Bula do Lupron Depot produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
LUPRON DEPOT®
ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA
PÓ LIÓFILO INJETÁVEL
3,75 MG - 11,25 MG
Lupron Depot_Bula_Profissional
- 1 -
Rua Michigan 735, Brooklin
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
LUPRON DEPOT
®
acetato de leuprorrelina
APRESENTAÇÃO
Pó liófilo injetável de 3,75 mg:
- embalagem com 1 frasco-ampola de dose única, 1 ampola de diluente, 1 seringa e 2 agulhas.
Pó liófilo injetável 11,25 mg:
VIA INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
3,75 MG:
Cada frasco-ampola de dose única LUPRON DEPOT 3,75 (acetato de leuprorrelina) 3,75 mg
contém:
acetato de leuprorrelina ................................................................... 3,75 mg
Excipientes: gelatina, co-polímero de ácido D-lático e ácido glicólico, manitol.
Cada ampola de diluente contém:
carboximetilcelulose sódica..........……………..…............................ 10,0 mg
manitol ...........................…..............…................................…........100,0 mg
polissorbato 80....................................................................................2,0 mg
água para injeção q.s.p.......................................................................2,0 mL
Volume líquido do diluente por unidade: 2,0 mL
Peso líquido do pó liofilizado: 44,1 mg
11,25 MG:
Cada frasco-ampola de dose única LUPRON DEPOT®
(acetato de leuprorrelina) 11,25 mg contém:
acetato de leuprorrelina ...................................................…........ 11,25 mg
Excipientes: ácido poliláctico, manitol.
carboximetilcelulose sódica....................………..…………..10 mg
manitol…………………...........................…...…........….….100 mg
polissorbato 80…………………….……….…......................2,0 mg
água para injetáveis q.s.p. ....................................................2,0 mL
- 2 -
Peso líquido do pó liofilizado: 130,0 mg
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) é destinado ao tratamento paliativo da neoplasia avançada da
próstata, oferecendo uma alternativa no seu tratamento quando a orquiectomia ou estrogenoterapia não
forem indicadas ou aceitáveis para o paciente.
Pacientes com adenocarcinoma avançado de próstata previamente tratados, não tratados ou
orquiectomizados receberam 1 mg ou 10 mg de acetato de leuprorrelina diariamente por injeção
subcutânea. Nos pacientes não tratados anteriormente, os níveis de hormônio luteinizante (LH) e
hormônio folículo-estimulante (FSH) inicialmente aumentaram resultando em um transitório aumento
dos níveis dos esteroides gonadais (testosterona e di-hidrotestosterona). Com a administração contínua de
acetato de leuprorrelina por 2 a 4 semanas, os níveis de LH, FSH caíram e os androgênios diminuíram
para os níveis dos orquiectomizados no restante do período de tratamento. Os pacientes previamente
tratados (hormônios) apresentaram uma resposta inicial similar, mas de magnitude reduzida. A taxa de
melhora objetiva para pacientes não tratados previamente em Estágio D2 foi de 72%, o que não foi
estatisticamente diferente da melhora de 85% observada em um estudo da National Cancer Prostatic,
projeto envolvendo dietilestilbestrol (DES) e orquiectomia (p <0,11). Em geral, a melhora subjetiva
acentuada foi boa.
Lupron_Bula_Profissional
2
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
O tratamento prévio com dietilestilbestrol (DES) por 7 dias ou a coadministração de DES com acetato de
leuprorrelina não conseguiu impedir o aumento inicial dos androgênios produzidos pelo acetato de
leuprorrelina; entretanto, o tratamento prévio com DES diminuiu os níveis de androgênios, a tais níveis
que o aumento que ocorre após o tratamento com acetato de leuprorrelina excede apenas ligeiramente aos
níveis de pré tratamento.1
Em um estudo condicional, cruzado e controlado, 99 pacientes no estágio D2 de adenocarcinoma
prostático receberam inicialmente doses de acetato de leuprorrelina por via subcutânea (1 mg/dia) ou
DES (3 mg/dia) sendo cruzados para terapia alternativa se a sua condição de saúde piorasse. Oitenta e
seis por cento (86%) dos pacientes tratados com acetato de leuprorrelina e 85% dos pacientes tratados
com DES tiveram resposta clínica favorável. A taxa estimada de sobrevida em um ano foi maior para os
pacientes tratados com acetato de leuprorrelina (89%) do que para pacientes tratados com DES (80%).2
Referências Bibliográficas:
1 – Garnick MB. Leuprolide versus diethylstilbestrol for previously untreated stage D2 prostate cancer.
Results of a prospectively randomized trial. Urology. 1996;27(1 Suppl):21-8.
2 – No authors listed. Leuprolide versus diethylstilbestrol for metastatic prostate cancer. The Leuprolide
Study Group. N Engl J Med. 1984; 311(20):1281-6.
Descrição:
O acetato de leuprorrelina, substância ativa do medicamento LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) é um
nonapeptídeo sintético análogo do hormônio liberador da gonadotrofina natural (GnRH ou LH-RH).
Possui maior potência que o hormônio natural, atua como um inibidor da produção de gonadotrofina e é
quimicamente distinto dos esteroides. Seu nome químico é acetato de 5-oxo-L-prolil-L-histidil-L-
triptofanil-L-seril-L-tirosil-D-leucil-L-leucil-L-arginil-L-N-etil-L-prolinamida. LUPRON®
(acetato de
leuprorrelina) é uma solução aquosa estéril destinada para aplicação subcutânea diária.
Farmacodinâmica:
O acetato de leuprorrelina, um agonista do LH-RH, age como um potente inibidor da secreção de
gonadotrofina, quando administrado continuamente e em doses terapêuticas. Os estudos em animais e em
humanos indicam que, seguindo-se a uma estimulação inicial de gonadotrofinas, a administração crônica
de acetato de leuprorrelina resulta em supressão da esteroidogênese ovariana e testicular. Esse efeito é
reversível com a descontinuação da terapêutica.
A administração do acetato de leuprorrelina resultou na inibição do desenvolvimento de determinados
tumores dependentes de hormônios (tumores prostáticos em ratos das espécies Nobel e Dunning e
tumores de mama induzidos por DMBA em ratas), bem como causou atrofia dos órgãos reprodutores.
Em humanos, a administração subcutânea de acetato de leuprorrelina diariamente resulta num aumento
inicial dos níveis circulantes do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo-estimulante (FSH),
conduzindo a um transitório aumento dos níveis dos esteroides gonadais (testosterona e di-
hidrotestosterona em homens; e estrona e estradiol em mulheres na pré-menopausa).
Contudo, a administração contínua do acetato de leuprorrelina, nas doses recomendadas, resulta em
diminuição dos níveis de LH, FSH e esteroides sexuais. Em homens, a testosterona é reduzida aos níveis
de castração ou pré-puberdade. Em mulheres na pré-menopausa, os estrógenos são reduzidos aos níveis
pós-menopausa. A redução dos níveis desses hormônios ocorre dentro de 1 mês após o início do
tratamento.
Farmacocinética:
O acetato de leuprorrelina não é ativo quando administrado por via oral. A biodisponibilidade quando
administrado por via subcutânea é comparável à da administração intramuscular.
Lupron_Bula_Profissional
3
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
Absorção: A biodisponibilidade do acetato de leuprorrelina quando administrado por via subcutânea é
comparável à da administração intravenosa.
Distribuição: o volume de distribuição médio do acetato de leuprorrelina, no estado de equilíbrio, após
administração intravenosa em bolus em voluntários sadios do sexo masculino foi de 27 litros. A ligação
às proteínas plasmáticas humanas in vitro variou de 43% a 49%.
Metabolismo: em voluntários sadios do sexo masculino, uma injeção de 1 mg do acetato de
leuprorrelina por via intravenosa em bolus, revelou que a depuração sistêmica média foi de 7,6 L/h, com
meia-vida de eliminação final de aproximadamente três horas, com base em um modelo de dois
compartimentos.
Estudos em animais mostraram que o acetato de leuprorrelina marcado com C14
foi metabolizado em
peptídeos menores inativos, um pentapeptídeo (Metabólito I), tripeptídeos (Metabólitos II e III) e um
dipeptídeo (Metabólito IV). Esses fragmentos podem ser metabolizados posteriormente.
As concentrações plasmáticas do principal metabólito (M-I), avaliadas em cinco pacientes com câncer de
próstata que receberam acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito (LUPRON DEPOT®
),
atingiram a concentração máxima em duas a seis horas depois da administração e foram
aproximadamente 6% da concentração de pico da substância-mãe. Uma semana depois da administração,
as concentrações plasmáticas médias de M-I foram aproximadamente 20% das concentrações médias do
acetato de leuprorrelina.
Eliminação: após a administração de 3,75 mg do acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito a
três pacientes, menos de 5% da dose administrada foi recuperada sob a forma de substância-mãe e
metabólito M-I na urina em 27 dias.
Populações especiais: a farmacocinética do acetato de leuprorrelina em pacientes com insuficiência
hepática ou renal não foi determinada.
LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) injetável é contraindicado a pacientes com conhecida
hipersensibilidade ao acetato de leuprorrelina, nonapeptídeos semelhantes ou a qualquer dos excipientes
da fórmula.
Foram relatados casos isolados de anafilaxia com a formulação mensal de acetato de leuprorrelina.
(acetato de leuprorrelina) é contraindicado a mulheres grávidas ou que possam engravidar
durante o tratamento. Quando administrado em coelhas no sexto dia de gestação, nas doses testadas de
0,00024; 0,0024 e 0,024 mg/kg (1/300 a 1/3 da dose recomendada em humanos),a formulação mensal
produziu um aumento dependente da dose nas principais anomalias fetais. Estudos em ratos não
demonstraram um aumento de malformações fetais. Houve um aumento da mortalidade fetal e
diminuição do peso fetal com as duas doses maiores de acetato de leuprorrelina em coelhos e com a dose
mais elevada em ratos. Os efeitos sobre a mortalidade fetal são consequências lógicas das alterações nos
níveis hormonais causadas pela substância. Portanto, existe possibilidade de anormalidades fetais e
aborto espontâneo se este medicamento for administrado durante a gravidez.
(acetato de leuprorrelina) não deve ser administrado a pacientes com sangramento vaginal de
causa não diagnosticada.
Categoria X:
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas
durante o tratamento.
Durante o início do tratamento, os níveis de esteroides gonadotropínicos e sexuais elevaram-se a um
nível superior ao normal devido ao efeito estimulante natural da droga. Logo, pode ser observado
aumento dos sinais clínicos e sintomas durante esse período.
Pode ocorrer piora dos sinais pré existentes e sintomas durante as primeiras semanas de tratamento.
Lupron_Bula_Profissional
4
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
A piora dos sintomas pode contribuir para paralisias, com ou sem complicações fatais.
Pacientes com conhecida alergia ao álcool benzílico um componente do veículo do medicamento, podem
apresentar sintomas de hipersensibilidade, geralmente local, na forma de eritema e endurecimento no
local da injeção.
Densidade mineral óssea: durante qualquer estado hipoestrogênico em mulheres e durante uso
prolongado por homens com câncer de próstata, podem ocorrer alterações da densidade mineral óssea.
Não há estudos em homens quanto à reversibilidade da perda de massa óssea após a retirada do acetato
de leuprorrelina. Em mulheres, a perda de massa óssea pode ser reversível após a suspensão do uso de
acetato de leuprorrelina.
Convulsões: em relatórios de pós-comercialização, foi observado convulsão em pacientes durante o
tratamento com acetato de leuprorrelina. Entre os pacientes estão mulheres, população pediátrica,
pacientes com histórico de crises convulsivas, epilepsia, distúrbios cerebrovasculares, anomalias do
sistema nervoso central ou tumores, e em pacientes que utilizaram medicamentos concomitantes que são
associados a convulsões como bupropiona e inibidores da recaptação de serotonina. Convulsões também
foram relatadas em pacientes fora das condições mencionadas acima.
Câncer de Próstata: inicialmente, o acetato de leuprorrelina, como qualquer agonista LH-RH, causa
aumento de aproximadamente 50% nos níveis séricos de testosterona durante a primeira semana de
tratamento. Ocasionalmente pode-se desenvolver breve piora dos sintomas, ou maior ocorrência de sinais
e sintomas do câncer de próstata durante as primeiras semanas de tratamento com acetato de
leuprorrelina em suspensão de depósito (LUPRON DEPOT®
). Um pequeno número de pacientes pode
experimentar um aumento temporário de dor nos ossos, que pode ser controlado sintomaticamente.
Assim como com outros agonistas do LH-RH, foram observados casos isolados de obstrução uretral e
compressão da medula espinal o que pode contribuir para paralisias com ou sem complicações fatais.
Nos pacientes sob este risco, deve-se iniciar a terapêutica com LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) -
apresentação para uso subcutâneo diário, nas primeiras duas semanas, para facilitar a interrupção do
tratamento, caso isso seja necessário.
Pacientes com lesões vertebrais metastáticas e/ou obstrução do trato urinário devem ser observados
atentamente nas primeiras semanas de tratamento.
Hiperglicemia e um aumento do risco de desenvolvimento de diabetes foi reportado em homens
recebendo agonistas do LH-RH. Hiperglicemia pode representar o desenvolvimento de diabetes mellitus
ou o agravamento do controle da glicemia em pacientes com diabetes. Deve ser realizado monitoramento
periódico da glicose sanguínea e/ou hemoglobina glicosilada (HbA1c) em pacientes recebendo agonistas
do LH-RH e controlados de acordo com as práticas atuais para o tratamento de hiperglicemia ou
diabetes.
Aumento do risco de desenvolvimento de infarto do miocárdio, morte súbita cardíaca e acidente vascular
cerebral associados com o uso de agonistas do LH-RH tem sido relatado em homens. O risco é
relativamente baixo baseado nas probabilidades e razões reportadas e, deve ser avaliado cuidadosamente
ao determinar o tratamento de pacientes com câncer de próstata, juntamente com os fatores de risco
cardiovascular. Pacientes recebendo agonistas de LH-RH devem ser monitorados sobre sinais e sintomas
sugestivos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e devem ser controlados de acordo com
a prática clínica atuais.
Efeitos no Intervalo QT/QTc:foi observado o prolongamento da onda QT durante a terapia de longo
prazo com inibidores andrógenos. Os médicos devem considerar se os benefícios da terapia de inibição
androgência superam os riscos potenciais em pacientes com síndrome do QT Longo congênito,
anormalidades eletrólitas ou insuficiência cardíaca congestiva e em pacientes utilizando medicamentos
antiarritmicos de Classe IA (quinidina, procainamida) ou Classe III (amiodarona, sotalol).
5
Exames laboratoriais: a resposta ao acetato de leuprorrelina deve ser monitorada pela avaliação dos
níveis plasmáticos de testosterona, assim como do antígeno prostático específico. Na maioria dos
pacientes, os níveis de testosterona se elevam acima dos valores basais na primeira semana de
tratamento, retornando a esses valores ou abaixo deles no final da segunda semana. Níveis de castração
são alcançados dentro de 2 a 4 semanas e, uma vez obtidos, são mantidos pelo tempo que o paciente
utilizar o fármaco.
Cuidados e advertências para populações especiais
Uso em idosos: não há recomendações especiais para esta faixa etária.
Uso em crianças e lactentes: não há justificativa, pelos conhecimentos atuais e baseando-se na
indicação do produto, para uso desta apresentação em crianças e lactentes.
Uso na gravidez: o uso seguro de LUPRON
(acetato de leuprorrelina) durante a gestação não foi
estabelecido clinicamente. Antes de iniciar o tratamento, recomenda-se verificar se a paciente não está
grávida. LUPRON
(acetato de leuprorrelina) não é um contraceptivo. Se a contracepção for necessária,
deve ser utilizado um método contraceptivo não hormonal.
Existe a possibilidade da ocorrência de um aborto espontâneo se a medicação é administrada durante a
gravidez. Se uma paciente engravidar durante o tratamento, a medicação deverá ser descontinuada.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Uso na lactação: desconhece-se se o acetato de leuprorrelina é excretado no leite humano. Logo,
LUPRON
(acetato de leuprorrelina) não deve ser administrado em mulheres que estejam amamentando.
Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade: Foi realizado um estudo de carcinogenicidade de
dois anos em ratos e camundongos. Em ratos, foi notada incidência dose-relacionada de hiperplasia
hipofisária e adenomas hipofisários benignos, quando o medicamento foi administrado por via
subcutânea por 24 meses, em altas doses diárias (0,6 a 4 mg/kg). Houve um significante aumento de
adenomas de ilhotas pancreáticas nas fêmeas e de adenomas de células intersticiais testiculares nos
machos, mas sem relação com a dose (incidência maior em grupos com baixas doses). Em camundongos
não foi observada qualquer anormalidade hipofisária em doses tão altas quanto 60 mg/kg, por 2 anos.
Pacientes foram tratados com leuprorrelina por até 3 anos com doses tão altas quanto 10 mg/dia e por 2
anos com doses tão altas quanto 20 mg/dia. Sinais clínicos de anormalidade hipofisária não foram
observados em quaisquer desses pacientes.
Estudos de mutagenicidade foram realizados com acetato de leuprorrelina em sistemas bacterianos e de
mamíferos. Tais estudos não mostraram evidências de um potencial mutagênico para esse fármaco.
Não foi possível realizar estudo de fertilidade em ratos com a formulação de injeção diária de acetato de
leuprorrelina. Baseado nos efeitos farmacológicos no eixo hipofisário-gonadal e baseado nos achados em
animais com formulação de suspensão de depósito, leuprorrelina pode apresentar efeitos adversos na
fertilidade feminima e masculina.
A administração de acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito em ratos machos e fêmeas com
doses mensais de 0,024, 0,24 e 2,4 mg/Kg por 3 meses (tão baixa quanto 1/300 da dose mensal estumada
para humanos) causou atrofia dos órgão reprodutores e supressão da função reprodutiva.
Nota: A margem de segurança foi calculada baseada em uma média diária estimada de acetato de
) tanto para humanos quanto animais. Uma
margem de segurança geral foi utilizada, visando contemplar todas as apresentações registradas de
LUPRON®
e LUPRON DEPOT®
.
6
Estudos clínicos e farmacológicos em mulheres, com análogo similar ou com o acetato de leuprorrelina,
mostraram completa reversão da supressão da fertilidade quando o medicamento foi interrompido após
administração contínua por períodos de até 24 semanas. Não há dados em humanos relacionados à
Não foram realizados estudos específicos sobre interação do acetato de leuprorrelina com outras
substâncias e seu potencial de significância. Entretanto, considerando que o acetato de leuprorrelina é um
peptídeo que é principalmente metabolizado pela peptidase e não pelas enzimas do sistema citocromo P-
450 conforme observado em estudos específicos, e que a substância é apenas cerca de 46% ligada às
proteínas plasmáticas, não são esperadas interações medicamentosas.
LUPRON
(acetato de leuprorrelina) deve ser armazenado em temperatura entre 2-8ºC (sob refrigeração)
e protegido da luz. Não congelar. Manter o produto na embalagem até seu uso.
Prazo de validade: se conservado sob essas condições o medicamento se manterá próprio para consumo
pelo prazo de validade de 24 meses, a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) é uma solução aquosa estéril pronta para aplicação, praticamente
incolor, livre de partículas ou material estranho que pode ser observado através de inspeção visual.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) não tem ação se administrado por via oral.
Como com outros medicamentos administrados cronicamente por via subcutânea, o local da injeção deve
variar periodicamente.
Orientação para uso de LUPRON®
(acetato de leuprorrelina) frasco-ampola de múltiplas doses:
1. Lavar bem as mãos com água e sabão.
Lupron_Bula_Profissional
7
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
2. Se estiver utilizando um frasco pela primeira
vez, retirar a capa protetora do frasco-ampola
para expor a tampa de borracha. Limpar o anel
metálico e a tampa de borracha com algodão
umedecido em álcool sempre que for utilizar o
produto. Verificar o líquido no frasco-ampola. Se
não estiver límpido ou possuir alguma partícula,
NÃO USAR.
3. Puxar o êmbolo de uma seringa até a marca 20
(a marca 20 nessa seringa é igual a 0,2 mL).
4. Retirar a cobertura da agulha e inseri-la no
frasco ampola através do centro da tampa de
borracha. Empurrar todo o êmbolo para expelir o
ar dentro do frasco-ampola.
Virar o frasco-ampola e a seringa de cabeça para
baixo. Verificar se a ponta da agulha encontra-se
imersa na solução do frasco-ampola. Retirar o
volume de LUPRON
(acetato de leuprorrelina)
prescrito puxando lentamente o êmbolo. Após
várias aplicações, o volume de líquido dentro do
frasco-ampola diminui. Cuidar para que a ponta
da agulha permaneça sempre dentro do líquido
enquanto estiver puxando o êmbolo.
Verificar se há bolhas de ar na seringa. Se
houver, empurrar lentamente o êmbolo para
expulsar o ar dentro do frasco. Se necessário,
puxar o êmbolo novamente para aumentar o
volume de solução dentro da seringa, de acordo
com o volume prescrito.
5. Repetir o procedimento acima quantas vezes
for necessário para que as bolhas sejam
eliminadas. Remover a agulha do frasco. Não
tocar a agulha nem permitir que ela toque em
qualquer superfície.
8
6. Escolher a área de aplicação. Para evitar
irritações no local de injeção, alternar as partes
do corpo.
Limpar a pele com algodão umedecido em
álcool.
7. Segurar a seringa em uma das mãos. Com a
outra, manter a pele esticada ou fazer uma
pequena dobra. Empurrar a agulha
perpendicularmente à superfície da pele (90°) e
injetar o medicamento empurrando o êmbolo.
8. Colocar um algodão umedecido em álcool
sobre o local onde a agulha foi inserida e retirá-
la pelo mesmo ângulo em que foi inserida.
9. Usar cada seringa somente uma vez. Cuidado
ao descartá-la. As agulhas jogadas sem proteção
no lixo podem ferir acidentalmente as pessoas.
Nunca deixe seringas, agulhas ou medicamentos
ao alcance das crianças.
O limite máximo diário de administração é de 1 mg, ou seja, 0,2 mL da solução injetável.
Nota: os frascos incluem um pequeno excesso para facilitar a retirada do produto. Assim sendo, os
frascos de 2,8 mL destinam-se habitualmente a 14 doses
Os sachês de álcool que acompanham o produto podem substituir o algodão embebido em álcool nas
etapas de administração de LUPRON
(acetato de leuprorrelina).
Posologia
Câncer de próstata:
A dose recomendada é de 1 mg (0,2 mL) administrada numa única injeção subcutânea diária.
As reações adversas a seguir estão comumentes associadas com a ação farmacológica do acetato de
leuprorrelina na esteroidogênese, a frequência dessas reações é desconhecida:
Neoplasia benigna, malígna ou inespecífica (incluindo cistos e pólipos): aumento do tumor da
próstata, agravamento do câncer de próstata.
Alterações do metabolismo e nutrição: ganho e perda de peso.
Alterações psiquiátricas: perda ou diminuição do libido, aumento do libido.
Alterações do sistema nervoso: cefaleia, fraqueza muscular.
Alterações vasculares: vasodilatação, fogachos, hipotensão, hipotensão postural.
Lupron_Bula_Profissional
9
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
Alterações de pele e tecidos subcutâneos: pele seca, hiperidrose, rash, urticária, crescimento anormal
de pelos, transtornos do tecido capilar, suores noturnos, hipotricose, alterações na pigmentação da pele,
suor frio, hirsutismo.
Alterações do sistema reprodutor: ginecomastia, mastalgia, disfunção erétil, dor testicular, aumento
das mamas, dor nas mamas, dor prostática, inchaço do pênis, alterações no pênis, atrofia testicular.
Alterações gerais e no local da aplicação: ressecamento das mucosas.
Alterações investigacionais: aumento do PSA, diminuição da densidade óssea.
Longa exposição (6 a 12 meses): diabetes mellitus, tolerância à glicose prejudicada, aumento do
colesterol total, aumento do LDL, aumento do triglicérides, osteoporose.
As reações adversas a seguir foram relatadas em estudos clínicos e na experiência pós comercialização:
Câncer de próstata:
Na maioria dos pacientes, os níveis de testosterona aumentaram acima dos valores basais durante a
primeira semana, diminuindo depois disso a níveis basais ou inferiores, no final da segunda semana de
tratamento.
A potencial exacerbação dos sinais e sintomas durante as primeiras semanas de tratamento é uma
preocupação em pacientes com metástases vertebrais e/ou obstrução urinária ou hematúria, as quais,
quando agravadas, podem ocasionar problemas neurológicos como fraqueza temporária e/ou parestesia
dos membros inferiores ou piora dos sintomas urinários.
As reações adversas estão distribuídas por sistema e por frequência muito comum (≥ 1/10), comum (≥
1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e <1/100) em estudos clínicos. Como o acetato de leuprorrelina
apresenta múltiplas indicações, e logo, populações de pacientes, algumas das reações adversas de pós
comercialização podem não ser aplicadas para todos os pacientes. Para a maioria das reações adversas, a
relação causa e efeito não foi estabelecida.
Reações muito comuns (≥1/10)
Alterações vasculares: fogachos.
Reações comuns (≥1/100 e <1/10)
Alterações no metabolismo e nutrição: anorexia.
Alterações psiquiátricas: diminuição do libido, insônia.
Alterações no sistema nervoso: tontura, cefaleia, parestesia, letargia, sonolência, transtornos de
memória, disgeusia, hipoastenia.
Alterações visuais: visão embaçada.
Alterações cardíovascular: insuficiência cardíaca congestiva, arritmia, infarto do miocárdio.
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino: atrito pleural, fibrose pulmonar.
Alterações gastrointestinais: constipação, náusea, vômito, hemorragia gastrointestinal, distensão
abdominal, diarreia.
Alterações de pele e tecidos subcutâneos: eritema, alopécia, equimose.
Alterações musculoesqueléticas e do tecido conectivo: dor nos ossos, mialgia, edema ósseo.
Alterações renais e urinárias: hematúria.
Alterações do sistema reprodutor: ginecomastia, mastalgia, disfunção erétil, atrofia testicular e bolhas
no pênis.
Alterações gerais e no local da aplicação: dor, edema, astenia, fadiga, pirexia.
Investigações: diminuição do hematócrito e hemoglobina, aumento da ureia no sangue, aumento da
creatinina no sangue.
Farmacovigilância pós-comercialização:
10
As reações adversas a seguir foram observadas com esta ou outras formulações de acetato de
leuprorrelina injetável durante o período de comercialização do produto. Para sua maioria, a relação
causa-efeito não foi estabelecida. Algumas dessas reações adversas podem não ser aplicáveis a todos os
pacientes. As reações foram reportadas voluntariamente de uma população masculina de taxa de
exposição desconhecida. Por isso não é possível estimar a verdadeira incidência de reações adversas e
sua frequência é desconhecida.
Infecções e infestações: infecção, infecção no trato urinário, faringite, pneumonia.
Neoplasmas benignos, malignos ou inespecíficos: carcinoma de pele.
Alterações hemolinfáticas: anemia.
Alterações no sistema imunológico: reação anafilática.
Alterações endócrinas: aumento da tireoide e apoplexia hipofisária.
Alterações no metabolismo e nutrição: diabetes mellitus, aumento do apetite, hipoglicemia,
hipoproteinemia, desidratação, hiperlipidemia, hiperfosfatemia.
Alterações psiquiátricas: alteração do humor, nervosismo, aumento do libido, insônia, alterações do
sono, depressão, ansiedade, alucinação, ideia suicida, tentativa de suicídio.
Alterações neurológicas: tontura, cefaleia, parestesia, letargia, transtorno de memória, disgeusia,
hipoestesia, síncope, neuropatia periférica, acidente vascular cerebral, perda da consciência, crise
isquêmica transitória, paralisia, neuromiopatia, convulsão.
Alterações visuais: visão embaçada, distúrbios visuais, visão anormal, ambliopia, olhos secos.
Alterações no ouvido e labirinto: zumbido, distúrbios de audição.
Alterações cardíacas: insuficiência cardíaca congestiva, arritmia, infarto do miocárdio, angina pectoris,
taquicardia, bradicardia, sopros cardíacos, morte súbita cardíaca.
Alterações vasculares: linfoedema, hipertensão, flebite, trombose, hipotensão, veias varicosas.
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino: atrito pleural, fibrose pulmonar, epistaxe,
dispneia, tosse, efusão pleural, infiltração pulmonar, distúrbios respiratórios, congestão sinusal, embolia
pulmonar, hemoptise, doença intersticial pulmonar.
abdominal, diarreia, disfagia, boca seca, úlcera duodenal, distúrbios gastrointestinais, úlcera péptica,
pólipo retal.
Alterações hepatobiliares: função hepática anormal, lesão hepática grave, icterícia.
Alterações na pele e tecido subcutâneo: alopécia, equimose, rash, pele seca, reação de
fotossensibilidade, urticária, dermatite, crescimento anormal dos pelos, prurido, distúrbios de
pigmentação, lesão de pele.
Alterações musculoesqueléticas e do tecido conectivo: mialgia, artropatia, artralgia, espondilite
anquilosante, sintomas de tenossinovite, edema ósseo.
Alterações renais e urinárias: incontinência urinária, polaciúria, urgência urinária, hematúria, espasmos
da bexiga, distúrbios do trato urinário, obstrução do trato urinário.
Alterações no sistema reprodutivo: ginecomastia, mastalgia, atrofia testicular, dor testicular, dor nas
mamas, alterações testiculares, edema peniano, distúrbios penianos, dor prostática.
Alterações gerais e no local da administração: dor, edema, astenia, pirexia, reação, inflamação, dor e
endurecimento no local da injeção, abscessos estéreis, hematomas, calafrio, nódulo, sede, inflamação e
fibrose pélvica.
Investigações: aumento de ureia, ácido úrico, creatinina ou cálcio no sangue, eletrocardiograma anormal,
alterações no ECG/isquemia, anormalidade das provas de função hepática, redução da contagem de
plaquetas, hipopotassemia, leucopenia, leucocitose, aumento de TP, aumento de TTP, hiperlipemia
(LDL-colesterol e de triglicérides), aumento de bilirrubina.
Lesões, envenenamentos e complicações processuais: fratura de coluna.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite /notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
11