Bula do Lupron Depot para o Profissional

Bula do Lupron Depot produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Lupron Depot
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO LUPRON DEPOT PARA O PROFISSIONAL

Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin

São Paulo - SP

CEP: 04566-905

Tel: 55 11 5536 7000

Fax: 55 11 5536 7126

LUPRON DEPOT®

ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA

PÓ LIÓFILO INJETÁVEL

3,75 MG - 11,25 MG

Lupron Depot_Bula_Profissional

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Rua Michigan 735, Brooklin

Abbott Laboratórios do Brasil Ltda

MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

LUPRON DEPOT

®

acetato de leuprorrelina

APRESENTAÇÃO

Pó liófilo injetável de 3,75 mg:

- embalagem com 1 frasco-ampola de dose única, 1 ampola de diluente, 1 seringa e 2 agulhas.

Pó liófilo injetável 11,25 mg:

VIA INTRAMUSCULAR

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

3,75 MG:

Cada frasco-ampola de dose única LUPRON DEPOT 3,75 (acetato de leuprorrelina) 3,75 mg

contém:

acetato de leuprorrelina ................................................................... 3,75 mg

Excipientes: gelatina, co-polímero de ácido D-lático e ácido glicólico, manitol.

Cada ampola de diluente contém:

carboximetilcelulose sódica..........……………..…............................ 10,0 mg

manitol ...........................…..............…................................…........100,0 mg

polissorbato 80....................................................................................2,0 mg

água para injeção q.s.p.......................................................................2,0 mL

Volume líquido do diluente por unidade: 2,0 mL

Peso líquido do pó liofilizado: 44,1 mg

11,25 MG:

Cada frasco-ampola de dose única LUPRON DEPOT®

(acetato de leuprorrelina) 11,25 mg contém:

acetato de leuprorrelina ...................................................…........ 11,25 mg

Excipientes: ácido poliláctico, manitol.

carboximetilcelulose sódica....................………..…………..10 mg

manitol…………………...........................…...…........….….100 mg

polissorbato 80…………………….……….…......................2,0 mg

água para injetáveis q.s.p. ....................................................2,0 mL

- 2 -

Peso líquido do pó liofilizado: 130,0 mg

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) é destinado ao tratamento paliativo da neoplasia avançada da

próstata, oferecendo uma alternativa no seu tratamento quando a orquiectomia ou estrogenoterapia não

forem indicadas ou aceitáveis para o paciente.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Pacientes com adenocarcinoma avançado de próstata previamente tratados, não tratados ou

orquiectomizados receberam 1 mg ou 10 mg de acetato de leuprorrelina diariamente por injeção

subcutânea. Nos pacientes não tratados anteriormente, os níveis de hormônio luteinizante (LH) e

hormônio folículo-estimulante (FSH) inicialmente aumentaram resultando em um transitório aumento

dos níveis dos esteroides gonadais (testosterona e di-hidrotestosterona). Com a administração contínua de

acetato de leuprorrelina por 2 a 4 semanas, os níveis de LH, FSH caíram e os androgênios diminuíram

para os níveis dos orquiectomizados no restante do período de tratamento. Os pacientes previamente

tratados (hormônios) apresentaram uma resposta inicial similar, mas de magnitude reduzida. A taxa de

melhora objetiva para pacientes não tratados previamente em Estágio D2 foi de 72%, o que não foi

estatisticamente diferente da melhora de 85% observada em um estudo da National Cancer Prostatic,

projeto envolvendo dietilestilbestrol (DES) e orquiectomia (p <0,11). Em geral, a melhora subjetiva

acentuada foi boa.

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O tratamento prévio com dietilestilbestrol (DES) por 7 dias ou a coadministração de DES com acetato de

leuprorrelina não conseguiu impedir o aumento inicial dos androgênios produzidos pelo acetato de

leuprorrelina; entretanto, o tratamento prévio com DES diminuiu os níveis de androgênios, a tais níveis

que o aumento que ocorre após o tratamento com acetato de leuprorrelina excede apenas ligeiramente aos

níveis de pré tratamento.1

Em um estudo condicional, cruzado e controlado, 99 pacientes no estágio D2 de adenocarcinoma

prostático receberam inicialmente doses de acetato de leuprorrelina por via subcutânea (1 mg/dia) ou

DES (3 mg/dia) sendo cruzados para terapia alternativa se a sua condição de saúde piorasse. Oitenta e

seis por cento (86%) dos pacientes tratados com acetato de leuprorrelina e 85% dos pacientes tratados

com DES tiveram resposta clínica favorável. A taxa estimada de sobrevida em um ano foi maior para os

pacientes tratados com acetato de leuprorrelina (89%) do que para pacientes tratados com DES (80%).2

Referências Bibliográficas:

1 – Garnick MB. Leuprolide versus diethylstilbestrol for previously untreated stage D2 prostate cancer.

Results of a prospectively randomized trial. Urology. 1996;27(1 Suppl):21-8.

2 – No authors listed. Leuprolide versus diethylstilbestrol for metastatic prostate cancer. The Leuprolide

Study Group. N Engl J Med. 1984; 311(20):1281-6.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição:

O acetato de leuprorrelina, substância ativa do medicamento LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) é um

nonapeptídeo sintético análogo do hormônio liberador da gonadotrofina natural (GnRH ou LH-RH).

Possui maior potência que o hormônio natural, atua como um inibidor da produção de gonadotrofina e é

quimicamente distinto dos esteroides. Seu nome químico é acetato de 5-oxo-L-prolil-L-histidil-L-

triptofanil-L-seril-L-tirosil-D-leucil-L-leucil-L-arginil-L-N-etil-L-prolinamida. LUPRON®

(acetato de

leuprorrelina) é uma solução aquosa estéril destinada para aplicação subcutânea diária.

Farmacodinâmica:

O acetato de leuprorrelina, um agonista do LH-RH, age como um potente inibidor da secreção de

gonadotrofina, quando administrado continuamente e em doses terapêuticas. Os estudos em animais e em

humanos indicam que, seguindo-se a uma estimulação inicial de gonadotrofinas, a administração crônica

de acetato de leuprorrelina resulta em supressão da esteroidogênese ovariana e testicular. Esse efeito é

reversível com a descontinuação da terapêutica.

A administração do acetato de leuprorrelina resultou na inibição do desenvolvimento de determinados

tumores dependentes de hormônios (tumores prostáticos em ratos das espécies Nobel e Dunning e

tumores de mama induzidos por DMBA em ratas), bem como causou atrofia dos órgãos reprodutores.

Em humanos, a administração subcutânea de acetato de leuprorrelina diariamente resulta num aumento

inicial dos níveis circulantes do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo-estimulante (FSH),

conduzindo a um transitório aumento dos níveis dos esteroides gonadais (testosterona e di-

hidrotestosterona em homens; e estrona e estradiol em mulheres na pré-menopausa).

Contudo, a administração contínua do acetato de leuprorrelina, nas doses recomendadas, resulta em

diminuição dos níveis de LH, FSH e esteroides sexuais. Em homens, a testosterona é reduzida aos níveis

de castração ou pré-puberdade. Em mulheres na pré-menopausa, os estrógenos são reduzidos aos níveis

pós-menopausa. A redução dos níveis desses hormônios ocorre dentro de 1 mês após o início do

tratamento.

Farmacocinética:

O acetato de leuprorrelina não é ativo quando administrado por via oral. A biodisponibilidade quando

administrado por via subcutânea é comparável à da administração intramuscular.

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Absorção: A biodisponibilidade do acetato de leuprorrelina quando administrado por via subcutânea é

comparável à da administração intravenosa.

Distribuição: o volume de distribuição médio do acetato de leuprorrelina, no estado de equilíbrio, após

administração intravenosa em bolus em voluntários sadios do sexo masculino foi de 27 litros. A ligação

às proteínas plasmáticas humanas in vitro variou de 43% a 49%.

Metabolismo: em voluntários sadios do sexo masculino, uma injeção de 1 mg do acetato de

leuprorrelina por via intravenosa em bolus, revelou que a depuração sistêmica média foi de 7,6 L/h, com

meia-vida de eliminação final de aproximadamente três horas, com base em um modelo de dois

compartimentos.

Estudos em animais mostraram que o acetato de leuprorrelina marcado com C14

foi metabolizado em

peptídeos menores inativos, um pentapeptídeo (Metabólito I), tripeptídeos (Metabólitos II e III) e um

dipeptídeo (Metabólito IV). Esses fragmentos podem ser metabolizados posteriormente.

As concentrações plasmáticas do principal metabólito (M-I), avaliadas em cinco pacientes com câncer de

próstata que receberam acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito (LUPRON DEPOT®

),

atingiram a concentração máxima em duas a seis horas depois da administração e foram

aproximadamente 6% da concentração de pico da substância-mãe. Uma semana depois da administração,

as concentrações plasmáticas médias de M-I foram aproximadamente 20% das concentrações médias do

acetato de leuprorrelina.

Eliminação: após a administração de 3,75 mg do acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito a

três pacientes, menos de 5% da dose administrada foi recuperada sob a forma de substância-mãe e

metabólito M-I na urina em 27 dias.

Populações especiais: a farmacocinética do acetato de leuprorrelina em pacientes com insuficiência

hepática ou renal não foi determinada.

4. CONTRAINDICAÇÕES

LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) injetável é contraindicado a pacientes com conhecida

hipersensibilidade ao acetato de leuprorrelina, nonapeptídeos semelhantes ou a qualquer dos excipientes

da fórmula.

Foram relatados casos isolados de anafilaxia com a formulação mensal de acetato de leuprorrelina.

(acetato de leuprorrelina) é contraindicado a mulheres grávidas ou que possam engravidar

durante o tratamento. Quando administrado em coelhas no sexto dia de gestação, nas doses testadas de

0,00024; 0,0024 e 0,024 mg/kg (1/300 a 1/3 da dose recomendada em humanos),a formulação mensal

produziu um aumento dependente da dose nas principais anomalias fetais. Estudos em ratos não

demonstraram um aumento de malformações fetais. Houve um aumento da mortalidade fetal e

diminuição do peso fetal com as duas doses maiores de acetato de leuprorrelina em coelhos e com a dose

mais elevada em ratos. Os efeitos sobre a mortalidade fetal são consequências lógicas das alterações nos

níveis hormonais causadas pela substância. Portanto, existe possibilidade de anormalidades fetais e

aborto espontâneo se este medicamento for administrado durante a gravidez.

(acetato de leuprorrelina) não deve ser administrado a pacientes com sangramento vaginal de

causa não diagnosticada.

Categoria X:

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Durante o início do tratamento, os níveis de esteroides gonadotropínicos e sexuais elevaram-se a um

nível superior ao normal devido ao efeito estimulante natural da droga. Logo, pode ser observado

aumento dos sinais clínicos e sintomas durante esse período.

Pode ocorrer piora dos sinais pré existentes e sintomas durante as primeiras semanas de tratamento.

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A piora dos sintomas pode contribuir para paralisias, com ou sem complicações fatais.

Pacientes com conhecida alergia ao álcool benzílico um componente do veículo do medicamento, podem

apresentar sintomas de hipersensibilidade, geralmente local, na forma de eritema e endurecimento no

local da injeção.

Densidade mineral óssea: durante qualquer estado hipoestrogênico em mulheres e durante uso

prolongado por homens com câncer de próstata, podem ocorrer alterações da densidade mineral óssea.

Não há estudos em homens quanto à reversibilidade da perda de massa óssea após a retirada do acetato

de leuprorrelina. Em mulheres, a perda de massa óssea pode ser reversível após a suspensão do uso de

acetato de leuprorrelina.

Convulsões: em relatórios de pós-comercialização, foi observado convulsão em pacientes durante o

tratamento com acetato de leuprorrelina. Entre os pacientes estão mulheres, população pediátrica,

pacientes com histórico de crises convulsivas, epilepsia, distúrbios cerebrovasculares, anomalias do

sistema nervoso central ou tumores, e em pacientes que utilizaram medicamentos concomitantes que são

associados a convulsões como bupropiona e inibidores da recaptação de serotonina. Convulsões também

foram relatadas em pacientes fora das condições mencionadas acima.

Câncer de Próstata: inicialmente, o acetato de leuprorrelina, como qualquer agonista LH-RH, causa

aumento de aproximadamente 50% nos níveis séricos de testosterona durante a primeira semana de

tratamento. Ocasionalmente pode-se desenvolver breve piora dos sintomas, ou maior ocorrência de sinais

e sintomas do câncer de próstata durante as primeiras semanas de tratamento com acetato de

leuprorrelina em suspensão de depósito (LUPRON DEPOT®

). Um pequeno número de pacientes pode

experimentar um aumento temporário de dor nos ossos, que pode ser controlado sintomaticamente.

Assim como com outros agonistas do LH-RH, foram observados casos isolados de obstrução uretral e

compressão da medula espinal o que pode contribuir para paralisias com ou sem complicações fatais.

Nos pacientes sob este risco, deve-se iniciar a terapêutica com LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) -

apresentação para uso subcutâneo diário, nas primeiras duas semanas, para facilitar a interrupção do

tratamento, caso isso seja necessário.

Pacientes com lesões vertebrais metastáticas e/ou obstrução do trato urinário devem ser observados

atentamente nas primeiras semanas de tratamento.

Hiperglicemia e um aumento do risco de desenvolvimento de diabetes foi reportado em homens

recebendo agonistas do LH-RH. Hiperglicemia pode representar o desenvolvimento de diabetes mellitus

ou o agravamento do controle da glicemia em pacientes com diabetes. Deve ser realizado monitoramento

periódico da glicose sanguínea e/ou hemoglobina glicosilada (HbA1c) em pacientes recebendo agonistas

do LH-RH e controlados de acordo com as práticas atuais para o tratamento de hiperglicemia ou

diabetes.

Aumento do risco de desenvolvimento de infarto do miocárdio, morte súbita cardíaca e acidente vascular

cerebral associados com o uso de agonistas do LH-RH tem sido relatado em homens. O risco é

relativamente baixo baseado nas probabilidades e razões reportadas e, deve ser avaliado cuidadosamente

ao determinar o tratamento de pacientes com câncer de próstata, juntamente com os fatores de risco

cardiovascular. Pacientes recebendo agonistas de LH-RH devem ser monitorados sobre sinais e sintomas

sugestivos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e devem ser controlados de acordo com

a prática clínica atuais.

Efeitos no Intervalo QT/QTc:foi observado o prolongamento da onda QT durante a terapia de longo

prazo com inibidores andrógenos. Os médicos devem considerar se os benefícios da terapia de inibição

androgência superam os riscos potenciais em pacientes com síndrome do QT Longo congênito,

anormalidades eletrólitas ou insuficiência cardíaca congestiva e em pacientes utilizando medicamentos

antiarritmicos de Classe IA (quinidina, procainamida) ou Classe III (amiodarona, sotalol).

5

Exames laboratoriais: a resposta ao acetato de leuprorrelina deve ser monitorada pela avaliação dos

níveis plasmáticos de testosterona, assim como do antígeno prostático específico. Na maioria dos

pacientes, os níveis de testosterona se elevam acima dos valores basais na primeira semana de

tratamento, retornando a esses valores ou abaixo deles no final da segunda semana. Níveis de castração

são alcançados dentro de 2 a 4 semanas e, uma vez obtidos, são mantidos pelo tempo que o paciente

utilizar o fármaco.

Cuidados e advertências para populações especiais

Uso em idosos: não há recomendações especiais para esta faixa etária.

Uso em crianças e lactentes: não há justificativa, pelos conhecimentos atuais e baseando-se na

indicação do produto, para uso desta apresentação em crianças e lactentes.

Uso na gravidez: o uso seguro de LUPRON

(acetato de leuprorrelina) durante a gestação não foi

estabelecido clinicamente. Antes de iniciar o tratamento, recomenda-se verificar se a paciente não está

grávida. LUPRON

(acetato de leuprorrelina) não é um contraceptivo. Se a contracepção for necessária,

deve ser utilizado um método contraceptivo não hormonal.

Existe a possibilidade da ocorrência de um aborto espontâneo se a medicação é administrada durante a

gravidez. Se uma paciente engravidar durante o tratamento, a medicação deverá ser descontinuada.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Uso na lactação: desconhece-se se o acetato de leuprorrelina é excretado no leite humano. Logo,

LUPRON

(acetato de leuprorrelina) não deve ser administrado em mulheres que estejam amamentando.

Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade: Foi realizado um estudo de carcinogenicidade de

dois anos em ratos e camundongos. Em ratos, foi notada incidência dose-relacionada de hiperplasia

hipofisária e adenomas hipofisários benignos, quando o medicamento foi administrado por via

subcutânea por 24 meses, em altas doses diárias (0,6 a 4 mg/kg). Houve um significante aumento de

adenomas de ilhotas pancreáticas nas fêmeas e de adenomas de células intersticiais testiculares nos

machos, mas sem relação com a dose (incidência maior em grupos com baixas doses). Em camundongos

não foi observada qualquer anormalidade hipofisária em doses tão altas quanto 60 mg/kg, por 2 anos.

Pacientes foram tratados com leuprorrelina por até 3 anos com doses tão altas quanto 10 mg/dia e por 2

anos com doses tão altas quanto 20 mg/dia. Sinais clínicos de anormalidade hipofisária não foram

observados em quaisquer desses pacientes.

Estudos de mutagenicidade foram realizados com acetato de leuprorrelina em sistemas bacterianos e de

mamíferos. Tais estudos não mostraram evidências de um potencial mutagênico para esse fármaco.

Não foi possível realizar estudo de fertilidade em ratos com a formulação de injeção diária de acetato de

leuprorrelina. Baseado nos efeitos farmacológicos no eixo hipofisário-gonadal e baseado nos achados em

animais com formulação de suspensão de depósito, leuprorrelina pode apresentar efeitos adversos na

fertilidade feminima e masculina.

A administração de acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito em ratos machos e fêmeas com

doses mensais de 0,024, 0,24 e 2,4 mg/Kg por 3 meses (tão baixa quanto 1/300 da dose mensal estumada

para humanos) causou atrofia dos órgão reprodutores e supressão da função reprodutiva.

Nota: A margem de segurança foi calculada baseada em uma média diária estimada de acetato de

) tanto para humanos quanto animais. Uma

margem de segurança geral foi utilizada, visando contemplar todas as apresentações registradas de

LUPRON®

e LUPRON DEPOT®

.

6

Estudos clínicos e farmacológicos em mulheres, com análogo similar ou com o acetato de leuprorrelina,

mostraram completa reversão da supressão da fertilidade quando o medicamento foi interrompido após

administração contínua por períodos de até 24 semanas. Não há dados em humanos relacionados à

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram realizados estudos específicos sobre interação do acetato de leuprorrelina com outras

substâncias e seu potencial de significância. Entretanto, considerando que o acetato de leuprorrelina é um

peptídeo que é principalmente metabolizado pela peptidase e não pelas enzimas do sistema citocromo P-

450 conforme observado em estudos específicos, e que a substância é apenas cerca de 46% ligada às

proteínas plasmáticas, não são esperadas interações medicamentosas.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

LUPRON

(acetato de leuprorrelina) deve ser armazenado em temperatura entre 2-8ºC (sob refrigeração)

e protegido da luz. Não congelar. Manter o produto na embalagem até seu uso.

Prazo de validade: se conservado sob essas condições o medicamento se manterá próprio para consumo

pelo prazo de validade de 24 meses, a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) é uma solução aquosa estéril pronta para aplicação, praticamente

incolor, livre de partículas ou material estranho que pode ser observado através de inspeção visual.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) não tem ação se administrado por via oral.

Como com outros medicamentos administrados cronicamente por via subcutânea, o local da injeção deve

variar periodicamente.

Orientação para uso de LUPRON®

(acetato de leuprorrelina) frasco-ampola de múltiplas doses:

1. Lavar bem as mãos com água e sabão.

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2. Se estiver utilizando um frasco pela primeira

vez, retirar a capa protetora do frasco-ampola

para expor a tampa de borracha. Limpar o anel

metálico e a tampa de borracha com algodão

umedecido em álcool sempre que for utilizar o

produto. Verificar o líquido no frasco-ampola. Se

não estiver límpido ou possuir alguma partícula,

NÃO USAR.

3. Puxar o êmbolo de uma seringa até a marca 20

(a marca 20 nessa seringa é igual a 0,2 mL).

4. Retirar a cobertura da agulha e inseri-la no

frasco ampola através do centro da tampa de

borracha. Empurrar todo o êmbolo para expelir o

ar dentro do frasco-ampola.

Virar o frasco-ampola e a seringa de cabeça para

baixo. Verificar se a ponta da agulha encontra-se

imersa na solução do frasco-ampola. Retirar o

volume de LUPRON

(acetato de leuprorrelina)

prescrito puxando lentamente o êmbolo. Após

várias aplicações, o volume de líquido dentro do

frasco-ampola diminui. Cuidar para que a ponta

da agulha permaneça sempre dentro do líquido

enquanto estiver puxando o êmbolo.

Verificar se há bolhas de ar na seringa. Se

houver, empurrar lentamente o êmbolo para

expulsar o ar dentro do frasco. Se necessário,

puxar o êmbolo novamente para aumentar o

volume de solução dentro da seringa, de acordo

com o volume prescrito.

5. Repetir o procedimento acima quantas vezes

for necessário para que as bolhas sejam

eliminadas. Remover a agulha do frasco. Não

tocar a agulha nem permitir que ela toque em

qualquer superfície.

8

6. Escolher a área de aplicação. Para evitar

irritações no local de injeção, alternar as partes

do corpo.

Limpar a pele com algodão umedecido em

álcool.

7. Segurar a seringa em uma das mãos. Com a

outra, manter a pele esticada ou fazer uma

pequena dobra. Empurrar a agulha

perpendicularmente à superfície da pele (90°) e

injetar o medicamento empurrando o êmbolo.

8. Colocar um algodão umedecido em álcool

sobre o local onde a agulha foi inserida e retirá-

la pelo mesmo ângulo em que foi inserida.

9. Usar cada seringa somente uma vez. Cuidado

ao descartá-la. As agulhas jogadas sem proteção

no lixo podem ferir acidentalmente as pessoas.

Nunca deixe seringas, agulhas ou medicamentos

ao alcance das crianças.

O limite máximo diário de administração é de 1 mg, ou seja, 0,2 mL da solução injetável.

Nota: os frascos incluem um pequeno excesso para facilitar a retirada do produto. Assim sendo, os

frascos de 2,8 mL destinam-se habitualmente a 14 doses

Os sachês de álcool que acompanham o produto podem substituir o algodão embebido em álcool nas

etapas de administração de LUPRON

(acetato de leuprorrelina).

Posologia

Câncer de próstata:

A dose recomendada é de 1 mg (0,2 mL) administrada numa única injeção subcutânea diária.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas a seguir estão comumentes associadas com a ação farmacológica do acetato de

leuprorrelina na esteroidogênese, a frequência dessas reações é desconhecida:

Neoplasia benigna, malígna ou inespecífica (incluindo cistos e pólipos): aumento do tumor da

próstata, agravamento do câncer de próstata.

Alterações do metabolismo e nutrição: ganho e perda de peso.

Alterações psiquiátricas: perda ou diminuição do libido, aumento do libido.

Alterações do sistema nervoso: cefaleia, fraqueza muscular.

Alterações vasculares: vasodilatação, fogachos, hipotensão, hipotensão postural.

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Alterações de pele e tecidos subcutâneos: pele seca, hiperidrose, rash, urticária, crescimento anormal

de pelos, transtornos do tecido capilar, suores noturnos, hipotricose, alterações na pigmentação da pele,

suor frio, hirsutismo.

Alterações do sistema reprodutor: ginecomastia, mastalgia, disfunção erétil, dor testicular, aumento

das mamas, dor nas mamas, dor prostática, inchaço do pênis, alterações no pênis, atrofia testicular.

Alterações gerais e no local da aplicação: ressecamento das mucosas.

Alterações investigacionais: aumento do PSA, diminuição da densidade óssea.

Longa exposição (6 a 12 meses): diabetes mellitus, tolerância à glicose prejudicada, aumento do

colesterol total, aumento do LDL, aumento do triglicérides, osteoporose.

As reações adversas a seguir foram relatadas em estudos clínicos e na experiência pós comercialização:

Câncer de próstata:

Na maioria dos pacientes, os níveis de testosterona aumentaram acima dos valores basais durante a

primeira semana, diminuindo depois disso a níveis basais ou inferiores, no final da segunda semana de

tratamento.

A potencial exacerbação dos sinais e sintomas durante as primeiras semanas de tratamento é uma

preocupação em pacientes com metástases vertebrais e/ou obstrução urinária ou hematúria, as quais,

quando agravadas, podem ocasionar problemas neurológicos como fraqueza temporária e/ou parestesia

dos membros inferiores ou piora dos sintomas urinários.

As reações adversas estão distribuídas por sistema e por frequência muito comum (≥ 1/10), comum (≥

1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e <1/100) em estudos clínicos. Como o acetato de leuprorrelina

apresenta múltiplas indicações, e logo, populações de pacientes, algumas das reações adversas de pós

comercialização podem não ser aplicadas para todos os pacientes. Para a maioria das reações adversas, a

relação causa e efeito não foi estabelecida.

Reações muito comuns (≥1/10)

Alterações vasculares: fogachos.

Reações comuns (≥1/100 e <1/10)

Alterações no metabolismo e nutrição: anorexia.

Alterações psiquiátricas: diminuição do libido, insônia.

Alterações no sistema nervoso: tontura, cefaleia, parestesia, letargia, sonolência, transtornos de

memória, disgeusia, hipoastenia.

Alterações visuais: visão embaçada.

Alterações cardíovascular: insuficiência cardíaca congestiva, arritmia, infarto do miocárdio.

Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino: atrito pleural, fibrose pulmonar.

Alterações gastrointestinais: constipação, náusea, vômito, hemorragia gastrointestinal, distensão

abdominal, diarreia.

Alterações de pele e tecidos subcutâneos: eritema, alopécia, equimose.

Alterações musculoesqueléticas e do tecido conectivo: dor nos ossos, mialgia, edema ósseo.

Alterações renais e urinárias: hematúria.

Alterações do sistema reprodutor: ginecomastia, mastalgia, disfunção erétil, atrofia testicular e bolhas

no pênis.

Alterações gerais e no local da aplicação: dor, edema, astenia, fadiga, pirexia.

Investigações: diminuição do hematócrito e hemoglobina, aumento da ureia no sangue, aumento da

creatinina no sangue.

Farmacovigilância pós-comercialização:

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As reações adversas a seguir foram observadas com esta ou outras formulações de acetato de

leuprorrelina injetável durante o período de comercialização do produto. Para sua maioria, a relação

causa-efeito não foi estabelecida. Algumas dessas reações adversas podem não ser aplicáveis a todos os

pacientes. As reações foram reportadas voluntariamente de uma população masculina de taxa de

exposição desconhecida. Por isso não é possível estimar a verdadeira incidência de reações adversas e

sua frequência é desconhecida.

Infecções e infestações: infecção, infecção no trato urinário, faringite, pneumonia.

Neoplasmas benignos, malignos ou inespecíficos: carcinoma de pele.

Alterações hemolinfáticas: anemia.

Alterações no sistema imunológico: reação anafilática.

Alterações endócrinas: aumento da tireoide e apoplexia hipofisária.

Alterações no metabolismo e nutrição: diabetes mellitus, aumento do apetite, hipoglicemia,

hipoproteinemia, desidratação, hiperlipidemia, hiperfosfatemia.

Alterações psiquiátricas: alteração do humor, nervosismo, aumento do libido, insônia, alterações do

sono, depressão, ansiedade, alucinação, ideia suicida, tentativa de suicídio.

Alterações neurológicas: tontura, cefaleia, parestesia, letargia, transtorno de memória, disgeusia,

hipoestesia, síncope, neuropatia periférica, acidente vascular cerebral, perda da consciência, crise

isquêmica transitória, paralisia, neuromiopatia, convulsão.

Alterações visuais: visão embaçada, distúrbios visuais, visão anormal, ambliopia, olhos secos.

Alterações no ouvido e labirinto: zumbido, distúrbios de audição.

Alterações cardíacas: insuficiência cardíaca congestiva, arritmia, infarto do miocárdio, angina pectoris,

taquicardia, bradicardia, sopros cardíacos, morte súbita cardíaca.

Alterações vasculares: linfoedema, hipertensão, flebite, trombose, hipotensão, veias varicosas.

Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino: atrito pleural, fibrose pulmonar, epistaxe,

dispneia, tosse, efusão pleural, infiltração pulmonar, distúrbios respiratórios, congestão sinusal, embolia

pulmonar, hemoptise, doença intersticial pulmonar.

abdominal, diarreia, disfagia, boca seca, úlcera duodenal, distúrbios gastrointestinais, úlcera péptica,

pólipo retal.

Alterações hepatobiliares: função hepática anormal, lesão hepática grave, icterícia.

Alterações na pele e tecido subcutâneo: alopécia, equimose, rash, pele seca, reação de

fotossensibilidade, urticária, dermatite, crescimento anormal dos pelos, prurido, distúrbios de

pigmentação, lesão de pele.

Alterações musculoesqueléticas e do tecido conectivo: mialgia, artropatia, artralgia, espondilite

anquilosante, sintomas de tenossinovite, edema ósseo.

Alterações renais e urinárias: incontinência urinária, polaciúria, urgência urinária, hematúria, espasmos

da bexiga, distúrbios do trato urinário, obstrução do trato urinário.

Alterações no sistema reprodutivo: ginecomastia, mastalgia, atrofia testicular, dor testicular, dor nas

mamas, alterações testiculares, edema peniano, distúrbios penianos, dor prostática.

Alterações gerais e no local da administração: dor, edema, astenia, pirexia, reação, inflamação, dor e

endurecimento no local da injeção, abscessos estéreis, hematomas, calafrio, nódulo, sede, inflamação e

fibrose pélvica.

Investigações: aumento de ureia, ácido úrico, creatinina ou cálcio no sangue, eletrocardiograma anormal,

alterações no ECG/isquemia, anormalidade das provas de função hepática, redução da contagem de

plaquetas, hipopotassemia, leucopenia, leucocitose, aumento de TP, aumento de TTP, hiperlipemia

(LDL-colesterol e de triglicérides), aumento de bilirrubina.

Lesões, envenenamentos e complicações processuais: fratura de coluna.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite /notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.