Bula do Lorsacor produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Lorsacor (lorsatana potássica)
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
Comprimidos revestidos
50 mg
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Lorsacor®
losartana potássica
APRESENTAÇÕES
(losartana potássica) comprimidos revestidos 50 mg. Embalagem contendo 30 ou 60 comprimidos
revestidos.
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Lorsacor®
50 mg contém:
losartana potássica.................................................................... 50 mg
excipientes .......................................................... q.s.p. 1 comprimido
(celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido de milho pré-gelatinizado, estearato de magnésio,
hipromelose, dióxido de titânio e polietilenoglicol).
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Hipertensão
Lorsacor®
(losartana potássica) é indicado para o tratamento da hipertensão.
(losartana potássica) é indicado para o tratamento da insuficiência cardíaca, quando o tratamento
com inibidor da ECA não é mais considerado adequado. Não é recomendada a troca do tratamento para
(losartana potássica) em pacientes com insuficiência cardíaca estabilizados com inibidores da
ECA.
Redução do Risco de Morbidade e Mortalidade Cardiovascular em Pacientes Hipertensos com
Hipertrofia Ventricular Esquerda
(losartana potássica) é indicado para reduzir o risco de morbidade e mortalidade cardiovascular
avaliado pela incidência combinada de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do
miocárdio em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda (veja RESULTADOS DE
EFICÁCIA, Raça).
Proteção Renal em Pacientes com Diabetes Tipo 2 e Proteinúria
(losartana potássica) é indicado para retardar a progressão da doença renal avaliada pela redução
da incidência combinada de duplicação da creatinina sérica, insuficiência renal terminal (necessidade de
diálise ou transplante renal) ou morte e para reduzir a proteinúria.
Em estudos clínicos, a administração em dose única diária de losartana potássica a pacientes com hipertensão
essencial leve à moderada causou reduções estatisticamente significativas das pressões arteriais sistólica e
diastólica; nos estudos clínicos, o efeito anti-hipertensivo foi mantido por até um ano. A medida da pressão
arterial no vale (24 horas após a dose) em relação à pressão no pico (5 a 6 horas após a dose) demonstrou
redução da pressão arterial relativamente uniforme nas 24 horas. O efeito anti-hipertensivo acompanhou os
ritmos diurnos naturais. A redução da pressão arterial no final do intervalo posológico foi de
aproximadamente 70% a 80% do efeito observado 5 a 6 horas após a dose. A descontinuação da losartana em
pacientes hipertensos não resultou em rebote abrupto da pressão arterial. Apesar da diminuição significativa
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
da pressão arterial, a administração de losartana potássica não exerceu efeito clinicamente significativo na
frequência cardíaca.
A administração de 50 mg a 100 mg de losartana potássica uma vez ao dia produz efeito anti-hipertensivo
significativamente maior do que a administração de 50 mg a 100 mg de captopril uma vez ao dia. O efeito
anti-hipertensivo de losartana potássica 50 mg é semelhante ao da administração única diária de enalapril 20
mg. O efeito anti-hipertensivo da administração única diária de 50 mg a 100 mg de losartana potássica é
comparável ao da administração única diária de 50 mg a 100 mg de atenolol e equivalente ao da
administração de 5 mg a 10 mg de felodipina de liberação prolongada em hipertensos mais velhos (≥ 65 anos)
após 12 semanas de terapia.
A losartana potássica é igualmente eficaz em pacientes hipertensos de ambos os sexos e em pacientes
hipertensos mais jovens (<65 anos) e mais velhos (≥65 anos). A exemplo do que ocorre com outros
medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina, a resposta média à monoterapia com losartana é
menor em pacientes da raça negra, embora o efeito anti-hipertensivo de losartana potássica se manifeste em
todas as raças.
Os efeitos de losartana potássica administrado concomitantemente com diuréticos tiazídicos na redução da
pressão arterial são aproximadamente aditivos.
Estudo LIFE: Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension (LIFE) foi um estudo de grande
porte, multicêntrico, multinacional, randômico, triplo-cego, controlado com medicação ativa que envolveu
9.193 pacientes hipertensos com idades entre 55 e 80 anos (média de 67 anos) e hipertrofia ventricular
esquerda documentada por ECG. No período basal, 1.195 (13%) pacientes apresentavam diabetes; 1.326
(14%), hipertensão sistólica isolada; 1.468 (17%), doença coronariana e 728 (8%), doença vascular cerebral.
O objetivo do estudo foi demonstrar os efeitos protetores cardiovasculares de losartana potássica versus
atenolol, além dos benefícios do controle da pressão arterial (medida no vale). Para atingir esse objetivo, a
meta da pressão arterial foi a mesma nos dois grupos de tratamento. Os pacientes foram distribuídos de modo
randômico para receberem 50 mg de losartana potássica ou 50 mg de atenolol uma vez ao dia. Quando a meta
da pressão arterial (<140/90 mmHg) não era atingida, adicionava-se, em primeiro lugar, a hidroclorotiazida
(12,5 mg) e, se necessário, aumentava-se a dose de losartana potássica ou de atenolol para 100 mg uma vez ao
dia. Se ainda fosse necessário para atingir a meta, eram feitas outras modificações do esquema terapêutico
(por exemplo, aumento da dose de hidroclorotiazida para 25 mg ou adição de outro tratamento diurético ou de
bloqueadores dos canais de cálcio, alfabloqueadores ou agentes de ação central). A adição de inibidores da
ECA, antagonistas da angiotensina II ou betabloqueadores não foi permitida.
Nos dois grupos de tratamento, a pressão arterial foi significativamente reduzida para níveis semelhantes e
uma proporção semelhante de pacientes atingiu a meta da pressão arterial. A duração média do período de
acompanhamento foi de 4,8 anos.
O desfecho primário foi o composto de morbidade e mortalidade cardiovasculares, avaliado pela redução da
incidência combinada de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio. Os
resultados mostraram que o tratamento com losartana potássica resultou em 13,0% de redução do risco (p=
0,021) em comparação com o atenolol para os pacientes que atingiram o desfecho primário composto (veja a
figura 1).
Losartana potássica
Figura 1. Estimativas de Kaplan-Meier do desfecho primário composto de morte cardiovascular, acidente
vascular cerebral ou infarto do miocárdio nos grupos que receberam losartana potássica e atenolol, ajustadas
para o escore de risco de Framingham e o grau de hipertrofia ventricular esquerda ao ECG no período basal.
O tratamento com losartana potássica reduziu o risco de acidente vascular cerebral em 25%
comparativamente ao atenolol (p= 0,001). As taxas de morte cardiovascular e de infarto do miocárdio não
foram significativamente diferentes entre os grupos de tratamento. O efeito de losartana potássica no desfecho
primário composto aparentemente foi superior e além dos efeitos benéficos do controle da pressão arterial
apenas (veja tabela a seguir).
DESFECHOS DO ESTUDO LIFE
Resultado
Lorsarcor
(N=4.605)
n (%)
Taxa*
Atenolol
(N= 4.588)
Redução do
Risco**
Valor de
p
Desfecho Primário Composto 508 (11%) 23,8 588 (13%) 27,9 13% 0,021
Componentes do Objetivo Composto Primário
Mortalidade Cardiovascular 204 (4%) 9,2 234 (5%) 10,6 11% 0,206
Acidente Vascular Cerebral 232 (5%) 10,8 309 (7%) 14,5 25% 0,001
Infarto do Miocárdio 198 (4%) 9,2 188 (4%) 8,7 -7% 0,491
*Por 1.000 pacientes-anos de acompanhamento.
**Ajustada para o escore de risco de Framingham e o grau de HVE ao ECG no período basal.
Os outros desfechos clínicos do estudo LIFE foram: mortalidade por todas as causas, hospitalização por
insuficiência cardíaca ou angina pectoris, procedimentos de revascularização coronariana ou periférica e
parada cardíaca com ressuscitação. Não ocorreram diferenças significativas entre os grupos de tratamento nas
taxas desses desfechos. Os pacientes que receberam losartana potássica apresentaram redução
significativamente maior dos índices de hipertrofia ventricular esquerda no ECG em comparação com os
pacientes que receberam atenolol.
Os efeitos de losartana potássica versus atenolol na morbimortalidade cardiovascular foram examinados em
subgrupos de pacientes com histórico de diabetes mellitus (n= 1.195) ou hipertensão sistólica isolada (HSI)
(n= 1.326) no período basal. Em relação ao desfecho primário composto, os resultados observados nesses
subgrupos foram compatíveis com o benefício do tratamento com losartana potássica observado na população
global do estudo: observou-se redução de 24% do risco (p= 0,03) nos pacientes com diabetes e de 25% (p=
0,06) nos pacientes com hipertensão sistólica isolada. Compatível com os resultados observados na população
global, a redução do risco de acidente vascular cerebral foi um importante fator contribuinte para o benefício
observado nos pacientes com diabetes ou HSI.
Raça: com base no estudo LIFE, os benefícios de losartana potássica sobre a morbidade e a mortalidade
cardiovasculares em comparação com os do atenolol não se aplicam a pacientes negros com hipertensão e
hipertrofia ventricular esquerda, embora os dois esquemas de tratamento tenham reduzido de forma eficaz a
pressão arterial nessa população de pacientes. No estudo LIFE, losartana potássica diminuiu o risco de
morbidade e mortalidade cardiovasculares em comparação com o atenolol em pacientes hipertensos não
negros com hipertrofia ventricular esquerda (n= 8.660) conforme medido pelo desfecho primário de
incidência combinada de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio (p= 0,003).
Nesse estudo, entretanto, o risco de apresentar o desfecho primário composto foi menor em pacientes negros
que receberam atenolol em comparação com os que receberam losartana potássica (p= 0,03). No subgrupo de
pacientes negros (n= 533; 6% dos pacientes do estudo LIFE), ocorreram 29 desfechos primários entre os 263
pacientes do grupo do atenolol (11%, 25,9/1.000 pacientes-anos) e 46 entre os 270 pacientes (17%, 41,8/1.000
pacientes-anos) do grupo do losartana potássica.
Nesse estudo, losartana potássica em geral foi bem tolerado e seu perfil de tolerabilidade foi superior ao do
atenolol, conforme evidenciado pela incidência significativamente mais baixa de descontinuações por efeitos
adversos.
Estudo RENAAL: o estudo Reduction of Endpoints in NIDDM with the Angiotensin II Receptor Antagonist
Losartana (RENAAL) foi um estudo mundial de grande porte, multicêntrico, com distribuição randômica,
controlado com placebo e duplo-cego que envolveu 1.513 pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria (751
receberam losartana potássica, com ou sem hipertensão. O objetivo do estudo foi demonstrar os efeitos
protetores renais de losartana potássica além dos benefícios do controle da pressão arterial apenas. Para
atingir esse objetivo, a meta da pressão arterial foi a mesma nos dois grupos de tratamento. Os pacientes com
proteinúria e creatinina sérica entre 1,3 e 3,0 mg/dL foram distribuídos de modo randômico para receberem
50 mg de losartana potássica uma vez ao dia, titulados de acordo com a resposta da pressão arterial, ou
placebo e tratamento anti-hipertensivo convencional, excluindo-se inibidores da ECA e antagonistas da
angiotensina II. Os pesquisadores foram orientados a titular o medicamento de estudo para 100 mg uma vez
ao dia, conforme apropriado; 72% dos pacientes tomaram a dose diária de 100 mg durante a maior parte do
tempo em que receberam o medicamento de estudo. Em ambos os grupos, quando necessário, puderam ser
adicionados outros agentes anti-hipertensivos (diuréticos, bloqueadores dos canais de cálcio, alfa ou
betabloqueadores e agentes de ação central). Os pacientes foram acompanhados por até 4,6 anos (média de
3,4 anos).
O desfecho primário do estudo foi o desfecho composto de duplicação da creatinina sérica, insuficiência renal
terminal (necessidade de diálise ou transplante) ou morte. Os resultados mostraram que o tratamento com
losartana potássica (327 eventos) em comparação ao placebo (359 eventos) resultou em redução do risco de
16,1% (p= 0,022) para os pacientes que atingiram o desfecho primário composto. Os resultados também
demonstraram redução significativa do risco no grupo tratado com losartana potássica em relação aos
seguintes componentes individuais e combinados do desfecho primário: 25,3% de redução do risco de
duplicação da creatinina sérica (p= 0,006), 28,6% de redução do risco de insuficiência renal terminal (p=
0,002), 19,9% de redução do risco de insuficiência renal terminal ou morte (p= 0,009) e 21% de redução do
risco de duplicação da creatinina sérica ou de insuficiência renal terminal (p= 0,010). A taxa de morte por
todas as causas não foi significativamente diferente entre os dois grupos de tratamento.
Os desfechos secundários do estudo foram: alteração da proteinúria, taxa de progressão da nefropatia e o
composto de morbimortalidade de causas cardiovasculares (hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto
do miocárdio, revascularização, acidente vascular cerebral, hospitalização por angina instável ou morte
cardiovascular). Os resultados mostraram redução média de 34,3% do nível de proteinúria no grupo do
losartana potássica (p< 0,001). O tratamento com losartana potássica reduziu a taxa de declínio da função
renal durante a fase crônica do estudo em 13,9%, p= 0,003 (taxa média de declínio de 18,5%, p= 0,01),
conforme medido pela recíproca da concentração sérica de creatinina. Não houve diferença significativa entre
o grupo que recebeu losartana potássica (247 eventos) e o grupo placebo (268 eventos) no desfecho composto
de morbimortalidade cardiovascular, embora o estudo não tenha sido desenhado para detectar esse efeito.
Nesse estudo, losartana potássica em geral foi bem tolerado, conforme evidenciado pela incidência
semelhante de descontinuações por efeitos adversos em comparação com placebo.
Estudos ELITE I e ELITE II: no estudo ELITE, com 48 semanas de duração, que envolveu 722 pacientes
com insuficiência cardíaca (Classe II-IV da NYHA), não foram observadas diferenças no desfecho primário
de disfunção renal persistente entre os pacientes que receberam losartana potássica e os que receberam
captopril. A observação não esperada do benefício superior de losartana potássica na redução do risco de
morte em relação ao captopril no estudo ELITE não foi confirmada no estudo de sobrevida definitivo, ELITE
II, descrito a seguir.
Em um estudo que envolveu pacientes com insuficiência cardíaca, desenhado para avaliar prospectivamente a
mortalidade (ELITE II), comparou-se um esquema com 50 mg de losartana potássica em dose única diária
(dose inicial de 12,5 mg titulada para 25 mg e 50 mg 1x/dia) a um esquema contendo 50 mg de captopril,
3x/dia (dose inicial de 12,5 mg titulada para 25 mg e 50 mg 3x/dia). Nesse estudo (n= 3.152), pacientes com
insuficiência cardíaca (Classe II-IV da NYHA) foram acompanhados durante dois anos aproximadamente
(mediana de acompanhamento de 1,5 ano) para avaliar se losartana potássica era superior ao captopril na
redução da mortalidade por todas as causas. O desfecho primário não mostrou diferença estatisticamente
significativa entre losartana potássica e captopril na redução da mortalidade por todas as causas (17,7% para o
losartana potássica e 15,9% para o captopril, p= 0,16). O desfecho secundário não mostrou diferença
estatisticamente significativa na redução de morte súbita de origem cardíaca e/ou parada cardíaca com
ressuscitação (9,0% para losartana potássica e 7,3% para captopril, p= 0,08). O desfecho terciário de
mortalidade por todas as causas e/ou hospitalizações por todas as causas não mostrou diferença
estatisticamente significativa entre losartana potássica e captopril (47,7% para losartana potássica e 44,9%
para captopril, p= 0,18). Em geral, os outros desfechos de morbidade e de mortalidade, incluindo melhora da
classe funcional de acordo com a classificação da NYHA, não foram diferentes entre os grupos de tratamento.
Nesses dois estudos clínicos controlados em pacientes com insuficiência cardíaca, losartana potássica em
geral foi bem tolerado e seu perfil de tolerabilidade foi superior ao do captopril, conforme avaliado pela
incidência significativamente mais baixa de descontinuações por efeitos adversos e incidência
significativamente mais baixa de tosse.
Farmacologia Clínica
Lorsacor®
(losartana potássica), o primeiro de uma nova classe de agentes para o tratamento da hipertensão e
da insuficiência cardíaca, é um antagonista do receptor (tipo AT1) da angiotensina II. Lorsacor®
(losartana
potássica) também reduz o risco combinado de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do
miocárdio em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda e oferece proteção renal para
pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria.
Mecanismo de Ação
A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina e o
maior determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II liga-se ao receptor AT1 encontrado em
muitos tecidos (por exemplo, músculo liso vascular, glândulas adrenais, rins e coração) e desencadeia várias
ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. A angiotensina II também
estimula a proliferação de células musculares lisas. Foi identificado um segundo receptor da angiotensina II
(subtipo AT2), mas sua função na homeostase cardiovascular é desconhecida.
A losartana é um composto sintético potente, ativo por via oral. De acordo com bioensaios de ligação e
farmacologia, a losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a losartana como seu
metabólito ácido carboxílico farmacologicamente ativo (E-3174) bloqueiam todas as ações fisiologicamente
relevantes da angiotensina II, independentemente da fonte ou da via de síntese. Diferentemente de alguns
antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não apresenta efeitos agonistas.
A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores de hormônios ou
canais iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana não inibe a ECA (cininase II),
a enzima que degrada a bradicinina. Consequentemente, os efeitos não relacionados diretamente ao bloqueio
do receptor AT1, como a potencialização dos efeitos mediados pela bradicinina ou o desenvolvimento de
edema (losartana: 1,7%; placebo: 1,9%), não estão associados à losartana.
Absorção
Após a administração oral, a losartana é bem absorvida e sofre metabolismo de primeira passagem, formando
um metabólito ácido carboxílico ativo e outros metabólitos inativos. A biodisponibilidade sistêmica dos
comprimidos de losartana é de aproximadamente 33%. As concentrações máximas médias de losartana e de
seu metabólito ativo são atingidas em 1 hora e em 3 a 4 horas, respectivamente. Não houve efeito
clinicamente significativo no perfil da concentração plasmática de losartana quando o fármaco foi
administrado com uma refeição padrão.
Distribuição
Tanto a losartana como seu metabólito ativo apresentam taxa de ligação a proteínas plasmáticas > 99%,
principalmente com a albumina. O volume de distribuição da losartana é de 34 litros. Estudos em ratos
indicam que a losartana praticamente não atravessa a barreira hematoencefálica.
Metabolismo
Aproximadamente 14% da dose de losartana administrada por via intravenosa ou oral é convertida em seu
metabólito ativo. Após a administração intravenosa ou oral de losartana potássica marcada com 14C, a
radioatividade plasmática circulante principal é atribuída à losartana e ao seu metabólito ativo. Observou-se
conversão mínima de losartana ao seu metabólito ativo em aproximadamente 1% dos indivíduos estudados.
Além do metabólito ativo, são formados metabólitos inativos, incluindo dois principais, formados por
hidroxilação da cadeia lateral butílica, e um secundário, um glucuronídeo N-2 tetrazol.
Eliminação
A depuração plasmática da losartana e de seu metabólito ativo é de aproximadamente 600 mL/min e 50
mL/min, respectivamente. A depuração renal da losartana e de seu metabólito ativo é de aproximadamente 74
mL/min e 26 mL/min, respectivamente. Quando a losartana é administrada por via oral, aproximadamente 4%
da dose são excretadas inalteradas na urina e 6%, na forma de metabólito ativo. As farmacocinéticas da
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
losartana e de seu metabólito ativo são lineares com doses de losartana potássica de até 200 mg, administradas
por via oral.
Após a administração oral, as concentrações plasmáticas da losartana e de seu metabólito ativo diminuem
exponencialmente, com meia-vida final de aproximadamente 2 horas e de 6 a 9 horas, respectivamente.
Durante a administração da dose única diária de 100 mg, a losartana e seu metabólito ativo não se acumulam
significativamente no plasma.
Tanto a excreção biliar como a urinária contribui para a eliminação de losartana e seus metabólitos. Após
dose oral de losartana potássica marcada com 14C em humanos, aproximadamente 35% da radioatividade é
recuperada na urina e 58%, nas fezes. Após dose intravenosa de losartana potássica marcada com 14C em
humanos, aproximadamente 43% da radioatividade é recuperada na urina e 50%, nas fezes.
Farmacodinâmica
Losartana
A losartana inibe as respostas pressoras sistólica e diastólica a infusões de angiotensina II. No pico, 100 mg
de losartana potássica inibem essas respostas em aproximadamente 85%; 24 horas após a administração de
doses únicas e múltiplas, a inibição é de cerca de 26%-39%.
Durante a administração de losartana, a remoção do feedback negativo da angiotensina II sobre a secreção de
renina aumenta a atividade de renina plasmática, o que resulta em aumento da angiotensina II no plasma.
Durante o tratamento crônico (6 semanas) de pacientes hipertensos com 100 mg/dia de losartana foram
observados aumentos nos níveis plasmáticos de angiotensina II de aproximadamente 2-3 vezes quando
ocorreram concentrações plasmáticas máximas do fármaco. Em alguns pacientes, foram observados aumentos
maiores, particularmente durante o tratamento de curto prazo (2 semanas). No entanto, a atividade anti-
hipertensiva e a supressão da concentração plasmática da aldosterona foram aparentes em 2 e 6 semanas,
indicando bloqueio efetivo do receptor de angiotensina II. Após a descontinuação da losartana, os níveis de
atividade de renina plasmática (ARP) e de angiotensina II declinaram aos níveis anteriores ao tratamento em 3
dias.
Uma vez que a losartana é um antagonista específico do receptor de angiotensina II tipo AT1, esse composto
não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Em um estudo que comparou os efeitos de
20 mg e de 100 mg de losartana potássica e de um inibidor da ECA nas respostas à angiotensina I, à
angiotensina II e à bradicinina, a losartana demonstrou bloquear as respostas à angiotensina I e à angiotensina
II sem afetar as respostas à bradicinina. Esse achado é compatível com o mecanismo de ação específico de
losartana. Em contrapartida, o inibidor da ECA demonstrou bloquear as respostas à angiotensina I e aumentar
as respostas à bradicinina sem alterar a resposta à angiotensina II, proporcionando assim uma diferenciação
farmacodinâmica entre a losartana e os inibidores da ECA.
As concentrações plasmáticas de losartana e seu metabólito ativo e o efeito anti-hipertensivo da losartana
crescem com o aumento da dose. Como a losartana e seu metabólito ativo são ambos antagonistas do receptor
de angiotensina II, eles contribuem para o efeito anti-hipertensivo.
Em um estudo de dose única, conduzido em indivíduos do sexo masculino sadios, a administração de 100 mg
de losartana potássica, sob condições nutricionais com altos e baixos teores de sal, não alterou a taxa de
filtração glomerular, o fluxo plasmático renal efetivo ou a fração de filtração. A losartana apresentou efeito
natriurético que foi mais acentuado com uma dieta pobre em sal e que pareceu não estar relacionado à
inibição da reabsorção inicial proximal de sódio. A losartana também aumentou de modo transitório a
excreção urinária de ácido úrico.
Em pacientes hipertensos sem diabetes com proteinúria (≥ 2 g/24 horas) tratados durante 8 semanas, a
administração de 50 mg de losartana potássica titulada para 100 mg reduziu significativamente a proteinúria
em 42%. A excreção fracionária de albumina e de IgG também foi significativamente reduzida. Nesses
pacientes, a losartana manteve a taxa de filtração glomerular e reduziu a fração de filtração.
Em hipertensas pós-menopáusicas tratadas durante 4 semanas, a losartana potássica na dose de 50 mg não
apresentou efeito sobre os níveis renais ou sistêmicos de prostaglandina.
A losartana não teve efeito sobre os reflexos autonômicos e não teve efeitos sustentados sobre a norepinefrina
plasmática.
A losartana potássica, administrada em doses únicas diárias de até 150 mg, não causou alterações
clinicamente importantes nos níveis de triglicérides, colesterol total ou colesterol HDL de pacientes
hipertensos em jejum. As mesmas doses de losartana não apresentaram efeito sobre os níveis de glicemia de
jejum.
Em geral, a losartana reduziu os níveis séricos de ácido úrico (geralmente < 0,4 mg/dL), efeito que persistiu
com a terapia crônica. Nos estudos clínicos controlados em pacientes hipertensos, nenhum paciente foi
descontinuado em razão de elevações dos níveis séricos de creatinina ou de potássio.
Em um estudo de 12 semanas, de desenho paralelo, conduzido em pacientes com insuficiência ventricular
esquerda (Classe Funcional II-IV da New York Heart Association), cuja maioria estava recebendo diuréticos
e/ou digitálicos, a losartana potássica administrada em doses únicas diárias de 2,5 mg, 10 mg, 25 mg e 50 mg
foi comparada a placebo. As doses de 25 mg e 50 mg produziram efeitos hemodinâmicos e neurohormonais
positivos, que foram mantidos durante todo o estudo. As respostas hemodinâmicas foram caracterizadas por
aumento do índice cardíaco e reduções de pressão capilar pulmonar, resistência vascular sistêmica, pressão
arterial sistêmica média e frequência cardíaca. A ocorrência de hipotensão foi relacionada à dose nesses
pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados neurohormonais foram caracterizados por redução dos
níveis circulantes de aldosterona e norepinefrina.
Lorsacor®
(losartana potássica) é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer
componente do produto.
(losartana potássica) não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes (veja
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Toxicidade Fetal: Uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro
trimestre da gravidez diminui a função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O
oligoidrâmnio resultante pode estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas fetais. As
potenciais reações adversas neonatais incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e
morte. Quando a gravidez for detectada, descontinue Lorsacor®
(losartana potássica) o mais rápido possível
(veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Uso na Gravidez e na Amamentação).
Hipersensibilidade: angioedema (veja REAÇÕES ADVERSAS).
Hipotensão e Desequilíbrio Hidroeletrolítico: em pacientes que apresentam depleção de volume
intravascular (por exemplo, aqueles tratados com altas doses de diuréticos), pode ocorrer hipotensão
sintomática. Essas situações devem ser corrigidas antes da administração de Lorsacor®
(losartana potássica)
ou deve-se utilizar dose inicial mais baixa (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Desequilíbrios eletrolíticos são comuns em pacientes com comprometimento renal, com ou sem diabetes, e
devem ser corrigidos. Em um estudo clínico que envolveu pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria, a
incidência de hipercalemia foi mais alta no grupo tratado com Lorsacor®
(losartana potássica) quando
comparado ao grupo placebo, entretanto poucos pacientes descontinuaram o tratamento em razão de
hipercalemia (veja REAÇÕES ADVERSAS, Achados de Testes Laboratoriais).
Insuficiência Hepática: com base nos dados de farmacocinética que demonstram aumentos significativos das
concentrações plasmáticas de losartana em pacientes com cirrose, deve-se considerar doses mais baixas para
pacientes com histórico de insuficiência hepática (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Insuficiência Renal: como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina, foram relatadas, em
indivíduos suscetíveis, alterações na função renal, inclusive insuficiência renal; essas alterações podem ser
reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Outros fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina podem aumentar as taxas de ureia sanguínea e de
creatinina sérica em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria de rim único.
Foram relatados efeitos semelhantes com Lorsacor®
(losartana potássica); essas alterações da função renal
podem ser reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Insuficiência Cardíaca: o uso concomitante de Lorsacor®
(losartana potássica) e de inibidores da ECA não
foi adequadamente estudado.
Uso na Gravidez e na Amamentação: categoria de risco na gravidez: D. Os fármacos que atuam
diretamente no sistema renina-angiotensina podem causar danos e morte do feto em desenvolvimento.
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
Quando houver confirmação de gravidez, descontinue o tratamento com Lorsacor®
o mais rapidamente
possível.
Embora não haja experiência com a utilização de losartana potássica em mulheres grávidas, estudos
realizados com em animais demonstraram danos e morte do feto e do recém-nascido; acredita-se que isso
ocorra por um mecanismo farmacologicamente mediado pelos efeitos no sistema renina-angiotensina. Em
humanos, a perfusão renal fetal, que depende do desenvolvimento do sistema renina-angiotensina, começa no
segundo trimestre; assim, o risco para o feto aumenta se Lorsacor®
(losartana potássica) for administrado
durante o segundo ou o terceiro trimestre da gravidez.
O uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez
diminui a função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O oligoidrâmnio resultante pode
estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas no feto. As reações adversas neonatais
potenciais incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e morte. Quando a gravidez
for detectada, descontinue Lorsacor®
(losartana potássica) o mais rápido possível.
O aparecimento destas reações é geralmente associado com o uso destes fármacos no segundo e terceiro
trimestres da gravidez. A maioria dos estudos epidemiológicos, que examinaram anormalidades fetais após a
exposição a anti-hipertensivos no primeiro trimestre, não distinguiram as drogas que afetam o sistema renina-
angiotensina dos demais agentes anti-hipertensivos. O controle adequado da hipertensão durante a gravidez é
importante para otimizar os resultados tanto para a mãe quanto para o feto.
Nos raros casos em que não há alternativa apropriada para a terapia com fármacos que agem no sistema
renina-angiotensina para uma determinada paciente, informe a mãe do potencial risco para o feto. Realize
ultrassonografias seriadas para avaliação do meio intra-amniótico. Se for detectado oligoidrâmnio,
descontinue Lorsacor®
(losartana potássica), a menos que seja considerado vital para a mãe. A realização de
teste fetal pode ser recomendada dependendo da semana de gestação. Pacientes e médicos devem, contudo,
estar cientes de que o oligoidrâmnio pode não ser detectado antes de o feto ter sofrido dano irreversível. Os
recém-nascidos com histórico de exposição in utero a losartana potássica devem ser observados
cuidadosamente a fim de verificar a ocorrência de hipotensão, oligúria e hipercalemia.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não se sabe se losartana é excretada no leite humano.
Devido ao fato de que muitos fármacos são excretados no leite humano e ao potencial de efeitos adversos para
o lactente, deve-se optar por suspender a amamentação ou o tratamento com Lorsacor®
(losartana potássica),
levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Uso Pediátrico: Recém-nascidos com histórico de exposição in utero a Lorsacor®
(losartana potássica): caso
ocorram oligúria ou hipotensão, dar prioridade para a manutenção da pressão arterial e perfusão renal.
Exsanguineotransfusões ou diálise podem ser necessárias como um meio de reverter a hipotensão e/ou
substituir a função renal comprometida.
A segurança e a eficácia em crianças ainda não foram estabelecidas.
Uso em Idosos: nos estudos clínicos, não houve diferença relacionada à idade nos perfis de eficácia e
segurança de losartana.
Dirigir e operar máquinas: não há dados que sugiram que losartana potássica afeta a habilidade de dirigir ou
Nos estudos clínicos de farmacocinética realizados com hidroclorotiazida, digoxina, varfarina, cimetidina,
fenobarbital, cetoconazol e eritromicina, não foram identificadas interações medicamentosas de importância
clínica. Houve relatos de redução dos níveis do metabólito ativo pela rifampicina e pelo fluconazol. Não
foram avaliadas as consequências clínicas dessas interações.
A exemplo do que ocorre com outros fármacos que bloqueiam a angiotensina II ou os seus efeitos, o uso
concomitante de diuréticos poupadores de potássio (como espironolactona, triantereno e amilorida),
suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio pode resultar em aumento do potássio
sérico.
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
A exemplo de outros fármacos que afetam a excreção de sódio, a excreção de lítio pode ser reduzida. Por isso,
deve-se monitorar com cautela os níveis séricos de lítio, caso sais de lítio sejam administrados
concomitantemente a antagonistas de receptores de angiotensina II.
Os fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo inibidores seletivos da cicloxigenase-2
(inibidores da COX-2), podem reduzir o efeito de diuréticos e outras drogas anti-hipertensivas. Por isso, o
efeito anti-hipertensivo de antagonistas de receptores de angiotensina II ou inibidores da ECA pode ser
atenuado pelos AINEs, incluindo os inibidores seletivos de COX-2.
Para alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos,
incluindo aqueles em terapia diurética) que estão em tratamento com fármacos anti-inflamatórios não
esteroides, incluindo inibidores seletivos da cicloxigenase-2, a administração concomitante de antagonistas de
receptores da angiotensina II ou inibidores da ECA pode resultar em maior deterioração da função renal,
incluindo possível insuficiência renal aguda. Esses efeitos são usualmente reversíveis, portanto a combinação
deve ser administrada com cautela a pacientes com comprometimento da função renal.
O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS) com bloqueadores dos receptores da
angiotensina, inibidores da ECA ou alisquireno está associado com o aumento do risco de hipotensão,
hipercalemia e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal severa) quando comparado a
monoterapia. Monitorar constantemente a pressão sanguínea, função renal e eletrólitos em pacientes em
tratamento com Lorsacor®
(losartana potássica) e outros agentes que afetem o RAAS. Não coadministrar
alisquireno com Lorsacor®
(losartana potássica) em pacientes diabéticos. Evitar o uso de alisquireno com
Lorsacor®
(losartana potássica) em pacientes com insuficiência renal (GFR, 60 mL/min).
Lorsacor®
(losartana potássica) deve ser mantido em sua embalagem original, conservar em temperatura
ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas:
(losartana potássica) 50 mg: comprimido revestido branco, oval, biconvexo, com vinco em uma
das faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Lorsacor®
(losartana potássica) pode ser administrado com ou sem alimentos.
(losartana potássica) pode ser administrado com outros agentes anti-hipertensivos.
Hipertensão
Para a maioria dos pacientes, a dose usual inicial e de manutenção é de 50 mg uma vez ao dia. O efeito anti-
hipertensivo máximo é alcançado 3 a 6 semanas após o início do tratamento. Alguns pacientes podem obter
benefício adicional se a dose for aumentada para 100 mg uma vez ao dia.
Para pacientes com depleção de volume intravascular (por exemplo, pacientes tratados com altas doses de
diuréticos), deve ser considerada uma dose inicial de 25 mg uma vez ao dia (veja ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Não há necessidade de ajuste posológico inicial para pacientes idosos ou para pacientes com insuficiência
renal, inclusive para pacientes em diálise. Deve ser considerada a utilização de uma dose mais baixa para
pacientes com histórico de insuficiência hepática (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Redução do Risco de Morbidade e Mortalidade Cardiovascular em Pacientes Hipertensos com
Hipertrofia Ventricular Esquerda
A dose usual inicial de Lorsacor®
(losartana potássica) é de 50 mg uma vez ao dia. Uma dose baixa de
hidroclorotiazida deve ser adicionada e/ou a dose de Lorsacor®
(losartana potássica) deve ser elevada para
100 mg uma vez ao dia com base na resposta da pressão arterial.
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
Insuficiência Cardíaca
A dose inicial de losartana potássica para pacientes com insuficiência cardíaca é de 12,5 mg uma vez ao dia.
Geralmente, a dose deve ser titulada a intervalos semanais (isto é, 12,5 mg/dia, 25 mg/dia, 50 mg/dia) até a
dose usual de manutenção de 50 mg uma vez ao dia de acordo com a tolerabilidade do paciente.
Proteção Renal em Pacientes com Diabetes Tipo 2 e Proteinúria
A dose usual inicial é de 50 mg uma vez ao dia. Essa dose pode ser aumentada para 100 mg uma vez ao dia
com base na resposta da pressão arterial. Lorsacor®
(losartana potássica) pode ser administrado com outros
agentes anti-hipertensivos (por exemplo, diuréticos, bloqueadores dos canais de cálcio, alfa ou
betabloqueadores e agentes de ação central) e também com insulina e outros agentes hipoglicemiantes
comumente utilizados (como sulfonilureias, glitazonas e inibidores da glucosidase).
Em estudos clínicos controlados de hipertensão, verificou-se que losartana potássica é geralmente bem
tolerado; os efeitos adversos foram, em geral, de natureza leve e transitória e não requereram a
descontinuação do tratamento. A incidência geral de efeitos colaterais relatados com losartana potássica foi
comparável à do placebo.
Em estudos clínicos controlados de hipertensão essencial, tontura foi o único efeito adverso relatado como
relacionado à medicação com incidência superior à do placebo, em 1% ou mais dos pacientes tratados com
losartana potássica. Além disso, efeitos ortostáticos relacionados à dose foram observados em menos de 1%
dos pacientes. Raramente foi relatada erupção cutânea, embora a incidência em estudos clínicos controlados
tenha sido menor do que a do placebo.
Nesses estudos clínicos duplo-cegos e controlados sobre hipertensão essencial, as seguintes experiências
adversas relatadas com losartana potássica ocorreram em ≥1% dos pacientes, independentemente da relação
com a medicação:
losartana potássica
(n=2.085)
Placebo (n=535)
Organismo em geral
Dor abdominal 1,7 1,7
Astenia/fadiga 3,8 3,9
Dor torácica 1,1 2,6
Edema/inchaço 1,7 1,9
Cardiovascular
Palpitação 1,0 0,4
Taquicardia 1,0 1,7
Digestivo
Diarreia 1,9 1,9
Dispepsia 1,1 1,5
Náuseas 1,8 2,8
Musculoesquelético
Dor lombar 1,6 1,1
Câimbras musculares 1,0 1,1
Nervoso/psiquiátrico
Tontura 4,1 2,4
Cefaleia 14,1 17,2
Insônia 1,1 0,7
Respiratório
Tosse 3,1 2,6
Congestão nasal 1,3 1,1
Faringite 1,5 2,6
Distúrbios sinusais 1,0 1,3
Infecção no trato
respiratório superior
6,5 5,6
Lorsacor (losartana potássica) 50 mg – comprimidos revestidos VPS03
A losartana potássica foi geralmente bem tolerada em estudos clínicos controlados sobre insuficiência
cardíaca. Os efeitos adversos mais comuns relacionados à medicação foram tontura e hipotensão.
A losartana potássica foi geralmente bem tolerada em um estudo clínico que envolveu pacientes com
hipertrofia ventricular esquerda. As reações adversas mais comuns, relacionadas à medicação, foram tontura,
astenia/fadiga e vertigem.
No estudo LIFE, dentre os pacientes sem diabetes no período basal, a incidência de novos casos de diabetes
mellitus com losartana potássica foi mais baixa quando comparada com a observada com o atenolol (242
pacientes versus 320 pacientes, respectivamente, p< 0,001). Como não foi incluído no estudo um grupo com
placebo, não se sabe se isso representa efeito benéfico da losartana potássica ou reação adversa ao atenolol.
A losartana potássica foi geralmente bem tolerada em um estudo clínico controlado que envolveu pacientes
com diabetes tipo 2 e proteinúria. As reações adversas mais comuns, relacionadas à medicação, foram
astenia/fadiga, tontura, hipotensão e hipercalemia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipotensão
e Desequilíbrio Hidroeletrolítico).
Após a comercialização do produto, foram relatados os seguintes efeitos adversos:
Hipersensibilidade: reações anafiláticas, angioedema, incluindo edema de laringe e glote, com obstrução das
vias aéreas e/ou edema de face, lábios, faringe e/ou língua, foram relatados raramente (> 1/10.000 e ≤ 1.000)
em pacientes tratados com losartana; alguns desses pacientes apresentaram anteriormente angioedema com
outros medicamentos, entre eles os inibidores da ECA. Vasculite, incluindo púrpura de Henoch-Schoenlein,
foi raramente (> 1/10.000 e ≤ 1.000) relatada.
Gastrintestinais: anormalidades da função hepática, hepatite [relatada raramente (> 1/10.000 e ≤ 1.000)],
vômitos.
Distúrbios gerais e condições do local de administração: mal estar.
Hematológico: anemia, trombocitopenia (relatada raramente).
Musculoesquelético: mialgia, artralgia.
Sistemas nervoso / psiquiátrico: enxaqueca, disgeusia.
Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas: disfunção erétil/impotência.
Respiratório: tosse.
Pele: urticária, prurido, eritrodermia, fotossensibilidade.
Achados de Testes Laboratoriais
Em estudos clínicos controlados sobre hipertensão essencial, alterações clinicamente importantes dos
parâmetros laboratoriais-padrão foram raramente associadas com a administração de losartana potássica.
Hipercalemia (potássio sérico > 5,5 mEq/L) ocorreu em 1,5% dos pacientes nos estudos clínicos sobre
hipertensão. Em um estudo clínico conduzido em pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria, 9,9% dos
pacientes tratados com losartana potássica e 3,4% dos pacientes que receberam placebo desenvolveram
hipercalemia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipotensão e Desequilíbrio Hidroeletrolítico).
Raramente ocorreram aumentos de ALT que, em geral, desapareceram com a descontinuação do tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.