Bula do Lucentis produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Lucentis
(ranibizumabe)
Novartis Biociências SA
Solução para injeção
10 mg/mL
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 1
LUCENTIS®
ranibizumabe
APRESENTAÇÕES
Solução para injeção a 10 mg/mL. Embalagem com 1 frasco-ampola contendo 2,3 mg de ranibizumabe em 0,23 mL de
solução, uma agulha com filtro para retirada do conteúdo do frasco, uma agulha para injeção intravítrea e uma seringa
para retirada do conteúdo do frasco e para injeção intravítrea.
VIA INTRAVÍTREA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém 2,3 mg de ranibizumabe em 0,23 mL de solução.
Excipientes: alfa, alfa-trealose di-hidratada, cloridrato de histidina monoidratado, histidina, polissorbato 20, água para
injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Lucentis®
é indicado para:
- o tratamento da degeneração macular neovascular (exsudativa ou úmida) relacionada à idade (DMRI);
- o tratamento de deficiência visual devido ao edema macular diabético (EMD);
- o tratamento da deficiência visual devido ao edema macular secundário à oclusão de veia da retina (OVR).
Tratamento da forma úmida da DMRI
Na forma úmida da DMRI, a segurança e a eficácia clínica de Lucentis®
foram avaliadas em três estudos randomizados,
duplo-mascarados, controlados com injeções ativas ou simuladas*, em pacientes com DMRI neovascular 1,2,3,4,5,6
. Um
total de 1.323 pacientes (879 ativos e 444 controles) foram incluídos nesses estudos 5
.
No estudo FVF2598g (MARINA) 1,3
, pacientes com NVC minimamente clássica ou oculta sem componente clássico
receberam injeções intravítreas mensais de Lucentis®
0,3 mg ou 0,5 mg ou injeções simuladas. Um total de 716
pacientes foram incluídos neste estudo (injeções simuladas, 238; Lucentis®
0,3 mg, 238; Lucentis®
0,5 mg, 240). Há
dados disponíveis até o fim do mês 24 3,5
No estudo FVF2587g (ANCHOR) 2
, pacientes com lesões NVC predominantemente clássicas receberam: 1) injeções
intravítreas mensais de Lucentis®
0,3 mg e TFD simuladas; 2) injeções intravítreas mensais de Lucentis®
0,5 mg e TFD
simuladas; ou 3) injeções intravítreas simuladas e TFD ativa com verteporfina. TFD com verteporfina ou simulada
foram aplicadas com a injeção inicial de Lucentis®
e a cada 3 meses se a angiografia com fluoresceína mostrasse
persistência ou recorrência de vazamento vascular. Um total de 423 pacientes foram incluídos nesse estudo (injeções
simuladas, 143; Lucentis®
0,3 mg, 140; Lucentis®
0,5 mg, 140). Há dados disponíveis até o final do mês 24 5,6
* O procedimento controle de injeção simulada de Lucentis®
envolve a anestesia do olho de forma idêntica à injeção
intravítrea de Lucentis®
. A ponta de uma seringa sem agulha é então pressionada contra a conjuntiva e o êmbolo da
seringa sem agulha é empurrado.
Os principais resultados estão resumidos nas Tabelas 1 e 2 e Figura 1.
Tabela 1
Resultados no mês 12 e mês 24 no estudo FVF2598g (MARINA)
Medida do resultado Mês
Injeção simulada
(n = 238)
Lucentis®
0,5 mg
(n = 240)
Perda de < 15 letras na acuidade visual (%) a
(Manutenção da visão)
Mês 12 62% 95%
Mês 24 53% 90%
Ganho de ≥ 15 letras na acuidade visual (%) a Mês 12 5% 34%
Mês 24 4% 33%
Alteração média na acuidade visual (letras) (DP) a Mês 12 - 10,5 (16,6) + 7,2 (14,4)
Mês 24 - 14,9 (18,7) + 6,6 (16,5)
a
p < 0,01
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 2
Tabela 2
Resultados nos meses 12 e 24 no estudo FVF2587g (ANCHOR)
Medida do resultado
Mês
TFD verteporfina
(n = 143)
(n = 140)
Mês 12 64% 96%
Mês 24 66% 90%
Ganho de ≥ 15 letras na acuidade visual (%) a
Mês 12 6% 40%
Mês 24 6% 41%
Alteração média na acuidade visual (letras)
(DP) a
Mês 12 - 9,5 (16,4) + 11,3 (14,6)
Mês 24 -9,8 (17,6) +10,7 (16,5)
Figura 1
Alteração média na acuidade visual a partir do início até o mês 24 no estudo FVF2598g (MARINA) e no estudo
FVF2587g (ANCHOR): população ITT
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 3
Pacientes no grupo tratado com Lucentis®
tiveram, em média, crescimento observável mínimo da lesão NVC. No mês
12 a alteração média na área total da lesão NVC foi de 0,1 a 0,3 AD para o Lucentis®
versus 2,3 a 2,6 AD para os
braços controle5
Os resultados de ambos estudos indicaram que o tratamento continuado com ranibizumabe pode ser um benefício
também em pacientes que perderam ≥ 15 letras da melhor acuidade visual corrigida (MAVC) no primeiro ano de
tratamento7
Em ambos os estudos MARINA e ANCHOR, a melhora na acuidade visual observada com Lucentis®
0,5 mg em 12
meses foi acompanhada por benefícios relatados por pacientes, medidos pelas pontuações do Questionario da Função
Visual do Instituto Nacional do Olho (VFQ-25). As diferenças entre Lucentis®
0,5 mg e os dois grupos controle foram
avaliadas com valores “p” variando de 0,009 a < 0,00015,6
O estudo FVF3192g (PIER) 4, 8
foi um estudo de dois anos, controlado com injeções simuladas, duplo-mascarado,
randomizado desenhado para avaliar a segurança e a eficácia de Lucentis®
em 184 pacientes com DMRI neovascular
(com ou sem componente clássico de NVC). Os pacientes receberam injeções intravítreas de Lucentis®
0,3 mg ou 0,5
mg ou injeções simuladas uma vez ao mês por 3 doses consecutivas, seguidas por uma dose administrada uma vez a
cada 3 meses. A partir do mês 14 do estudo, os pacientes tratados com injeções simuladas foram realocados para
começar a receber ranibizumabe e a partir do mês 19, tratamentos mais frequentes foram possíveis. Pacientes tratados
com Lucentis®
no PIER receberam uma média de 10 tratamentos no total5,8.
O indicador primário de eficácia foi a alteração média na acuidade visual aos 12 meses comparado com o início. Em
média, após um aumento inicial na acuidade visual (seguida de doses mensais), pacientes que receberam uma dose a
cada três meses com Lucentis®
perderam acuidade visual, retornando ao basal no mês 12 e este efeito foi mantido na
maioria dos pacientes tratados com Lucentis®
(82%) no mês 24. Dados de um número limitado de indivíduos que foram
realocados para receber ranibizumabe após mais de um ano de tratamento com injeções simuladas sugerem que o início
precoce do tratamento pode estar associado a uma melhor preservação da acuidade visual5.8
O estudo FVF3689g (SAILOR)9
foi um estudo multicêntrico de um ano, fase IIIb, monocego, em pacientes não tratados
e tratados previamente com neovascularização coloidal secundária para DMRI. O objetivo primário do estudo foi
estimar a incidência de reações adversas sérias oculares e não-oculares em pacientes tratados por 12 meses. Dois mil
trezentos e setenta e oito pacientes foram randomizados em uma proporção de 1:1 para receber uma injeção intravítrea
de ranibizumabe de 0,3 mg ou 0,5 mg todo mês por três meses consecutivos seguido por um retratamento se necessário,
não mais que uma vez por mês.
Em resumo, nenhum desequilíbrio entre os dois grupos de dose foi observado na frequência de reações adversas
oculares e não-oculares. Houve uma tendência estatisticamente não significativa em relação a maiores taxas de acidente
vascular cerebral no grupo de 0,5 mg comparado ao grupo de 0,3 mg. Os respectivos 95% dos ICs para a taxa de
acidente vascular cerebral total foram aumentados (0,3% para 1,3% para o grupo de 0,3 mg vs 0,7% para 2,0% para o
grupo de 0,5 mg). O número de acidentes vasculares cerebrais foi pequeno em ambos os grupos de doses, e não há
evidências suficientes para concluir (ou excluir) que existe uma diferença real nas taxas de acidente vascular cerebral
entre os dois grupos de tratamento9
. A diferença das taxas de acidente vascular cerebral pode ser maior em pacientes
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 4
com fator de risco conhecido para acidente vascular cerebral, incluindo histórico anterior de acidente vascular cerebral
ou ataque isquêmico transitório10
Tratamento de deficiência visual devido ao EMD
A eficácia e segurança do Lucentis®
foram avaliadas em dois estudos randomizados, duplo-mascarados, controlado por
simulado ou ativo com duração de 12 meses em pacientes com deficiência visual devido a edema macular diabético.
Um total de 496 pacientes (336 ativos e 160 controle) foram incluídos nestes estudos, a maioria tinha diabetes tipo II, 28
pacientes tratados com ranibizumabe tinham diabetes tipo I.
No estudo D2301 (RESTORE)11,12,13
, um total de 345 pacientes com deficiência visual devido ao edema macular foram
randomizados para receber tanto injeção intravítrea inicial de ranibizumabe 0,5 mg como monoterapia e fotocoagulação
a laser simulada (n=116), ranibizumabe 0,5 mg e fotocoagulação a laser combinados (n=118), ou injeção simulada e
fotocoagulação a laser (n=111). O tratamento com ranibizumabe foi iniciado com injeções intravítreas mensais e
continuado até que a acuidade visual estivesse estável por pelo menos três avaliações mensais consecutivas. O
tratamento foi reiniciado, quando houve uma redução da MAVC, devido à progressão do EMD. A fotocoagulação a
laser foi aplicada no início no mesmo dia, pelo menos 30 minutos antes da injeção de ranibizumabe e, em seguida,
conforme necessário com base em critérios do ETDRS.
Os principais resultados estão resumidos na Tabela 3 e Figura 2.
Tabela 3
Resultados no mês 12 do estudo D2301 (RESTORE)
Medida do resultado ranibizumabe 0,5 mg
(n=115)
ranibizumabe 0,5 mg +
Laser (n=118)
Laser
(n=110)
Variação média na MAVC do
mês 1 ao mês 12 em relação ao
valor basal (letras) (DP) b
6,1 (6,43) 5,9 (7,92) 0,8 (8,56)
Alteração média na MAVC no
mês 12 em relação ao valor
basal (letras) (DP)
6,8 (8,25)b
6,4 (11,77)c
0,9 (11,44)
Ganho de ≥ 10 letras na MAVC
(% dos pacientes) no mês 12
37,4d
43,2b
15,5
Ganho de ≥ 15 letras na MAVC
22,6e
22,9f
8,2
b
p < 0,0001, c
p = 0,0004, d
p = 0,0001, e
p = 0,0032, f
p = 0,0021
Figura 2
Variação média da MAVC do basal ao longo do tempo no estudo D2301 (RESTORE)
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 5
MeanVAchangefromBL+/-SE(letters)
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
Month
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Treatment group Ranibizumab 0.5 mg (N = 115)
Ranibizumab 0.5 mg + Laser (N = 118)
Laser (N = 110)
+6.8/+ 6.4
+6.2/+ 5.4*
+0.9
BL = linha de base; EPM = erro padrão da média
No estudo D2201 (RESOLVE) 14,11,13
, um total de 151 pacientes com acometimento macular central causando
deficiência visual foram tratados com ranibizumabe (6 mg/mL, n = 51, 10 mg/mL, n = 51) ou injeção simulada (n = 49)
por injecções intravítreas mensais até que os critérios pré-definidos de parada do tratamento fossem atingidos A dose
inicial de ranibizumabe (0,3 mg ou 0,5 mg) poderia ser dobrada em qualquer momento durante o estudo após a primeira
injeção se o pesquisador avaliasse que a resposta ao tratamento não foi suficientemente alcançada. O tratamento de
resgate de fotocoagulação a laser foi autorizado a partir do mês 3 em ambos os braços de tratamento. O estudo foi
composto de duas partes: uma parte exploratória (os primeiros 42 pacientes analisados no mês 6) e uma parte de
confirmação (os restantes 109 pacientes analisados no mês 12). Os principais resultados da parte de confirmação do
estudo (2/3 dos pacientes) estão resumidos na Tabela 4 e na Figura 3.
Tabela 4
Resultados do mês 12 no estudo D2201 (RESOLVE) (população total do estudo)
Medida do resultado ranibizumabe
agrupado
(n=102)
Placebo
(n=49)
Variação média da MAVC do
valor basal (letras) b
+7,8 (7,72) -0,1 (9,77)
Alteração média da MAVC no
basal (letras) (DP) b
+10,3 (9,14) -1,4 (14,16)
Ganho de ≥ 10 letras de MAVC
(% dos pacientes) no mês 12 b 60,8 18,4
Ganho de ≥ 15 letras de MAVC
(% dos pacientes) no mês 12 g 32,4 10,2
p < 0,0001, g
p=0,0043
Figura 3
Grupo de tratamento Ranibizumabe 0,5 mg (N = 115)
Ranibizumabe 0,5 mg + Laser (N = 118)
VariaçãomédianaAVdesdeoBL±EPM(letras)
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 6
Variação média da acuidade visual a partir do basal ao longo do tempo no estudo D2201 (RESOLVE) (população
total)
BL = Linha de base; EPM = erro padrão da média
Os pacientes tratados com ranibizumabe apresentaram uma redução contínua na espessura da retina central. Em 12
meses, a variação média da ERC comparado ao basal foi de -194 micrômetros para o ranibizumabe versus -48
micrômetros para o placebo.
Globalmente, os resultados de segurança ocular e não-ocular em pacientes com EMD de ambos estudos D2201 e D2301
foram comparáveis com o perfil de segurança conhecido previamente observado em pacientes com a forma úmida da
DMRI 15
Tratamento da deficiência visual devido ao edema macular secundário à OVR 15,16,17,18
A segurança e eficácia clínica de Lucentis®
em pacientes com deficiência visual devido ao edema macular secundário à
OVR foram avaliadas nos estudos randomizados, duplo-cego, controlados, BRAVO e CRUISE que recrutaram
pacientes com ORVR (n=397) e OVRC (n=392), respectivamente. Nos dois estudos, os pacientes receberam injeções
intravítreas de ranibizumabe 0,3 mg ou 0,5 mg ou injeção simulada. Após 6 meses, os pacientes no braço controle-
injeção simulada foram passados para ranibizumabe 0,5 mg. No estudo BRAVO, a fotocoagulação a laser como
alternativa foi permitida em todos os braços a partir do 3º mês.
Resultados positivos dos estudos BRAVO e CRUISE estão resumidos nas Tabelas 5 e 6 e Figura 4 e 5.
-6
14
+ 11.9*
- 1.4
+ 10.3
Ranibizumabe agrupado (N = 102)
Simulação (N = 49)
Grupo de tratamento
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 7
Tabela 5
Resultados no Mês 6 e 12 (BRAVO)
Simulação/Lucentis®
(n=132)
(n=131)
Alteração média na acuidade visual da linha de base
ao mês 6b
(letras) (desfecho primário)
+7,3 +18,3
ao mês 12 (letras)
+ 12,1 + 18,3
Proporção de pacientes que ganharam ≥ 15 letras na
MAVC da linha de base ao mês 6b
28,8 % 61,1 %
MAVC da linha de base ao mês 12
43,9 % 60,3 %
Proporção de pacientes que receberam laser alternativo
acima de 12 meses
61,4 % 34,4 %
p < 0,0001
Figura 4
Alteração média dos valores basais de MAVC ao longo do tempo até o mês 6 e o mês 12 (BRAVO)
BL= linha de base
EPM= erro padrão da média
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 8
Tabela 6
Resultados do mês 6 e 12 (CRUISE)
Simulação/ Lucentis®
(n=130)
(letras)
+0,8 +14,9
+7,3 +13,9
16,9 % 47,7 %
33,1 % 50,8 %
b p<0.0001
Figura 5
Alteração média dos valores basais de MAVC ao longo do tempo até o mês 6 e mês 12 (CRUISE)
EPM = erro padrão da média
Em ambos os estudos, a melhora da visão foi acompanhada por uma diminuição contínua no edema macular medida
pela espessura central da retina.
A melhora da acuidade visual com o tratamento com ranibizumabe nos meses 6 e 12, foi acompanhada de benefícios
relatados pelo paciente, medidos pelo Questionário do Instituto Nacional do Olho e Função Visual (VFQ-25) subescalas
relacionadas à atividade para longe e perto, um desfecho de eficácia secundário pré-especificado. A diferença entre
0,5 mg e no grupo controle foi avaliado no Mês 6, com p-valores de 0,02-0,0002.
Referências bibliográficas
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 9
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VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 10
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and safety of ranibizumab injection compared with sham in subjects with macular edema secondary to branch retinal
vein occlusion (RVO). Study report no CSR Addendum FVF4165g. 30 Jul 10. [36] (dados em arquivo)
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and safety of ranibizumab injection compared with sham in subjects with macular edema secondary to central retinal
vein occlusion (RVO). Study report no CSR Addendum FVF4166g. 16 Aug 10. [37] (dados em arquivo)
Grupo Farmacoterapêutico: agentes antineovascularizantes, código ATC S01LA04.
Mecanismo de ação
O ranibizumabe é um fragmento de anticorpo monoclonal recombinante humanizado que tem como alvo o fator de
crescimento endotelial vascular humano A (VEGF-A). Liga-se com alta afinidade às isoformas do VEGF-A (p. ex.:
VEGF110, VEGF121 e VEGF165), deste modo prevenindo a ligação do VEGF-A aos seus receptores VEGFR-1 e VEGFR-
2.
Farmacodinâmica
A ligação do VEGF-A aos seus receptores leva à proliferação das células endoteliais e neovascularização, assim como
ao vazamento vascular, os quais acredita-se que contribuem para a progressão da forma neovascular de degeneração
macular relacionada à idade e o edema macular causando dano visual na diabetes e oclusão de veia da retina.
Farmacocinética
- Absorção
Após a administração intravítrea mensal de Lucentis®
a pacientes com DMRI neovascular, as concentrações séricas de
ranibizumabe foram geralmente baixas, com níveis máximos (Cmáx) geralmente abaixo da concentração de
ranibizumabe necessária para inibir a atividade biológica do VEGF a 50% (11 a 27 ng/mL, conforme avaliado em um
ensaio de proliferação celular in vitro). A Cmáx foi proporcional à dose ao longo do intervalo de dose de 0,05 a 1,0
mg/olho. Após a administração intravítrea mensal de Lucentis®
0,5 mg/olho, a Cmax sérica de ranibizumabe, alcançada
cerca de 1 dia após a administração, é prevista geralmente entre 0,79 e 2,90 ng/mL, e Cmin é prevista geralmente entre
0,07 e 0,49 ng/mL. Concentrações séricas de ranibizumabe em pacientes com EMD e OVR foram semelhantes às
observadas em pacientes com DMRI neovascular.
- Distribuição e eliminação
Baseado na análise da farmacocinética da população e no desaparecimento do ranibizumabe no soro de pacientes com
DMRI neovascular tratados com dose de 0,5 mg, a média da meia-vida de eliminação vítrea de ranibizumabe é de
aproximadamente 9 dias. Espera-se que a exposição sérica de ranibizumabe seja aproximadamente 90.000 vezes mais
baixa que a exposição vítrea de ranibizumabe.
Populações especiais
- Insuficiência renal
Não foram conduzidos estudos formais para verificar a farmacocinética de Lucentis®
em pacientes com insuficiência
renal. Sessenta e oito por cento (136 de 200) dos pacientes com DMRI neovascular, em uma análise farmacocinética da
população tinham insuficiência renal (46,5% leve [50 a 80 mL/min], 20% moderada [30 a 50 mL/min] e 1,5% severa [<
30 mL/min]). Em pacientes OVR, 48,2% (253 de 525) apresentaram insuficiência renal 36,4% leve, 9,5% moderada e
2,3% grave). O clearance (depuração) sistêmico foi ligeiramente mais baixo, mas não foi clinicamente significante.
- Insuficiência hepática
hepática.
Dados de segurança pré-clínicos
A administração intravítrea bilateral de ranibizumabe em macacos cynomolgus de doses entre 0,25 mg/olho e 2,0
mg/olho uma vez a cada 2 semanas por até 26 semanas resultou em efeitos oculares dose-dependentes.
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 11
Intraocularmente, houve aumentos, dose-dependentes, na turvação da câmara anterior e do número de células, com um
pico 2 dias após a injeção. A gravidade da resposta inflamatória geralmente diminuiu com injeções subsequentes ou
durante a recuperação. No segmento posterior houve infiltrações celulares vítreas e moscas volantes, que também
tenderam a ser dose-dependentes e geralmente persistiram até o fim do período de tratamento. Na semana 26 do estudo,
a gravidade da inflamação vítrea aumentou com o número de injeções. Entretanto, evidências de reversibilidade foram
observadas após a recuperação. A natureza e o tempo da inflamação do segmento posterior é sugestivo de uma resposta
imuno-mediada por anticorpos, que pode ser clinicamente irrelevante. Formação de catarata foi observada em alguns
animais após um período relativamente longo de inflamação intensa, sugerindo que alterações do cristalino foram
secundárias à inflamação grave. Um aumento transitório na pressão intraocular pós-dose foi observado após injeções
intravítreas, independente da dose.
Alterações oculares microscópicas foram relacionadas à inflamação e não indicam processos degenerativos. Alterações
inflamatórias granulomatosas foram observadas no disco óptico de alguns olhos. Essas alterações no segmento posterior
diminuíram e em algumas instâncias foram resolvidas durante o período de recuperação. Após a administração
intravítrea não foram detectados sinais de toxicidade sistêmica. Foram encontrados anticorpos ao ranibizumabe no soro
e no vítreo em um grupo de animais tratados.
Nenhum dado de carcinogenicidade e mutagenicidade está disponível.
Em macacas grávidas, o tratamento com ranibizumabe intravítreo não provocou efeitos tóxicos no desenvolvimento ou
teratogenicidade, e não teve nenhum efeito sobre o peso ou a estrutura da placenta, contudo, baseado no seu efeito
farmacológico, o ranibizumabe deve ser considerado potencialmente teratogênico e embrio-fetotóxico.
No entanto, devido às restrições ditadas pela via de administração intravítrea, as doses viáveis utilizadas neste estudo
não permitiram chegar à toxicidade materna, mas apenas um múltiplo em relação à exposição sistêmica humana. A
ausência de efeitos mediados pelo ranibizumabe no desenvolvimento embrionário e fetal é plausível, relacionada
principalmente à incapacidade do fragmento Fab atravessar a placenta.
No entanto, um caso foi descrito com altos níveis de ranibizumabe no soro materno e a presença de ranibizumabe no
soro fetal, sugerindo que o anticorpo anti-ranibizumabe agiu como (uma região contendo Fc) um carreador de proteína
de ranibizumabe, diminuindo assim o clearance (depuração) do soro materno e permitindo a transferência para a
placenta. As investigações de desenvolvimento embrionário e fetal foram realizadas em animais grávidas saudáveis e,
doenças (como por exemplo, diabetes) podem alterar a permeabilidade da placenta para um fragmento Fab (vide
“Advertências e precauções”).
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes.
Pacientes com infecções oculares ou perioculares ativas ou suspeitas.
Pacientes com inflamação intraocular ativa.
Injeções intravítreas, incluindo aquelas com Lucentis®
, têm sido associadas com endoftalmite, inflamação intraocular,
descolamento de retina regmatogênico, ruptura da retina e catarata traumática iatrogênica (vide “Reações adversas”).
Técnicas de injeção asséptica apropriadas devem sempre ser utilizadas na administração de Lucentis®
. Além disso,
pacientes devem ser monitorados durante a semana seguinte à injeção para permitir um tratamento precoce caso ocorra
uma infecção. Os pacientes devem ser orientados a relatar quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite ou qualquer
dos eventos mencionados acima sem atraso.
Aumentos transitórios na pressão intraocular (PIO) têm sido observados nos primeiros 60 minutos após a injeção de
Lucentis®
(vide “Reações adversas”). Aumentos sustentados da pressão intraocular (PIO) também têm sido relatados.
Tanto a pressão intraocular quanto a perfusão da cabeça do nervo óptico, devem ser apropriadamente monitoradas e
controladas.
Existe um risco potencial de eventos tromboembólicos arteriais após o uso intravítreo de inibidores de VEGF (fator de
crescimento endotelial vascular). Em estudos de fase III da forma úmida da DMRI, as frequências totais de eventos
tromboembólicos arteriais foram similares entre ranibizumabe e o controle. Uma taxa de acidente vascular cerebral
numericamente maior foi observada em pacientes tratados com ranibizumabe 0,5 mg comparado com ranibizumabe 0,3
mg ou controle, entretanto, as diferenças não foram estatisticamente significantes. A diferença nas taxas de acidente
vascular cerebral pode ser maior em pacientes com fator de risco conhecido para o acidente vascular cerebral, incluindo
histórico de acidente vascular cerebral anterior ou ataque isquêmico transitório. Portanto, estes pacientes devem ser
cuidadosamente avaliados por seus médicos se o tratamento com Lucentis®
é adequado e se os benefícios sobrepõem o
potencial risco.
Assim como todas as proteínas terapêuticas existe um potencial de imunogenicidade com Lucentis®
.
Dados disponíveis não sugerem um aumento no risco de reações adversas sistêmicas com o tratamento bilateral.
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 12
não foi estudado em pacientes com infecções sistêmicas ativas ou em pacientes com condições oculares
simultâneas como descolamento de retina ou buraco macular.
Existe uma experiência limitada com o tratamento de pacientes com episódios anteriores de OVR e de pacientes com
OVR de ramo isquêmico e OVR central. Em pacientes com OVR que apresentam sinais clínicos de perda irreversível
da função visual isquêmica, o tratamento não é recomendado.
Mulheres com potencial para engravidar
Mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento.
Gravidez
Não existem dados clínicos disponíveis de exposição de grávidas ao ranibizumabe.
Estudos em macacos cynomolgus não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos relacionados à gravidez ou ao
desenvolvimento embrionário/fetal (vide “Dados de segurança pré-clínicos”). A exposição sistêmica ao ranibizumabe é
baixa após administração ocular, mas devido ao seu mecanismo de ação, o ranibizumabe deve ser considerado como
potencialmente teratogênico e embrio-fetotóxico. Portanto, o ranibizumabe não deve ser usado durante a gravidez a
menos que o benefício esperado supere o risco potencial para o feto. Para as mulheres que desejam engravidar e têm
sido tratadas com ranibizumabe, é recomendável esperar pelo menos 3 meses após a última dose de ranibizumabe antes
de engravidar.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
Não é conhecido se Lucentis®
é excretado no leite humano. Como medida de precaução, a amamentação não é
recomendada durante o tratamento com Lucentis®
Fertilidade
Não há dados de fertilidade disponíveis.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
O procedimento de tratamento com Lucentis®
pode induzir distúrbios visuais temporários, que podem afetar a
habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas (vide “Reações adversas”). Pacientes que apresentarem esses
Não foram realizados estudos formais de interação.
Para o uso conjunto de terapia fotodinâmica (TFD) com verteporfina e Lucentis®
na forma úmida de DMRI (vide
“Resultados de eficácia”).
Para o uso conjunto de fotocoagulação a laser e Lucentis®
em EMD ou ORVR (vide “Resultados de eficácia” e
“Posologia e modo de usar”).
Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos.
Armazenar o produto sob refrigeração (entre 2 e 8 °C). Não congelar.
Mantenha o frasco-ampola na embalagem externa para protegê-lo da luz.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Lucentis®
é uma solução límpida a levemente opalescente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
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TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Modo de usar
Lucentis®
deve ser aplicado em hospitais, clínicas oftalmológicas especializadas ou salas de cirurgia ambulatorial, sob
visão de microscópio, com o adequado monitoramento do paciente. Sua administração deve ser realizada somente por
profissionais habilitados.
Assim como todos os medicamentos de uso parenteral, Lucentis®
deve ser inspecionado visualmente para verificação de
material particulado e descoloração antes da administração.
O procedimento de injeção deve ser conduzido sob condições assépticas, que inclui o uso de desinfecção cirúrgica das
mãos, luvas estéreis, um campo cirúrgico estéril e um espéculo de pálpebra estéril (ou equivalente) e a disponibilidade
de paracentese estéril (se necessário). O histórico médico do paciente para reações de hipersensibilidade deve ser
cuidadosamente avaliado antes de realizar o procedimento intravítreo (vide “Contraindicações”). A pele periocular,
pálpebra e superfície ocular devem ser desinfetadas. Deve ser administrada adequada anestesia e um microbicida tópico
de amplo espectro deve ser administrado antes da injeção.
A agulha de injeção deve ser inserida a 3,5 a 4,0 mm posterior ao limbo, dentro da cavidade vítrea, evitando o
meridiano horizontal e apontando para o centro do globo. O volume da injeção de 0,05 mL é, então, injetado; o local de
injeção na esclera deve ser alternado para injeções subsequentes.
Cada frasco-ampola é para ser utilizado uma única vez.
O frasco é estéril. Não utilize o frasco se a embalagem estiver danificada. A esterilidade do frasco não pode ser
garantida, a menos que o lacre da embalagem permaneça intacto. Não utilize o frasco se a solução estiver descolorida,
turva ou contenha partículas.
Para preparar Lucentis®
para a administração intravítrea, siga as instruções:
A. 1. Antes da retirada, a parte externa da tampa de borracha do frasco-ampola deve
ser desinfetada.
2. Encaixe a agulha com filtro de 5 micrômetros (fornecida) na seringa de 1 mL
(fornecida) usando técnicas assépticas. Empurre a agulha não perfurante com
filtro no centro da tampa do frasco-ampola até a agulha tocar o canto do fundo do
frasco-ampola.
3. Retire todo o líquido do frasco-ampola mantendo o frasco-ampola na posição
vertical, levemente inclinado para facilitar a completa retirada.
B.
4. Assegure que o êmbolo está puxado o suficiente quando esvaziar o frasco-
ampola a fim de esvaziar completamente a agulha com filtro.
5. Deixe a agulha não perfurante com filtro no frasco-ampola e desconecte a
seringa. A agulha com filtro deve ser descartada após a retirada do conteúdo do
frasco-ampola e não deve ser usada para a injeção intravítrea.
C.
6. Encaixe a agulha de injeção (fornecida) asséptica firmemente na seringa.
7. Cuidadosamente, remova a tampa da agulha de injeção sem desconectá-la da
seringa.
Nota: Segure no centro amarelo da agulha de injeção enquanto retira a tampa.
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Posologia
Frasco de uso único somente para injeção intravítrea. O uso de mais de uma injeção por frasco pode levar à
contaminação e subsequente infecção.
deve ser administrado por um oftalmologista qualificado com experiência em injeções intravítreas.
A dose recomendada de Lucentis®
é de 0,5 mg administrada como injeção intravítrea única. Isto corresponde a um
volume injetado de 0,05 mL. O intervalo entre as duas doses não deve ser menor que 1 mês.
População alvo geral
- Tratamento da forma úmida da DMRI
O tratamento é realizado mensalmente e continua até que a acuidade visual máxima seja atingida, confirmada pela
acuidade visual estável por três avaliações mensais consecutivas realizadas durante o tratamento com Lucentis®
.
Pacientes devem ser monitorados mensalmente quanto à sua acuidade visual.
O tratamento é retomado com injeções mensais quando o monitoramento indicar uma perda da acuidade visual devido à
forma úmida da DMRI e continua até que a acuidade visual estável seja atingida novamente por três avaliações mensais
consecutivas.
- Tratamento de deficiência visual devido ao EMD
Os pacientes devem ser monitorados mensalmente quanto à sua acuidade visual.
O tratamento é retomado com injeções mensais quando o monitoramento indicar uma perda da acuidade visual devido
ao EMD e continuar até a acuidade visual estável ser atingida novamente por três avaliações mensais consecutivas.
- Lucentis®
e fotocoagulação a laser no EMD
tem sido utilizado concomitantemente com fotocoagulação a laser em estudos clínicos (vide “Resultados de
eficácia”). Quando administrado no mesmo dia, Lucentis®
deve ser administrado pelo menos 30 minutos após a
fotocoagulação a laser. Lucentis®
pode ser administrado em pacientes que receberam fotocoagulação a laser
anteriormente.
- Tratamento da deficiência visual devido ao edema macular secundário à OVR
D.
8. Cuidadosamente, retire o ar da seringa e ajuste a dose na marca de 0,05 mL na
seringa. A seringa está pronta para injeção.
Nota: Não limpe a agulha de injeção. Não puxe de volta o êmbolo.
Após a injeção, não tampe a agulha ou retire-a da seringa. Descarte a seringa
utilizada junto com a agulha em um recipiente de descarte de objetos cortantes ou
de acordo com as exigências locais.
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 15
O tratamento é realizado mensalmente e é continuo até que a acuidade visual máxima seja atingida, confirmada por
meio três avaliações mensais consecutivas de acuidade visual estável, realizadas durante o tratamento com Lucentis®
O tratamento deve ser retomado com injeções mensais quando o monitoramento indicar uma perda da acuidade visual
devido a edema macular secundário à OVR e continuado até que a acuidade visual esteja estável novamente por três
avaliações mensais consecutivas.
e fotocoagulação a laser na oclusão de ramo de veia da retina (ORVR)
tem sido usado concomitantemente com fotocoagulação a laser nos estudos clínicos (vide “Resultados de
pode ser administrado em pacientes nos quais já tenham recebido terapia prévia com
fotocoagulação a laser.
Populações especiais
- Insuficiência hepática
não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática. Entretanto, como a exposição sistêmica é
insignificante, nenhuma medida especial é considerada necessária nesta população.
- Insuficiência renal
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal (vide “Farmacocinética”).
- Pacientes pediátricos
não é recomendado para uso em crianças e adolescentes devido à ausência de dados sobre segurança e
eficácia nestas subpopulações.
- Pacientes geriátricos
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes idosos.
Resumo do perfil de segurança
População com a forma úmida da DMRI
Um total de 1.315 pacientes fizeram parte da população de segurança em três estudos de fase III na forma úmida da
DMRI, com 24 meses de exposição ao Lucentis®
e 440 pacientes foram tratados com a dose recomendada de 0,5 mg.
Reações adversas graves relacionadas ao procedimento de injeção incluíram endoftalmite, descolamento de retina
regmatogênico, ruptura da retina e catarata traumática iatrogênica (vide “Advertências e precauções”).
Outras reações oculares graves observadas entre os pacientes tratados com Lucentis®
incluíram inflamação intraocular e
aumento da pressão intraocular (vide “Advertências e precauções”).
As reações adversas listadas a seguir ocorreram numa proporção mais alta (pelo menos 2 pontos percentuais) em
pacientes que receberam tratamento com Lucentis®
0,5 mg do que naqueles pacientes que receberam tratamento
controle (injeções simuladas [vide definição em “Resultados de Eficácia”] ou terapia fotodinâmica [TFD] com
verteporfina) no conjunto de dados dos três estudos controlados da forma úmida da DMRI fase III FVF2598g
(MARINA), FVF2587g (ANCHOR) e FVF3192g (PIER). Estas foram, portanto, consideradas reações adversas
potenciais relacionadas ao medicamento. Os dados de segurança descritos a seguir também incluem todas as reações
adversas suspeitas de estarem pelo menos potencialmente relacionadas ao procedimento de injeção ou ao medicamento
nos 440 pacientes dos grupos de tratamento com 0,5 mg combinados na forma úmida da DMRI.
População com EMD
A segurança do Lucentis®
foi estudada em um estudo com simulação controlada de um ano (RESOLVE) e em um
estudo laser controlado de um ano (RESTORE) conduzidos, respectivamente, com 102 e 235 pacientes com deficiência
visual devido ao EMD tratados com ranibizumabe (vide “Resultados de eficácia”). A reação de infecção do trato
urinário, na categoria de frequência comum, preencheu os critérios de reação adversa da tabela abaixo; de maneira
diferente as reações adversas oculares e não-oculares nos estudos RESOLVE e RESTORE foram relatadas com uma
frequência e gravidade semelhantes às observadas nos estudos com a forma úmida da DMRI.
População com OVR
foi estudada em dois estudos de 12 meses (BRAVO e CRUISE) conduzidos,
respectivamente, com 264 e 261 pacientes tratados com ranibizumabe com deficiência visual devido a edema macular
secundário em oclusão de ramo de veia de retina (ORVR) e OVR Central (OVRC), respectivamente (vide “Resultados
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 16
de eficácia). Reações oculares e não-oculares nos estudos BRAVO e CRUISE foram relatadas com uma frequência e
gravidade semelhantes às observadas nos estudos com a forma úmida da DMRI.
Tabela de resumo das reações adversas dos estudos clínicos
As reações adversas medicamentosas dos estudos clínicos estão listadas por sistema classe-órgão MedDRA. Dentro de
cada sistema classe-órgão, as reações adversas medicamentosas são classificadas por frequência, com as reações mais
frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas medicamentosas são apresentadas em
ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente para cada reação adversa
medicamentosa é baseada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 a < 1/10),
incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100), raro (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) e muito raro (< 1/10.000).
Tabela 7: Reações adversas a medicamentos dos estudos clínicos
Infecções e infestações
Muito comum: nasofaringite
Comum: gripe, infecção do trato urinário*
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
Comum: anemia
Distúrbios psiquiátricos
Comum: ansiedade
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum: dor de cabeça
Comum: acidente vascular cerebral
Distúrbios oculares
Muito Comum: inflamação intraocular, vitrite, descolamento do vítreo, hemorragia retiniana, distúrbio
visual, dor no olho, moscas volantes, hemorragia conjuntival, irritação do olho,
sensação de corpo estranho no olho, lacrimejamento aumentado, blefarite, olho seco,
hiperemia ocular e prurido nos olhos.
Comum: degeneração retiniana, distúrbio retiniano, descolamento da retina, ruptura retiniana,
descolamento do epitélio pigmentar retiniano, ruptura do epitélio pigmentar retiniano,
redução da acuidade visual, hemorragia vítrea, distúrbio vítreo, uveíte, irite,
iridociclite, catarata, catarata subcapsular, opacificação da cápsula posterior, ceratite
pontuada, abrasão da córnea, turvação da câmara anterior, visão borrada, hemorragia
no local da injeção, hemorragia do olho, conjuntivite, conjuntivite alérgica, secreção do
olho, fotopsia, fotofobia, desconforto ocular, edema da pálpebra, dor na pálpebra,
hiperemia conjuntival.
Incomum: cegueira, endoftalmite, hipópio, hifema, ceratopatia, adesão da íris, depósito corneal,
edema corneal, estrias corneanas, dor no local de injeção, irritação no local da injeção,
sensação estranha no olho, irritação da pálpebra.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinal
Comum: tosse
Distúrbios gastrintestinais
Comum:
náusea
Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo
Comum: reações alérgicas (rash, urticária, prurido, eritema)
Distúrbios do tecido músculoesquelético e conjuntivo
Muito comum: artralgia
Laboratoriais
VPS6 = Lucentis_Bula_Profissional 17
Muito comum: aumento da pressão intraocular
* Observado apenas na população com EMD
Atenção: este produto é um medicamento que possui uma Nova Indicação Terapêutica no País e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema
de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Casos de superdose acidental foram relatados nos estudos clínicos da forma úmida da DMRI e após comercialização. As
reações adversas mais frequentes associadas com estes casos relatados foram aumento da pressão intraocular e dor no
olho. Se ocorrer superdose, a pressão intraocular deve ser monitorada e tratada, caso seja considerado necessário pelo
médico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.