Bula do Magnevistan produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Magnevistan®
Bayer S.A.
Solução Injetável
469 mg/ml gadopentetato de dimeglumina
gadopentetato de dimeglumina
APRESENTAÇÕES
Solução injetável
Cartucho com 10 frascos-ampola de 10, 15 ou 30 mL
Caixa com 10 frascos-ampola de 100 mL
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de Magnevistan® contém 0,5 mmol de gadopentetato de dimeglumina
(equivalente a 469 mg de gadopentetato de dimeglumina).
Excipiente: água para injetáveis
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Somente para uso diagnóstico.
Para realce do contraste em tomografia por ressonância magnética (TRM) cranial
e espinal
Em especial, para a demonstração de tumores e para esclarecimento diagnóstico-
diferencial adicional em suspeita de meningioma, neurinoma (acústico), tumores
invasivos (por exemplo, glioma) e metástases; para a demonstração de tumores pequenos
e/ou isointensos; em suspeita de reincidência após cirurgia ou radioterapia; para a
demonstração diferenciada de neoplasmas raros tais como hemangioblastomas,
ependimomas e pequenos adenomas hipofisários; para melhorar a determinação da
propagação de tumores de origem não-cerebral.
Adicionalmente, em TRM espinal: diferenciação de tumores intra e extramedulares;
comprovação de áreas de tumor sólido em siringe conhecida; determinação de
propagação de tumor intramedular.
Para realce do contraste em tomografia por ressonância magnética (TRM) do
corpo inteiro
Incluindo ossos da face, região do pescoço, cavidade torácica incluindo coração e
cavidade abdominal, mama feminina, pelve e aparelho locomotor ativo e passivo e
representação de vasos ao longo do corpo todo.
Em especial, Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) permite informação
diagnóstica:
- para demonstração ou exclusão da existência de tumores, inflamações e lesões
vasculares;
- para determinação da extensão e delimitação destas lesões;
- para a diferenciação da estrutura interna das lesões;
- para avaliação da situação circulatória de tecidos normais e patologicamente alterados;
- para a diferenciação de tumor e tecido cicatricial após terapia;
- para a identificação de prolapso recorrente de um disco após cirurgia;
- para a avaliação semiquantitativa da função renal, combinada com diagnóstico
anatômico do órgão.
Estudos clínicos em adultos com lesões cranianas e espinais
A eficácia de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) como meio de contraste em
Tomografia por Ressonância Magnética para diagnóstico e avaliação de lesões cerebrais e
lesões espinais e de tecidos associados foi demonstrada em 6 estudos clínicos pivotais e
em 3 estudos especiais nos quais as imagens foram lidas por avaliadores independentes.
Em 6 estudos clínicos, um total de 597 pacientes (571 receberam Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina), 26 receberam placebo) foram avaliados em relação à
eficácia. Destes pacientes, 196 (55 para cérebro, 141 para coluna) foram avaliados para
inclusão na avaliação dos leitores radiologistas de Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina).
A determinação da eficácia incluiu as avaliações globais da eficácia, intensidade “score” e
avaliação das imagens (incluindo contraste, morfologia e diagnóstico).
Contraste: após injeção de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), foi observado
um aumento na pontuação da intesidade para todos os tipos de tecidos avaliados (tecidos
saudáveis, lesionados, edemaciados e necrosados). Foi calculada a comparação da
intensidade “score”, que mostrou o contraste relativo entre os tipos de tecidos, para a
imagem antes e depois do Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) apresentou grande aumento na diferença da intensidade
“scores” entre tecido saudável, lesionado e edemaciado em comparação à imagem antes
do Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina).
Aumento similar no contraste foi observado na comparação de lesão-edema e lesão-
necrose.
Em 5 de 6 estudos (cranianos e espinais), o realce com contraste foi classificado como
aumento na intensidade da lesão comparada ao meio circundante.
De 339 pacientes, 292 (86%) mostraram realce após administração de Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina). Nenhuma das imagens dos 26 pacientes tratados com
placebo apresentou realce.
Em 4 de 6 estudos, foram detectadas lesões adicionais em 113 (24%) de 466 pacientes
após administração de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina).
Habilidade diagnóstica: a habilidade diagnóstica dos investigadores foi melhorada e
facilitada com Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) em 107 (66%) dos 162
pacientes em estudos do crânio. Nos estudos da coluna, o diagnóstico foi facilitado em
131 (78%) dos 169 pacientes.
Alteração no diagnóstico: nos estudos do crânio e coluna, foi feita alteração no
diagnóstico pelos investigadores em 129 (41%) dos 317 pacientes que mostraram realce
com Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). As lesões de crânio que foram
realçadas pelo Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) foram compatíveis com os
sintomas apresentados em 95% dos casos.
As alterações diagnósticas mais frequentes nos estudos de crânio foram: neoplasias não
específicas, meningiomas, metástases e tumores das células da glia. Nos estudos da
coluna, a alteração mais frequente foi a melhora da diferenciação entre tecido cicatricial e
material anormal do disco (estudos de dor nas costas recorrente no pós-operatório) e
melhor delineamento das lesões espinais (alterações no tamanho, localização e
configuração da lesão) nos pacientes com suspeita de tumores espinais.
Avaliação de imagem: a avaliação de imagem revelou melhor contraste em 2/3 dos
pacientes com imagens ponderadas em T1 e mais de 1/3 dos pacientes com imagens
ponderadas em T2. Do grupo de 167 pacientes dos estudos do crânio, dentre aqueles em
que não foram diagnosticadas as imagens ponderadas em T1 nem as ponderadas em T2
antes da administração de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), o diagnóstico
se tornou possível após a administração de Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina) em 122 pacientes (73%).
Nas avaliações dos leitores radiologistas independentes das imagens de crânio e coluna,
foi observada melhora significativa do número de lesões detectadas após administração
de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). Isto teria um impacto significativo no
prognóstico e tratamento, especialmente em pacientes onde a visualização realçada
resulta em alteração do diagnóstico, como mudança de achados negativos para positivos
ou de uma lesão individual para uma doença metastática. A avaliação também mostrou
que o Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) aumentou significamente a acurácia
diagnóstica quando comparado com Imagens de Ressonância Magnética apenas ou com
Tomografia Computadorizada (TC).
Modo de diagnóstico (sequência de pulsos): imagens ponderadas em T1
proporcionaram melhor contraste em 138 (93%) dos 148 pacientes em estudos do crânio.
Imagens ponderadas em T2 foram o melhor modo de diagnóstico para 10 (7%) pacientes.
Nos estudos da coluna, (dor nas costas pós-operatória), o modo ponderado em T1
proporcionou melhor contraste em 55 (95%) dos 58 pacientes e o modo ponderado em T2
proporcionou melhor contraste para 3 (5%) pacientes.
Tempo da melhor imagem: o tempo da melhor imagem nos estudos de crânio foi
determinado pela avaliação da eficácia global e pela análise dos resultados do contraste
após avaliação das imagens. Ambas as avaliações demonstraram que as imagens obtidas
logo após a injeção são as melhores para o diagnóstico. De 148 pacientes com realce pelo
contraste, 108 (73%) tiveram a melhor imagem dentro de 27 minutos da administração de
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). Destes pacientes, mais da metade teve a
melhor imagem dentro de 14 minutos da administração do meio de contraste. Em
investigações da coluna, as imagens obtidas logo após a injeção (10 – 30 minutos)
também tenderam a fornecer imagens melhores.
Estudos clínicos em crianças com lesões cranianas e espinais
A eficácia de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) foi demonstrada em 2
estudos clínicos pivotais, envolvendo 142 crianças com diagnóstico preliminar de
anormalidade no Sistema Nervoso Central, baseado em outros métodos de diagnóstico
além da Ressonância Magnética. A faixa etária foi de recém-nascidos a 18 anos de idade.
A Tomografia por Ressonância Magnética foi realizada em todos os pacientes antes e
depois da administração de 0,2 mL/kg (0,1 mmol/kg) de Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina). Alguns pacientes receberam dose adicional de 0,1 mmol/kg dentro de 30
minutos da administração da primeira dose, se isto fosse considerado necessário para o
diagnóstico.
Avaliação do contraste: após a administração de Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina), a proporção contraste/interferência das imagens de ressonância magnética
aumentou notavelmente, com um aumento adicional naqueles pacientes que receberam a
segunda dose de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). A proporção da
intensidade do sinal da lesão para tecidos normais aumentou significativamente nas
imagens da cabeça e coluna em T1 após administração de Magnevistan® (gadopentetato
de dimeglumina).
A classificação dos investigadores para o contraste da lesão em comparação ao tecido
normal, e da demarcação da lesão em comparação ao tecido ao redor, melhorou após a
administração de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). A maioria das
classificações evoluiu de “nada” ou “pouco” para “excelente”.
Utilidade do diagnóstico: Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) melhorou
significativamente a possibilidade de realizar um diagnóstico definitivo. Para pacientes
com lesões (n=57) demonstradas com imagens em T1 e T2, essa possiblidade aumentou
de 44% antes da administração do Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) para
74% após a administração do Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina). A
qualidade do diagnóstico das imagens em T1 e T2 aumentou significativamente após a
injeção de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) para pacientes com imagens
normais e anormais.
A morfologia da lesão foi mais bem caracterizada após administração de Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) em 11 (16%) de 70 pacientes, permitindo um melhor
julgamento de componente cístico, componente necrótico, tumor ou componentes
sanguíneos da lesão. Foi documentado um ganho na informação diagnóstica para 22
(55%) de 40 pacientes e foi estatisticamente significativo.
O Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) demonstrou-se útil em 40 (57%) de 70
pacientes, incluindo 14 pacientes que não apresentaram anormalidade após a Ressonância
Magnética final, 14 pacientes nos quais se observou lesão somente após o uso de
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), 6 pacientes nos quais o diagnóstico
definitivo só foi possível após o uso de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), 3
pacientes nos quais foi confirmada a ressecção completa do tumor pela ausência de
realce, 2 pacientes nos quais um componente sólido, cístico ou necrótico da lesão foi
caracterizado melhor e 1 paciente no qual o tamanho da lesão foi mais bem definido.
Estudos clínicos em adultos com lesões na cabeça e pescoço
A eficácia de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) como agente de contraste
em Ressonência Magnética foi avaliada em 87 pacientes com lesões na cabeça
(extracranianas) e pescoço. Os filmes de 78 destes pacientes foram adicionalmente
classificados por radiologistas (leitores cegos) os quais não tiveram participação nos
estudos clínicos e não foram informados do histórico do paciente.
A análise da eficácia consistiu em comparações entre imagens obtidas após o uso do
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) e imagens correspondentes obtidas sem o
uso de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) com relação ao realce, facilitação
da visualização e escores do contraste.
O realce das lesões após o uso de Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) foi
demonstrado para 78 (90%) de 87 pacientes em estudos clínicos. Quando avaliado por
leitores cegos, demonstrou-se realce para 56 (85%) de 66 imagens incluídas nos dados
finais.
A facilitação da visualização foi demonstrada primeiramente mostrando-se que as
imagens obtidas após o uso de Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) forneceram
informações radiológicas adicionais, considerando parâmetros como localização da lesão,
tamanho, configuração e diferenciação de edema e necrose. As Imagens de Ressonância
Magnética obtidas após o uso do Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina)
forneceram informações radiológicas adicionais para 63 (72%) de 87 pacientes em
estudos clínicos. Adicionalmente, houve melhora significativa (P<0,001) na visualização
da lesão nas Imagens de Ressonância Magnética obtidas após o uso do Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina), em comparação às Imagens de Ressonância Magnética
obtidas antes do uso de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), o que foi
avaliado por leitores cegos. Imagens obtidas após o uso de Magnevistan® (gadopentetato
de dimeglumina) forneceram melhor visualização da configuração da lesão, em
comparação com as imagens obtidas antes do uso de Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina) para 40 (67%) de 60 imagens onde a configuração da lesão pôde ser
determinada. Observaram-se informações radiológicas adicionais em 48 (73%) de 66
imagens obtidas após o uso do Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) e avaliadas
por leitores cegos.
Cada Imagem de Ressonância Magnética dos pacientes antes e depois do uso de
Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) foi classificada em uma escala de 4
pontos, considerando a medida da intensidade relativa da lesão em relação ao tecido
adjacente (0 = sem contraste; 1 = duvidoso; 2 = bom; 3 = excelente). Para 63 (73%) de 86
pacientes nos estudos clínicos, as graduações do contraste após o uso de Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) foram maiores do que as graduações antes do uso de
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) (P<0,001). Na avaliação do leitor cego, as
graduações do contraste após o uso de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina)
foram maiores do que as graduações antes do uso de Magnevistan®
(gadopentetato de
dimeglumina) em 36 (55%) de 66 pacientes (P<0,001).
Propriedades Farmacodinâmicas
- Mecanismo de ação
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) é um meio de contraste paramagnético
para ser usado em Tomografia por Ressonância Magnética (TRM). Quando sequências de
varredura ponderadas em T1 são utilizadas nas imagens de ressonância magnética
protônica, o encurtamento do tempo de relaxamento da grade de spin de prótons da água
excitados induzido pelo gadopentetato (T1) origina um aumento da intensidade de sinal e,
consequentemente, um aumento do contraste de imagem de certos tecidos.
- Efeitos farmacodinâmicos
O gadopentetato é um composto altamente paramagnético que produz redução
característica nos tempos de relaxamento, mesmo em baixas concentrações. A eficácia
paramagnética em campo magnético com força de 1,5T e a 37ºC, a capacidade de
relaxamento (r1) - determinada pela influência sobre o tempo de relaxamento T1 de
prótons da água no plasma - e a capacidade de relaxamento (r2) - determinada pela
influência sobre o tempo de relaxamento T2 - é de aproximadamente 4,1 ± 0,2 L/(mmol.s)
e 4,6 ± 0,8 L/(mmol.s), respectivamente. As capacidades de relaxamento apresentam
apenas leve dependência da força do campo magnético.
O ácido dietilenotriamina pentacético (DTPA) forma um complexo com o íon gadolínio
paramagnético com estabilidade elevada in vivo e in vitro (constante de estabilidade
termodinâmica log KGdL = 22 - 23). O gadopentetato de dimeglumina é um composto
altamente hidrossolúvel, hidrofílico, com um coeficiente de partição entre n-butanol e
tampão em pH 7,6 de aproximadamente 0,0001. A substância não apresenta interação
inibitória significante com enzimas, por exemplo, acetilcolinesterase e lisozima, em
concentrações clinicamente relevantes. Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina)
não ativa o sistema complemento e, assim, provavelmente tem um potencial muito baixo
para indução de reações anafilactoides.
Em concentrações mais elevadas e sob incubação prolongada, o gadopentetato de
dimeglumina apresenta discreto efeito in vitro sobre a morfologia do eritrócito. Após
administração intravenosa de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) em
humanos, o processo reversível poderia levar à leve hemólise intravascular, que poderia
explicar o leve aumento de bilirrubina e ferro séricos ocasionalmente observado nas
primeiras horas após a injeção.
Dados físico-químicos de Magnevistan®
Osmolalidade (osm/kg H2O)
37°C 1,96
Viscosidade (mPa.s)
20°C 4,9
37°C 2,9
pH 7,0 - 7,9
Propriedades Farmacocinéticas
- Introdução geral
No organismo, o gadopentetato comporta-se como outros compostos biologicamente
inertes e altamente hidrofílicos (por exemplo, manitol ou inulina).
- Absorção e Distribuição
Após administração intravenosa de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), os
níveis plasmáticos caem rapidamente, de forma bi-exponencial, com meia-vida terminal
de aproximadamente 90 minutos.
O gadopentetato é rapidamente distribuído no espaço extracelular.
O volume de distribuição total do gadopentetato é aproximadamente 0,26 L por kg. A
ligação às proteínas é insignificante.
Em estudos em ratos e cachorros, concentrações relativamente altas do complexo de
gadolínio intacto foram encontradas nos rins em uma quantidade de aproximadamente
0,15% da dose administrada sete dias após a administração intravenosa de gadopentetato
radioativamente marcado. Menos de 1% da dose administrada foi encontrada em outras
partes do organismo.
O gadopentetato não penetra nem passa através da barreira hematoencefálica intacta,
assim como através da barreira hematotesticular. A pequena quantidade que ultrapassa a
barreira placentária é rapidamente eliminada pelo feto.
Em mulheres lactantes (entre 23 - 38 anos), menos que 0,04% do gadopentetato
administrado é excretado no leite materno. Em ratos, a absorção do trato gastrintestinal
após administração oral foi pequena, com aproximadamente 4%.
- Metabolismo
O gadopentetato não é metabolizado.
- Eliminação
O gadopentetato é eliminado na forma inalterada por via renal através de filtração
glomerular. A fração eliminada por via extrarrenal é menor que 1% da dose administrada.
Cerca de 83% da dose administrada foi eliminada no período de 6 horas após
administração. Aproximadamente 91% da dose foi recuperada na urina dentro das
primeiras 24 horas após a administração. A depuração renal do gadopentetato foi cerca de
120 mL/min/1,73 m2 e, portanto, é comparável à substâncias que são excretadas
exclusivamente por filtração glomerular (por exemplo, inulina ou 51Cr-EDTA).
- Linearidade / Não-linearidade
O gadopentetato demonstra farmacocinética linear, isto é, parâmetros farmacocinéticos
mudam proporcionalmente à dose (por exemplo, concentração máxima, área sob a curva)
ou são dose independentes (por exemplo, volume de distribuição no estado de equilíbrio,
meia-vida terminal), até uma dose de 0,25 mmol por kg de peso corpóreo (0,5 mL por
kg).
- Características em populações especiais
Um estudo de fase I com 0,3 mmol de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) por
kg de peso corpóreo comparou indivíduos com insuficiência hepática moderada,
indivíduos sadios combinados, sadios do sexo masculino e feminino não-idosos e
indivíduos idosos sadios.
Um estudo de fase II de 0,1 mmol de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) por
kg de peso corpóreo comparou indivíduos com diferentes níveis de comprometimento da
função renal com indivíduos sadios.
- População idosa (65 anos de idade ou mais)
De acordo com as mudanças fisiológicas na função renal com a idade, a exposição
sistêmica e meia-vida terminal aumentaram de 3,3 mmol.h/L para 4,7 mmol.h/L e de 1,8
h para 2,2 h, respectivamente, em indivíduos idosos sadios (homens com 65 anos de idade
ou mais) em comparação com indivíduos não idosos sadios (homens na faixa etária de 18
- 57 anos). A depuração total foi reduzida de 117 mL/min em indivíduos não-idosos para
89 mL/min em indivíduos idosos.
- Gênero
A farmacocinética do gadopentetato foi similar em indivíduos não-idosos sadios do sexo
masculino e feminino (com idade entre 18 - 57 anos).
- Insuficiência hepática
Em consonância com a via de eliminação quase que exclusivamente renal, a
farmacocinética do gadopentetato não foi alterada em pacientes com insuficiência
hepática (conforme avaliado em pacientes com Child-Pugh B), em comparação com
indivíduos saudáveis combinados. Não estão disponíveis dados de pacientes com
insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).
- Insuficiência renal
Nos pacientes com comprometimento da função renal, a meia-vida sérica do
gadopentetato é prolongada devido à reduzida taxa de filtração glomerular. Após
administração de uma dose intravenosa única em 10 pacientes com comprometimento da
função renal [4 pacientes com insuficiência renal leve (depuração da creatinina ≥ 60 a <
90 mL/min) e 6 pacientes com insuficiência renal moderada (depuração da creatinina ≥ 30
a < 60 mL/min)], as meia-vidas médias foram de 2,6 ± 1,2 horas e 4,2 ± 2,0 horas para
pacientes com comprometimento renal leve e moderado, respectivamente, em
comparação com 1,6 ± 0,13 horas em indivíduos sadios. Em pacientes com insuficiência
renal grave (depuração da creatinina < 30 mL/min), mas sem diálise, a meia-vida média
aumentou ainda mais para 10,8 ± 6,9 horas.
O gadopentetato é completamente excretado por via renal dentro de dois dias em
pacientes com comprometimento leve a moderado da função renal (depuração da
creatinina > 30 mL/min). Em pacientes com insuficiência renal grave, 73,3 ± 16,1% da
dose administrada foi recuperada na urina dentro de dois dias.
Em pacientes com insuficiência renal, o gadopentetato pode ser eliminado por
hemodiálise. Em um estudo clínico, pacientes com insuficiência renal receberam uma
dose de 0,1 mmol por kg de gadopentetato de dimeglumina. Os pacientes foram
submetidos a uma sessão de hemodiálise de 3 horas por dia, em três dias consecutivos. A
concentração plasmática do gadopentetato diminuiu em 70% a cada sessão de diálise.
Após a última sessão, a concentração plasmática foi inferior a 5% do valor original.
- População Pediátrica
Em um estudo com pacientes pediátricos, com idade entre 2 meses a menos de 2 anos, a
farmacocinética (peso corpóreo – volume de distribuição, depuração e meia-vida terminal
normalizados) do gadopentetato foi similar a dos adultos.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos mostram que não há risco especial para humanos baseado nos estudos
convencionais de segurança farmacológica, toxicidade sistêmica, genotoxicidade,
potencial carcinogênico e potencial para sensibilização de contato.
Nenhuma.
Hipersensibilidade
Uma avaliação cuidadosa da relação risco/benefício deve ser realizada em pacientes
com hipersensibilidade conhecida ao Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina).
Como ocorre com outros meios de contraste administrados por via intravenosa,
Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) pode ser associado a reações
anafilactoides/hipersensibilidade ou a outras reações idiossincráticas caracterizadas
por manifestações cardiovasculares, respiratórias ou cutâneas, podendo ocasionar
reações graves, incluindo choque.
O risco de reações de hipersensibilidade aumenta nos casos de:
- reação anterior a meios de contraste,
- história de asma brônquica,
- história de distúrbios alérgicos.
Em pacientes com disposição alérgica (especialmente com histórico das condições
listadas acima), a decisão do uso de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina)
deve ser feita após cuidadosa avaliação da relação risco/benefício.
A maioria dessas reações ocorre no mínimo em 30 minutos após a administração do
meio de contraste.
Portanto, recomenda-se a observação do paciente após a realização do exame.
Em pacientes com disposição alérgica, pode-se considerar a administração
profilática de anti-histamínico e/ou glicocorticoide.
São necessários medicamentos para o tratamento de reações de hipersensibilidade,
assim como providências imediatas em caso de ocorrência de emergência.
Reações tardias, após horas até vários dias da administração foram raramente
observadas (vide “Reações adversas”).
Pacientes que estiverem utilizando betabloqueadores e apresentarem tais reações
podem ser resistentes aos efeitos do tratamento com beta-agonista.
Pacientes com doenças cardiovasculares são mais suscetíveis aos efeitos graves, e
mesmo fatais, decorrentes de reações graves de hipersensibilidade.
Insuficiência renal
Antes da administração de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), todos os
pacientes devem ser avaliados em relação à disfunção renal através de histórico e/ou
exames laboratoriais.
Em pacientes com insuficiência renal grave, os benefícios devem ser cuidadosamente
avaliados em relação aos riscos, uma vez que a eliminação do meio de contraste é
demorada nestes casos. Nestes pacientes, tem ocorrido raramente insuficiência renal
aguda requerendo diálise ou piora da função renal. O risco de ocorrência destes
eventos é mais elevado com o aumento da dose de Magnevistan® (gadopentetato de
Deve ser assegurado um período de tempo suficiente para a eliminação do agente de
contraste do organismo antes de qualquer readministração em pacientes com
insuficiência renal, uma vez que o gadopentetato é excretado pelos rins. Em
pacientes com insuficiência renal leve ou moderada, a meia-vida de eliminação é de 3
a 4 horas. Em pacientes com insuficiência renal grave, a meia-vida de eliminação é
de aproximadamente 11 horas, e aproximadamente 75% da dose administrada foi
recuperada na urina dentro de dois dias (vide também “Propriedades
Farmacocinéticas”).
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) pode ser eliminado do organismo
através de hemodiálise.
Após 3 sessões de diálise de 3 horas cada, aproximadamente 97% da dose
administrada é eliminada do organismo, cerca de 70% com cada sessão de diálise.
Para pacientes que já são submetidos a hemodiálise, deve ser considerado o rápido
início da hemodiálise após a administração de Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina), com o objetivo de melhorar a eliminação do agente de contraste.
Há relatos de fibrose nefrogênica sistêmica (FNS), associada ao uso de agentes de
contraste contendo gadolínio, incluindo Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina), em pacientes com:
- insuficiência renal aguda ou crônica grave [taxa de filtração glomerular (TFG): <
30mL/min/1,73m2] ou
- insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido à síndrome hepatorrenal
ou no período perioperatório de transplante hepático.
Nestes pacientes, Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) somente deve ser
utilizado após cuidadosa avaliação risco/benefício, considerando inclusive a
possibilidade de métodos de imagem alternativos e em doses não maiores que 0,2 mL
por kg de peso corpóreo (vide “Regime de dose” e “Reações Adversas”).
Distúrbios convulsivos
Pacientes com distúrbios convulsivos ou lesões intracranianas podem apresentar
aumento do risco de incidência de crises convulsivas, que foram relatadas raramente
associadas à administração de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) (vide
“Reações Adversas”).
Para pacientes predispostos a convulsões, devem ser adotadas medidas de
precaução, por exemplo, acompanhamento rigoroso. Além disso, deve-se ter à mão
todos os equipamentos e medicamentos necessários para controlar qualquer quadro
convulsivo que possa ocorrer após o uso.
Gravidez e lactação
- Gravidez
Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados com gadopentetato em
mulheres grávidas.
Estudos em animais com doses clinicamente relevantes não indicaram toxicidade
reprodutiva após administração repetida (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).
O risco potencial para humanos é desconhecido.
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) somente deve ser administrado a
mulheres grávidas após análise criteriosa da relação risco/benefício.
“Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
- Lactação
O gadopentetato é transferido para o leite materno humano em quantidade mínima
(no máximo 0,04% da dose administrada por via intravenosa). Há evidência de
dados pré-clínicos que a absorção através do trato gastrintestinal é pobre,
aproximadamente 4% (vide “Propriedades Farmacocinéticas”).
Em doses clínicas, nenhum efeito está previsto no lactente e Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) pode ser usado durante a amamentação.
Efeito na habilidade de dirigir ou operar máquinas
Não foram conduzidos estudos de interações com outros medicamentos.
Interferência em testes diagnósticos
A determinação de ferro sérico por complexometria (por exemplo, com
batofenantrolina) pode apresentar resultados baixos falsos, em até 24 horas após a
administração de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina), devido à presença
do ácido dietilenotriamina pentacético (DTPA) livre no Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina).
O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC). Proteger da
luz. Não congelar.
O prazo de validade de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) é de 48 meses a
partir da data de sua fabricação.
Após abertura do frasco, Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) permanece
quimicamente, fisicamente e microbiologicamente estável em temperatura não superior a
30ºC por 24 horas, e deve ser descartado após esse período.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.”
Características organolépticas
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) é uma solução límpida, incolor a amarelo
pálido.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Método de administração
O produto deve ser administrado somente por via intravenosa.
As normas habituais relacionadas à segurança para ressonância magnética, por exemplo,
exclusão de marcapasso cardíaco e clips vasculares ferromagnéticos, devem ser
observadas.
Para instruções adicionais, vide “Instruções para uso / manuseio”.
Regime de dose
Adultos
- TRM cranial e espinal
Em geral, a administração de 0,2 mL de Magnevistan®
por kg de peso corpóreo
(equivalente a 0,1 mmol de gadopentetato de dimeglumina por kg de peso corpóreo) é
suficiente para obter um bom contraste e responder à questão clínica.
Se apesar de forte suspeita clínica de lesão a TRM com realce de contraste for normal,
injeção adicional de 0,2 mL ou, em adultos, de até mesmo 0,4 mL de Magnevistan® por
kg de peso corpóreo, dentro de 30 minutos, com exame imediatamente após a injeção,
pode aumentar o rendimento diagnóstico do exame.
Para a exclusão da existência de metástase ou tumores recorrentes em adultos, a injeção
de 0,6 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo frequentemente proporciona maior
segurança diagnóstica.
Dose única máxima: 0,6 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo.
- TRM em corpo inteiro
Em geral, a administração de 0,2 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo é
suficiente para obter um bom contraste e responder à questão clínica. Em casos especiais,
por exemplo, em lesões com pouca vascularização e/ou pequeno espaço extracelular, a
administração de 0,4 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo pode ser necessária
para um efeito de contraste adequado, especialmente com a utilização de sequências de
varredura ponderadas em T1 relativamente leves.
Em casos de exclusão da existência de uma lesão ou recorrência de tumor em adultos, a
injeção de 0,6 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo pode proporcionar maior
Para a visualização de vasos em adultos, dependendo da região a ser investigada e da
técnica de exame, pode ser necessária a injeção de até 0,6 mL por kg de peso corpóreo.
Dose única máxima: 0,6 mL de Magnevistan®
por kg de peso corpóreo.
Informações adicionais para populações especiais
- População pediátrica
Todas indicações:
Crianças: 0,2 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo
Dose única máxima: 0,4 mL de Magnevistan® por kg de peso corpóreo.
Crianças abaixo de dois anos de idade: a experiência é limitada em TRM de corpo inteiro.
Em crianças abaixo de dois anos de idade, a dose requerida deve ser administrada
manualmente e não em combinação com um injetor automático, para evitar ferimento.
- População idosa (65 anos de idade ou mais)
Nenhum ajuste de dose é considerado necessário em pacientes idosos (65 anos de idade
ou mais). Em estudos clínicos, não foram observadas diferenças na segurança ou eficácia
geral entre pacientes idosos (65 anos de idade ou mais) e pacientes jovens. Outra
experiência clínica relatada não identificou diferenças na resposta entre pacientes idosos e
jovens (vide “Propriedades Farmacocinéticas”).
- Pacientes com insuficiência hepática
Uma vez que o gadopentetato é eliminado exclusivamente na forma inalterada através dos
rins, nenhum ajuste de dose é considerado necessário em pacientes com insuficiência
hepática moderada. Não estão disponíveis dados em pacientes com insuficiência hepática
grave (vide “Propriedades Farmacocinéticas”).
- Pacientes com insuficiência renal
Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) somente deve ser utilizado após
cuidadosa avaliação risco/benefício, considerando inclusive a possibilidade de métodos
de imagem alternativos, e em doses não maiores que 0,2 mL por kg de peso corpóreo em
pacientes com:
insuficiência renal aguda ou crônica grave [taxa de filtração glomerular (TFG): <
30mL/min/1,73m2] ou
insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido à síndrome hepatorrenal
ou no período perioperatório de transplante hepático (vide também “Advertências
e Precauções” e “Propriedades Farmacocinéticas”).
Instruções de uso/manuseio
Durante o manuseio não é necessária proteção da luz.
O produto deve ser inspecionado visualmente antes do uso.
Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) não deve ser utilizado em casos de
coloração intensa, presença de material particulado ou defeito no frasco.
A solução de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) só deve ser retirada do
frasco imediatamente antes do uso.
A tampa de borracha do frasco nunca deve ser perfurada mais do que uma vez.
A quantidade de meio de contraste não utilizada em um processo exploratório deve ser
descartada.
No caso de frascos para infusão contendo 100 mL, o meio de contraste deve ser
administrado através de procedimentos aprovados que assegurem a esterilidade do meio
de contraste. Caso seja utilizado um equipamento, as instruções do fabricante devem ser
seguidas.
O volume de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) não utilizado do frasco
aberto deve ser descartado ao final do dia de exames (no máximo de 24 horas).
Devido à ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser
misturado com outras medicações.
Resumo do perfil de segurança
O perfil de segurança geral de Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) está
baseado em dados de acompanhamento pós-comercialização e de mais de 11.000
pacientes em estudos clínicos.
As reações adversas mais frequentemente observadas (≥ 0,4%) em pacientes
recebendo Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina) nos estudos clínicos são:
- diversas reações no local da injeção;
- cefaleia;
- náusea.
A maioria das reações adversas nos estudos clínicos foram de intensidade leve a
moderada.
No geral, as reações adversas mais graves em pacientes recebendo Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) são:
- fibrose nefrogênica sistêmica;
- reações anafilactoides / choque anafilactoide.
Reações tardias anafilactoides / de hipersensibilidade (após horas até vários dias)
foram raramente observadas (vide “Advertências e Precauções”).
Lista tabulada de reações adversas
As reações adversas observadas com Magnevistan® (gadopentetato de dimeglumina)
são apresentadas na tabela abaixo e estão classificadas de acordo com a
Classificação por Sistema Corpóreo (MedDRA versão 12.1). Foi utilizado o termo
MedDRA mais apropriado para descrever determinada reação e seus sinônimos e
condições relacionadas.
As reações adversas dos estudos clínicos estão classificadas por frequência. Os
grupos de frequência são definidos de acordo com a seguinte convenção: incomum:
≥ 1/1.000 a < 1/100; rara: ≥ 1/10.000 a < 1/1.000. As reações adversas identificadas
somente durante o acompanhamento pós-comercialização, e para as quais a
frequência não pode ser determinada, estão listadas como “Desconhecidas”.
Tabela 1: Reações adversas relatadas em estudos clínicos ou durante o
acompanhamento pós-comercialização em pacientes que receberam Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina)
Classificação por
sistema corpóreo
(MedDRA)
Incomuns Raras Desconhecidas
Distúrbios
sanguíneos e do
sistema linfático
Ferro sérico
aumentado*
Distúrbios no
sistema imunólogico
Hipersensibilidade/
Reação anafilactoide
(p. ex. choque
anafilactoide*, reação
anafilactoide§*,
reações de
hipersensibilidade§*,
choque§*,
hipotensão§*,
conjuntivite, perda da
consciência§*, aperto
na garganta*, espirro,
urticária, prurido,
rash, eritema,
dispneia*, parada
respiratória§
*,
broncoespasmo§*,
chiado,
laringoespasmo§*,
edema laríngeo§*,
edema faríngeo§*,
cianose§*, rinite§,
angioedema§*, edema
facial*, taquicardia
reflexa§)
psiquiátricos
Desorientação Agitação
Confusão
sistema nervoso
Tontura
Cefaleia
Disgeusia
Convulsão*
Parestesia
Sensação de
queimação
Tremor
Coma*
Sonolência*
Distúrbios da fala
Parosmia
Distúrbios nos olhos Distúrbios visuais
Dor no olho
Lacrimejamento
Distúrbios nos
ouvidos e no
labirinto
Audição alterada
Dor de ouvido
Distúrbios cardíacos Taquicardia*
Arritmia
Parada cardíaca*
Diminuição da
frequência cardíaca /
bradicardia*
vasculares
Tromboflebite
Rubor
Vasodilatação
Síncope*
Reação vasovagal
Aumento da pressão
arterial
respiratórios,
torácicos e no
mediastino
Irritação na garganta
Dor faringolaríngea /
Desconforto da laringe
Tosse
Desconforto
respiratório
Frequência
respiratória
aumentada ou
diminuída
Edema pulmonar*
gastrintestinais
Vômito
Náusea
Dor abdominal
Desconforto estomacal
Diarreia
Dor de dente
Boca seca
Dor e parestesia nos
tecidos moles da boca
Salivação
Distúrbios hepato- Aumento de
biliares bilirrubina no
sangue
Aumento de enzimas
hepáticas
Distúrbios da pele e
tecidos subcutâneos
Fibrose nefrogênica
sistêmica (FNS)*
Distúrbios músculo-
esqueléticos, do
tecido conjuntivo e
dos ossos
Dor nas extremidades Dor nas costas
Artralgia
Distúrbios renal e
urinário
Insuficiência renal
aguda*,**
Aumento de
creatinina sérica**
Incontinência
urinária
Urgência urinária
Distúrbios gerais e
condições no local de
administração
Dor
calor
Sensação de frio
Reações no local
de injeção (p. ex.
resfriamento no
local da injeção,
parestesia,
inchaço, calor,
dor, edema,
irritação,
hemorragia,
eritema,
desconforto,
necrose§
,
tromboflebite§,
flebite§,
inflamação§,
extravasamento§)
Dor torácica
Pirexia
Edema periférico
Mal-estar
Fadiga
Sede
Astenia
Calafrios
Sudorese
Temperatura
corpórea aumentada
ou diminuída
* foram reportados casos com risco para a vida do paciente e/ou fatais
** em pacientes com insuficiência renal preexistente
§ Reações identificadas somente durante o acompanhamento pós-comercialização
(frequencia desconhecida)
Descrição de reações adversas selecionadas
Reações semelhantes a processos inflamatórios, tardios e transitórios, tais como
febre, calafrios e aumento da proteína C reativa, foram observadas frequentemente
em pacientes com insuficiência renal dependentes de diálise. Estes pacientes
realizaram exame de ressonância magnética com Magnevistan® (gadopentetato de
dimeglumina) no dia anterior à hemodiálise.
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”