Bula do Marcoumar produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Marcoumar®
(femprocumona)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Comprimidos
3 mg
1
Marcoumar
Roche
femprocumona
Anticoagulante oral
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto: Marcoumar®
Nome genérico: femprocumona
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 3 mg em caixa com um frasco de vidro âmbar que contém 25 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Princípio ativo: femprocumona (3-(1-fenil-propil)-4-hidroxicumarina))..................... 3 mg
Excipientes: lactose monoidratada, amido, talco e estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Marcoumar®
é indicado para:
- Tratamento de tromboses, embolias e infarto do miocárdio;
- Profilaxia de tromboses.
Marcoumar®
é eficaz na anticoagulação pós-infarto agudo do miocárdio e 80% dos pacientes encontram-se
na faixa adequada de anticoagulação no início do tratamento, mas o monitoramento dos parâmetros de
coagulação deve ser contínuo.(1)
A anticoagulação com Marcoumar®
reduziu o risco de eventos cerebrovasculares e reinfarto nos pacientes
infartados.(2)
Em um estudo multicêntrico placebo controlado, 946 pacientes foram randomizados 30 a 42 dias após o
infarto agudo para receber placebo, ácido acetilsalicílico ou Marcoumar®
e acompanhados durante 2 anos.
Considerando os pacientes do sexo masculino, o ácido acetilsalicílico reduziu em 56,4% as mortes por evento
coronário quando comparado ao placebo e Marcoumar®
, reduziu em 55,6%. Entretanto, eventos
coronarianos como um todo (morte coronária, infarto recorrente e não fatal) foram menos frequentes no
grupo do ácido acetilsalicílico.(3)
Referências bibliográficas
1. Azar AJ, Deckers JW, Rosendaal FR, et al. Assessment of therapeutic quality control in a long-term
anticoagulant trial in post-myocardial infarction patients. Thromb Haemost. 1994 Sep;72(3):347-51.
2. Effect of long-term oral anticoagulant treatment on mortality and cardiovascular morbidity after
myocardial infarction. Anticoagulants in the Secondary Prevention of Events in Coronary Thrombosis
(ASPECT) Research Group. Lancet. 1994 Feb 26;343(8896):499-503.
3. Breddin K, Loew D, Lechner K, et al. The German-Austrian aspirin trial: a comparison of acetylsalicylic
acid, placebo and phenprocoumon in secondary prevention of myocardial infarction. On behalf of the
German-Austrian Study Group. Circulation. 1980 Dec;62(6 Pt 2):V63-72.
Farmacodinâmica
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Marcoumar®
inibe a coagulação sanguínea de forma específica, antagonizando a vitamina K nos sistemas enzimáticos que
atuam no fígado durante a formação de vários fatores de coagulação (fator II = protrombina, fatores VII, IX e X) e proteínas
anticoagulantes C e S a partir de precursores inativos dessas proteínas. Marcoumar®
pode ser considerado um antagonista
da vitamina K. Os fatores de coagulação já formados não são comprometidos por Marcoumar®
. O efeito anticoagulante de
, diferentemente da heparina, não é imediato. Este efeito não é observado in vitro. O início de ação ocorre após
um a dois dias, e a eficácia plena é observada após quatro a seis dias de tratamento. O aumento da dose de Marcoumar®
não
reduz este tempo de latência.
A ação de Marcoumar®
sobre a coagulação é controlada através da determinação do tempo de protrombina ou com métodos
derivados desta determinação. Os tempos de coagulação obtidos podem ser convertidos em valores de Quick, taxas de
protrombina ou, de preferência, em valores RNI (Razão Normalizada Internacional).
é caracterizado por uma ação prolongada e regular que desaparece progressivamente quando suspenso.
Devido à ação específica, exercida exclusivamente sobre os sistemas enzimáticos dependentes da vitamina K, Marcoumar®
não apresenta efeitos tóxicos sobre o fígado. Por essa razão, este produto está particularmente indicado nos tratamentos de
longa duração (meses ou anos).
Kanakion®
MM (fitomenadiona), produzido à base de vitamina K1, é usado para anular o efeito anticoagulante de
.
Farmacocinética
Absorção
Femprocumona, princípio ativo de Marcoumar®
, é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal.
Distribuição
Uma pequena fração constante de femprocumona sanguínea encontra-se livre, sua forma farmacologicamente ativa. Cerca de
99% da femprocumona está ligada às proteínas plasmáticas, principalmente albumina, o que lhe confere uma função de
depósito. Devido à permanência prolongada da femprocumona ligada às proteínas plasmáticas no organismo, o estado de
equilíbrio só é alcançado alguns dias depois da modificação da dose de manutenção.
Metabolismo
Femprocumona é metabolizada principalmente pelas isoenzimas 2C9 e 3A4 do citocromo CYP450.
A femprocumona livre é hidroxilada no fígado, produzindo metabólitos praticamente inativos.
Eliminação
Sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 160 horas e seus metabólitos são eliminados por via renal.
Farmacocinética em Situações Especiais
A insuficiência hepática não tem efeito significativo na clearance de femprocumona.
A insuficiência renal não exerce influência significativa sobre sua meia-vida de eliminação.
A eficácia de Marcoumar®
pode ser reduzida por indução metabólica (por barbitúricos, por exemplo) ou aumentada devido
à liberação do sítio de ligação proteica (por anti-inflamatórios, por exemplo).
Marcoumar®
não deve ser utilizado nos seguintes pacientes:
- Portadores de hipersensibilidade conhecida à femprocumona ou a qualquer um dos excipientes de Marcoumar®
;
- Gravidez.
também é contraindicado em casos onde o risco de hemorragia é maior do que o possível benefício clínico,
como diátese hemorrágica, lesões graves do parênquima hepático (vide itens “Advertências” e “Reações Adversas”),
insuficiência renal, úlcera gastrintestinal, endocardite subaguda, doenças em que haja suspeita de lesão do sistema vascular
associada (por exemplo, arteriosclerose avançada ou hipertensão grave), ou após intervenções neurocirúrgicas.
Angiografia ou outros procedimentos diagnósticos ou terapêuticos com potencial para sangramentos não controláveis não
devem ser realizados em pacientes tratados com anticoagulantes.
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Sangramentos menstruais não constituem contraindicação para o uso de Marcoumar®
.
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que
possam ficar grávidas durante o tratamento.
Uma vez que Marcoumar®
, como outros cumarínicos, pode estar associado a malformações congênitas, não deve ser usado
durante a gravidez. Pacientes em idade fértil tratadas com Marcoumar®
devem utilizar métodos contraceptivos até 3 meses
após a última dose.
Marcoumar®
deve ser utilizado somente após cuidadosa avaliação do risco / benefício.
Em mulheres que estejam amamentando, o componente ativo de Marcoumar®
passa para o leite materno. No entanto,
em tão pequenas quantidades que há pouco risco de reações adversas para o recém-nascido. Porém, como precaução, é
recomendada profilaxia pela administração de vitamina K1 à criança.
Pacientes tratados ambulatorialmente com Marcoumar®
devem levar consigo, como precaução, vitamina K1 e instruções
sobre como usar, assim como uma declaração médica informando que o paciente encontra-se sob tratamento com
anticoagulante. Essa medida pode ser útil, particularmente em caso de emergência. Há aumento no risco de
hemorragia após traumas (resultantes de acidente, por exemplo).
Pacientes submetidos a ressecção pulmonar, cirurgias em órgãos genitais, cirurgias gástricas ou de ductos biliares,
assim como portadores de insuficiência cardíaca congestiva, arteriosclerose,hipertensão grave e disfunção hepática
gravedevem ser monitorados com maior frequência.
A femprocumona tem intervalo terapêutico estreito e, portanto, exige cautela e monitorização cuidadosa do RNI ao
mudar o esquema terapêutico do paciente para uma formulação diferente (vide item “Interações medicamentosas”).
O efeito do álcool é variável sobre Marcoumar®
. Alcoólatras crônicos podem apresentar redução do efeito
anticoagulante, apesar deste estar aumentado na presença de doença hepática. A ingestão aguda pode aumentar o efeito
anticoagulante. A função hepática de pacientes recebendo tratamento prolongado com Marcoumar®
deve ser
cuidadosamente controlada (vide itens “Contraindicações” e “Reações Adversas”).
É necessário realizar o monitoramento mais frequente dos parâmetros de coagulação após o início ou suspensão de outros
medicamentos em pacientes sob tratamento com Marcoumar®
devido à diversidade de interações com outros medicamentos
(vide item “Interações Medicamentosas").
Em pacientes idosos a medicação anticoagulante deve ser monitorada com cuidado especial (vide item “Posologia e Modo de
usar”)
Em vários estados da doença, a ligação da femprocumona às proteínas séricas pode estar diminuída, aumentando a ação do
medicamento e tornando essencial o acompanhamento cuidadoso do RNI.
Deve-se evitar ao máximo a administração de injeções intramusculares durante o tratamento anticoagulante devido ao risco
de hemorragias e hematomas. Essas complicações ocorrem raramente após injeções subcutâneas e administração intravenosa.
Deve-se tomar grande cuidado quando necessário diminuir o intervalo do RNI/TP para diagnóstico ou intervenções
terapêuticas (por exemplo: angiografia, punção lombar, pequenas cirurgias, extrações dentárias).
Necrose cutânea (geralmente infarto cutâneo) pode ocorrer no início do tratamento com anticoagulantes. Nesse caso, deve-se
suspender Marcoumar®
, administrar vitamina K1 e substituir imediatamente o tratamento por heparina. Prednisona também
pode ser administrada.
contém lactose e não é recomendado em pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência de lactase ou má absorção de glicose-galactose.
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Não há informações disponíveis sobre os efeitos de Marcoumar®
ou outros antagonistas da vitamina K na
fertilidade.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
não apresenta efeitos conhecidos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.
Até o momento, não há informações de que Marcoumar®
A femprocumona tem um intervalo terapêutico estreito e é necessário cuidado com qualquer terapia concomitante. A
informação individual do produto deve ser consultada para orientação específica sobre o ajuste da dose de novas terapias e
femprocumona, bem como o monitoramento terapêutico. Se nenhuma informação é fornecida, deve ser considerada a
possibilidade de ocorrer interação. Considerar aumento da monitorização ao iniciar qualquer nova terapia, caso haja dúvida
quanto à extensão da interação.
A femprocumona é metabolizada principalmente pelas isoenzimas 3A4 e 2C9 do citocromo CYP 450. Por esse motivo, o uso
concomitante com substratos, indutores ou inibidores das enzimas CYP2C9 e CYP3A4 pode influenciar o efeito de
Marcoumar®
(vide item “Posologia e Modo de Usar”).
Efeitos de outras substâncias sobre Marcoumar®
Substâncias que podem intensificar o efeito dos anticoagulantes orais:
Inibidores CYP2C9 e CYP3A4 ou substratos concorrentes podem potencializar o efeito coagulante de Marcoumar®
.
Exemplos de medicamentos que podem potencializar o efeito anticoagulante:
Alopurinol, amiodarona, esteroides anabolizantes, fibratos, dissulfiram, anti-inflamatórios (salicilatos e alguns anti-
inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores da COX-2), tamoxifeno, tiroxina, glicosamina, antidepressivos tricíclicos,
inibidores seletivos da recaptação de serotonina, estatinas (por exemplo: sinvastatina), tramadol e alguns antimicrobianos
(como a amoxilina com ou sem ácido clavulânico), cotrimoxazol, tetraciclinas (por exemplo: doxiciclina), várias
cefalosporinas (como ceftriaxona, cloranfenicol, aminoglicosídeos, cloxacilina, diversas quinolonas (por exemplo:
levofloxacina), sulfonamidas, claritromicina, derivados da eritromicina, lincosamida (por exemplo: clindamicina),
imidazólicos (por exemplo: cetoconazol) e derivados triazólicos.
Medicamentos comumente prescritos podem potencializar ou antagonizar o efeito dos cumarínicos. Portanto, é importante o
monitoramento dos parâmetros da coagulação após o início ou retirada de outras drogas em pacientes em uso de
anticoagulantes orais. No caso da utilização concomitante de salicilatos ou antibióticos, são necessários controles mais
frequentes dos parâmetros de coagulação sanguínea.
A fruta toranja (também chamada de grapefruit ou pomelo) interage com vários medicamentos, incluindo a femprocumona.
Ela inibe o CYP3A4 e pode levar a um aumento no risco de sangramento.
Recomenda-se cuidado quando o paciente for tratado com antagonistas da vitamina K, como a femprocumona, e também
consumir a fruta Goji in natura ou o seu suco. O uso concomitante da fruta Goji in natura ou do suco de Goji tem sido
relacionados ao aumento da atividade anticoagulante da Varfarina; o mecanismo dessa interação ainda não é claro e uma
interação também não pode ser excluída para a Femprocumona.
Outros anticoagulantes como a heparina, heparinas de baixo peso molecular, e agentes antiplaquetários, como o clopidogrel,
podem intensificar o efeito de Marcoumar®
e aumentar o risco de hemorragias em decorrência do efeito anticoagulante
adicional. Quando necessário o uso concomitante, recomenda-se um monitoramento mais frequente do tempo da
protrombina /RNI, especialmente durante o início ou descontinuação do tratamento com a femprocumona.
Alterações nos parâmetros de coagulação e/ou hemorragias têm sido relatadas em pacientes sob tratamento com capecitabina
concomitantemente com anticoagulantes derivados cumarínicos como varfarina e femprocumona. Esses eventos ocorrem em
alguns dias a até alguns meses após o início do tratamento com capecitabina e, em alguns casos, em até um mês após a
suspensão do tratamento com capecitabina.
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Substâncias que podem reduzir o efeito dos anticoagulantes: indutores de CYP2C19 ou CYP3A4 podem reduzir o efeito
anticoagulante de Marcoumar®
como, por exemplo, barbitúricos, carbamazepina, colestiramina, diuréticos, metformina,
corticosteroides, rifampicina, vitamina K.
Redução no efeito e concentração plasmática de derivados cumarínicos orais foram relatadas durante o tratamento com erva
de São João (extrato de Hypericum perforatum). Isto pode ser devido à indução das isoenzimas do citocromo P450. Em
pacientes que recebem anticoagulantes orais, o tempo de protrombina deve ser monitorado, rigorosamente, do início ao fim
do tratamento com a erva de São João.
Substâncias com efeitos variáveis sobre Marcoumar®
O efeito do álcool é variável sobre Marcoumar®
(vide item “Advertências e Precauções”).
Anticoncepcionais que contêm estrogênios e progesterona podem aumentar a depuração de femprocumona sem alterar o seu
efeito anticoagulante.
Fenilbutazona e derivados de oxifenbutazona não devem ser administrados em pacientes que recebem Marcoumar®
Efeitos de Marcoumar®
sobre outras substâncias
pode intensificar o efeito de sulfonilureias quando usados concomitantemente (havendo risco de
hipoglicemia).
Ingestão de Marcoumar®
com alimento e bebida
A taxa de absorção de Marcoumar®
, assim com o clearance da femprocumona, é ligeiramente reduzida pela administração
concomitante de alimentos. A relevância clínica parece ser pequena. Contudo, a administração concomitante de alimentos
ricos em vitamina K pode reduzir as propriedades concomitantes de Marcoumar®
Marcoumar®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Este medicamento possui prazo de validade de 60 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
comprimidos apresenta formato cilíndrico e biplanar.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos de Marcoumar®
devem ser administrados por via oral, com um pouco de líquido (não
alcoólico), sem dissolvê-los previamente.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Início do tratamento (esquema de dosagem padrão)
O tratamento com Marcoumar®
deve ser monitorado através do RNI, calculado a partir do tempo de protrombina ou outro
teste adequado, tal como um método que utilize substratos cromógenos (vide subitem “Supervisão do tratamento com
Marcoumar®
”). A primeira determinação deve ser realizada antes do início do tratamento com Marcoumar®
.
Em níveis normais de RNI, a dose inicial, no primeiro dia, deve ser igual a dois ou três comprimidos (equivalente a 6 ou 9
mg de femprocumona) e, no segundo dia, igual a dois comprimidos (equivalente a 6 mg de femprocumona). No terceiro dia,
uma nova determinação é necessária, devendo-se adaptar a posologia de acordo com o resultado.
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O tratamento de manutenção requer doses mais baixas de Marcoumar®
, ou seja, 0,5 a 2 comprimido por dia, dependendo da
resposta individual do paciente. A resposta ao tratamento é variável em cada paciente, sendo necessário o monitoramento
contínuo dos parâmetros de coagulação, estabelecendo, assim, a dose adequada para cada paciente.
Dependendo da doença, a terapia deve focar-se em obter um nível de efetividade entre 2,0 a 3,5 RNI. São recomendados os
seguintes valores de RNI, de acordo com cada indicação:
Indicação Valor de RNI
Profilaxia pós-operativa de trombose venosa profunda 2 a 3
Imobilização prolongada após cirurgia de quadril e de fratura de fêmur 2 a 3
Terapia da trombose venosa, embolia pulmonar e ataque isquêmico transitório (AIT) 2 a 3
Terapia da trombose venosa e embolia pulmonar recorrentes 2 a 3
Infarto do miocárdio, se há aumento do risco de eventos tromboembólicos 2 a 3
Fibrilação atrial 2 a 3
Próteses biológicas valvares 2 a 3
Próteses mecânicas valvares 2 a 3,5
Normalmente, o tratamento é iniciado com altas doses. Dependendo dos parâmetros basais de coagulação, recomenda-se
administrar dois ou três comprimidos (equivalente a 6 ou 9 mg de femprocumona) no primeiro dia e, no segundo dia, dois
comprimidos (equivalente a 6 mg de femprocumona).
A partir do terceiro dia, é necessário monitorar regularmente o tempo de protrombina, a fim de identificar o tipo de resposta
do paciente (hiporesponsivo, normoresponsivo ou hiper-responsivo). Caso o valor de RNI deva ser inferior ao nível
terapêutico ideal (tabela acima), um e meio comprimidos devem ser administrados (equivalente a 4,5 mg de femprocumona)
diariamente. Caso seja obtido o valor de RNI para o nível terapêutico ideal, deve-se administrar um comprimido (equivalente
a 3 mg de femprocumona). Se o valor de RNI medido exceder o nível terapêutico (RNI > 3,5), o paciente dever receber meio
comprimido (equivalente a 1,5 mg de femprocumona). Deve-se suspender a administração de Marcoumar®, caso o valor de
RNI seja maior que 4,5.
Semelhantemente à dose inicial, a dose de manutenção também necessita ser ajustada a um valor de RNI. Em geral, baixas
doses de manutenção, que podem variar de meio a um e meio comprimidos (equivalente a 1,5 a 4,5 mg de femprocumona)
por dia, são adequadas para a manutenção do valor constante de RNI dentro dos níveis desejáveis.
pode geralmente ser descontinuado sem a necessidade de medicação de auxílio
Orientações posológicas especiais
Profilaxia de pós-operatório de trombose venosa profunda / imobilização prolongada após cirurgia de quadril e
operações de fêmur fraturado
Para a maioria dos pacientes com risco de tromboses, três a quatro semanas de profilaxia com Marcoumar®
estão indicadas.
O tratamento anticoagulante deve ser realizado pelo menos até que a mobilização do paciente seja satisfatória. A interrupção
prematura do tratamento aumenta o risco de trombose. Marcoumar®
deve ser administrado a partir do segundo ou terceiro
dia em diante, após intervenção cirúrgica ou parto, desde que não haja risco de hemorragia.
Tratamento de trombose ou embolismo: no caso de trombose aguda ou embolia, o tratamento com anticoagulante deve ser
iniciado com administração intravenosa de heparina. Uma vez superada a fase aguda, isto é, no mínimo após dois dias (dez
dias ou mais nos casos graves), o tratamento pode ser continuado com Marcoumar®
. No primeiro dia da fase de transição,
administra-se a dose inicial completa de Marcoumar®
além da dose habitual de heparina. Esta não apresenta ação retardada,
enquanto que o efeito anticoagulante de Marcoumar®
só se manifesta após um período de latência. Durante esta fase de
transição, é necessário o controle rigoroso dos parâmetros da coagulação. A duração do tratamento com heparina depende do
tempo necessário para a obtenção do grau desejado de anticoagulação. A duração do tratamento com Marcoumar®
depende
das necessidades clínicas; o tratamento pode se estender por vários meses e, às vezes, por alguns anos.
Idosos
Idosos (especialmente acima de 75 anos), geralmente, necessitam receber menores doses de Marcoumar®
que os pacientes
jovens para atingirem o mesmo valor de RNI.
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Pacientes com insuficiência renal
A insuficiência renal não tem efeito significativo na meia-vida de eliminação.
Pacientes com insuficiência hepática
A insuficiência hepática não tem efeito significativo na clearance de femprocumona.
Doses esquecidas
O efeito anticoagulante de Marcoumar®
persiste além de 24 horas. Se o paciente esquecer de tomar a dose prescrita na hora
programada, a dose deve ser tomada assim que possível, no mesmo dia. O paciente não deve dobrar a dose diária para
compensar a(s) dose(s) perdida(s).
Supervisão do tratamento com Marcoumar®
No início do tratamento, é indispensável que o controle da ação do Marcoumar®
, seja por meio da determinação do RNI
calculado a partir do tempo de protrombina (Valor de Quick) ou outro teste adequado (método que empregue substratos
cromógenos, por exemplo), seja realizado antes do início do tratamento e depois diariamente ou a cada 2 dias. Quando a dose
de manutenção for estabelecida e seus efeitos forem conhecidos, é possível, devido à ação constante do produto, aumentar os
intervalos entre os controles (uma determinação a cada 4 semanas, por exemplo), se não houver nenhuma modificação súbita
na condição do paciente ou nas medicações concomitantes.
Controles mais frequentes da coagulação são necessários quando houver administração simultânea de medicamentos, seja
adição ou suspensão de medicamentos (vide item “Interações Medicamentosas”).
A dose terapêutica é determinada pelas informações obtidas através dos métodos de determinação. Considerando o RNI, a
dose terapêutica está limitada pelos valores de RNI entre 2,5 a 5,0 ou, especificamente, como os valores acima descritos. Em
caso de aumento do risco de hemorragia, os valores RNI recomendados são de 1,5 a 2,5. Em situações pré-operatórias e
perioperatórias, a coagulação sanguínea deve ser controlada somente com a administração de heparina.
Reversão da anticoagulação
A reversão do efeito anticoagulante de Marcoumar®
depende do valor de RNI e do estado clínico do paciente. Caso,
durante o tratamento por Marcoumar®
, o grau de anticoagulação cair abaixo do valor terapêutico limite, recomenda-se
ajustar a dose até valores normais de RNI e monitorar os parâmetros da coagulação dois dias depois. Em caso de
valores elevados de RNI isentos de hemorragia, deve-se suspender o tratamento com Marcoumar®
e administrar
vitamina K1 para ajustar o valor de RNI (vide item “Superdose”).
Devido à natureza da femprocumona, existe a possibilidade de sangramento em diversos órgãos e especialmente hemorragias
com risco para a vida, envolvendo o sistema nervoso central e sistema gastrintestinal.
As reações adversas relatadas para Marcoumar®
estão listadas a seguir, por classe de sistemas de órgãos e frequência:
Distúrbios do sistema hematológico e linfático
Reação rara (≥1/10.000 e <1/1.000): anemia causada por hemorragia.
Distúrbios endócrinos
Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na região do pâncreas e glândula adrenal.
Distúrbios do sistema nervoso
Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na medula espinhal e hemorragia cerebral;
Reação muito rara (<1/10.000): síndrome compressiva do nervo femoral resultante de hemorragia retroperitoneal.
Distúrbios oculares
Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na retina.
Distúrbios cardíacos
Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na região do pericárdio.
Distúrbios vasculares
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Reação muito comum (>1/10): hematoma após trauma;
Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): “síndrome dos dedos roxos” (uma doença que causa dor e queimação no hálux),
acompanhada de alteração da coloração do mesmo.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Reação muito comum (>1/10): epístaxe;
Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na cavidade pleural.
Distúrbios gastrintestinais
Reação muito comum (>1/10): hemorragia gengival;
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na parede intestinal (quadro de abdome agudo associado ao uso de
anticoagulante), hemorragia gastrintestinal, hemorragia retroperitoneal;
Reações com frequência desconhecida: distúrbios gastrintestinais, náusea, redução do apetite, vômito e diarreia;
Distúrbios hepatobiliares
Reação muito rara (<1/10.000): hepatite com ou sem icterícia, icterícia e insuficiência hepática (casos isolados de
insuficiência hepática que exigiram transplante ou resultaram em óbito foram reportados - vide itens “Contraindicações” e
“Advertências”);
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos
Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000): alopécia;
Reações com frequência desconhecida: necrose grave da pele e Purpura fulminans (em alguns casos, com desfecho fatal ou
em incapacidade permanente), dermatite alérgica, reações alérgicas cutâneas;
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conectivos
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): hemorragia na região de articulações e/ou músculos e hemorragia muscular;
Reações com frequência desconhecida: osteopenia e osteoporose durante o uso prolongado de Marcoumar®
;
Distúrbios do sistema renal e urinário
Reação muito comum (>1/10): hematúria.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.