Bula do Losartana Potássica + Hidroclorotiazida produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
losartana potássica +
hidroclorotiazida
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimido revestido
50 mg + 12,5 mg – 100 mg + 25 mg
losartana potássica + hidroclorotiazida
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 50 + 12,5 mg ou 100 + 25 mg: embalagens com 30 ou 60 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
losartana potássica....................................50 mg.......................................................100 mg
hidroclorotiazida.......................................12,5 mg...................................................25 mg
excipientes q.s.p........................................1 comprimido..........................................1 comprimido
(lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido, dióxido de silício, croscarmelose sódica, estearato
de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, corante amarelo 10 laca alumínio,
corante laca azul nº 2).
Comprimido revestido de 50 + 12,5 contém 4,24 mg (0,108 mEq) de potássio.
Comprimido revestido de 100 + 25 contém 8,48 mg (0,216 mEq) de potássio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hipertensão
Este medicamento é indicado para o tratamento da hipertensão quando a terapia combinada for
apropriada.
Redução do risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares em pacientes hipertensos com
hipertrofia ventricular esquerda
Este medicamento é uma combinação de losartana e hidroclorotiazida. Em pacientes hipertensos e com
hipertrofia ventricular esquerda, a losartana, frequentemente em combinação com a hidroclorotiazida,
reduz o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares conforme avaliado pela incidência combinada
de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos com
hipertrofia ventricular esquerda (vide “Resultados de Eficácia - Raça”).
Estudos clínicos
losartana - hidroclorotiazida
Quando utilizadas em combinação, a losartana e a hidroclorotiazida apresentam efeito aditivo quanto a
sua eficácia anti-hipertensiva. O efeito anti-hipertensivo deste medicamento é mantido por um período de
24 horas. Nos estudos clínicos com pelo menos um ano de duração, o efeito anti-hipertensivo foi mantido
com o tratamento continuado. Apesar da redução significativa da pressão arterial, a administração de
losartana potássica + hidroclorotiazida não exerceu efeito clinicamente significativo na frequência
cardíaca. Nos estudos clínicos, após 12 semanas de terapia com losartana 50 mg/hidroclorotiazida 12,5
mg, a pressão diastólica em posição sentada, no vale, foi reduzida em até 13,2 mmHg, em média. Em um
estudo comparativo entre as combinações de losartana 50 mg/hidroclorotiazida 12,5 mg e captopril 50
mg/hidroclorotiazida 25 mg em pacientes hipertensos jovens (< 65 anos de idade) e idosos ( ≥ 65 anos de
idade), as respostas anti-hipertensivas foram semelhantes entre os dois tratamentos e por faixa etária. Em
geral, do ponto de vista estatístico, ocorreram significativamente menos efeitos adversos clínicos
relacionados ao medicamento e descontinuações por efeitos adversos clínicos com losartana 50
mg/hidroclorotiazida 12,5 mg do que com captopril 50 mg/hidroclorotiazida 25 mg.
Um estudo conduzido com 131 pacientes com hipertensão grave demonstrou a utilidade de losartana
potássica + hidroclorotiazida administradas como tratamento inicial e em um esquema com outros
agentes anti-hipertensivos após 12 semanas de terapia.
A losartana potássica + hidroclorotiazida é eficaz na redução da pressão arterial em pacientes do sexo
masculino e feminino, de qualquer etnia, em pacientes jovens (< 65 anos de idade) e idosos ( ≥ 65 anos de
idade) e em todos os graus de hipertensão.
Hipertensão grave [Pressão Arterial Diastólica (PAD) na posição sentada ≥ 110 mmHg]
A segurança e a eficácia de losartana potássica + hidroclorotiazida como tratamento inicial para
hipertensão grave (PAD média na posição sentada no período basal ≥110 mmHg confirmada em 2
ocasiões distintas) foram demonstradas em um estudo multicêntrico, duplo-cego, randômico, com 6
semanas de duração, que envolveu 585 pacientes com hipertensão grave. O desfecho primário foi a
comparação em 4 semanas de pacientes que atingiram a meta de pressão arterial diastólica (PAD, na
posição sentada, no vale < 90 mmHg) com losartana/hidroclorotiazida 50/12,5 mg versus pacientes
tratados com losartana 50 mg titulados para 100 mg conforme necessário para atingir a meta de pressão
arterial diastólica. O desfecho secundário foi uma comparação em 6 semanas de pacientes que atingiram a
meta de pressão arterial diastólica com losartana/hidroclorotiazida 50/12,5 mg titulado conforme
necessário para losartana/hidroclorotiazida 100/25 mg versus pacientes que receberam losartana 50 mg
titulados para 100 mg e depois para 150 mg. Em uma análise post-hoc, os pacientes que atingiram a meta
de pressão arterial sistólica (na posição sentada, no vale, < 140 mmHg) foram comparados entre os 2
grupos de tratamento na 4ª e na 6ª semanas.
Após 4 semanas de tratamento, mais pacientes que receberam o regime de combinação de
losartana/hidroclorotiazida 50/12,5 mg atingiram a meta de pressão arterial diastólica do que os que
receberam a monoterapia com losartana 50 ou 100 mg (17,6% versus 9,4%, respectivamente; p = 0,007).
Da mesma forma, após 6 semanas de terapia, mais pacientes que receberam o regime de combinação
atingiram a meta de pressão arterial diastólica do que os que receberam a monoterapia (29,8% versus
12,5%, respectivamente; p < 0,001). Além disso, mais pacientes atingiram a meta de pressão arterial
sistólica com o esquema de combinação versus a monoterapia em cada ponto de tempo (4ª semana: 24,5%
versus 11,9%, respectivamente; p < 0,001; 6ª semana: 36,9% versus 14,1%, respectivamente; p < 0,001).
A segurança e a tolerabilidade de losartana/hidroclorotiazida para pacientes com hipertensão grave foram
comparáveis às da monoterapia com losartana por ocasião da primeira dose, na 4ª e na 6ª semanas de
tratamento.
losartana
A eficácia anti-hipertensiva da losartana foi demonstrada em 11 estudos controlados que envolveram
1.679 pacientes que receberam losartana, 471 pacientes que receberam placebo e 488 pacientes que
receberam uma variedade de agentes comparativos. A administração única diária de losartana a pacientes
com hipertensão essencial leve a moderada produziu reduções estatisticamente significativas nas pressões
arteriais sistólica e diastólica; nos estudos clínicos de até um ano de duração, o efeito anti-hipertensivo foi
mantido. A medição da pressão arterial no vale (24 horas pós-dose) em relação ao pico (5-6 horas pós-
dose) demonstrou redução da pressão arterial relativamente suave durante as 24 horas. O efeito anti-
hipertensivo acompanhou os ritmos diurnos naturais. A redução da pressão arterial ao final do intervalo
posológico foi de aproximadamente 70%-80% do efeito observado 5-6 horas pós-dose. O efeito anti-
hipertensivo máximo foi atingido 3-6 semanas após o início do tratamento. Apesar da redução
significativa da pressão arterial, a administração de losartana não exerceu efeito clinicamente significativo
na frequência cardíaca. A descontinuação da losartana em pacientes hipertensos não resultou em rebote
abrupto da pressão arterial.
A administração única diária de 50-100 mg de losartana produziu efeito anti-hipertensivo
significativamente maior do que 50-100 mg de captopril administrado uma vez ao dia. O efeito anti-
hipertensivo da administração única diária de 50 mg de losartana foi semelhante ao obtido com a
administração única diária de 20 mg de enalapril. O efeito anti-hipertensivo da administração única diária
de 50-100 mg de losartana foi comparável ao obtido com a administração única diária de 50-100 mg de
atenolol. O efeito da administração única diária de 50- 100 mg de losartana também foi equivalente ao
efeito de 5-10 mg de felodipina de liberação prolongada em hipertensos idosos ( ≥ 65 anos de idade) após
12 semanas de tratamento.
A losartana é igualmente eficaz em hipertensos do sexo masculino e feminino e jovens (< 65 anos de
idade) e idosos ( ≥ 65 anos de idade). Embora a losartana tenha apresentado efeito anti-hipertensivo em
todas as etnias estudadas, a exemplo de outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina, a
resposta média à monoterapia com losartana foi menor em pacientes hipertensos negros.
Quando administrada com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial da losartana são
aproximadamente aditivos.
Uma vez que a losartana bloqueia seletivamente o local do receptor AII, espera-se que pacientes que
recebem a losartana não desenvolvam tosse. Em um estudo controlado com 8 semanas de duração, a
incidência de tosse em pacientes hipertensos com histórico de tosse durante o tratamento com inibidor da
ECA, a incidência de tosse relatada por pacientes recebendo losartana ou um agente não associado à tosse
induzida por um inibidor da ECA (hidroclorotiazida) foi semelhante e significativamente mais baixa do
que em pacientes expostos novamente a um inibidor da ECA. Além disso, em uma análise global de 16
estudos clínicos duplo-cegos que envolveram 4.131 pacientes, a incidência de tosse relatada
espontaneamente em pacientes que receberam losartana foi semelhante (3,1%) à de pacientes que
receberam placebo (2,6%) ou hidroclorotiazida (4,1%), enquanto a incidência com os inibidores da ECA
foi de 8,8%.
Estudo LIFE: o estudo LIFE (Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension) foi um
estudo randômico, triplo-cego, controlado com medicação ativa, que envolveu 9.193 pacientes
hipertensos com idade entre 55 e 80 anos (média de 67 anos de idade) e hipertrofia ventricular esquerda
documentada por ECG. Dos pacientes admitidos no período basal, 1.195 (13%) apresentavam diabetes;
1.326 (14%), hipertensão sistólica isolada; 1.468 (17%), doença coronariana e 728 (8%), doença vascular
cerebral. O objetivo do estudo foi demonstrar os efeitos cardiovasculares protetores da losartana versus o
atenolol, acima e além dos benefícios do controle da pressão arterial (a pressão arterial foi medida no
vale). Visando atingir esse objetivo, o estudo foi desenhado para se obter a mesma pressão arterial em
ambos os grupos de tratamento. Os pacientes foram distribuídos de modo randômico para receber 50 mg
de losartana ou 50 mg de atenolol em doses únicas diárias. Se a meta de pressão arterial (<140/90 mmHg)
não fosse atingida, primeiramente eram adicionados 12,5 mg de hidroclorotiazida e, se necessário, a dose
de losartana ou de atenolol era então aumentada para 100 mg uma vez ao dia. Se necessários, outros
tratamentos anti-hipertensivos (por exemplo, aumento da dose de hidroclorotiazida para 25 mg ou adição
de outra terapia diurética, bloqueadores de canais de cálcio, alfabloqueadores ou agentes de ação central,
mas não inibidores da ECA, antagonistas da angiotensina II ou betabloqueadores) eram adicionados ao
esquema terapêutico para se atingir a meta de pressão arterial. No esforço para controlar a pressão
arterial, os pacientes nos dois braços do estudo LIFE receberam concomitantemente hidroclorotiazida na
maior parte do tempo em que receberam o medicamento de estudo (73,9% e 72,4% dos dias nos braços de
losartana e atenolol, respectivamente).
Em ambos os grupos de tratamento, a pressão arterial foi significativamente reduzida a níveis semelhantes
e uma proporção semelhante de pacientes atingiu a meta da pressão arterial. A duração média do
seguimento foi de 4,8 anos.
O desfecho primário foi o composto de morbidade e mortalidade cardiovasculares conforme avaliado por
redução da incidência de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio
combinados. Os resultados demonstraram que o tratamento com losartana resultou em 13% de redução do
risco (p = 0,021) em comparação com atenolol para pacientes que atingiram o desfecho primário
composto. O tratamento com losartana reduziu o risco de acidente vascular cerebral em 25% em relação a
atenolol (p = 0,001). As taxas de morte cardiovascular e de infarto do miocárdio não foram
significativamente diferentes entre os grupos de tratamento. O efeito da losartana sobre o desfecho
primário composto pareceu estar acima e além dos seus efeitos benéficos sobre o controle da pressão
arterial apenas.
Para o desfecho primário composto, nos subgrupos de pacientes com histórico de diabetes mellitus (n =
1.195) ou hipertensão sistólica isolada (HSI) (n = 1.326) no período basal, os resultados do tratamento
com losartana foram compatíveis com o benefício da terapia com losartana observado na população
global do estudo: em pacientes com diabetes, foi observado 24% de redução do risco (p = 0,03) e em
pacientes com HSI, 25% de redução do risco (p= 0,06). Consistente com os resultados observados na
população global, a redução do risco de acidente vascular cerebral foi um importante fator de
contribuição para o benefício observado em pacientes com diabetes ou HSI.
Para pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda, losartana potássica + hidroclorotiazida é
uma formulação alternativa adequada para pacientes que receberiam a administração concomitante de
losartana e hidroclorotiazida uma vez ao dia para redução da morbidade e mortalidade cardiovasculares.
Raça: no estudo LIFE, o risco de apresentar o desfecho primário composto entre os pacientes negros que
receberam atenolol (n = 263) era mais baixo em comparação com o risco entre os pacientes negros que
receberam losartana (n = 270). Com base no estudo LIFE, os benefícios da losartana na morbidade e
mortalidade cardiovasculares em comparação com o atenolol não se aplicam a pacientes negros
hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda.
Nesse estudo, a losartana foi em geral bem tolerada. O perfil de tolerabilidade de losartana foi superior ao
do atenolol conforme evidenciado pela incidência significativamente mais baixa de descontinuações por
efeitos adversos.
Mecanismo de ação
losartana - hidroclorotiazida
Os componentes deste medicamento apresentam efeito aditivo sobre a redução da pressão arterial,
diminuindo a pressão arterial a um grau maior do que qualquer um dos componentes isoladamente.
Acredita-se que esse efeito seja resultado de ações complementares de ambos os componentes. Além
disso, como resultado de seu efeito diurético, a hidroclorotiazida aumenta a atividade plasmática de
renina, a secreção de aldosterona e os níveis de angiotensina II e diminui o potássio sérico. A
administração de losartana bloqueia todas as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina II e, por
meio da inibição da aldosterona, poderia tender a atenuar a perda de potássio associada ao diurético. A
losartana apresenta efeito uricosúrico leve e transitório.
A hidroclorotiazida causa aumentos modestos do ácido úrico; a combinação de losartana e
hidroclorotiazida tende a atenuar a hiperuricemia induzida pelo diurético.
losartana
A angiotensina II, um vasoconstritor potente, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina
e um importante determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II liga-se ao receptor AT1
encontrado em muitos tecidos (por exemplo, músculo liso vascular, glândula adrenal, rins e coração) e
desencadeia várias ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. A
angiotensina II também estimula a proliferação de células musculares lisas. Um segundo receptor de
angiotensina II foi identificado como receptor de subtipo AT2, porém não tem função conhecida na
homeostase cardiovascular.
A losartana é um composto potente, sintético, ativo por via oral. Com base nos bioensaios de ligação e
farmacológicos, a angiotensina II liga- se seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a
losartana como seu metabólito de ácido carboxílico farmacologicamente ativo (E- 3174) bloqueiam todas
as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina II, independentemente da sua origem ou via de
síntese. Ao contrário de alguns antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não apresenta
efeitos agonistas.
A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores hormonais
ou canais iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana não inibe a ECA
(cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Consequentemente, os efeitos não relacionados
diretamente ao bloqueio do receptor AT1, tais como a potencialização dos efeitos mediados pela
bradicinina ou a geração de edema (losartana, 1,7%; placebo, 1,9%), não estão associados à losartana.
hidroclorotiazida
O mecanismo do efeito anti-hipertensivo das tiazidas é desconhecido. As tiazidas não afetam usualmente
a pressão arterial normal. A hidroclorotiazida é um diurético e anti-hipertensivo. A hidroclorotiazida afeta
o mecanismo tubular renal distal de reabsorção de eletrólitos. A hidroclorotiazida aumenta a excreção de
sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A natriurese pode ser acompanhada de
alguma perda de potássio e bicarbonato.
O efeito diurético inicia-se 2 horas após a administração oral, atinge o nível máximo em cerca de 4 horas
e dura aproximadamente 6 a 12 horas.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração oral, a losartana é bem absorvida e sofre metabolismo de primeira passagem,
formando um metabólito ativo do ácido carboxílico e outros metabólitos inativos. A biodisponibilidade
sistêmica dos comprimidos de losartana é de aproximadamente 33%. As médias das concentrações
máximas de losartana e de seu metabólito ativo são atingidas em 1 hora e em 3-4 horas, respectivamente.
Não houve efeito clinicamente significativo sobre o perfil de concentração plasmática da losartana
quando o fármaco foi administrado com uma refeição padrão.
Distribuição
Tanto a losartana como seu metabólito ativo apresentam taxas de ligação a proteínas plasmáticas ≥ 99%,
principalmente à albumina. O volume de distribuição da losartana é de 34 litros. Estudos em ratos
indicam que a losartana atravessa fracamente, quando atravessa, a barreira hematoencefálica.
A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária, porém não a barreira hematoencefálica, e é excretada
no leite humano.
Metabolismo
Cerca de 14% de uma dose de losartana administrada por via intravenosa ou oral é convertida ao seu
metabólito ativo. Após administração oral e intravenosa de losartana potássica marcada com 14
C, a
radioatividade plasmática circulante é atribuída principalmente à losartana e ao seu metabólito ativo.
Observou-se conversão mínima da losartana a seu metabólito ativo em cerca de 1% dos indivíduos
estudados. Além do metabólito ativo, são formados metabólitos inativos, incluindo dois importantes
metabólitos formados por hidroxilação da cadeia lateral butílica e um metabólito menos importante, um
glicuronídeo tetrazol N-2.
Eliminação
Os clearances plasmáticos de losartana e seu metabólito ativo são de cerca de 600 mL/min e 50 mL/min,
respectivamente. Os clearances renais de losartana e seu metabólito ativo são de cerca de 74 mL/min e 26
mL/min, respectivamente. Quando a losartana é administrada por via oral, aproximadamente 4% da dose
é excretada de forma inalterada na urina e cerca de 6% da dose é excretada na urina como metabólito
ativo. A farmacocinética de losartana e seu metabólito ativo é linear, com doses orais de losartana
potássica de até 200 mg.
Após a administração oral, as concentrações plasmáticas de losartana e seu metabólito ativo declinam
poliexponencialmente, com meia-vida terminal de cerca de 2 horas e de 6-9 horas, respectivamente.
Durante a administração única diária de 100 mg, a losartana e seu metabólito ativo não se acumulam de
forma significativa no plasma.
Tanto a excreção biliar como a urinária contribuem para a eliminação de losartana e seus metabólitos.
Após a administração de uma dose oral de losartana marcada com 14
C a humanos, cerca de 35% da
radioatividade é recuperada na urina e 58%, nas fezes. Após uma dose intravenosa de losartana marcada
com 14
C a humanos, cerca de 43% da radioatividade é recuperada na urina e 50%, nas fezes.
A hidroclorotiazida não é metabolizada, porém é eliminada rapidamente pelos rins. Quando os níveis
plasmáticos foram acompanhados durante pelo menos 24 horas, observou-se que a meia-vida plasmática
variou de 5,6 e 14,8 horas. Pelo menos 61% da dose oral é eliminada de forma inalterada em 24 horas.
Farmacodinâmica
A losartana inibe as respostas pressoras sistólica e diastólica a infusões de angiotensina II. No pico, 100
mg de losartana potássica inibem essas respostas em aproximadamente 85%; 24 horas após a
administração de doses únicas e múltiplas, a inibição é de cerca de 26%-39%. Durante a administração de
losartana, a remoção do feedback negativo da angiotensina II sobre a secreção de renina aumenta a
atividade de renina plasmática, o que resulta em aumento da angiotensina II no plasma. Durante o
tratamento crônico (6 semanas) de pacientes hipertensos com 100 mg/dia de losartana, foram observados
aumentos nos níveis plasmáticos de angiotensina II de aproximadamente 2-3 vezes quando ocorreram
concentrações plasmáticas máximas do fármaco. Em alguns pacientes, foram observados aumentos
maiores, particularmente durante o tratamento de curto prazo (2 semanas). No entanto, a atividade anti-
hipertensiva e a supressão da concentração plasmática da aldosterona foram aparentes em 2 e 6 semanas,
indicando bloqueio efetivo do receptor de angiotensina II. Após a descontinuação da losartana, os níveis
de atividade de renina plasmática (ARP) e de angiotensina II declinaram aos níveis anteriores ao
tratamento em 3 dias. Os efeitos de losartana potássica + hidroclorotiazida sobre os níveis de ARP e de
angiotensina II foram semelhantes aos observados com 50 mg de losartana.
Uma vez que a losartana é um antagonista específico do receptor de angiotensina II tipo AT1, esse
composto não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Em um estudo que
comparou os efeitos de 20 mg e de 100 mg de losartana potássica e de um inibidor da ECA nas respostas
à angiotensina I, à angiotensina II e à bradicinina, a losartana demonstrou bloquear as respostas à
angiotensina I e à angiotensina II sem afetar as respostas à bradicinina. Esse achado é compatível com o
mecanismo de ação específico de losartana. Em contrapartida, o inibidor da ECA demonstrou bloquear as
respostas à angiotensina I e aumentar as respostas à bradicinina sem alterar a resposta à angiotensina II,
proporcionando assim uma diferenciação farmacodinâmica entre a losartana e os inibidores da ECA.
As concentrações plasmáticas de losartana e seu metabólito ativo e o efeito anti-hipertensivo da losartana
crescem com o aumento da dose. Como a losartana e seu metabólito ativo são ambos antagonistas do
receptor de angiotensina II, eles contribuem para o efeito anti- hipertensivo.
Em um estudo de dose única, conduzido em indivíduos do sexo masculino sadios, a administração de 100
mg de losartana potássica, sob condições nutricionais com altos e baixos teores de sal, não alterou a taxa
de filtração glomerular, o fluxo plasmático renal efetivo ou a fração de filtração. A losartana apresentou
efeito natriurético que foi mais acentuado com uma dieta pobre em sal e que pareceu não estar
relacionado à inibição da reabsorção inicial proximal de sódio. A losartana também aumentou de modo
transitório a excreção urinária de ácido úrico.
Em pacientes hipertensos sem diabetes com proteinúria ( ≥ 2 g/24 horas) tratados durante 8 semanas, a
administração de 50 mg de losartana potássica titulada para 100 mg reduziu significativamente a
proteinúria em 42%. A excreção fracionária de albumina e de IgG também foi significativamente
reduzida. Nesses pacientes, a losartana manteve a taxa de filtração glomerular e reduziu a fração de
filtração. Em hipertensas pós-menopáusicas tratadas durante 4 semanas, a losartana potássica na dose de
50 mg não apresentou efeito sobre os níveis renais ou sistêmicos de prostaglandina.
A losartana não teve efeito sobre os reflexos autonômicos e não teve efeitos sustentados sobre a
norepinefrina plasmática.
A losartana potássica, administrada em doses únicas diárias de até 150 mg, não causou alterações
clinicamente importantes nos níveis de triglicérides, colesterol total ou colesterol HDL de pacientes
hipertensos em jejum. As mesmas doses de losartana não apresentaram efeito sobre os níveis de glicemia
de jejum.
Em geral, a losartana reduziu os níveis séricos de ácido úrico (geralmente < 0,4 mg/dL), efeito que
persistiu com a terapia crônica. Nos estudos clínicos controlados em pacientes hipertensos, nenhum
paciente foi descontinuado em razão de elevações dos níveis séricos de creatinina ou de potássio.
Em um estudo de 12 semanas, de desenho paralelo, conduzido em pacientes com insuficiência ventricular
esquerda (Classe Funcional II-IV da New York Heart Association), cuja maioria estava recebendo
diuréticos e/ou digitálicos, a losartana potássica administrada em doses únicas diárias de 2,5 mg, 10 mg,
25 mg e 50 mg foi comparada a placebo. As doses de 25 mg e 50 mg produziram efeitos hemodinâmicos
e neuro-hormonais positivos, que foram mantidos durante todo o estudo. As respostas hemodinâmicas
foram caracterizadas por aumento do índice cardíaco e reduções de pressão capilar pulmonar, resistência
vascular sistêmica, pressão arterial sistêmica média e frequência cardíaca. A ocorrência de hipotensão foi
relacionada à dose nesses pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados neuro-hormonais foram
caracterizados por redução dos níveis circulantes de aldosterona e norepinefrina.
Este medicamento é contraindicado para:
• pacientes hipersensíveis a quaisquer componentes desse produto;
• pacientes com anúria;
• pacientes hipersensíveis a outras medicações derivadas das sulfonamidas.
Este medicamento não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes (vide
“Interações Medicamentosas”).
losartana - hidroclorotiazida
Toxicidade Fetal: uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro
trimestre da gravidez diminui a função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O
oligoidrâmnio resultante pode estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas fetais. As
potenciais reações adversas neonatais incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência
renal e morte. Quando a gravidez for detectada, descontinue losartana potássica + hidroclorotiazida o
mais rápido possível ( vide “Advertências e precauções - Gravidez e lactação”).
Hipersensibilidade: angioedema (vide “Reações Adversas”).
Insuficiência renal e hepática: este medicamento não é recomendado para pacientes com insuficiência
hepática ou com insuficiência renal grave (depuração de creatinina ≤ 30 mL/min) (vide “Posologia e
Modo de Usar”).
losartana
Insuficiência renal
Como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina, têm sido relatadas alterações na função
renal, incluindo insuficiência renal em indivíduos susceptíveis; essas alterações da função renal podem
ser reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina podem aumentar os níveis séricos de
ureia e creatinina em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria de rim único.
Efeitos semelhantes têm sido relatados com a losartana, os quais podem ser reversíveis com a
descontinuação do tratamento.
hidroclorotiazida
Desequilíbrio hidroeletrolítico e hipotensão
A exemplo de todas as terapias anti-hipertensivas pode ocorrer hipotensão sintomática em alguns
pacientes. Os pacientes devem ser observados quanto aos sinais clínicos de desequilíbrio hídrico ou
eletrolítico (por exemplo, depleção de volume, hiponatremia, alcalose hipoclorêmica, hipomagnesemia ou
hipocalemia) que pode ocorrer durante vômitos ou diarreias intercorrentes. Nesses pacientes, deve ser
feita determinação periódica dos eletrólitos séricos, em intervalos apropriados.
Efeitos endócrinos e metabólicos
O tratamento com tiazídicos pode diminuir a tolerância à glicose. Pode ser necessário ajuste posológico
de agentes antidiabéticos, incluindo insulina (vide “Interações Medicamentosas”).
As tiazidas podem reduzir a excreção urinária de cálcio e provocar elevação discreta e intermitente
do cálcio sérico. Hipercalcemia acentuada pode ser evidência de hiperparatireoidismo oculto. O
tratamento com tiazidas deve ser descontinuado antes de serem realizados testes para avaliação da função
das paratireoides.
Elevações nos níveis de colesterol e de triglicérides podem estar associadas com o tratamento
diurético com tiazídicos. O tratamento com tiazídicos pode precipitar hiperuricemia e/ou gota em certos
pacientes. Uma vez que a losartana reduz o ácido úrico, a losartana em combinação com a
hidroclorotiazida atenua a hiperuricemia induzida por diuréticos.
Outros
Em pacientes recebendo tiazidas, podem ocorrer reações de hipersensibilidade com ou sem histórico de
alergia ou asma brônquica. Foi relatada exacerbação ou ativação do lúpus eritematoso sistêmico com o
uso de tiazidas.
Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: não existem dados que sugerem que
este medicamento afeta a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Gravidez e lactação:
Categoria de risco na gravidez: C (primeiro trimestre). Este medicamento não deve ser utilizado
por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez D (segundo e terceiro trimestres). Este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.
Os fármacos que atuam diretamente no sistema renina-angiotensina podem causar danos e morte
do feto em desenvolvimento. Quando houver confirmação de gravidez, descontinue o tratamento
com losartana potássica + hidroclorotiazida o mais rapidamente possível.
Embora não haja experiência com o uso de losartana potássica + hidroclorotiazida em mulheres grávidas,
estudos com losartana potássica em animais demonstraram danos fetal e neofetal e morte, cujo
mecanismo acredita-se que seja farmacologicamente mediado pelos efeitos no sistema renina-
angiotensina. Em seres humanos, a perfusão renal fetal, que depende do desenvolvimento do sistema
renina-angiotensina, começa no segundo trimestre; assim, o risco para o feto aumenta se este
medicamento for administrado durante o segundo ou terceiro trimestres da gravidez. Uso de drogas que
atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez diminui a função
renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O oligoidrâmnio resultante pode estar
associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas fetais. As potenciais reações adversas neonatais
incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e morte. Quando a gravidez for
detectada, descontinue este medicamento o mais rápido possível.
O aparecimento destas reações é geralmente associado com o uso destes fármacos no segundo e terceiro
trimestres da gravidez. A maioria dos estudos epidemiológicos, que examinaram anormalidades fetais
após a exposição a anti-hipertensivos no primeiro trimestre, não distinguiram as drogas que afetam o
sistema renina-angiotensina dos demais agentes anti-hipertensivos. O controle adequado da hipertensão
durante a gravidez é importante para otimizar os resultados tanto para a mãe quanto para o feto.
Nos raros casos em que não há alternativa apropriada para a terapia com fármacos que agem no sistema
renina-angiotensina para uma determinada paciente, informe a mãe do potencial risco para o feto. Realize
ultrassonografias seriadas para avaliação do meio intra-amniótico. Se for detectado oligodrâmnio,
descontinue losartana potássica + hidroclorotiazida, a menos que seja considerado vital para a mãe. A
realização de teste fetal pode ser recomendada dependendo da semana de gestação. Pacientes e médicos
devem, contudo, estar cientes de que o oligodrâmnio pode não ser detectado antes do feto ter sofrido dano
irreversível. Os recém-nascidos com histórico de exposição in utero a losartana potássica +
hidroclorotiazida devem ser observados cuidadosamente a fim de verificar a ocorrência de
hipotensão, oligúria e hipercalemia.
As tiazidas cruzam a barreira placentária e aparecem no sangue do cordão umbilical. A utilização
rotineira de diuréticos em mulheres grávidas sadias não é recomendada e expõe a mãe e o feto a riscos
desnecessários, incluindo icterícia fetal ou neonatal, trombocitopenia e possivelmente outras reações
adversas que ocorreram em adultos. Os diuréticos não evitam o desenvolvimento de toxemia da gravidez
e não há evidência satisfatória de que sejam úteis para o tratamento da toxemia.
Não se sabe se a losartana é excretada no leite materno. As tiazidas aparecem no leite materno. Em razão
do potencial de efeitos adversos para o lactente, deve-se decidir pela interrupção do medicamento ou da
amamentação, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Uso pediátrico: ainda não foram estabelecidas a eficácia e a segurança em crianças.
Recém-nascidos com histórico de exposição in utero a losartana potássica + hidroclorotiazida: caso
ocorram oligúria ou hipotensão, dar prioridade para a manutenção da pressão arterial e perfusão renal.
Exsanguineotransfusões ou diálise podem ser necessárias como um meio de reverter a hipotensão e/ou
substituir a função renal comprometida.
Uso em idosos: em estudos clínicos, não houve diferenças clinicamente significativas nos perfis de
eficácia e de segurança deste medicamento em pacientes idosos ( ≥ 65 anos de idade) e em pacientes mais
jovens (< 65 anos de idade).
Raça: com base no estudo LIFE (Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension), os
benefícios da losartana na morbidade e mortalidade, quando comparado ao atenolol, não se aplicam aos
pacientes negros com hipertensão e hipertrofia ventricular esquerda, embora ambos os esquemas de
tratamento efetivamente abaixem a pressão sanguínea em pacientes negros. Na população geral do estudo
LIFE (n = 9.193), o tratamento com losartana resultou em redução de 13% do risco (p = 0,021), quando
comparado ao tratamento com atenolol, para os pacientes que atingiram o desfecho primário composto de
incidência de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio combinados. Nesse
estudo, a losartana reduziu o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares, quando comparada ao
atenolol, em pacientes hipertensivos não negros com hipertrofia ventricular esquerda (n = 8.660),
conforme avaliado pelo desfecho primário composto da incidência de morte cardiovascular, acidente
vascular cerebral e infarto do miocárdio combinados (p = 0,003). Nesse estudo, entretanto, o risco do
desfecho primário composto foi mais baixo em pacientes negros que receberam atenolol quando
comparado com o risco entre os pacientes negros que receberam losartana (p = 0,03). No subgrupo de
pacientes negros (n = 533; 6% dos pacientes do estudo LIFE), houve 29 desfechos primários entre 263
pacientes com atenolol (11%, 25,9 por 1.000 pacientes-ano) e 46 desfechos primários entre 270 pacientes
(17%, 41,8 por 1.000 pacientes-ano) com losartana.
losartana
Não foram identificadas interações medicamentosas de significado clínico com os seguintes compostos
avaliados nos estudos de farmacocinética clínica: hidroclorotiazida, digoxina, varfarina, cimetidina,
fenobarbital (vide “hidroclorotiazida - álcool, barbituratos ou narcóticos”, a seguir), cetoconazol e
eritromicina. Houve relatos de que a rifampina e o fluconazol reduzem os níveis do metabólito ativo. As
consequências clínicas dessas interações não foram avaliadas.
A exemplo de outros compostos que bloqueiam a angiotensina II ou seus efeitos, o uso concomitante de
diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos de
potássio ou substitutos de sais contendo potássio podem aumentar o potássio sérico.
A exemplo de outros fármacos que afetam a excreção de sódio, a excreção de lítio pode ser reduzida,
portanto os níveis séricos de lítio devem ser monitorados cuidadosamente quando sais de lítio forem
administrados concomitantemente com antagonistas dos receptores de angiotensina II.
Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES) incluindo os inibidores seletivos da cicloxigenase-2
(inibidores de COX-2) podem reduzir o efeito dos diuréticos e de outros medicamentos anti-
hipertensivos, portanto o efeito anti-hipertensivo dos antagonistas dos receptores de angiotensina II ou
inibidores da ECA podem ser atenuados pelos AINES, incluindo os inibidores seletivos de COX-2.
Em alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos,
incluindo aqueles em terapia diurética) que estão sendo tratados com medicamentos anti-inflamatórios
não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da cicloxigenase-2, a coadministração dos antagonistas
dos receptores de angiotensina II ou inibidores da ECA pode resultar em aumento da deterioração da
função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Esses efeitos são usualmente reversíveis,
portanto a combinação deve ser administrada com cautela a pacientes com comprometimento da função
renal.
O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) com bloqueadores do receptor de
angiotensina, inibidores de ECA ou alisquireno está associado com o aumento dos riscos de hipotensão,
hipercalemia e alterações na função renal (incluindo falência renal aguda) quando comparado à
monoterapia. Acompanhar de perto a pressão sanguínea, função renal e eletrólitos dos pacientes que
utilizam este medicamento e outros agentes que afetam o SRAA. Não coadministrar alisquireno com este
medicamento em pacientes com diabetes. Evitar o uso de alisquireno com este medicamento em pacientes
com insuficiência renal (TFG < 60 mL/min).
hidroclorotiazida
Quando administrados concomitantemente, os seguintes medicamentos podem interagir com os diuréticos
tiazídicos:
Álcool, barbituratos ou narcóticos: pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática.
Medicamentos antidiabéticos (orais ou insulina): pode ser necessário ajuste posológico do
antidiabético.
Outras medicações anti-hipertensivas: efeito aditivo.
Colestiramina e resinas de colestipol: a absorção da hidroclorotiazida é prejudicada na presença de
resinas de troca aniônica. Doses únicas de colestiramina ou de resinas de colestipol ligam-se à
hidroclorotiazida e reduzem sua absorção no trato gastrintestinal em até 85 e 43%, respectivamente.
Corticosteroides, ACTH ou glicirrizina (encontrada no alcaçuz): intensificam a depleção eletrolítica,
particularmente hipocalemia.
Aminas pressoras (exemplo: adrenalina): possível redução das respostas às aminas pressoras, mas não
o suficiente para impedir seu uso.
Relaxantes não despolarizantes do sistema musculoesquelético (exemplo: tubocurarina): possível
aumento da resposta ao relaxante muscular.
Lítio: agentes diuréticos reduzem a depuração renal do lítio e aumentam o risco de toxicidade por lítio; o
uso concomitante não é recomendado. Consulte as bulas das preparações de lítio antes de utilizá-las.
Medicações anti-inflamatórias não esteroides, incluindo inibidores da cicloxigenase-2: a
administração de agentes anti-inflamatórios não esteroides, incluindo um inibidor seletivo da
cicloxigenase-2, pode reduzir os efeitos diuréticos, natriuréticos e anti-hipertensivos dos diuréticos.
Em alguns pacientes com comprometimento da função renal (por exemplo, pacientes idosos ou
hipovolêmicos, incluindo aqueles em terapia diurética) que estão sendo tratados com medicamentos anti-
inflamatórios não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da cicloxigenase-2, a coadministração dos
antagonistas dos receptores de angiotensina II ou inibidores da ECA pode resultar em aumento da
deterioração da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Esses efeitos são usualmente
reversíveis, portanto a combinação deve ser administrada com cautela a pacientes com comprometimento
da função renal.
Interações com exames laboratoriais: em razão do seu efeito no metabolismo do cálcio, as tiazidas
podem interferir nos testes de função da paratireoide (vide “Advertências e Precauções”).
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Este medicamento se apresenta na forma de:
- losartana potássica + hidroclorotiazida 50 + 12,5 mg: comprimido revestido, circular, amarelo claro,
convexo, liso nas duas faces.
- losartana potássica + hidroclorotiazida 100 + 25 mg: comprimido revestido, oval, amarelo claro,
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento pode ser administrado com outros agentes anti-hipertensivos.
Este medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
Hipertensão
A dose usual inicial e a dose de manutenção é de um comprimido de 50/12,5 mg (losartana 50
mg/hidroclorotiazida 12,5 mg) uma vez ao dia. Para os pacientes que não respondem adequadamente ao
tratamento com a dosagem de 50/12,5 mg, a dose pode ser aumentada para 1 comprimido de 100/25 mg
(losartana 100 mg/hidroclorotiazida 25 mg) uma vez ao dia ou 2 comprimidos de 50/12,5 mg uma vez ao
dia. A dose máxima é de 1 comprimido de 100/25 mg uma vez ao dia ou 2 comprimidos de 50/12,5 mg
uma vez ao dia. Em geral, atinge-se o efeito anti-hipertensivo em três semanas após o início do
tratamento.
O tratamento com este medicamento não deve ser iniciado em pacientes que apresentam depleção de
volume intravascular (por exemplo, pacientes que estejam utilizando altas doses de diuréticos).
Este medicamento não é recomendado para pacientes com insuficiência renal severa (depuração de
creatinina ≤ 30 mL/min) ou para pacientes com insuficiência hepática.
Não é necessário ajuste posológico inicial de losartana potássica + hidroclorotiazida 50/12,5 mg em
pacientes idosos. Os comprimidos de 100/25 mg não devem ser usados como tratamento inicial em
pacientes idosos.
Redução do risco de morbidade e de mortalidade cardiovasculares em pacientes hipertensos com
hipertrofia ventricular esquerda
A dose inicial usual é de 50 mg de losartana uma vez ao dia. Se a meta da pressão arterial não for atingida
com 50 mg de losartana, a terapia deve ser titulada utilizando-se uma combinação de losartana e uma
dose baixa de hidroclorotiazida (12,5 mg). Se necessário, a dose deve ser aumentada para 100 mg de
losartana e 25 mg de hidroclorotiazida uma vez ao dia. Os comprimidos revestidos de 50/12,5 mg e
100/25 mg são formulações alternativas adequadas para pacientes que poderiam receber losartana e
hidroclorotiazida concomitantemente.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Nos estudos clínicos com losartana potássica/hidroclorotiazida, não foram observados efeitos adversos
peculiares a essa combinação. Os efeitos adversos foram limitados àqueles anteriormente relatados para
losartana potássica e/ou hidroclorotiazida. A incidência global de efeitos adversos relatados com essa
combinação foi comparável à observada com placebo. A porcentagem de descontinuações do tratamento
também foi comparável à do placebo.
Em geral, o tratamento com losartana potássica/hidroclorotiazida foi bem tolerado. Na maioria dos casos,
os efeitos adversos foram leves e de natureza transitória e não exigiram a descontinuação do tratamento.
Em estudos clínicos controlados em hipertensão essencial, o único efeito adverso relatado como
relacionado ao medicamento foi tontura, que ocorreu a uma incidência maior do que a observada com
placebo em 1% ou mais dos pacientes que receberam losartana potássica/hidroclorotiazida.
Em estudos clínicos controlados que envolveram pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular
esquerda, a losartana, muitas vezes em combinação com hidroclorotiazida, foi geralmente bem tolerada.
Os efeitos mais comuns relacionados ao medicamento foram tontura, astenia/fadiga e vertigem.
Reações pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram relatadas após a comercialização com losartana potássica +
hidroclorotiazida e/ou em estudos clínicos ou uso pós-comercialização com componentes individuais:
Distúrbios do sangue e do sistema linfático: trombocitopenia, anemia, anemia aplástica, anemia
hemolítica, leucopenia, agranulocitose.
Distúrbios do sistema imune: reações anafiláticas, angioedema, incluindo edema de laringe e glote com
obstrução das vias aéreas e/ou edema de face, lábios, faringe e/ou língua em pacientes que receberam
losartana; alguns destes pacientes apresentaram anteriormente angioedema com outros medicamentos,
inclusive com inibidores da ECA.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: anorexia, hiperglicemia, hiperuricemia, desequilíbrio eletrolítico,
incluindo hiponatremia e hipocalemia.
Distúrbios psiquiátricos: insonia, inquietação.
Distúrbios do Sistema Nervoso: disgeusia, cefaleia, enxaqueca, parestesia.
Distúrbios oculares: xantopsia, visão turva momentânea.
Distúrbios cardíacos: palpitação e taquicardia.
Distúrbios vasculares: efeitos ortostáticos dose-dependentes, angeíte necrosante (vasculite) (vasculite
cutânea).
Distúrbios respiratórios, toráxicos e mediastinais: tosse, congestão nasal, faringite, distúrbio sinuvial,
infecção das vias aéreas superiores, desconforto respiratório (incluindo pneumonite e edema pulmonar).
Distúrbios gastrintestinais: dispepsia, dor abdominal, irritação gástrica, cólicas, diarreia, constipação,
náusea, vômitos, pancreatite, sialodenite.
Distúrbios hepato-biliares: hepatite, icterícia (icterícia colestática intra-hepática).
Distúrbios da pele e do tecido sub-cutâneo: erupção cutânea, prurido, púrpura (incluindo púrpura de
Henoch-Schoenlein), necrólise epidermal tóxica, urticária, eritrodermia, fotossensibilidade, lúpus cutâneo
eritematoso.
Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e conjuntivo: dor nas costas, cãimbras musculares,
espasmos musculares, mialgia, artralgia.
Distúrbios renais e urinários: glicosúria, disfunção renal, nefrite intersticial, insuficiência renal.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama: disfunção erétil/impotência.
Distúrbios gerais e alterações no local de administração: dor no peito, edema/inchaço, mal-estar,
febre, fraqueza.
Investigações: anormalidades da função hepática.
Achados de testes laboratoriais
Em estudos clínicos controlados, alterações clínicas importantes nos parâmetros laboratoriais padrão
foram raramente associadas à administração de losartana potássica + hidroclorotiazida. Hipercalemia
(potássio sérico > 5,5 mEq/L) ocorreu em 0,7% dos pacientes; nesses estudos, porém, não foi necessária a
descontinuação de losartana potássica + hidroclorotiazida em razão da hipercalemia. Raramente
ocorreram elevações de ALT, em geral solucionadas com a descontinuação do tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há informações específicas disponíveis sobre o tratamento da superdose com este medicamento. O
tratamento é sintomático e de suporte. O tratamento com losartana potássica + hidroclorotiazida deve ser
descontinuado e o paciente deve ser cuidadosamente observado. As medidas sugeridas incluem indução
de êmese se a ingestão for recente e correção da desidratação, do desequilíbrio eletrolítico, do coma
hepático e da hipotensão por meio dos procedimentos de rotina.
losartana
Há pouca informação disponível com relação à superdose em seres humanos. As manifestações mais
prováveis de superdose seriam hipotensão e taquicardia; poderia ocorrer bradicardia com a estimulação
parassimpática (vagal). Se ocorrer hipotensão sintomática, tratamento de suporte deverá ser instituído.
Nem a losartana nem o seu metabólito ativo podem ser removidos por hemodiálise.
hidroclorotiazida
Os sinais e sintomas mais comumente observados são aqueles causados pela depleção eletrolítica
(hipocalemia, hipocloremia, hiponatremia) e pela desidratação resultante de diurese excessiva. Se também
for administrado um digitálico, a hipocalemia pode acentuar arritmias cardíacas.
Não foi estabelecido o grau de remoção da hidroclorotiazida por hemodiálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Farm. Resp.: Dra. Conceição Regina Olmos
CRF-SP nº 10.772
MS – 1.0181.0584
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 - Campinas - SP
CNPJ 50.929.710/0001-79
Indústria Brasileira
IB081113
Anexo B
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
No.
Assunto
Data da
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Itens da bula
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