Bula do Mantidan para o Profissional

Bula do Mantidan produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Mantidan
Eurofarma Laboratórios S.a. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO MANTIDAN PARA O PROFISSIONAL

Capa_Profissional VERSÃO 2 - Esta versão altera a VERSÃO 1

Página 1

Mantidan®

(cloridrato de amantadina)

Bula para profissional da saúde

Comprimido

100 mg

VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Mantidan_comp_V2_VPS

MANTIDAN®

cloridrato de amantadina

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:

100 mg embalagens contendo 20 ou 60 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

Composição:

Cada comprimido de Mantidan® 100 mg contém:

cloridrato de amantadina...............................................................................................100 mg

Excipientes q.s.p...................................................................................................1 comprimido

Excipientes: amido, lactose, talco e estearato de magnésio.

.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1.INDICAÇÕES

Mantidan®

(cloridrato de amantadina) está indicado no tratamento do parkinsonismo e reações extrapiramidais

induzidas por drogas.

(cloridrato de amantadina) está indicado no tratamento da Doença de Parkinson primária e no Parkinsonismo

secundário devido a outros agentes externos (ex: parkinsonismo pós-encefalítico e no parkinsonismo que se segue à

lesão do SNC na intoxicação por monóxido de carbono). Também está indicado naqueles pacientes idosos com Doença

de Parkinson associada a alterações ateroscleróticas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em um estudo duplo-cego de duração de quatro semanas que incluiu 62 (sessenta e dois) pacientes com parkinsonismo,

29 (vinte e nove) foram tratados com amantadina e 33 (trinta e três) com placebo. Um efeito estatisticamente

significante foi observado no grupo que recebeu amantadina, com benefício ótimo observado após as primeiras duas

semanas de tratamento. Resposta favorável foi relatada por 79% dos pacientes que receberam amantadina, em

comparação com 30% dos que receberam placebo (p<0,01) 1

.

Um estudo duplo-cego, placebo-controlado, cruzado e de seguimento de longo prazo avaliou a amantadina na Doença

de Parkinson, em 26 (vinte e seis) pacientes. Outras medicações anti-parkinsonianas foram descontinuadas em 23 (vinte

e três) dos 26 (vinte e seis) pacientes. A amantadina resultou em melhora global estatisticamente significante de 12%

em relação ao placebo. Dez pacientes continuaram o tratamento por 10 (dez) a 12 (doze) meses e uma melhora global

estatisticamente significante foi notada nesses pacientes. As melhoras no tremor e na rigidez (outros sintomas e sinais

relativos ao sistema nervoso e ao osteomuscular (e os não especificados) se mantiveram relativamente estáveis ao longo

do tempo 2

).

Metman e cols. determinaram a duração do efeito antidiscinético da amantadina na Doença de Parkinson avançada,

reavaliando os sintomas motores e discinesias um ano após a finalização de um estudo de curto prazo duplo-cego,

placebo-controlado e cruzado. Dezessete dos 18 (dezoito) pacientes originalmente avaliados portadores de Doença de

Parkinson avançada complicada por discinesias e flutuações motoras participaram da reavaliação, sendo que 13 (treze)

dos 17 (dezessete) haviam permanecido em tratamento, com amantadina, durante um ano. Dez dias antes da consulta de

reavaliação, a amantadina foi substituída por cápsulas idênticas, contendo amantadina ou placebo. Os sintomas

parkinsonianos e a gravidade das discinesias foram graduados enquanto os pacientes recebiam infusões intravenosas

constantes de levodopa na mesma dose que haviam recebido no ano anterior. Um ano após o início da coterapia com

amantadina, seu efeito antidiscinético foi similar em magnitude (redução de 56% na discinesia em comparação a uma

VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Mantidan_comp_V2_VPS

redução de 60% no ano anterior). As complicações motoras durante o tratamento regular com levodopa oral também

permaneceram melhores, demonstrando que os efeitos benéficos da amantadina sobre as complicações motoras se

mantêm, por pelo menos, um ano após o início do tratamento 3

. Wolf e cols. demonstraram, em estudo randomizado

controlado com placebo, a eficácia da amantadina na manutenção do controle de sintomas discinéticos em trinta e dois

(32) pacientes que se apresentavam estáveis com uso de amantadina para o controle da discinesia induzida por levodopa

durante pelo menos um ano. Neste estudo, os pacientes estáveis foram alocados aleatoriamente para continuar o

tratamento com amantadina ou placebo. Foram avaliadas a intensidade e duração da discinesia. Os pacientes que

descontinuaram a amantadina tiveram uma piora significante após três semanas (p=0,02) enquanto os pacientes que

permaneceram em uso da amantadina não apresentaram alteração estatisticamente significante.

Snow e cols. realizaram um estudo duplo-cego, placebo-controlado e cruzado para avaliar o efeito da amantadina na

discinesia induzida por levodopa, na Doença de Parkinson e encontraram uma redução de 24% no escore geral de

discinesia, após administração de amantadina, em relação ao placebo (p = 0,004) 4

Sawada e cols avaliaram o efeito da amantadina no controle da discinesia em um estudo duplo-cego controlado com

placebo em trinta e seis (36) pacientes com Doença de Parkinson e discinesia, que receberam tratamento com

amantadina ou placebo em diferentes períodos do estudo, que teve delineamento cruzado (crossover trial) , num total de

sessenta e duas (62) intervenções avaliadas. Sessenta e quatro por cento (64%) dos pacientes tratados com amantadina

apresentaram melhora da discinesia, em comparação com 16% dos que receberam placebo (p= 0,016), de acordo com a

avaliação pela Escala de Discinesia de Rush (RDRS).

Uma avaliação baseada em evidência das intervenções terapêuticas para Doença de Parkinson publicada no periódico

Lancet considerou a amantadina como: (1) provavelmente eficaz como monoterapia na intervenção sintomática para o

tratamento do parkinsonismo em pacientes com Doença de Parkinson inicial; (2) provavelmente eficaz no controle do

parkinsonismo em pacientes já em tratamento com levodopa; (3) eficaz no tratamento sintomático das discinesias de

pacientes tratados com levodopa 5

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica:

Mecanismo de ação na Doença de Parkinson: O mecanismo de ação da amantadina no tratamento da Doença de

Parkinson não está completamente estabelecido. Ela é considerada o único fármaco disponível no tratamento da Doença

de Parkinson que apresenta efeitos antiglutamatérgicos, graças à ação antagonista nos receptores do tipo N-metil-D-

aspartato (NMDA) de glutamato. Dados de estudos em animais não conseguiram comprovar que a amantadina aumenta

as concentrações extracelulares da dopamina pela inibição da recaptação da dopamina em nível pré-sináptico, ou por

estimulação intrínseca do neurônio receptor dopaminérgico, ou ainda por aumentar a sensibilidade do receptor pós-

sináptico da dopamina, porém as doses utilizadas em modelos animais geralmente são maiores do que as usadas na

clínica. Evidências mais recentes sugerem que a amantadina aumenta a liberação de dopamina de maneira indireta, por

meio do antagonismo dos receptores NMDA.

Um estudo utilizando doses terapêuticas (baixo M) demonstrou que a amantadina inibe a estimulação da liberação da

acetilcolina pelo receptor do ácido N-metil-D-aspartato (NMDA) em ratos. Embora a amantadina não apresente

atividade anticolinérgica em cachorros na dose de 31,5 mg/kg, em doses equivalentes àquelas usadas em seres humanos

(15,8 mg/kg) ocorrem sinais clínicos sugestivos de efeitos anticolinérgicos, tais como boca seca, retenção urinária e

constipação.

Estudos mais recentes relataram que a amantadina pode aumentar os receptores D2 estriatais e sugerem que esta

neossíntese dos receptores D2 seja um dos mecanismos que explique a eficácia clínica do fármaco.

Farmacocinética:

Mantidan® (cloridrato de amantadina) é bem absorvido por via oral. As concentrações plasmáticas máximas (Cmax)

são diretamente relacionadas à dose, para doses de até 200 mg/dia. Doses superiores a 200 mg/dia podem promover um

aumento maior que o proporcional nas Cmax. A amantadina é primariamente excretada na urina na sua forma

inalterada, por filtração glomerular e secreção tubular. Oito metabólitos da amantadina podem ser identificados na urina

humana. Um dos metabólitos, o composto N-acetilado, está presente na urina humana numa proporção de 5-15% da

dose administrada. A acetil-amantadina plasmática correspondeu a 80% da concentração plasmática total de amantadina

em cinco de 12 (doze) voluntários sadios que ingeriram 200 mg de amantadina e que foram avaliados em um estudo

clínico. A acetil-amantadina não foi identificada no plasma dos outros sete voluntários. A contribuição deste metabólito

para a eficácia, ou a toxicidade não é conhecida. Provavelmente existe uma relação entre a concentração plasmática da

VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Mantidan_comp_V2_VPS

amantadina e sua toxicidade. Com o aumento das concentrações, a toxicidade parece ser mais frequente; no entanto,

valores absolutos nas concentrações de amantadina associadas aos eventos adversos não foram estabelecidos.

A farmacocinética da amantadina foi determinada em 24 (vinte e quatro) adultos saudáveis após a administração oral de

100 mg de amantadina. A média (± DP) da Cmax foi de 0,22  0,03 g/mL (variação de 0,18 a 0,32 g/mL). O tempo

necessário para atingir a Cmax foi de 3,3  1,5 horas (variação de 1,5 a 8 horas). A meia-vida observada foi de 17  4

horas, ou 16  6 horas segundo outro estudo realizado com 19 (dezenove) voluntários.

As concentrações plasmáticas da amantadina podem estar aumentadas em indivíduos idosos (acima de 60 (sessenta)

anos) e em portadores de insuficiência renal. A meia-vida de eliminação aumenta duas a três vezes quando o clearance

de creatinina é menor que 40 mL/min/1,73 m2

e chega a oito dias em pacientes fazendo hemodiálise, pois este

procedimento praticamente não remove a amantadina.

O pH urinário influencia a taxa de excreção da amantadina e a administração de fármacos que acidificam a urina pode

aumentar a eliminação deste fármaco.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Mantidan® (cloridrato de amantadina) está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à

amantadina, história de epilepsia, úlcera gástrica e úlcera duodenal.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Efeitos sobre o SNC: pacientes com história de epilepsia devem ser monitorados cuidadosamente pelo risco do

agravamento do quadro. Pacientes que apresentam efeitos sobre o SNC e embaçamento visual (visão subnormal de

ambos olhos) devem ser orientados a ter cuidado no desempenho de atividades nas quais a atenção e o alerta são

indispensáveis (motoristas e operadores de máquinas).

Tentativas de suicídio: Tentativas de suicídio e ideação suicida já foram relatadas em pacientes tratados com

amantadina, com e sem história prévia de transtornos mentais e comportamentais. A amantadina pode exacerbar

transtornos mentais em pacientes, com antecedentes desses e de transtornos mentais e comportamentais, devidos ao uso

de substância psicoativas.

Mortes: A ingestão de altas doses de amantadina, intencional ou não, pode levar à morte. A menor dose letal registrada

foi de 1 g ingerida agudamente. A toxicidade aguda pode ser atribuída aos efeitos anticolinérgicos da amantadina.

Outros: a amantadina não deve ser utilizada por portadores de glaucoma primário de ângulo fechado que não estejam

recebendo tratamento.

O uso do Mantidan®

(cloridrato de amantadina) não deve ser interrompido abruptamente, pois os pacientes podem

apresentar deterioração clínica. As doses da amantadina, ou dos fármacos anticolinérgicos devem ser reduzidas caso

apareçam efeitos atropínicos, com o uso concomitante dessas medicações. Interrupções agudas do tratamento também

podem precipitar agitação e inquietação, transtorno delirantes, alucinações, reações paranoides, estupor, ansiedade

generalizada e episódios depressivos.

Síndrome maligna dos neurolépticos (SMN): são relatados casos esporádicos de possível SMN após diminuição, ou

interrupção do uso de amantadina. Portanto, os pacientes devem ser observados cuidadosamente, quando a dose da

amantadina for reduzida, ou interrompida abruptamente, especialmente em pacientes, em uso de neurolépticos. A SMN

é uma condição grave caracterizada por hiperpirexia, achados neurológicos (contratura de músculo, movimentos

involuntários anormais, sonolência, estupor, transtornos do sistema nervoso autônomo, taquicardia, respiração ofegante,

valor elevado da pressão arterial sem o diagnóstico de hipertensão, ou hipotensão) e laboratoriais (anormalidades dos

níveis de enzimas musculares séricas [elevações na CPK], leucocitose e mioglobinúria).

Insuficiência renal: O Mantidan®

(cloridrato de amantadina) é excretado pela urina e, portanto, seus níveis plasmáticos

aumentam quando há declínio da função renal. Recomenda-se o ajuste de dose de acordo com o clearance de creatinina

(vide Posologia)

Doenças do fígado: Em pacientes com doenças do fígado, a amantadina deve ser administrada com cuidado, pois

raramente pode haver anormalidades dos níveis de enzimas séricas, embora uma relação específica entre a amantadina e

essas alterações não esteja bem estabelecida.

VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Mantidan_comp_V2_VPS

Cardiopatias: É necessário o ajuste de doses quando a amantadina é administrada a pacientes com insuficiência

cardíaca congestiva, edema (periférico), ou hipotensão ortostática. Esses pacientes devem ser cuidadosamente

observados, assim como os pacientes que desenvolveram insuficiência cardíaca congestiva durante o tratamento com

amantadina.

Melanoma maligno da pele: Estudos epidemiológicos demonstraram que pacientes com Doença de Parkinson

apresentam um maior risco para desenvolvimento de melanoma maligno da pele que a população geral. Ainda não se

sabe se este aumento do risco é devido à doença de base, ou aos fármacos utilizados para seu tratamento. Por essa razão,

recomenda-se que os pacientes, utilizando amantadina, sejam submetidos a exames de pele periódicos.

Outras advertências e precauções: Pacientes com eritema e outras erupções cutâneas não especificadas e transtornos

mentais e comportamentais descompensadas também devem ser monitorados.

Uso durante a gravidez e lactação:

Categoria de risco C. Os efeitos da amantadina sobre o desenvolvimento fetal e perinatal não foram adequadamente

testados. Em um estudo realizado em ratos nos quais as fêmeas foram expostas à amantadina entre o 7 e o 14 dias da

gestação, houve um aumento na frequência de malformações viscerais e esqueléticas, nas doses de 50 e 100 mg/kg. A

dose de 37 mg/kg (equivalente à dose máxima recomendada em seres humanos em mg/kg) não produziu

teratogenicidade em ratos. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas e dados referentes à

teratogenicidade, após uso materno em seres humanos são escassos. Malformações congênitas do aparelho circulatório

foram associadas à exposição materna à amantadina (100 mg/dia) durante as duas primeiras semanas de gravidez.

Tetralogia de Fallot e hemimelia tibial foram descritas em uma criança exposta à amantadina durante o primeiro

trimestre da gravidez.

Mantidan®

(cloridrato de amantadina) somente deve ser utilizado durante a gravidez se os potenciais benefícios

excederem os potenciais riscos para o feto. A amantadina é excretada no leite materno e seu uso durante a amamentação

não é recomendado.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Carcinogênese e mutagênese:

Não foram realizados estudos de longo prazo delineados para avaliar o potencial carcinogênico da amantadina em

animais. Em vários ensaios in vitro, para a avaliação do potencial mutagênico, a amantadina não aumentou o número de

mutações em quatro cepas de Salmonella typhimurium (Teste de Ames), ou em linhagem de célula de mamífero (células

CHO). Também não houve evidências de danos cromossomiais observados em um teste in vitro, usando linfócitos de

sangue periférico humano fresco, ou estimulados e em um teste de micronúcleo de medula óssea de camundongo (in

vivo), utilizando 140-550 mg/kg (dose equivalente humana estimada d 11,7-45,8 mg/kg com base na conversão para

área de superfície corpórea).

Redução da fertilidade:

O efeito da amantadina sobre a fertilidade não foi adequadamente avaliado em estudos conduzidos de acordo com as

Boas Práticas Laboratoriais e de acordo com as metodologias atualmente recomendadas. Em um estudo de reprodução

em ratos, a amantadina, na dose de 32 mg/kg/dia (equivalente à dose máxima recomendada em seres humanos, com

base na área de superfície corpórea) administrada a machos e fêmeas determinou uma discreta redução da fertilidade.

Não foram observados efeitos sobre a fertilidade na dose de 10 mg/kg/dia (correspondente a 0,3 vezes a dose máxima

recomendada em seres humanos, com base na área de superfície corpórea). Doses intermediárias não foram testadas.

Reduções na fertilidade foram relatadas durante procedimentos de fertilização in vitro (FIV), quando o doador de

esperma fez uso de amantadina duas semanas antes e durante o ciclo de FIV.

Uso em pacientes pediátricos:

A segurança e a eficácia da amantadina em crianças menores de um ano não estão estabelecidas.

Uso em idosos:

A dose do Mantidan®

(cloridrato de amantadina) deve ser reduzida em pacientes acima de 65 (sessenta) anos, devido à

diminuição no ritmo de filtração glomerular observada nestes indivíduos.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Devem-se observar os pacientes que recebem amantadina concomitantemente a medicamentos que atuam no Sistema

Nervoso Central (SNC). Fármacos anticolinérgicos, ou outras medicações com atividade anticolinérgicas,

antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, fenotiazinas, quinidina, quinina, trimetoprima e sulfametoxazol podem

potencializar efeitos colaterais anticolinérgicos da amantadina.

A coadministração de amantadina com tioridazina pode agravar tremores em pacientes idosos, com Doença de

Parkinson, mas não se sabe se outras fenotiazinas produzem efeito semelhante. A associação com clotrimoxazol e com

quinidina pode prejudicar o clearance renal da amantadina, resultando em aumento de suas concentrações plasmáticas.

A amantadina reduz a tolerância ao álcool.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30º C). Proteger da luz e umidade.

O prazo de validade deste medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Mantidan (cloridrato de amantadina) apresenta-se como um comprimido branco, circular, biconvexo, com vinco em um

dos lados e liso do outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Parkinsonismo: A dose usual é de 100 mg, de 12 (doze) em 12 (doze) horas, quando usado isoladamente. O seu início

de ação ocorre em aproximadamente 48 (quarenta) horas.

Em indivíduos portadores de outras doenças sérias associadas, ou em pacientes que estejam recebendo outros

medicamentos anti-parkinsonianos, a dose inicial deve ser de 100 mg/dia e pode ser aumentada para 200 mg/dia (100

mg de 12 (doze) em 12 (doze) horas), se necessário, após observação do quadro.

Ocasionalmente, alguns pacientes que não respondem à dose de 200 mg/dia podem se beneficiar de um aumento até 400

mg/dia em doses divididas (200 mg de 12 (doze) em 12 (doze) horas). Esses pacientes devem ser cuidadosamente

observados por seus médicos.

Pacientes que inicialmente se beneficiam da amantadina podem experimentar uma queda da efetividade da medicação

após alguns meses. Quando isso acontece, pode haver benefícios no aumento da dose até 300 mg/dia ou, como

alternativa, pode-se optar pela descontinuação temporária da amantadina por algumas semanas, seguida pela

reintrodução deste fármaco.

Quando a amantadina é introduzida concomitantemente à levodopa, o paciente exibe efeitos terapêuticos rapidamente.

A amantadina deve ser mantida em doses constantes de 100 ou 200 mg/dia, enquanto a dose de levodopa vai sendo

gradativamente aumentada.

O uso concomitante de medicações anti-parkinsonianas anticolinérgicas e de levodopa com amantadina pode

proporcionar benefício adicional, incluindo redução nas flutuações motoras que ocorrem no tratamento com levodopa.

Pacientes que necessitam de uma redução na dose habitual de levodopa, devido ao aparecimento de eventos adversos

podem compensar a perda do benefício com a adição da amantadina.

Se a combinação carbidopa e levodopa ou levodopa estiverem sendo administradas inicialmente, simultaneamente com

a amantadina, a dose de amantadina deve ser mantida em 100 mg 1(uma) ou 2 (duas) vezes ao dia (de 12 (doze) em 12

VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Mantidan_comp_V2_VPS

(doze) horas), enquanto que as doses da combinação carbidopa e levodopa, ou a dose da levodopa devem ser

gradualmente aumentadas para proporcionar um benefício ótimo.

Quando o uso da amantadina for interrompido, a dosagem deve ser reduzida gradualmente a fim de impedir um

aumento repentino nos sintomas da Doença de Parkinson.

As doses da amantadina devem ser reduzidas em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, edema (periférico) e

hipotensão ortostática.

Insuficiência renal:

Recomenda-se o ajuste da dose de amantadina de acordo com o clearance de creatinina, conforme tabela abaixo: .

Clearance de Creatinina

(mL/min/1,73 m2

)

Dose de Mantidan®

30-50 200 mg no 1 dia e,

a seguir, 100 mg/dia

15-29 200 mg no 1 dia e

a seguir, 100 mg em

dias alternados

<15 200 mg a cada 7 dias

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os eventos adversos da amantadina são apresentados em ordem de frequência decrescente a seguir:

Reação comum, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%): náuseas, tontura e instabilidade, distúrbios do início e da

manutenção do sono (insônias), episódios depressivos, irritabilidade e mau humor, alucinações, confusão, anorexia,

boca seca, constipação, ataxia não especificada, edema (de membros inferiores), livedo reticularis (afecções da pele e

do tecido celular subcutâneo, não especificado), hipotensão ortostática, cefaleia, sonolência, nervosismo, pesadelos,

agitação e inquietação, diarreia (alteração do hábito intestinal) e fadiga.

Reação incomum, > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%): insuficiência cardíaca congestiva, transtornos mentais e

comportamentais, retenção urinária, dispneia, eritema e erupções cutâneas não especificadas, vômitos, astenia,

transtornos do humor, amnésia, transtornos hipercinéticos, valor elevado da pressão arterial sem o diagnóstico de

hipertensão, diminuição da libido e alterações visuais, incluindo opacidade da córnea, edema de córnea, visão

subnormal de ambos os olhos e neurite óptica.

Reação rara, > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%): convulsões, leucopenia (transtornos não especificados dos

glóbulos brancos), neutropenia, eczema e ideação suicida.

Outras reações adversas já relatadas incluem:

Sistema Nervoso Central: coma, estupor, transtorno delirante, hipocinesia, contratura de músculo, distúrbio agressivo,

reações paranoides e transtornos de humor, movimentos involuntários anormais, anormalidades da marcha e da

mobilidade, parestesias cutâneas, tremores e eletroencefalograma anormal. A interrupção abrupta do tratamento pode

desencadear alguns desses sintomas.

Cardiovascular e respiratório: insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão, respiração ofegante, parada

cardíaca, anormalidades do batimento cardíaco, hipotensão, taquicardia.

Outras: disfagia, leucocitose, agranulocitose, ceratite, midríase (anomalias da função pupilar), prurido, síndrome

maligna neuroléptica, reações alérgicas, incluindo reações anafiláticas, edema e febre.

Alterações laboratoriais: anormalidades dos níveis de enzimas séricas (CPK, fosfatase alcalina, DHL, gama glutamil

transferase, ALT, AST) e achado anormal de exame químico do sangue, não especificado (elevações nas concentrações

de bilirrubinas e creatinina séricas).

VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01

Mantidan_comp_V2_VPS

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.