27% da dose são eliminados na urina durante as primeiras 24 horas.
Os resultados dos estudos de ligação às proteínas plasmáticas revelaram que a loratadina está
altamente ligada às proteínas plasmáticas humanas (97% a 99%); a descarboetoxiloratadina está
moderadamente ligada (73% a 76%).
Em indivíduos idosos (66 a 78 anos de idade) a AUC e o pico dos níveis plasmáticos (Cmáx) da
loratadina e do seu metabólito foram aproximadamente 50% maiores que nos indivíduos mais
jovens.
Em pacientes com comprometimento renal crônico (depuração de creatinina menor que 30 mL/min),
tanto a AUC quanto o pico dos níveis plasmáticos (Cmáx) aumentaram em média aproximadamente
73% para a loratadina e 120% para o metabólito, em comparação com as AUCs e os picos de níveis
plasmáticos (Cmáx) de pacientes com função renal normal. As meias-vidas médias de eliminação da
loratadina (7,6 horas) e do seu metabólito (23,9 horas) não foram significantemente diferentes
daquelas observadas em indivíduos normais. A hemodiálise não apresenta efeito sobre a
farmacocinética da loratadina ou de seu metabólito em indivíduos com comprometimento renal
crônico.
Em pacientes com doença hepática alcoólica crônica a AUC e o pico dos níveis plasmáticos (Cmáx)
da loratadina foram o dobro, ao passo que o perfil farmacocinético do metabólito ativo não foi
significantemente alterado em relação àquele de pacientes com função hepática normal. As meias-
vidas de eliminação da loratadina e do seu metabólito foram de 24 horas e 37 horas,
respectivamente, e aumentaram com a maior gravidade da doença hepática.
No ser humano, o parâmetro de biodisponibilidade da loratadina e descarboetoxiloratadina é
proporcional à dose. Os estudos de biodisponibilidade demonstraram a bioequivalência da loratadina
administrada por via oral em forma de cápsula, comprimido, suspensão, solução e xarope.
A ingestão concomitante de alimento com a loratadina pode retardar ligeiramente a absorção (em
aproximadamente uma hora), mas sem afetar significantemente a AUC. Do mesmo modo, o efeito
clínico não é significantemente influenciado.
A loratadina e a descarboetoxiloratadina são eliminadas no leite de mulheres em lactação, com as
concentrações sendo semelhantes às plasmáticas. Cerca de 48 horas após a administração, somente
0,029% da dose de loratadina é eliminada no leite na forma de descarboetoxiloratadina e loratadina
sem alteração.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que tenham demonstrado qualquer tipo
de reação alérgica ou incomum a qualquer um dos componentes da fórmula.
Advertências:
A segurança e a eficácia da loratadina em crianças abaixo de 2 anos ainda não foram estabelecidas.
Pacientes com hepatopatia grave devem iniciar o tratamento com doses baixas de loratadina, uma
vez que podem ter uma depuração reduzida de loratadina; uma dose inicial de 5 mL diários ou de 10
mL em dias alternados é recomendada.
Uso durante a gravidez e lactação:
Categoria B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Não está estabelecido se o uso de loratadina pode acarretar riscos durante a gravidez ou lactação.
Portanto, o medicamento só deverá ser utilizado se os benefícios potenciais para a mãe justificarem
o risco potencial para o feto ou o recém-nascido.
Considerando que a loratadina é excretada no leite materno e devido ao aumento de risco do uso de
anti-histamínicos por crianças, particularmente por recém-nascidos e prematuros, deve-se optar ou
pela descontinuação da amamentação ou pela interrupção do uso do produto.
Pacientes idosos:
Nos pacientes idosos não há necessidade de alteração de dose, pois não ocorrem alterações da
metabolização decorrente da idade. Devem-se seguir as mesmas orientações dadas aos demais
adultos.
Atenção: loratadina Xarope contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
portadores de Diabetes.
Quando administrado concomitantemente com álcool, a loratadina não exerce efeitos
potencializadores, como foi demonstrado por avaliações em estudos de desempenho psicomotor.
Aumento das concentrações plasmáticas de loratadina tem sido relatado em estudos clínicos
controlados, após o uso concomitante com cetoconazol, eritromicina ou cimetidina, porém, sem
alterações clinicamente significativas (incluindo eletrocardiográficas). Outros medicamentos
conhecidamente inibidores do metabolismo hepático devem ser coadministrados com cautela, até
que estudos definitivos de interação possam ser completados.
Alterações em exames laboratoriais:
O tratamento com anti-histamínicos deverá ser suspenso aproximadamente 48 horas antes de se
efetuar qualquer tipo de prova cutânea, já que podem impedir ou diminuir as reações que, de outro
modo, seriam positivas e, portanto, indicativas de reatividade dérmica.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A loratadina xarope é um líquido límpido, incolor, ausente de partículas estranhas, que apresenta
aroma de cereja.
aroma de cereja e sabor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos e crianças acima de 12 anos: 10 mL de loratadina (10 mg) uma vez por dia. Não administrar
mais de 10 mL em 24 horas.
Crianças de 2 a 12 anos:
Peso corporal abaixo de 30 kg: 5 mL (5 mg) de loratadina uma vez por dia. Não administrar mais de
5 mL em 24 horas.
Peso corporal acima de 30 kg: 10 mL (10 mg) de loratadina uma vez por dia. Não administrar mais
de 10 mL em 24 horas.
No caso de esquecimento de alguma dose, oriente seu paciente a tomar a medicação assim que
possível e a manter o mesmo horário da tomada do medicamento pelo restante do tratamento.
A loratadina não apresenta propriedades sedativas clinicamente significativas quando utilizado na
dose recomendada de 10 mg diários.
As reações adversas relatadas comumente incluem fadiga, cefaleia, sonolência, boca seca,
transtornos gastrintestinais como náuseas e gastrite e também manifestações alérgicas cutâneas
(exantema ou rash).
Durante a comercialização de loratadina xarope, foram relatadas raramente as seguintes reações
adversas: alopecia, anafilaxia (incluindo angioedema), função hepática alterada, taquicardia,
palpitações, tontura e convulsões. Da mesma forma, a incidência de reações adversas com loratadina
xarope tem sido comparável à do placebo. Em estudos clínicos pediátricos controlados, a incidência
de cefaleia, sedação, nervosismo, relacionada ao tratamento, foi similar à do placebo, além do que
tais eventos foram raramente relatados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Sonolência, taquicardia e cefaleia têm sido relatadas com doses excessivas. Uma única ingestão de
160 mg de loratadina não produziu efeitos adversos. Em caso de superdose, o tratamento, que
deverá ser imediatamente iniciado, é sintomático e coadjuvante.
Tratamento – O paciente deverá ser induzido ao vômito, ainda que tenha ocorrido emese
espontânea. O vômito induzido farmacologicamente pela administração de xarope de ipecacuanha é
o método preferido. Entretanto, não deverão ser induzidos ao vômito pacientes com diminuição do
nível de consciência. A ação da ipecacuanha é facilitada com atividade física e administração de 240
a 360 mililitros de água. Caso não ocorra emese nos 15 minutos seguintes à administração de
ipecacuanha, a dose deverá ser repetida. Deverão ser tomadas precauções contra a aspiração,
principalmente em crianças. Após a emese, pode-se tentar evitar a absorção do restante do fármaco
que ainda estiver no estômago, com a ajuda de carvão ativado administrado sob a forma de
suspensão em água. Caso o vômito não tenha sido obtido, ou esteja contraindicado, deverá ser
realizada lavagem gástrica. Neste caso o agente preferido em crianças é a solução salina fisiológica.
Em adultos, poderá ser usada água corrente; entretanto, antes de proceder-se à instilação seguinte,
deverá ser retirado o maior volume possível do líquido já administrado. Os agentes catárticos salinos
atraem água para os intestinos por osmose e, portanto, podem ser valiosos por sua ação diluente
rápida do conteúdo intestinal. A loratadina não é significativamente depurada por hemodiálise. Após
administrar-se tratamento de emergência, o paciente deve permanecer sob observação clínica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.